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Cap 262 – Aprendendo a amar – Diana Palmer (Irmãos Jacobs: parte 1, Shelby)

Ciao!!!

* Cumprindo a promessa que fiz ao Renan e como presente pela Lidy ter passado no vestibular e estar no caminho de ser a primeira psicóloga de Jacobsville, eis a primeira parte da resenha dos irmãos Jacobs *

Eles são descendentes dos fundadores da cidade mais amada, inacreditável e conhecida dos Texas (pelo menos, no fantástico mundo da literatura água-com-açúcar): Jacobsville. No entanto, a má gestão dos bens pelo pai deles fez com que a família fosse a falência e os dois herdeiros perdessem tudo, inclusive a casa. Agora Tyler e Shelby precisam recomeçar – o que inclui acertar as contas com o passado – para poder investir no futuro.

Nota: Os dois livros são de 1988 – portanto, pense em heróis muito tapados e irritantes e mocinhas supersofredoras (é, ela não variou muito de lá pra cá, salvo raras e honrosas exceções). E como vocês já sabem como eu reajo ao ler coisas do gênero, será um post em duas partes, para tornar a leitura melhor… (sim, ficou enorme).

Aprendendo a amar – Diana Palmer – Rainhas do Romance 10
(Justin – 1988 – Silhouette Romances)
personagens: Shelby Jacobs e Justin Ballenger

O mundo de Shelby desabou de vez com a morte do pai. Ao pagar todas as dívidas, ela e o irmão ficaram sem dinheiro e sem casa. E Tyler foi embora para o Arizona, portanto, ela teria que se virar sozinha… ou quase. No fundo do poço, foi convencida a aceitar a ajuda do homem que havia abandonado anos antes de forma cruel: Justin, seu ex-noivo. Orgulho ferido era o mínimo que ele sentia por causa dela – no fundo e na aparência, queria mesmo era vingança. No entanto, também a queria para si. Por isso, propôs casamento, deixando claro que ela teria abrigo e um teto, mas não teria amor. Até ele descobrir o que queria de verdade, Shelby poderia perder a paciência e o amor por ele.

Comentários:

Primeiro, não fui vítima inocente. Renan já havia me avisado que era um livro difícil. Li apenas pelo bem do Literatura de Mulherzinha.

Segundo, só para agilizar o procedimento, vamos organizar direitinho quem pega as jacas, quem pega as facas, quem pega o óleo quente, quem pega a chibata. Ordem de uso? Quem atingir a criatura primeiro!

Resumo sensato: mocinha rica é coagida pelo pai a não se casar com seu grande amor, porque apesar de trabalhador ele é pobre. Para evitar que ele seja destruído, decide abandoná-lo, contando-lhe mentiras. Anos depois, completamente falida e sem rumo, é acolhida pelo mocinho, que a convence a se casar com ele. A partir daí, mocinha tenta convencê-lo de sua inocência só para ser colocada implacavelmente em xeque até o limite da exaustão.

Without trust, there is no love. Jealously, jealously will drive you… MAD! – Não tem jeito, a frase do argentino narcoléptico de Moulin Rouge antes do Tango de Roxane ganhou cadeira cativa na minha mente lendo esse livro (o que é um desperdício beirando a heresia. Tira o Ewan daqui, isso não é digno dele).

Tudo conspirava contra Shelby. Não sobrara nada para a herdeira. Dependia do favor dos outros para morar em um apartamento que definitivamente não deveria ter moradores (Justin define o local como “ratoeira”). E como ainda havia algo pendente entre eles, foram necessárias 25 páginas para que ela aceitasse o pedido de ccasamento dele, após a exposição bem clara do seguinte quadro: mocinha desnorteada + herói que não sabe se casa ou se compra uma bicicleta (quer tudo ao mesmo tempo: vê-la sofrer, levá-la pra cama, se vingar, que nenhum outro homem chegue perto dela – e depois dizem que as mulheres são confusas!). Fica bem claro que Shelby deu motivo para a desconfiança dele, mas que Justin leva isso às raias do fundamentalismo sentimental (o que quer dizer que ele nunca parou para pensar se havia outro ponto de vista que não o dele, que foi ferido pela atitude dela. Isso é citado no início – que ele evitava qualquer contato e menção à família Jacobs). E que esta combinação tem tudo para não acabar bem (para os personagens e para os nervos dos pobres leitores).

O que fica claro é que, anos antes, durante o noivado, os dois se viam com “óculos cor-de-rosa”. Ok, não dá pra imaginar um legítimo cowboy-durão-pronto-para-dar-patadas-a-torto-e-direito com essa cor, mas significa que eles não se viam realmente, viam apenas uma imagem idealizada um do outro. Shelby imaginava um homem forte e apaixonado, diferente do pai dela. Justin imaginava uma socialite ainda virgem, mas que tivesse alguma experiência com homens, que o deixasse com orgulho e representasse publicamente o status dele – de ter superado o fato de ser o menino pobre suspirando pela menina rica (sim, ele disse algo do gênero para depois alegar que falou “da boca pra fora”. Você acredita? Nem eu.). Após o anúncio do noivado, Justin caiu em cima dela (literalmente, no sofá) como um bicho faminto (não explicaram a ele que Jacobsville concentra as virgens mais virgens e desinformadas da galáxia – nunca viram nem fotos de homens nus, acreditam que a cegonha traz os bebês bla bla bla. Ah, sim, e dona Diana devia prestar atenção: o “problema médico” de Shelby é semelhante ao de Josette, em A Última Chance. Isso porque eu quero acreditar que é diferente, mas o livro da Josette não está aqui perto agora para eu comparar.) e se sentiu ferido e rejeitado quando ela praticamente implorou para ele parar (isso pra não dizer que demorou para perceber que ela estava com medo e ainda jogou a culpa nela!).

A maior injustiça da história é que o grande culpado pela confusão – o sr. Bass Jacobs (pai de Shelby e Tyler) – morre sem solucionar o problema e criando outro na verdade ao deixar dívidas ao invés de herança para os filhos. Nem tente me dizer que isso foi uma forma indireta de resolver o problema porque não foi – só serviu para deixar Shelby à mercê dos caprichos de Justin. E, no meu ponto de vista, ela não precisava de tanta tortura por causa de uma atitude que ela foi coagida a tomar seis anos antes. Ao longo do livro, você perde a conta das alfinetadas de Justin por causa disso: duas das mais irritantes (pelo menos para quem sonha com casamento): se recusar a casar na igreja e dizer que, se ela aparecesse de branco, ele iria embora, sem olhar para trás. Ainda bem que Shelby não se intimida e consegue casar na Igreja e de vestido branco, como ela sempre sonhou.

Depois ele diz que não liga para a suposta castidade que Shelby diz ter e com sua atitude inamistosa consegue estragar o dia dela (porque ele está convicto de que ela dormiu com outro – e isso o irrita profundamente porque “ninguém poderia ter o que era para ter sido dele”. Sim, calma, respira fundo, porque a tendência é piorar…Yes, he can!). Então, para compensar o casamento-castigo, Shelby volta aos tempos pós-rompimento de noivado, quando foi pra Europa e fez todo tipo de esporte radical em busca de adrenalina – incluindo dirigir carros esporte em alta velocidade, o que não é radical, é irresponsabilidade. (sim, já vi esse filme, envolvia uma tapada e um penhasco… aaaaaaargh). O único lugar onde Shelby se divertia era no trabalho, com as desavenças entre o chefe galã Barry Holman e a assistente jurídica e secretária-temporária Tammy Lester, que estavam na fase tapas, passariam pela beijos e provavelmente chegariam ao altar…

Pausa para provar que ainda havia gente sensata nessa história (o que significa que a sensatez funciona sempre nos livros alheios, não nos próprios):

“- Justin, o que está havendo entre vocês dois?
O homem mais velho olhou para ele, os olhos brilhando:
– Minha vida particular não é da sua conta.
Calhoun cruzou os braços:
– Abby diz que Shelby está ficando desatinada e que você aparentemente não faz nada para impedi-la. Será que está tão decidido assim a se vingar?
– Fala como se ela fosse suicida – Justin disse friamente. – Ela não é.
– Se estivesse feliz, não agiria assim. – insistiu o homem mais novo – Tem que parar de tentar viver no passado. Já é hora de esquecer o que aconteceu.
– É muito fácil para você dizer isso. – Os olhos negros de Justin chisparam – Ela me rejeitou e dormiu com outro homem!
Calhoun olhou-o fixamente:
– Você não tem o meu currículo, mas não é mais santo que eu, irmaozão. Suponha que Shelby não conseguisse aceitar as mulheres de seu passado?
– É diferente com homens – disse o homem mais velho, irritado.
– É mesmo?
– Ela era minha. Tomava tanto cuidado para sempre andar na linha. Eu me contive e cerrei os dentes para não amedrontá-la, mas ela se afastava de mim toda vez que eu a tocava. E durante todo esse tempo ela estava dormindo com aquele milionário com cara de pastel. Como acha que eu me senti? – ele explodiu – E então ela me disse que eu era pobre demais para satisfazer seus gostos dispendiosos, queria alguém rico.
– Ela não se casou com ele, casou? Foi para a Europa e ficou descontrolada, exatamente como está fazendo agora. Teve um acidente na Suíça, Justin. Com um carro esporte – acrescentou, vendo o horror crescer nos olhos do irmão – exatamente igual ao que está dirigindo agora. Até o pai dela chegou a esta conclusão, finalmente.
Justin pôs um cigarro na boca e o acendeu:
– Nunca me disseram isso.
– E quando foi que você quis ouvir alguma coisa a respeito dela? – respondeu Calhoun – Foi só nos últimos meses que você se acalmou o suficiente para falar de qualquer coisa relacionada aos Jacobs.
– Eu a amava! – exclamou Justin – Você não pode imaginar como me senti quando ela terminou o noivado.
– Sim, posso. Eu estava lá. Sei como você se sentiu. Mas você nunca parou para pensar que Shelby poderia ter tido uma razão. Ela tentou lhe explicar uma vez, dizer por que tinha terminado o noivado. Você se recusou a ouvir.
– O que havia para ouvir? – Justin perguntou impaciente – Ela já tinha dito a verdade, logo no início.
– Nunca acreditei naquilo. – respondeu Calhoun. – E nem você teria acreditado, se não estivesse apaixonado pela primeira vez na vida e inseguro quanto a sua própria capacidade de segurar Shelby. Estava sempre preocupado em perdê-la para outro homem. Mesmo para mim. Está lembrado?
Era difícil discutir com a verdade. Justin sabia que tinha sido possessivo com Shelby. Droga, ainda o era. Mas como poderia evitar? Ela era uma linda mulher e ele era um homem comum, sem graça. Nunca tinha conseguido compreender por que Shelby tinha ficado com ele por tanto tempo.
– Mesmo agora – Calhoun continuou em voz baixa – parece-me que está fazendo de tudo para que ela o deixe.
Justin sorriu com cinismo.
– O que espera que eu faça? Que a amarre no porão? – perguntou moderadamente – Não posso fazê-la ficar se ela não quer. Inferno. – riu com frieza -, não posso nem tocá-la. Ela se retraiu na única vez que tentei fazer amor com ela – disse cruamente, recordando-se. Seus olhos ficaram mais escuros e ele desviou o olhar – Não consigo chegar perto dela. Ela tem medo de mim desse jeito.
– Que interessante – disse Calhoun, escolhendo as palavras – que uma mulher tão experiente e vivida possa ter medo do sexo. Não é?
Justin franziu o cenho:
– O que quer dizer?
Calhoun não respondeu. (…)”

Pausa para um silêncio que reequilibra os chacras…. Ommmmmmmmm….
* Atenção: esta conversa acontece entre as páginas 87 a 90. O livro tem 286. Muito cedo pra Justin entender – ou seja, prepara que lá vem bomba! Yes, he can!*

Calhoun só faltou desenhar pro tapado entender. E depois do irmão caçula detonar um a um os seus argumentos, Justin mudou de atitude? Do jeito estúpido dele, proibiu Shelby de ter o carro (sem dizer calmamente que queria apenas a segurança dela), disse de novo que não queria que ela trabalhasse para Barry Holman (que ele enxergava como uma ameaça gritante e, se tivesse parado para ouvir as fofocas de Jacobsville, não perderia tempo com um rival inexistente) e quando você pensa que há luz no fim do túnel, lá vem um comentário grosseiro de Justin para estragar tudo!

Pra não ficar rodando no mais do mesmo, Shelby sofre um acidente sem gravidade com o carro, o choque aproxima os dois na mesma medida que os repele, mais possibilidades da inocência dela aparece, Justin até liga os pontos, mas se recusa a dar o braço a torcer. Aí de novo, acende a luz no fim do túnel, mas o ciúme dele estraga tudo de novo, quando ele pensa que viu Shelby com o chefe galã (e na verdade é Tammy, que ele não sabia que existia porque nunca perguntou nada sobre o trabalho da esposa) e recomeça o calvário dela (que a essa altura, desconfia estar grávida). E se você pensa que Justin não poderia se superar, Yes, he can! Ele a destrata sem medidas: “Sou rico e não quero mais saber de você, meu bem. Experimente esta para ver se gosta.”. A tristeza faz Shelby perder a fome (o que é totalmente contraindicado quando se está grávida!!!), ele até sente uma lasca de algo vagamente parecido com remorso, mas insiste porque afinal de contas, ELE ESTÁ CERTO!(lembra o que eu escrevi sobre se superar? Yes, he can!).

Então, a festa-surpresa para Calhoun, onde quem rouba a cena (para mal) é Justin (eu avisei: Yes, he can!): ele convida o milionário pivô do final do noivado seis anos antes para ver se ainda haviam brasas no fogo (sim, ele disse. E não quero ser chata – Yes, he can!), Shelby quase racha a cabeça do milionário com arremessos de vasos à distância e com alvo em movimento e lá vem Justin de novo (Yes, he can!): conta que o pai dela não poderia ter tramado o final do noivado, porque foi quem deu dinheiro para salvar o posto de engorda dos Ballenger da falência. Shelby faz um esforço inacreditável para terminar o jantar sem mais ocorrências extraordinárias. Depois ela desabafa com a cunhada Abby que não aguenta mais e não conta que já está planejando ir embora no dia seguinte, porque não tem mais a menor chance de tentar conviver com Justin.

E aí outra notícia chega à festa: Tammy passa lá para avisar que finalmente Barry a pediu em casamento, eles estavam mooooooooooooito felizes e ela precisava compartilhar essa felicidade com a Shelby que acompanhou a love story-entre-tapas-e-beijos deles. Com as revelações de Tammy, Justin percebe o tamanho da #$%$#%&&$#%¨% que fez e finalmente resolve “ouvir” o lado dela (apesar de continuar falando o lado dele, sim… mesmo quando tudo parece perdido, Yes, he can!), ele conta que pensou que tinha visto ela beijando o chefe e aí Shelby simplesmente desiste e desabafa irritada com a falta de confiança dele e garante que,desta forma, eles não tem nem de onde começar e que ela simplesmente cansou de brigar e só quer dormir. Durante a noite, Justin fala tudo o que realmente sentia, mas para uma Shelby adormecida… (ah, o orgulho…) E no dia seguinte, quando ela acorda, faz as malas e resolve viajar para Houston, para ficar longe de Justin. Abby descobre e tenta convencê-lo a impedi-la de viajar, mas ele se recusa, dizendo que Shelby está no direito dela (no, he can’t – está meio tarde pro papel de mártir abnegado.), só que muda de idéia ao saber do bebê. Suspense à parte na cena do aeroporto, quem conhece outras histórias de Diana Palmer já sabe o que acontece… Perdão, meu amor e agora seremos felizes!

Ah, me poupe, né? Perdoar um chato desse, socorro!, só se for pra entrar com honras e estrelinhas na lista de “santas que abalaram o mundo”! A capa do livro deveria ter um carimbo vermelho escrito REPROVADO ao lado do título Aprendendo a amar. E sabe o que é pior? Deve ter algo na água de Jacobsville, que transforma os homens e mulheres em tapados sentimentais (eles abusam da boa vontade e elas da vocação para mártir), porque ainda tem outra história, a do irmão de Shelby, que nem se passa no Texas e sim no Arizona, mas os efeitos se fazem presentes!!! E como este post ficou enorme e eu quero que as pessoas cheguem acordadas no fim dele para comentar, a parte 2 – sobre Tyler – está aqui!

Bacci!!!

Beta

10 Comentários

  1. Lidy

    "* Cumprindo a promessa que fiz ao Renan e como presente pela Lidy ter passado no vestibular e estar no caminho de ser a primeira psicóloga de Jacobsville, eis a primeira parte da resenha dos irmãos Jacobs *"
    Ai, meu Deus, que emoção! Beta, você me fez chorar! Só por isso eu juro que vou falar de você pro Cash.

    "Os dois livros são de 1988 – portanto, pense em heróis muito tapados e irritantes e mocinhas supersofredoras (é, ela não variou muito de lá pra cá, salvo raras e honrosas exceções)."
    Você sabe que o mundo real está em 2009, mas os anos não passam em Jacobsville. Isso posto… Em frente.

    "Primeiro, não fui vítima inocente. Renan já havia me avisado que era um livro difícil. Li apenas pelo bem do Literatura de Mulherzinha."
    Ainda bem que mesmo assim ela continua atualizando o blog. Outra com pavio mais curto… *MEDO, MUITO MEDO*

    "Segundo, só para agilizar o procedimento, vamos organizar direitinho quem pega as jacas, quem pega as facas, quem pega o óleo quente, quem pega a chibata. Ordem de uso? Quem atingir a criatura primeiro!"
    Não gaste o estoque de armas. Você ainda tem que ler "Fearless".

    "Resumo sensato: (…)"
    Nada que sai da cabeça da Diana tem sentido. Nada.

    "Without trust, there is no love. Jealously, jealously will drive you… MAD! – Não tem jeito, a frase do argentino narcoléptico de Moulin Rouge antes do Tango de Roxane ganhou cadeira cativa na minha mente lendo esse livro (o que é um desperdício beirando a heresia. Tira o Ewan daqui, isso não é digno dele)."
    Sua herege! De qualquer forma, tenho piripaques quando escuto essa música. Amo, amo, amo, amo, amo!

    *Torna a ler o conteúdo do post, cantando "Come what May"*

    "Tudo conspirava contra Shelby. Não sobrara nada para a herdeira. Dependia do favor dos outros para morar em um apartamento que definitivamente não deveria ter moradores (Justin define o local como "ratoeira")."
    Sobrou, sim. Dívidas. Justin não acredita em caridade, que pena. Nenhuma das pessoas mal-resolvidas de Jacobsville acredita. Acho que minha tese pra mestrado vai ser o ódio em massa – não massa de macarrão, pizza, mas massa popular.

    "E como ainda havia algo pendente entre eles, foram necessárias 25 páginas para que ela aceitasse o pedido de ccasamento dele, após a exposição bem clara do seguinte quadro: mocinha desnorteada + herói que não sabe se casa ou se compra uma bicicleta (quer tudo ao mesmo tempo: vê-la sofrer, levá-la pra cama, se vingar, que nenhum outro homem chegue perto dela – e depois dizem que as mulheres são confusas!)."
    Como um amigo meu disse, homem também tem TPM. Um dia eles acordam vilões, e outros viram heróis que salvam as donzelas indefesas dos dragões – seja um psicopata de verdade (o que ocasiona o surgimento dos Rambos Texanos que Beta citou nas Dicas para Entender Diana Palmer; o efeito, infelizmente, só tem efeito letal imediato com os mercenários, homens da lei ou amigos deles), ou um furacão, uma cobra sofrendo a terrível troca de pele, um ratinho encrenqueiro, etc, etc, etc.

    "Fica bem claro que Shelby deu motivo para a desconfiança dele, mas que Justin leva isso às raias do fundamentalismo sentimental"
    – Mocinho de Diana Palmer DETECTED.
    – Homem de cidade provinciana DETECTED.
    – Alfa-macho-ciumento-babaca-e-possessivo DETECTED.
    – Tiozinho que só enxerga o próprio umbigo DETECTED.

    "Shelby imaginava um homem forte e apaixonado, diferente do pai dela. Justin imaginava uma socialite ainda virgem, mas que tivesse alguma experiência com homens, que o deixasse com orgulho e representasse publicamente o status dele"
    Qual dos dois morre primeiro?

    "não explicaram a ele que Jacobsville concentra as virgens mais virgens e desinformadas da galáxia – nunca viram nem fotos de homens nus, acreditam que a cegonha traz os bebês bla bla bla"
    É claro. Quem explicaria? Os papais cruéis ou as mães sofredoras que passam a vida chorando a perda do marido pra amante?

  2. Lidy

    "Ah, sim, e dona Diana devia prestar atenção: o "problema médico" de Shelby é semelhante ao de Josette, em A Última Chance. Isso porque eu quero acreditar que é diferente, mas o livro da Josette não está aqui perto agora para eu comparar."
    Não, é igualzinho. Mas tive a impressão de que o de Shelby foi pior. Enfim.

    "isso pra não dizer que demorou para perceber que ela estava com medo e ainda jogou a culpa nela!"
    Lembro daquela historinha de Tirésias, que virou mulher depois de matar duas cobras, e tornou a ser homem depois de matar mais duas cobras, e ficou cego depois de dizer pra Zeus e Hera que quem desfruta o sexo é a mulher. Seeeei!!!

    "A maior injustiça da história é que o grande culpado pela confusão – o sr. Bass Jacobs (pai de Shelby e Tyler) – morre sem solucionar o problema e criando outro na verdade ao deixar dívidas ao invés de herança para os filhos"
    Eu disse que ela herdou alguma coisa, não disse?

    "E, no meu ponto de vista, ela não precisava de tanta tortura por causa de uma atitude que ela foi coagida a tomar seis anos antes"
    Nenhuma delas merece, especialmente por serem santas.

    Não faço questão de casar na Igreja, ou de branco, mas se ele queria casar com ela, que casasse direito. Ela podia ter pedido os Hart pra organizar a cerimônia, pouparia tempo.

    "Depois ele diz que não liga para a suposta castidade que Shelby diz ter e com sua atitude inamistosa consegue estragar o dia dela (porque ele está convicto de que ela dormiu com outro – e isso o irrita profundamente porque "ninguém poderia ter o que era para ter sido dele". Sim, calma, respira fundo, porque a tendência é piorar…Yes, he can!)."
    Não há nada ruim o suficiente que não possa ficar pior.

    "Então, para compensar o casamento-castigo, Shelby volta aos tempos pós-rompimento de noivado, quando foi pra Europa e fez todo tipo de esporte radical em busca de adrenalina – incluindo dirigir carros esporte em alta velocidade, o que não é radical, é irresponsabilidade. (sim, já vi esse filme, envolvia uma tapada e um penhasco… aaaaaaargh)."
    Como eu sei quem é tapada e onde fica o penhasco, não vou comentar. Mas já vi esse filme com o primeiro dos Hart.

    "O único lugar onde Shelby se divertia era no trabalho, com as desavenças entre o chefe galã Barry Holman e a assistente jurídica e secretária-temporária Tammy Lester, que estavam na fase tapas, passariam pela beijos e provavelmente chegariam ao altar…"
    Já vi esse filme no "Desejo Proibido" – não a novela, o livro da tia Diana – e o casal da vez foi divertido o bastante pra merecer ocupar o posto de protagonista. Não aconteceu, infelizmente.

    "Pausa para provar que ainda havia gente sensata nessa história (o que significa que a sensatez funciona sempre nos livros alheios, não nos próprios): [segue história]"
    Os Hart não foram conselheiros? Uai, por quê? Eles são ótimos nisso!

    "disse de novo que não queria que ela trabalhasse para Barry Holman"
    Barry Holman é o Cash Grier da vez? Só que sem intenção?

    "Pra não ficar rodando no mais do mesmo, Shelby sofre um acidente sem gravidade com o carro, o choque aproxima os dois na mesma medida que os repele"
    Eles só aceitam a verdade quando elas passam por uma experiência de quase-morte causada por eles. Fato.

    "mas o ciúme dele estraga tudo de novo, quando ele pensa que viu Shelby com o chefe galã"
    Jura que ele pensa? Mas… ele tem neurônios?

    "Durante a noite, Justin fala tudo o que realmente sentia, mas para uma Shelby adormecida"
    O diálogo é importante com ambas as partes acordadas e atentas.

    "Suspense à parte na cena do aeroporto, quem conhece outras histórias de Diana Palmer já sabe o que acontece… Perdão, meu amor e agora seremos felizes!"
    Ela fica encantada? Ele compra um 'presente de verdade' pra ela? Ele ensina a letra da música proibida pra menores?

    Enfim, se eu ler, vai ser pra completar a série. Mas como tenho estado sem paciência pra mocinho/mocinha tapados, não sei quando essa leitura vai acontecer.

    [Sim, ficou enorme, mas foi dona Roberta que pediu…]

  3. Renan

    Roberta, "eu avisei". Só não entendo como os "mocinhos" tão bondosos nos livros alheios (como é o caso de Justin em "O gosto do pecado", pois é o único que aconselha e defende Abby da cegueira de Calhoun – que, contudo, não chega a ser cruel como o asno do irmão mais velho) viram verdadeiros vilões nas próprias histórias. Tenho medo do que vai acontecer com Harley e Bojo nas histórias deles, sendo que a de Harley ou vai ser publicada ou está em vias de ser…
    Ah, espero que no próximo ano você me dedique uma resenha por eu ter passado no Instituto Rio Branco, mas essa já está nas mãos de Deus. Só espero que ele e todos os santos me ajudem!

  4. Renan

    Mas acho que você foi injusta com Tyler. Ele cometeu umas grosserias, mas perto do próprio Justin e dos "príncipes desencantados" de outras histórias dela, ele foi até um gentleman.

  5. Anônimo

    Ah…Diana Palmer é como café. Eu sei que me dá azia, eu sei que não me deixa dormir, mas eu insisto em tomar(ou ler). Depois de ler Fearless (eu ODEIO Rodrigo Ramirez!) eu fiz um voto comigo mesmo e me recusei a ler Renegado. Sim, eu amo o xerife mais sexy do Texas, mas se ela destruiu Colby Lane em Outsider, meu segundo personagem favorito o que não faria com meu amado Cash??? Melhor vê-lo em suas participações especiais do que saber que ele se tornaria um tapado completo como sempre acontece com os mocinhos(?????) da Diana.

  6. NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE

    Navegando sem ruma com a intenção de divulgar o meu blog, cheguei até você e gostei do que vi, tanto que pretendo voltar mais vezes. No momento estou impedida de fazer leituras muito extensas, pois a claridade da tela do computador está prejudicando um pouco a minha visão, devo tomar cuidado. Em breve resolverei esse problema. Bem, já que estou aqui aproveito para convidar a conhecer FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER… em http://www.silnunesprof.blogspot.com
    Eu como professora e pesquisadora acredito num mundo melhor através do exercício da leitura e enauqnto eu existir, vou lutar para que os meus ideiais não se percam.
    Se gostar da minha proposta, siga-me. Eu acredito que o maior bem que podemos deixar para os nossos filhos e alunos é uma boa educação.
    Por hoje fico por aqui, Espero nos tornarmos bons amigos.
    Que a PAZ e o BEM te acompanhem sempre.
    Saudações Florestais !

  7. Renan

    Ah, só mais uma coisa: a burrice e crueldade de Justin ficam mais evidente depois que ele tem a certeza da virgindade de Shelby. Não passa pela cabeça do asno que, se ela não transou com o cara, era inocente das acusações? Mas não, ele prefere acreditar no pior sobre ela porque, conforme se explica mais tarde, "tinha dificuldade em acreditar que um cara feio como ele pudesse conquistar uma mulher bonita e sofisticada"! Tenha dó dessa desculpa esfarrapada!!! Acho que ele merecia ter passado os oito anos que Corrigan sofreu por causa do que fez a Dorie (e olha que o erro dele foi infinitamente menor)!

  8. Lidy

    Renan, não me lembro de Corrigan ter feito algo muito sério com Dorie – exceto ser exigente demais, querer mais do que ela se sentia pronta pra dar (literalmente). Ou eu não lembro de muito a Harlequin colocou cenas na versão brasileira…

  9. Renan

    A Harlequin foi fiel à versão americana, Lidy. A questão é que o erro de Corrigan foi ter sido estúpido com Dorie quando ela se recusou a consumar o sexo com ele (mais tarde ele admitiu que inconscientemente fez aquilo para afugentá-la, "por medo"). Mas quando percebeu o erro que cometera, tentou falar com ela, mas seu orgulho o deixou mudo enquanto ela pegava o ônibus para longe. Como você recorda, ele passou os oito anos seguintes remoendo a culpa e as conseqüências do acidente que o deixou quase manco. O que eu disse é que Justin foi tão sacana que ele sim merecia os oito anos de solidão de Corrigan (detalhe: DEPOIS QUE DESCOBRISSE SEU ERRO. Os seis anos em que ele achou que ela o magoara não deveriam contar).

  10. Barbara Santiago

    hauahuahauha rolei de rir dos seus comentários!!!!
    Esse eu tô na dúvida se eu li… mas pelos coments, vai pra pilha dos "livros pra ler em momentos de desespero!" Assim tem alguém pra eu xingar e descontar frustração heheheh

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