Prontas para mais uma rodada de personagens que estão convictos de que o mundo gira em torno deles e que tem que ser como eles querem – afinal de contas, para que levar outra opinião em consideração? Va-mos então a duas criaturas assim que, apesar dos pesares, ainda são filhas de Deus e merecem ser felizes (infelizmente, minhas petições como advogada de acusação não foram aceitas…)
Conquista acidental – Sharon Kendrick – Jessica 2 Histórias 102
(Bought for the sicilian billionaire – 2008 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens: Jessica e Salvatore Cardini
Salvatore Cardini estava cansado da perseguição incessante das mulheres interesseiras, afinal de contas este era o único tipo de garota que queria um bilionário sicilianos gostoso de doer e com dinheiro para jogar fora. Para espantar estas criaturas, ele convence a faxineira da empresa, a eterna invisível Jessica, a ser acompanhante dele em um evento. Gosta tanto ao vê-la arrumada, que resolve seduzi-la. E ao descobrir que ela não era virgem, decide transforma-la em sua amante, sem entender que ela não era como todas as outras que ele queria espantar. E ainda fica irritadinho quando ela tenta mostrar que seria inteligente, inte-ressante e educado que ele levasse outras opiniões em consideração. É fato que o final feliz só mesmo em caso de milagre, que, às vezes, acontecem…
Comentários:
– Outro bilionário siciliano. Irritante. Egoísta. Egocêntrico. Preconceituoso. Dominador. Sério, tem alguém que acha isso sexy? Deve ter, porque esta espécie se multiplica nos livros com uma velocidade digna de nota. O bilionário enfatuado com a perseguição cria uma acompanhante de luxo para espantar as mulheres-de-rapina e começa a tratar a garota como se fosse uma delas. Jessica é uma cinderela amaldiçoada, se sente mal por ter acesso a um mundo que não é o dela, sonhar com coisas que ele deixa dolorosa e estupi-damente claras que não terá, afinal de contas ela não é digna dele – que quer se divertir com as mulheres “erradas” até o dia que terá que voltar para a Sicília e cumprir o seu destino de se casar com uma garota local, virgem, pura e imaculada e ter ninhada de sicilianos marrentinhos, egocêntricos e irritantes. E ele fica indignado quando ela tenta mostrar que existem outras pessoas no mundo, com sentimentos que deveriam ser levados em consideração – me poupe. Ele é ridículo. Sinceramente, não dá pra se entusiasmar com um livro assim, pelo menos na atual fase crítica-de-heróis-com-comportamento-abusivo em que estou.
– Sicília não é uma encantadora pequena ilha da Itália. Do jeito que a autora descreve, parece um bairro italiano de novela do Manoel Carlos, onde todos se conhecem e dão pitacos na vida alheia. Nem se ela falasse isso de uma das grandes cidades da ilha, como Palermo e Catania, seria verdadeiro.
Tudo por uma verdade – Lee Wilkinson – Jessica 2 Histórias 102
(The Carlotta Diamond – 2005 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens: Charlotte Christie e Simon Farringdon
Charlotte não sabia que era uma mulher procurada. Mas de repente se viu desejada por dois homens e acabou se rendendo ao charme de Simon, com quem se casou numa cerimônia digna de pessoas ricas, usando um colar de diamantes que era uma herança de valor inestimável. No entanto, havia mais sobre a necessidade que causou o casamento do que Charlotte poderia imaginar e a verdade não seria confortável para ela, que, sem saber, estava sendo julgada…
Comentários:
– A missão era: trazer de volta para a família Bell-Farringdon a legítima herdeira da Pedra de Carlota, o colar de valor incalculável. Duas gerações atrás, a fuga da herdeira dele o deixara à espera de que ela ou uma descendente voltassem. Charlotte acabou envolvida nesta disputa familiar e condenada por antecipação. O problema era que o marido safado e sem vergonha de Lucy, irmão de Simon, entrou no jogo para complicar tudo e arruinar a reputação da garota. E Charlotte não resistiu à sedução do bilionário, com quem se casou após uma noite de amor em uma hospedaria, mais pressionada por ele do que convicta da decisão – afinal de contas, ela ainda queria se casar por amor. Só que ele estava convicto de que ela era uma interesseira, que tinha casos com homens casados em busca de uma vida fácil. E quando a verdade vem à tona (porque sempre vem, mais cedo ou mais tarde) Charlotte percebe que se tem alguém indigno nesta história não é ela. Mas isso não impede que a dor seja grande e forte. E claro, na ficção, o amor cura tudo…
Bacci!!!
Beta
Beta,
Se o seu problema foi a recusa da inicial, podemos sanar o vício e dar entrada em uma nova petição. Se não, podemos entrar com novo processo pedindo condenação dos acusados a pena máxima por cretinice, com base em fatos novos não explorados na inicial anterior (pelo jeito o material de acusação deve ser farto). Se o juiz absolver esses dois meliantes, sempre cabe recurso.
Se nada der certo, bem, sempre dá prá colocar, acidentalmente é claro, o pé na frente e dos arrogantes de plantão (o que deve ser fácil, pois só devem andar de nariz empinado…) e quando eles forem ao chão haverá uma batida na cabeça e, miraculosamente, se transformarão em pessoas normais…
Como dizia o nosso amado Bussunda (estou quase no fim da biografia dele, escrita pelo Guilherme Fiúza – vale a pena, gente!): fala sério!!!!
Beijo!
Andrea
Fala sério mesmo. Mas deve ter alguém que gosta deste tipo de história. Ou, talvez, o problema seja comigo – perdi a paciência com este tipo de personagem e trama. Acontece sempre as mesmas desconfianças, ofensas, acusasões, perdão relâmpago e a sensação de que perdi meu tempo (não totalmente porque ainda rende resenha pro LdM…)
Bacci!!!
Acho que o problema não é só o mocinho se mostrar arrogante e sim é sim a mocinha ser uma paspalhona.
Se ela fosse ligada para vida, ou ele pararia de ser tão idiota porque "comigo não se brinca" ou ele ate continuaria, mas a raiva diante disso amenizaria porque ela iria retrucar.
Mas claro que se fosse assim, não terei o tão adorável e sexy dominador ogro.
Sempre preferi histórias mocinhos mais humanos, sem todo aquele glamour extraordinário como se saísse com ela fosse um favor!
Sei que se fosse comigo, na primeira vez que ele quisesse parecer superior para mim dava uma coça nele e ia embora. Não tenho vocação pra trouxa apaixonada, confesso.
Acho que o problema não é só o mocinho se mostrar arrogante e sim é sim a mocinha ser uma paspalhona.
Se ela fosse ligada para vida, ou ele pararia de ser tão idiota porque "comigo não se brinca" ou ele ate continuaria, mas a raiva diante disso amenizaria porque ela iria retrucar.
Mas claro que se fosse assim, não terei o tão adorável e sexy dominador ogro.
Sempre preferi histórias mocinhos mais humanos, sem todo aquele glamour extraordinário como se saísse com ela fosse um favor!
Sei que se fosse comigo, na primeira vez que ele quisesse parecer superior para mim dava uma coça nele e ia embora. Não tenho vocação pra trouxa apaixonada, confesso.