Deve ser o sol se aproximando de Escorpião e meu lado irritadiço fica inflamável diante de qualquer faísca. Por isso, espero que vocês me permitam o post um tanto pessoal, é que aconteceram algumas coisinhas que exigem paciência de um santo (até onde eu tenha pesquisado, nenhuma Roberta foi santa e está um tanto difícil eu ser a pioneira neste caso). Para quem gosta de listinhas, eis a mais recente: eis as coisas que me matam de vergonha (em ordem de lembrança):
1) Capas de Jornais: Eu sou jornalista e vejo coisas, seja com “olhos” profissionais ou com “olhos” de público, que são de fazer o estômago dar looping. E não estou dizendo que é exclusividade dos ditos “jornais populares” ou “jornais que você torce e sai sangue”. Muitas vezes é o ângulo da notícia e outras é a própria notícia em si. Vai dizer que você não se revolta ao ver coisas que deveriam ser debatidas longe do primeiro plano, gente que não vale a pena ganhando a atenção e a fofoca e a boataria ganhando espaço do que deveria ser informação?
2) O jornaleiro aqui do bairro: Sim, tenho vergonha dele, porque ele sabe todos os meus gostos. O que significa que muitas vezes acabo comprando algo extra porque ele me indica. Revistas sobre a Itália? Coisas sobre futebol? Harry Potter? Filmes antigos ou com o Brad Pitt ou com algum ator que eu esteja amando no momento ou documentários de futebol? Ele já guarda para mim… Ah, sim, tenho vergonha dele quando o Botafogo perde (tipo aquele atropelamento que aconteceu no Campeonato Carioca deste ano…) porque ele já fica me olhando com carinha de “poooooooooooooxa, hoje você não vai comprar o Lance!”
3) Meu dentista: Fico com vergonha porque ele sabe que, quando a orelha dele arde, sou eu xingando. Foi assim no auge do tratamento que beirou quase um projeto de engenharia para colocar minha arcada dentária no lugar correto. Não sou a pessoa muito resistente à dor e doía, bastante. Não desejo para ninguém o que passei. (Ah, eu tinha dentes tortos – isso foi causa de MUITA vergonha em boa parte da minha vida) Mas o atual motivo da vergonha é que preciso usar com mais freqüência o aparelho móvel, mas acabo esquecendo…
4) Gente fofoqueira: É incrível a habilidade alheia em querer saber da vida dos outros, né? Mal dou conta da minha vida e esbarro em uns filhos de Deus que, em cinco segundos de conversa, te bombardeiam com: “Você tá bem? Casou? Tem filho? Tá namorando? Vai casar quando? Tá trabalhando? Qual é o salário? Tá gorda/magra/acabada, hein?” Eu fico abismada como que o IBGE deixou escapar pessoas com talento nato para recenseadoras… Onde está a vergonha? Naqueles momentos em que minha paciência evapora e escapa uma resposta atravessada. É um momento de solidariedade, sinto vergonha pelos outros quando eles se deparam com a própria falta de semancol.
5) Gente que sabe tudo sobre tudo: Ok, as famigeradas “mentes brilhantes” (entre aspas, porque é um rótulo no mau sentido): é um tal de fazer cara de nojo quando descobrem que gosto de Victor & Leo, Shakira, Phil Collins, futebol e desenhos animados (só pra citar algumas coisas). Já tive que ouvir sermão que deveria trocar meus óculos por lente de contato porque ficaria mais bonita! (Detesto lente de contato e adoro usar óculos, mas para algumas pessoas, isso é crime…) Acho que estas pessoas são tão brilhantes que sublimaram a noção de que gosto é subjetivo e pessoal. Não sou obrigada – e nem vou – gostar de algo porque os outros acham que eu devo fazer isso, porque seria de status melhor do que minhas atuais preferências. Tem horas que beiro a “mulice” de tão teimosa, mas não sou maria-que-cegamente-vai-com-as-outras.
6) Romances de banca: Quando eles são ruins – sim, há livros com histórias ruins, personagens ruins, desfechos piores aindas, apesar de algumas pessoas acreditarem que falta senso (seja o “bom senso” ou o “senso crítico”) a quem se confessa consumidor deste tipo de livro – sinto muita vergonha pelo desperdício de tempo, papel e investimento neles. Daí você inclui más escolhas de capa e títulos, algumas traduções que parecem ter sido feitas em um mau dia do Edward Mãos de Tesoura e com erros de Português que doem de ver – juro que li um recentemente (pra sorte dele, esqueci o título) que tinha uns cinco ou seis “PARALIZADA”. Como dizia aos meus estagiários, quem ficou PARALISADA – COM S – fui eu lendo isso…
7) Músicas com letras agressivas e de mau gosto: Pode ser em Português, Inglês, funk, rock, hip hop, samba, pagode, cantada por qualquer tipo de pessoa (sem restrição de raça, gênero, preferência sexual bla bla bla). Há formas e formas de passarem suas mensagens – alguns escolhem algo tão explícito que serviriam pra ser trilha sonora de Sodoma e Gomorra… E incentivam o preconceito, a visão das mulheres como objetos, a erotização das crianças (diante de pais e responsáveis que acham uma gracinha seu pequeno prodígio rebolativo) quando deveriam estar simplesmente divertindo…
8) Gente mal informada: Esta é uma categoria irritante. Porque ela costuma ter o desdobramento do “gente mal informada que mesmo assim insiste que você está errado”. Vou pegar um exemplo recente – estava no salão cuidando das unhas quando saiu o comentário que uma cliente anterior teria corrigido a dona do salão. O motivo: todas as presentes estavam conversando sobre o emocionante (e milagroso) resgate dos 33 homens presos na mina San José no Chile. Uma cliente corrigiu todas as outras dizendo que o resgate tinha sido de MINEIROS não de CHILENOS. Ou seja, mesmo com toda a balbúrdia há meses e a onipresente cobertura recente na imprensa, a pessoa não entendeu que eles eram mineiros por trabalharem em minas, não porque seriam nascidos em Minas Gerais! Todas riram dela. Eu também ri, de vergonha por ela e nervoso. Porque quando não sei algo, fico quieta e vou pesquisar. Ainda mais porque, sendo jornalista, querendo ou não, me tornei “fonte referencial de opinião” sobre todos os assuntos: desde futebol, passando por política, carnaval, livros, previsão do tempo, nível dos rios… E ai de mim quando não sei o tema – já ouvi de minha mãe um indignado: “você é jornalista, deveria saber” Agora já estou respondendo que sou jornalista, não o Google…
9) Gente que julga um livro pela capa: metaforicamente falando ou não. Já me apaixonei por capas que resultaram em histórias maravilhosas. Outras me levaram para histórias pavorosas. E teve aquelas capas que não me despertaram a curiosidade e depois eu me penitenciei por não ter lido antes (caso dos livros com temas sobrenaturais, que eu tinha séria restrição em ler)… Vale também para seres humanos. Também já gostei de pessoas aparentemente legais, que se revelaram o oposto. E fui vítima desta avaliação. Um rapaz que foi estagiário na empresa disse que me achava antipática, metida e insuportável, porque eu ficava quieta no meu canto sem interagir tanto com os outros. Quando chegou a vez de ele trabalhar comigo, descobriu que não era isso tudo e ficou tão arrependido que foi um lorde comigo. (Falando sério, posso contar nos dedos das mãos quantas pessoas foram tão gentis como ele foi comigo). Viramos amigos. A capa (o que ele achou que era antipatia e metidez era timidez. Em ambientes sem pessoas muito próximas, fico mais calada que monge em meditação) deixou de importar quando ele viu o conteúdo. ;D
10) Gente que critica romances de banca: A categoria daqueles que disparam um “você lê isso?” (isso = romances de banca) ou perdem tempo olhando o que eu estou lendo e fazendo cara de quem comeu e não gostou. Devem ter muito o que fazer para perder tempo comigo, algo que não mudaria a cotação do dólar, do euro ou fará o Brasil se tornar potência mundial… Já falei disso outras vezes aqui no LdM, se quiser fazer um revival as opções são: 1, 2 e 3.
11) Liverpool e Fiorentina: Outros times especiais para mim estão comendo o pão que a Jabulani ou uma parente amassou nesta temporada e estão na zona de rebaixamento. A vergonha, ou o sentimento que não consigo definir bem o que é, é porque eu queria tanto que não fosse assim, porque acompanho o sofrimento de outras pessoas que respiram e amam o clube, mais que eu, por causa da proximidade. O sofrimento delas me faz sofrer, também. E fico com vergonha de não saber como ajudar…
12) Eu mesma: O mais divertido da terapia foi descobrir que eu podia morrer de vergonha de mim mesma que o mundo não ia acabar. Tenho vergonha da minha antissocialibilidade quase patológica (tem dias que, do fundo do meu coração, odeio o mundo ao meu redor). Tenho vergonha dos meus momentos de excessiva timidez, quando alguns assuntos e/ou situações me deixam desconfortável. Tenho vergonha de não ter reagido em certos momentos, quando uma postura mais firme poderia ter sido útil, apesar da opção pelo silêncio parecer a menos desgastante. Tenho vergonha de fugir do padrão esperado: não sou exuberante, nem tão vaidosa, nem tão frágil quanto pareço, nem tão forte quanto penso ser, gosto de futebol, pizza, comédias românticas e desenhos animados, além de livros melosos (e o pior: ainda escrevo sobre eles). Tenho vergonha por parecer neurótica, louca, desprovida de bom senso só por querer ser quem sou e ficar quietinha no meu canto. Tenho vergonha por tentar acreditar que uma ou outra pessoa que me decepcionou irá se redimir (e continuar me decepcionando). Tenho vergonha por esperar meu aniversário como se ainda fosse criança e querer que todos se lembrem e torcer pra ganhar muitos presentes só para ter o prazer de desembrulhá-los e descobrir o que são (mas também morro de vergonha com algumas coisas que eu ganho e não entendo o motivo…) Mas parece que minhas razões para ter vergonha incomodam muita gente.
13) Das minhas habilidades na internet: Não me peçam posts de design mais complicado – rendem exaustivas trocas de e-mails e conversas no MSN com a Tonks implorando ajuda, torcendo para ela ter paciência, não me mandar catar coquinho na Sibéria e procurar um curso para aprender isso… E definitivamente, não sei baixar nada na internet. Se não bastasse a conexão que não ajuda, ainda não consigo localizar o que quero. No momento, seria colocar a música Tightrope, de Janelle Monáe, no meu mp4 para ouvir no caminho diário para o trabalho… Ah, sim, tenho vergonha da minha cantoria – se eu dependesse disso pra viver, estaria perdidaça… Mas veja o vídeo no Youtube, pra ver se não é uma maneira vergonhosamente legal e animada de começar o dia!
Pra completar, desculpa o texto enorme, mas depois de chorar as pitangas com a Tonks, precisava desabafar. Provavelmente amanhã estarei com vergonha. E vou me penitenciar se tiro ou não este post do ar… Enfim, o problema é meu, de fábrica, de capa e conteúdo… ;D Mas já me receitaram uns 10 tipos de Florais diferentes pra eu encontrar meu equilíbrio interior sem precisar fugir pra Bali… ;D
Bacci!!!
Beta
Nossa, Beta. Seu inferno astral tá nas alturas, né?
Enfim, concordo com o que você falou – só tirando o futebol, o jornaleiro e o dentista.
Vida de tímido é difícil, né? Se a gente fica quietinho no nosso canto, é um babaca-cretino-metido-e-idiota, mas se tenta se juntar, é o metido a esperto.
Pelo menos o seu colega reconheceu que te julgou – erroneamente – em vez de fingir que sofria de alguma paixão platônica desde sempre.
"Gente que critica romances de banca" e qualquer outra coisa que não conheça. Como uma amiga minha diz, informação é poder e conhecimento não dói. Não custa nada fazer um test drive pra ao menos saber do que está falando.
E pessoas irresponsáveis, então. Pior que os fofoqueiros, cretinos, mal-informados, cowboys da Diana Palmer, condes italianos e sheiks juntos.
Sinceramente, fuja para Bali. Não sei se vai resolver seu problema, mas as fotos que vi de lá são lindas. 🙂
Aii Beta! vc não sabe como eu me identifiquei com as tuas "vergonhas"! caracaa, fiquei me perguntando o que levou à esse desabafo…
Mas não tira do ar não! Amei o post!
me identifiquei bastante com você muitas pessoas ja me acharam chata mas na verdadeéque sou muitotimida entre outrascoisas que vc escreveu ai
kkkk o ponto 8 está engraçado. Mas, vamos combinar.. a cliente até tinha um pouquinho de razão. Eles não eram todos chilenos, por isso mineiros até está mais correto. rsrs
Oie Beta!
Amei seu post!
Ontem estávamos justamente falando dos pontos 10, 9, 8 e 6.
Me dói ver a ignorância ser aclamada e o preconceito aceito como "nato do ser humano".
Me dói mais ainda quando eu vejo isso em pessoas formadoras de "des"opinião.
E, o pior de tudo, é pensar que essas pessoas e as que elas formam são o futuro da nossa nação.
Se com livros, estórias e coisas tão mundanas como uma capa, elas conseguem ser tão intransigentes, como elas serão com as pessoas diferentes delas?
Medo, muito medo dessa visão…
E não tira seu post daí, nem fica com vergonha dele.
Falar o que sente e o que pensa, sem amarras e sem preconceito, é uma das maiores qualidades do ser humano. =)
Ok, vamos por partes como diria Jack, o estripador.
Dois pontos:
-Romances de banca. "Você lê isso aí?" é uma constante na minha vida. A última que perguntou levou uma olhada tão feia que nunca mais perguntou. E era minha sogra. kkkkk.
-Futebol. Não bastasse ser doente por fut, sou Corinthiana. Ou seja, sofro 2 vezes! Pior são os apelidos: o último foi ESPN. "Ah, pergunta pra ESPN que ela sabe." Mas desse até gostei, viu?
Enfim, ultimamente deixei de ter vergonha por muitas coisas… Tinha pavor que os outros me tachassem disso ou daquilo… Mas vah lah, ja que tem que ser, que seja. E os florais me ajudaram muito nisso, mais a acupuntura na orelha (a única coisa terrível é quando atendo o telefone!).
Bjs!
AI desculpa mas eu tenho que falar que ri na parte dos mineiros. E você não tem que ter vergonha de se expressar.
XD
Ciao, Nina et al
Na verdade, foi um conjunto de fatores: alguns problemas pessoais, umas chatices no trabalho e uns posts malcriados que apareceram na internet e deixaram a Tonks chateada e eu com cara de "ai, Senhor, por quê?" e confesso que este post é a versão bem light e educada. A hardcore e malcriada está inacabada aqui no pc. Achei que não valia a pena.
E agora virou comédia com alguns amigos a história do "tô com vergonha" kkk
Ciao, Lilian!
Bem vinda ao grupo de pessoas com vergonha. ;D A sorte é que temos pessoas que nos ajudam e compreendem 😀
Bacci!!!
Ciao, anônimo(a)
Só havia um boliviano, a maioria era de chilenos. Mas ninguém era de Minas Gerais XD De qualquer forma, fiquei com vergonha por ela 😀
Ciao, Barbara!
Talvez um dia eu mostre a versão malcriada deste post, que deixaria mais claro um dos motivos pelos quais ele foi escrito. No fim, disse pra Tonks que não valeria a pena, seria propaganda gratuita para tanta "desinformação". Cada um com suas vergonhas. Pelo menos, ainda sou feliz com as minhas…
Bacci!!!
Ciao, Carla Blackhawk:
O "vc lê isso aí" depende do meu humor: dia que ele tá ruim, não me responsabilizo pela resposta. Dia que ele está bom, ignoro o idiota.
Vc é Corinthiana e eu sou Botafoguense. Logo sabemos o que é sofrer e morrer de vergonha XD
Estou quase me rendendo aos florais, só que pela necessidade de vários deles, acho que comprarei todos, vou misturar em um balde e tomar de canudinho. Talvez faça efeito kkk
Bacci!!!
Ciao, Vitor
Acho que perdi a vergonha de ter vergonha de colocar esse post no ar! 😀 Valeu pela leitura e espero que volte aqui mais vezes! 😀
kkkkkkkkkk. hilário esse seu post. amei.
A parte do 'sou jornalista, não o google' cai como uma luva para mim! Quantas vezes já tive que dizer algo parecido. As pessoas acham que por sermos jornalistas somos uma fonte infinita de saber… Stephen Hawking que se cuide com a gente!
rs
Beta e Érika
Acho que vou fazer uma camiseta com os dizeres
"Sou jornalista, não o google"
Vocês topam?!
Hum…. eu estou precisando escrever algo do tipo "tenho vergonha de…" mas eu sou tão explosiva que digo logo as coisas na cara das pessoas… que não me resta muito o que escrever…
Esse sol em Escorpião é BABADO… e olha que nascer no dia das Bruxas (31/10) ainda colabora mais ainda para isso.
Eu tenho tantos problemas com o ponto 8… putz… fico anda (mais) irracional quando topo com uma figura dessas… algumas vezes consigo contar a ânsia destrutiva de dizer "vai ser lesado assim na caixaprego" e digo a mesma coisa só que de forma mais light kkkkkk
Romances de banca – Acho que SEMPRE vamos ser olhadas como seres extraterrestes por expormos nosso gosto, porque já dizia um antigo slogan da Nova Cultural "Todo mundo lê, mas ninguém conta".
Ciao, Alexandrina!
Ainda bem que o post está sendo aprovado. Achei que as pessoas o achariam chatérrimo! Pelo menos a gente se identifica com as nossas vergonhas 🙂
Bacci!!!
Érika
O que mais me estressa é algumas pessoas acharem que eu tenho obrigação de saber tudo sobre tudo o tempo todo e não posso ter direito a "gostos menores". É um tédio e, como eu disse, nem todo dia acordo com vocação pra santa que abalou o mundo kkk
Bacci!!!
Ciao, Carol!
Tô dentro da ideia da camisa. Acho que faria a minha azul royal com letras brancas kkk
Amiga, este post tem uma versão inacabada muito mais malcriada e nada sutil e tão autopenitente. Mas achei que não valia a pena dar propaganda a quem tem motivos pra lamentar estar no mundo – o que não é meu caso.
Menina, depois de ler sobre todos os outros signos do Zodíaco, nada me convence a trocar de constelação. Pelo menos sei todos o limite do meu bem e do meu mal e deixo bem claro para todos. Ninguém pode dizer que comprou gato por lebre comigo… ;D
Menina, temos sofrido com essas pessoas desinformadas…
Pois é, "todo mundo lê, mas ninguém conta" – exceto nós. Ixi, você está certa: somos praticamente aliens!!!
Bacci!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
acabei de passar uma vergonha rindo sozinha como uma louca aqui no Centro acadêmico da Universidade lndo esse post.
É tão bom quando a gent encontra alguém que compartilha as mesmas vergonhas … uso aparelho e aaaaamo a Shakira! rsrs
O "vc lê isso aí" é dose! só com muita paz interior pra aturar rsrs
Oi Beta!!
Lio seu post e me indentifiquei com ele, também sou muito tímida e já sofri muito com isso, principalmente no trabalho, aliado ma isso a baixa estatura e por ser magra (de ruim como minha irmã diz), não pareço a minha verdadeira idade e às vezes acham que tenho 17 anos e não os meus 32 anos, uso óculos (tenho miopia e astigmatismo), e uso aparelho ortodôntico há cinco anos (não vejo a hora de tirar- minha esperança é em dezembro), já vária pessoa falarem para usar lentes de contato (tenho conjuntivite alérgica e não posso) e tenho que ficar explicando os motivos.
Por ser tímida as pessoas no primeiro momento me acham antipática depois que me conhecem melhor mudam de opinião, mas é tão ruim. Sou enfermeira e as pessoas acham que eu tenho que saber tudo como se fosse o médico, não perguntam para ele e vão perguntar para mim! Tem dias que fico me perguntando onde eu estava com a cabeça que decidi escolher ess profissão. Vergonha sinto de mulheres que não se valorizam, sessa músicas vulgares (funk entre outros) ne eu tenho que me envergonhar de gostar de ouvir bossa nova, Shakira, sertanejo?
Seu veio mesmo a calhar, estou numa revoltada, já usei florais, já fiz acupuntura, estou utilizando a homeopatia, faço terapia,mas tem horas que penso e se eu deixar esse trabalho que me consome será que eu viverei melhor?
A terapeuta diz que é uma faze que estou fazendo avaliações sobre a minha vida.
Quem sabe as coisas melhoram.
Beijos
Oi, Beta!!!
Cheguei ontem de viagem, estou um caco, mas feliz que nem pinto no lixo, como dizia o saudoso Jamelão!
Depois horas de voos exaustivos e 1.421 fotos me deparo com esse post fantástico! Não se preocupe: suas vergonhas são as minhas vergonhas e pelo jeito de muita gente também.
Melhor ainda é ter a coragem de assumí-las e partilhá-las com a gente, para que não nos sintamos "esquisitos" e fora do contexto básico que esperam de nós.
Peço a Deus todos os dias para controlar o meu gênio (é, gente, escorpiano é fogo, uma granada sem pino…), para me dar paciência com aquilo que não posso melhorar nem em mim nem nos outros e sabedoria para poder conviver com tudo isso em paz.
Assim é a nossa vida e acredito piamente que a gente está aqui exatamente por isso: para aprender a conviver com as diferenças e crescer interiormente.
Li uma vez, há muitos anos, em uma psicografia do Chico, atribuída ao André Luiz, a seguinte frase: "Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas." Desde então, essa é a minha filosofia de vida. O que puder fazer para melhorar o meu interior e trazer o de melhor para todos os que puder ajudar, farei, independente do que pensam de mim.
É isso aí, força, amiga!
Beijos,