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Cap. 639 – Harry e seus fãs – Melissa Anelli (Maratona Feliz Desaniversário)

Ciao!!!

 
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Este é o livro que abre a Maratona FelizDesaniversário. Uma meta pessoal de diminuir a pilha dos livros de
livraria, que ficou um tanto relegada em terceiro plano por causa da prioridade
do Mestrado. E o primeiro permite que eu fale de uma paixão muito grande: a
série Harry Potter.
Harry
e seus fãs – Melissa Anelli – Rocco
(Harry, a history – 2008)
Melissa é uma fã ardorosa da série de Harry Potter.
Tão ardorosa que participava de um site (e anos depois seria a editora dele), o
Leaky Cauldron.
Neste livro, ela conta como conheceu a série, porque se tornou tão importante
para ela, as “maluquices” (para quem não entende o comportamento) de viajar
para promover lançamentos de livros, participar de encontros de fãs, assistir
às bandas inspiradas pela saga, discutir tudo relacionado a história – e,
quando digo TUDO, entenda-se TUDO mesmo: frases, possíveis pistas, caráter dos
personagens, quem deveria namorar quem (creiam-me, as pessoas podem reagir
terrivelmente passionais sobre isso).
O
livro analisa a saga do ponto de vista de uma fã apaixonada por este universo
criado por JK Rowling. Conta as dificuldades, incluindo a tentativa de censura
sofrida pelos sites de fãs pela empresa que comprou os direitos de transformar
a série em filme. Discute a oposição aos livros – confesso, fiquei tão chocada
quanto a Melissa ao ver as alegações da mulher que queria banir a série das
bibliotecas de um estado norte-americano. Argumentar contra fanatismo é muito
difícil (e isso vale para qualquer aspecto da vida).
Tem
detalhes que eu, uma fã apaixonada, nunca sonharia: entrevistar JK Rowling. Já
imaginou?
Se
quem lê não for fã de nada, vai concluir que Melissa (e outros, em diferentes
níveis, parecidos com ela) é uma louca que não tem mais o que fazer da vida. E
se dedica a um livro, sacrificando emprego, vida social e praticamente se
mudando para um universo que a distingue, inclui e exclui, ao mesmo tempo.
E eu
a entendo porque passei por isso. Harry Potter entrou na minha vida –
oficialmente – entre os dias 10 e 14 de dezembo de 2000. Extraoficialmente, eu
tinha lido sobre o lançamento do segundo livro – Harry Potter e a Câmara Secreta – no caderno Prosa & Verso de O Globo.
A matéria só me chamou a atenção porque fizeram um desenho do Harry que
lembrava muito o Wally (e eu adoro o desenho Onde está Wally? – era a alegria da minha mãe quando passava,
porque eu e minha irmã ficávamos caladas caçando o Wally), ao ponto de eu achar
que era um livro sobre o rapaz aventureiro que eu neuroticamente queria saber
onde estava. Li a matéria, fiquei um tanto curiosa sobre a série e arquivei a
informação em algum lugar do meu cérebro… E a ressuscitei na Saraiva do Barra
Shopping quando me perguntaram o que queria de presente: peguei o primeiro
livro da série – Harry Potter e a Pedra
Filosofal
– e não larguei mais.
Voltei
para minha cidade lendo no ônibus. No início, confesso, achei meio chatinho,
várias vezes me perguntei “puxa, tanto oba-oba por um livro assim…” e, do
nada, em algum momento que não consigo definir, a história me fisgou. De um
jeito que eu não conseguia largar. Enquanto não li o final, não sosseguei. E aí
criou-se o problema: EU TINHA QUE LER O QUE VIRIA A SEGUIR. Fui à livraria e
comprei os dois livros seguintes – que já tinham sido lançados – e li AMBOS em
menos de DOZE horas
. *Sim, temperamento obsessivo-compulsivo de Escorpião versão
turbo detected
*. Aí passei para o estágio seguinte: viciar outras pessoas para
ter com quem conversar e depois para a etapa do “aguardar ansiosamente o
lançamento dos livros tentando fugir de qualquer tentativa de spoiler”.
Por isso, entendo tão bem Melissa, sou uma garota não-adolescente que
surtava/surta com a série. E que se encantou com o mundo criado pela JK
Rowling, que misturava referências que eu conhecia e outras que eu fui atrás para
entender. Tanto que não importo em dar um dos livros de presente. Eu respeito a
série cujo mérito foi de incentivar e aproximar do universo da leitura jovens
mentes não acostumadas, mesmo tendo livros enormes – e sem desenhos. Eu lembro
de ver crianças implorando para que os adultos comprassem para elas. E espero
que tenha sido uma ótima porta de entrada e que todas elas tenham seguido o
caminho desbravando outras histórias nacionais e internacionais!
– Outros links: O Globo;
Caindo de Boca;
Burn Books;
Entrando numa Fria;
Scar Potter (onde está a tradução da entrevista que a Melissa fez com a JK
Rowling);
um blog em Português para o livro

Há também o site da Editora Rocco e o blog oficial do livro feito pela autora (aliás, o post mais recente lá é da época do lançãmento do livro no Brasil!!!).
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Livros escritos por fãs, com entrevistas e pesquisas além de experiências próprias, costumam ser livros escritos com muita paixão, o que torna-os muito bons.

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