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Cap. 706 – Íker Casillas: la humildad del campeón – Enrique Ortego

Ciao!!!



Lembram
quando eu contei que, no ano passado, eu tive um Natal em julho? Foi quando
chegou aqui em casa, após compra na Wook (com o apoio fundamental da Andrea),
dois livros que eu queria muito, mas não achava que conseguiria comprar: Los Secretos de la Roja e a biografia oficial do Casillas.
E
aproveitando que, na semana que vem, o moço sopra velinhas (32 anos no dia 20
de maio) e se, tudo der certo e ninguém mexer em nada, mês que vem ele estará
no Brasil junto com os amigos para a Copa das Confederações, este foi o livro
que separei para a Maratona Feliz Desaniversário deste mês.

  

É um
livro que interessa quem gosta de futebol, quem gosta de futebol espanhol e
quem é fã dele. Os curiosos também podem se sentir atraídos para entender como
se forma um jogador de futebol e como se constrói um ídolo. De certa forma, o
livro me interessou porque ele participou da minha carreira jornalística, sem
saber, óbvio. A primeira vez que ouvi falar dele foi na Copa do Mundo de 2002,
quando ele se tornou titular após um acidente bizarro envolvendo o goleiro
titular, Cañizares (o vidro de perfume quebrou e cortou o pé dele). Eu estava no
meu primeiro emprego, fazendo o noticiário e comentários. Lembro que, quando o
vi, pensei: “caramba, como ele é novo e é titular!”. Aí já viu, né, fiquei
acompanhando a Espanha e lembro que fiquei MUITO IRADA quando eles foram
eliminados – porque foi um roubo descarado. Depois quando o Ronaldo Fenômeno
foi para o Real Madrid, incluí o time na minha ronda esportiva (e ficou de vez
quando passei a ter TV por assinatura) e, por isso, Íker Casillas é um dos
jogadores que sempre esteve na minha vida. Ele foi um dos motivos que me fez
afeiçoar à Espanha e torcer por eles na Eurocopa e na Copa do Mundo.


O
livro conta a importância da família na vida dele: se o pai não se sacrificasse
para levá-lo de Móstoles ao CT do Real Madrid, nada disso teria acontecido;
como cada etapa foi conquistada com muito treino e esforço (o que só reforça a
minha teoria de que a sorte valoriza quem está pronto para ela), as
dificuldades que ele enfrentou (embora reconhecidamente talentoso, precisou
controlar o temperamento difícil – sim, uma escorpiana dizendo que um taurino
tem temperamento difícil é basicamente o roto falando do esfarrapado – e lidar
com os momentos ruins), as decepções nas competições e as vitórias. E detalhe:
ele não é um goleiro alto (1,85m), mas é extremamente ágil na saída do gol
(pergunta para o Robben, que deve ter pesadelo com as duas chances perdidas nafinal da Copa de 2010
) e é uma liderança tanto na Seleção quanto no Real
Madrid. Como disse, não caiu do céu, ele trabalhou, treinou, levou esporro, deu
esporro, brigou por esta posição e agora pode desfrutar do resultado do
trabalho.




Gosto
do fator humano – ele não teve uma carreira 100% perfeita (e eu não sabia da parte da desavença com o Hierro, mencionada no livro). Gosto do jeito como
ele se emociona em campo: é reconhecidamente chorão. Chora quando perde (deu
dor no coração vê-lo após a derrota contra o Liverpool na Liga dos Campeões de
2009 – e eu amo os dois times. Terminou 4 x 0 porque ele evitou uma lambada
ainda maior.), quando ganha (final da Copa de 2010 – Iniesta acaba de marcar na
prorrogação, time comemorando e a TV mostra que ele está chorando copiosamente
. Foi uma das imagens mais lindas que vi –
embora na hora comecei a gritar com a TV: “PelamordeDeus, o jogo não acabou!
Chora depois!” – porque representa o que a gente imagina ser o sonho de todo
esportista: vestir a camisa do país e vencer a competição. E a Espanha tinha
uma sina de “quase”, era o time “ótimo, cheio de talentos que sempre fica pelo
caminho”. E foi a geração de Íker & companhia que mudou isso), quando fala
da família (adorei entender a ligação da família com o País Basco e a origem e significado do nome dele) . E ainda realiza trabalhos comunitários, gosta de animais (tem dois
cachorros de estimação, Doce e Uno) e de crianças. É amigo do Nadal, interage
com a realeza e adora o irmão caçula, Unai, que torce para o Barcelona (!!!). E
mesmo assim, a frase dele mais famosa deixa claro que por mais alto que chegue
não esquece de onde veio: “Não sou Galactico, sou de Móstoles”. Ou seja, quase
gente como a gente.


Claro
que, por ser um livro oficial (com a chancela do Real Madrid), não vai ter alguma
abordagem controversa – mas também não soa como o Manual do Escoteiro Mirim. Embora,
a maior polêmica da carreira está acontecendo agora: o fato de ele ter perdido a posição de
titular, numa decisão que rendeu muito drama para ele, para a equipe e para o
técnico José Mourinho. Talvez, em algum relançamento futuro (ou em outro
livro), a gente tenha acesso aos detalhes (o capítulo devia se chamar O chefe…). O fato é que – pelo que pesquisei em
diferentes fontes (não dá para confiar nos jornais espanhóis porque eles são
todos anti-Mourinho e capazes de inventar fatos para prejudicar o treinador.) –
justamente por causa da campanha anti-Mourinho, apareceram notícias no jornais
que falavam sobre fatos dos bastidores, que não chegariam no ouvido dos
jornalistas a menos que alguém tenha contado. E a fama de fofoqueiro caiu sobre
os dois principais capitães do time, Íker e Sergio Ramos. Na época, ambos
namoravam jornalistas, como ambos não morrem de amores pelo técnico (de acordo
com as más línguas) e, para agravar, a namorada do Casillas, Sara Carbonero,
fez comentários criticando o time (a polêmica mais famosa foi quando ela chamou
o Cristiano Ronaldo de egoísta). Por mais que ela seja uma profissional
habilitada e que acompanha o futebol, acreditaram que tinha influência dele. Como
se não bastasse, há quem garanta que a desavença Real Madrid-Barcelona durante
a gestão Mourinho que foi apaziguada por Casillas também é um dos motivos do
técnico olhar torto para o goleiro. Assim, quando as notícias vazaram, ele
virou o suspeito nº1. Chegou a tal ponto que neste ano, depois de cerca de 10
anos como titular indiscutível, o técnico o colocou na reserva. Para piorar, em
um jogo que ele entrou, se machucou em um lance acidental e ficou semanas de
molho. O Real Madrid contratou Diego López que está indo bem (ok, o que
aconteceu em Dortmund não foi culpa dele, mas de um time que estava mais
interessado em ficar “Tá vendo aquela lua que brilha lá no céu” do que em
ajudá-lo) e a lenga-lenga continuou – com direito a Mourinho dizer com todas as letras que preferia Diego López. Ou seja, é uma biografia que ainda está
sendo escrita e terá novos capítulos.

Ah, não é que esqueci de mencionar, ele fala pouquíssimo sobre o namoro. Diante do que todos falaram na época da Copa, entendo e respeito a opção dele.



– Links:
Site oficial do Real Madrid – perfil do Casillas e
 matéria sobre o lançamento do livro.
No Blog del Real Madrid há a transcrição da entrevista
 e se interessar, pode ver o vídeo da apresentação.
Ainda nos vídeos, este é um dos meus favoritos: Real Casillas (faz parte de uma
série de entrevistas com os jogadores feitas pela Real Madrid TV. Ainda não
consegui ver todas, mas posso garantir que são muito boas)
.
No blog Uma Madridista,
 há a transcrição para o Inglês, se você não entende Espanhol. No Uma Madridista
também há post sobre o livro e sobre a apresentação do livro
.
Ele tem Twitter, mas não usa. A rede social favorita dele é o Facebook (dizem que o Instagram também é bem movimentado, mas como não tenho, não posso afirmar…)
.


Ainda para rir: ele faz
comerciais. Alguns são ótimos, outros são muito #verguenzaajena. Deixo alguns
links, divirtam-se avaliando:
Groupama Seguro;
Me siento seguro: elevador,
estacionamento,
táxi,
acupuntura;
cerveja Mahou;
nova loja da Adidas no estádio
Santiago Bernabéu;
Pepsi: Manchester United x Real Madrid
1 e 2;
Head & Shoulders e Seguros BBVA (com o Iniesta) (se estou andando na rua e isso acontece comigo…)

Bacci!!!

Beta

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