Ciao!!!
Só para resumir aqui para quem não acompanhou no Twitter. Sim, foi um massacre. A Espanha campeã do mundo não foi nem pálida sombra dela mesma. E o Brasil jogou como há muito tempo eu não via. Já começou no Hino: fazia tempo que eu não via o time cantar o Hino Nacional com tanta garra e gosto.
Outro fator que jogou a favor do Brasil: o gol relâmpago do Fred. Desmontou qualquer pretensão da Espanha de cozinhar o jogo com o tiki-taka. Partindo do mesmo princípio da Itália, o Brasil fez o que a Azzurra não conseguiu: criar e APROVEITAR as chances. A Itália criou chances, até dominou parte da semifinal, mas não matou o jogo. O Brasil criou e matou.
E a Espanha adora levar gols malucos. O gol “Trapalhões” contra a Suíça, na estreia da Copa de 2010. Hoje, segundo o Twitter (acho que foi o @naosalvo): gol quadradinho de 8 do Fred. Aqui tem vídeos dos melhores momentos. E virar tendo dois atacantes inoperantes como Pedro e Judas é dose pra leão. Deu pena do Iniesta e olha que, geralmente, nem penso em sentir pena dele (já que não sou uma torcedora azul-grená). Era um dos poucos sensatos entre os adversários em campo…
“La Roja” esteve irreconhecível. E faz 11 anos que acompanho o time e vi a maior parte dos jogos nestes 5 anos vencedores: foi a primeira vez que eu vi o time com tanto nervosismo e tietagem diante de um adversário. Tietagem = eles entraram com respeito excessivo diante do Brasil. Quase pedindo desculpas por existir. E o mérito da Espanha é ficar com a posse de bola. Assim ela domina o jogo, se impões sobre os adversários e ninguém tem como expor e testar as fraquezas dela. Hoje o Brasil conseguiu deitar e rolar em cima do nervosismo que se mudou com mala e cuia para o lado vermelho do campo. Eu escrevi no Twitter: o Brasil estava jogando como se a Espanha não tivesse nenhuma estrela da camisa. E a Espanha encarava como se o Brasil tivesse 20. #madrehooligan acha que a Espanha amarelou. Eu não sei se chega a tanto, acho que eles entraram com um plano que desandou com menos de 2 minutos. E só na adversidade ficou claro que o tiki-taka liberta, mas também aprisiona: eles não tinham opção de ataque, porque Judas e Pedro são especialistas em tirar Jó do sério na arte de desperdiçar chances (e quando acertam o caminho do gol, como aconteceu com Pedro, David Luiz evitou que a bola entrasse). Aí quando tem chance de diminuir o placar, cadê os batedores oficiais? Pois é, o time não tinha – Xabi Alonso ficou na Espanha (se recuperando de pubalgia), Villa e Fabregas estavam no banco. Sobrou para o Sergio Ramos, que tanto tentou tirar a bola do Júlio César que tirou do gol… Enfim, a Espanha ficou com uma dor de cabeça pra resolver. Porque a Itália mostrou o caminho e o Brasil comprovou que é possível.
E sejamos sinceros, na minha modesta opinião, o Fred deveria ter sido escolhido o melhor em campo: fez o gol que transformou a Roja em pudim e depois marcou o que transformou o pudim em pó. Só que cai em algo que eu disse no twitter e aqui no blog: parece que existem uns poucos escolhidos para o endeusamento.
Já tem gente dizendo que a Espanha era uma mentira. Tem gente tirando onda de torcedor patriota – sendo que há menos de 1 mês estava descendo o sarrafo no time do Felipão. Por favor, fujam dos oportunistas e dos exagerados neste momento. Foi a Copa das Confederações – uma prévia do que ainda está por vir: a Copa do Mundo. Foi ótimo ter vencido? Claro. Mas não garante título automático no ano que vem.
Enfim, foi um jogo memorável. Agora é esperar mais no ano que vem 😀
Bacci!!!
Beta
ps.: Pra quem caiu de para-quedas aqui e só sabe o quanto eu gosto da Itália e da Espanha, boa parte desta análise foi publicada ontem, antes do apocalipse espanhol e do ressurgimento brasileiro das cinzas.
ps.: E a foto acidental do Cavalieri entra para o rol dos flagrantes indesejados no vestiário do campeão hahaha
Uma crítica concisa e perfeita !!!