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Cap. 764 – Perdidamente Apaixonada – Vanessa James

Cíao!!! 

Florzinha.
Florzinha com protagonista
jornalista.
Florzinha com protagonista
jornalista fazendo bobagem.
Eh lelê…
Perdidamente
Apaixonada – Vanessa James – Julia 229
(The fire and the ice – 1982
– Mills & Boon)
Personagens: Sara Ford e Max
Christian
Sara estava com um grande
problema para ser resolvido: tinha um novo chefe, sob o qual tinha feito um
texto não muito lisonjeiro. E Max Christian estava disposto a não dar um
instante de sossego. Nenhum texto era bom o suficiente e ela passou a receber
pautas que não gostava. A situação chegava ao limite e logo, logo ela teria que
tomar uma decisão sobre a vida profissional e sobre si mesma…
Comentários:
– Este livro teve alguns
momentos que me incomodaram bastante, espero me lembrar de todos:
1) Herói machista: Ok, eles
eram o máximo neste tipo de livro. Max Christian me irritou porque ao
identificar em Sara uma mulher que queria se dedicar à carreira (“uma mulher
liberada”) concluiu que era por um trauma relacionado à família:
Já tive oportunidade de
conhecer muitas mulheres liberadas em minha vida, e todas eram tiveram uma
infância infeliz. Todas antipatizavam com os homens por causa disso e você não
é nenhuma exceção à regra, Sara
”. (p.38)
Feministas! Só a palavra me
dá náusea! Mulheres que morreram do pescoço para baixo que saem correndo
apavoradas quando descobrem que um homem está interessado por elas! Morrem de
medo de sexo, mas não conseguem admitir isso
”. (p.38)


Sério. Não dá pra ir com a
fuça de alguém que fala isso (Ok, foi durante um diálogo que mais parece um
show de horror dos preconceitos dos dois lados – mas não dizem que é no momento da raiva e
às vezes do humor – que muitas pessoas dizem o que pensam de verdade?).
2) Heroína jornalista
incompetente: Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói. Dói.
Já disse que dói? Pelo que li a respeito de Sara, ela tinha potencial, mas do
jeito que escrevia, só me resta concluir que era uma jornalista ruim. E diante
dos dois exemplos citados (a matéria com Max e com Ellen Ellis), incompetente
era pouco. Só não posso dizer que era uma pessoa má intencionada (como tem
vários por aí em todas as profissões, infelizmente) porque a história faz
questão de deixar claro que ela age movida pelas próprias convicções. Além
disso, sei que “casa de ferreiro espeto de pau”, mas a incapacidade observadora
de Sara no que se refere ao que acontece debaixo do nariz dela é incrível!
3) Embate mulher liberada x
mulher para casar: tá, o livro é de 1982, quando em tese, o mundo já não era
igual a antes, mas ainda assim, nos livrinhos, a missão é convencer de que a
boa moça deve abrir mão de tudo pela família (Ellen Ellis fez isso e não se
arrependeu e é a única pessoa que se expressa de forma coerente na
história); se não faz parte dos seus planos, então há algum problema com você
porque não gostar de homem não é natural. Aí a conclusão é óbvia: teve uma
infância infeliz, os pais separaram, mas um homem de verdade vai te mostrar o
caminho da felicidade. Aham.
4) Mocinha confusa:
convicções profissionais erradas, convicções pessoais em xeque. Confusa pelo
que sente pelo chefe, aquela coisa te odeio?/te amo?/não sei!!! Ela faz uma
gororoba de sentimentos que no fim eu já torcia pra que os bombeiros, o SAMU,
alguém do SOS Malibu estendesse uma mão amiga para essa criatura antes que se
afogasse em si mesma. Muito orgulho, pouco senso. Haja coração. Sério! Sem
contar que ela cai em todos os
truques/armadilhas que a rival planejou e ela não detectou. Sim,
consegue ser pior que eu no videogame do Mario Bros – Luigi sofreu com a minha
falta de coordenação motora e a praga do Yoshi deve estar fugindo de mim até
hoje.
Tentando resumir: Sara
escreveu um artigo detonando Max Christian, baseado em ideias pré-concebidas a
respeito dele (embora ela não tenha mentido sobre o machismo). Como o mundo dá
voltas, ele se tornou chefe dela, demonstrou claramente que se lembrava de cada
vírgula que ela havia escrito. Sara começou a surtar com o fato de ele não
respeitá-la enquanto jornalista e muito menos enquanto mulher (já que ela
preferia não atender ao estereótipo de feminilidade), e ficou estressada com
as críticas que ele fazia e também de ele demonstrar que se sente atraído por
ela. Além disso, Sara não percebe que apenas ela achava a relação com o chefe
“estranha”, para todos os demais era pública e notória a intensa atração entre
ambos, que apenas não admitiam… E os dois jornalistas não se COMUNICAM. Um
fica tentando adivinhar o que se passa na mente do outro, no ínfimo tempo em
que não estão pensando em si mesmos…
Enfim, já vi gente partir de
ponto parecido e fazer algo legal. Mas como não consegui simpatizar nem com o
machão invasivo nem com a criatura confusa que é a mocinha só me resta desejar
a qualquer outra pessoa uma boa leitura.
– Links: Goodreads e no Fantastic Fiction
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Oh, eu creio que não lerei esse romance … Ela faria meus nervos explodirem. Ele faria meus nervos explodirem. Isto não foi um enredo atrativo para mim …

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