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Cap. 790 – A cortesã e o samurai – Lesley Downer

Ciao!!!

Ah,
a mania de escolher um livro pela capa. Foi o meu caso aqui. Eu me apaixonei
pela capa… 
A cortesã e o samurai –
Lesley Downer
 – Editora Record
(The
courtesan and the samurai – 2010)
Personagens:
Hana e Yozo
A luta
pelo poder dividia o Japão, mas parecia perto de um desfecho em 1868. De um
lado, os nortistas que defendiam o governo do xogum. Do outro, os sulistas que
lutavam para restabelecer o Imperador e ganhavam cada vez mais espaço. Em meio
à guerra, Hana, esposa de um guerreiro sulista que partiu para a batalha, é
obrigada a fugir de casa e termina em Yoshiwara, o bairro do prazer em Edo (que
seria Tóquio). E ainda Yozo, um dos 15 jovens japoneses enviados para estudar no
exterior, retorna para encontrar um país totalmente diferente e tentar mudar o
rumo com o que aprendeu, mesmo que muitos dos próprios companheiros não aceitassem
um estilo que diferia da conduta samurai.
Comentários:

Para entender esse livro, tive que pesquisar um pouquinho (o que leva a um dos
links que vou mencionar abaixo) e sofrer com a mente em dia desatento, porque
confesso, inverti quem lutava por qual lado até o meio do livro. E não foi
culpa da autora, que deixou claro desde o início. Foi pasmaceira minha mesmo.

Se você gosta do Japão ou tem curiosidade em saber mais sobre um cenário que
muitas leitoras não costumam prestar atenção (a maioria das histórias usa
Estados Unidos e Europa como cenário), o livro tem descrição detalhada de
roupas, costumes, locais do Japão no século 19. Do jeito que a autora conta, a
gente pode imaginar os locais – a descrição de Yoshiwara é um exemplo disso. O livro
é dividido de acordo com as estações do ano, acompanhando o desenrolar da reta
final da guerra e as consequências dela.
– Os
protagonistas são dois jovens que têm a vida afetada diretamente pela guerra. Hana,
fugitiva, vendida por uma cafetina a uma casa para se tornar cortesã. Ela acaba
se adaptando à vida (não tinha como fugir) e se torna a sensação de Yoshiwara,
sendo disputada pelos melhores clientes.  Yozo viajou com um grupo de amigos para aprender
conceitos de guerra e informações sobre o Ocidente e, quando retornou, não era
aceito nem pelos próprios companheiros de batalha, por terem se envolvido com
os estrangeiros. Dentro do grupo nortista, que ainda lutava pelo xogum, havia
esse racha entre os homens que seguiam o comandante Yamaguchi, que era um samurai
– e respeitava rígidas normas de conduta. Por causa de uma desavença que
resultou em uma morte, o comandante e Yozo não se davam bem e isso será apenas uma
batalha dentro da guerra.
– Só
o romance é que eu achei que foi meio “vapt-vupt”: eles passam mais da metade
dos capítulos separados, cada qual lidando com as decisões tomadas em tempo de
guerra. Quando eles se encontram, se apaixonam em um piscar de olhos. Quando a
situação se torna crítica, eles precisam correr contra o tempo e contra os
inimigos para poderem se salvar. Senti falta de mais romance, mas talvez seja
um reflexo de um período de guerra, onde tudo era instável e poderia se
desmanchar a qualquer momento.

No final do livro, há uma carta da autora, explicando as inspirações por trás
de alguns personagens, como foram as pesquisas para o livro e ainda tem uma
bibliografia extensa para quem se interessou mais sobre o assunto.
Bacci!!!

Beta 

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