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Cap. 1098 – Doce perdão – Lori Nelson Spielman

Ciao!!!

Gente,
que livro bom! Justamente por mostrar que perdoar não é um caminho fácil e que nem
sempre é garantia que vai levar à redenção imediata.
Especialmente
quando a pessoa está tão confusa sobre o que realmente quer.
Doce perdão – Lori Nelson Spielman –
Verus
(Sweet
Forgiveness – 2015)
Personagens:
Hannah Parr e as Pedras do Perdão
A
vida de Hannah Parr estava quase perfeita. Apresentadora de um programa de
televisão em Nova Orleans, queridinha do público, namorava o prefeito, com quem
esperava se casar. Até ser surpreendida com o passado batendo à porta. Primeiro,
porque ela recebeu uma das cartas com as Pedras do Perdão, de uma pessoa que a
havia atormentado. Depois por ela se ver empurrada em busca de reconciliação
com algumas pendências para poder ter paz. Só que as coisas se complicam, muito.
E talvez o perdão não seja a garantia de paz.
Comentários:
– Perdoar é difícil. Dependendo
do caso e dos envolvidos, soa como missão impossível. Envolve a superação de
dor, mágoa, tristeza, rancores e outros sentimentos negativos (pelo menos,
nunca vi alguém pedir perdão por fazer o outro feliz). Pior ainda é o “se
perdoar”, porque, como já disse em outros textos, muitas vezes somos nossos
piores críticos e inimigos.
– Hannah Parr vai descobrir
isso, ao longo da jornada narrada em Doce
Perdão
. Ela batalhou e construiu um nome na TV de Nova Orleans. Era amada e
respeitada. Mas lidava com a queda da audiência do programa. E, apesar de sido
avisada, não atinou para a cobra venenosa que estava de olho no cargo dela e
disposta a tudo para tirá-la do caminho. Afinal de contas, o foco de Hannah estava
no súbito descontrole que surgiu em sua programada vida rumo ao sucesso. Ela esperava
se casar com o prefeito Michael Payne, mas ele nunca a assumia oficialmente. E
ainda tinham as Pedras do Perdão. Ela foi uma das 35 primeiras pessoas a
recebê-las de Fiona Knowles, a autora do livro que tinha se tornado uma febre
nacional e incentivou uma onda de revelações, tentativas de reconciliação e expiações
de culpas.
– No entanto, será mesmo que
valia a pena revelar todos os segredos? Hannah carregava alguns há mais de 20 anos.
O motivo que Fiona queria o perdão dela era apenas a ponta do iceberg. O outro
envolvia uma desavença com a mãe, que beirava a irreparável. Uma série de
circunstâncias – algumas despertadas por ela mesma (que mirou no que imaginava
ver e acertou onde não queria) – a empura para este reecontro com as certezas
que ela imaginou ter sobre o próprio passado e o peso que poderia pagar se
estivesse errada. Afinal de contas, era mais confortável acreditar na versão
que conhecia ao longo da vida, sobre a separação dos pais, sobre ter sido
preterida pela mãe e outros fatores de relacionamentos onde ela era coadjuvante
e terminou protagonista de um rompimento doído, que fez de tudo para ignorar.
– Hannah não será uma
participante ativa desta jornada. Pelo contrário, ela reluta horrivelmente. De tanto
relutar, adiar, contornar, tentar manipular, só consegue agravar a situação. Em
muitos momentos, chega a ser cruel, porque a gente percebe o tamanho da
encrenca onde ela está entrando muito às cegas por causa de um misto de teimosia,
ambição e de certa inocência (por acreditar que tudo terminaria como ela
esperava). De tanto adiar o sofrimento, ela acaba levando pancadas mais doídas.
Como o livro mesmo diz, quanto mais a gente briga pra não cair, pior torna o
tombo.
– Sob as asas da busca do
perdão do próximo e de si mesmo, o livro discute relações familiares, alienação
parental, abuso sexual, valorização das aparências, ambições, ética
profissional, autorrespeito, relacionamentos destrutivos, fama, traições, amor
verdadeiro. Como disse, perdoar é algo complexo por envolver uma série de
circunstâncias, além dos sentimentos de outras pessoas. Pode ser que leve ao
sofrimento. Pode ser que o sofrimento seja uma ponte para a liberdade de coisas
que pesam na alma. De qualquer forma, Hannah vai (penar um pouco para)
descobrir. E você pode aprender alguma coisa na jornada dela.
Arrivederci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Perdão não é meu forte ! Não ultimamente … Eu sei muito bem que esquecer não é perdoar e que perdoar não é esquecer mas uma pessoa tem de ter um estado específico de espírito para que seu perdão seja sincero e verdadeiro. Ao menos quanto ao perdão que ela conceder. Perdão a receber tem a ver com sua contraparte mesmo.

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