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Cap. 1437 – Tudo que acontece aqui dentro: cartas de amor nunca rasgadas – Julio Hermann

Ciao!!!


Para relaxar, nada melhor que
um livro de crônicas.
Textos sobre o amor. O início,
o meio, o fim e a ressaca. Em um mundo cada vez marcado por coisas e
sentimentos ruins, é uma pausa necessária para refletir sobre sentimentos.
Se é o seu caso, as palavras
costuradas por Julio Hermann podem ser uma boa companhia.
Tudo
que acontece aqui dentro: cartas de amor nunca rasgadas – Julio Hermann – Faro Editorial
(2017)

É uma
coleção de crônicas escritas pelo autor sobre os diferentes estágios do amor. Por
sorte, não foram separadas por temas, então você passeia pela montanha-russa
que o sentimento pode causar nas nossas vidas: a euforia, a alegria, a plenitude,
a sensação de estar perdido, a tristeza, o medo de não viver isso de novo, a
ressaca, a insegurança, o reinício.

“Se eu pudesse deixar um
conselho: se atira, gente. Se atira, que é melhor encarar um naufrágio do que o
espelho toda manhã, convivendo com o que não é e poderia ter sido, só que não
tentamos para saber. Se atira, que lá embaixo, nas profundezas, o mar é mais
bonito”

Antes de
cada texto, há a indicação de uma música e o respectivo cantor/cantora –
repertório variado tanto nacional quanto internacional e passando por
diferentes estilos. Não conhecia várias, mas as que conhecia casavam perfeitamente
com os textos – como queijo e goiabada (pra fazer uma comparação à mineira).

O
livro foi um dos lançamentos de fevereiro, uma opção para contrastar com a
euforia do carnaval. As palavras de Julio Hermann ressoam em nós porque podemos
imaginar que todos já tivemos uma experiência amorosa, seja bem-sucedida ou
não.

O curioso
– como ele mesmo diz em determinado momento do livro – é quanta vida existe a
cada duas páginas – o tamanho médio das crônicas. Os textos inspiram lembranças
de momentos parecidos que o leitor vivenciou – isso eu posso atestar: me fez
lembrar de um gosto que há muito tempo eu não sentia. Uma daquelas coisas que eu nem atinava ainda que ficou guardada em algum cantinho do cérebro. Isso me surpreendeu. 

Claro que eu preferi as
crônicas sobre os momentos de alegria, antecipação e euforia diante de uma
história feliz começando ou em andamento. Embora a gente sabe que é o fim que
nos afeta mais: seja pela forma como lidamos ou não com o rompimento e o que
faremos depois dele – de que forma as cicatrizes nos afetam nos recomeços
seguintes.

“Tudo que precisamos – e que
os outros precisam também – é de um pouco de amor para fazer com que estas
coisas doam um pouco menos”

Um
detalhe que muito me agradou é o fato da edição ser muito colorida – neste ponto, lembra outro lançamento da editora: O verão em que tudo mudou. As letras
são azuis. Estou avisando porque sei que nem todos se sentem confortáveis com
isso. Eu me sinto totalmente feliz – tanto que foi o motivo de um baita sorriso assim que abri o livro: azul é a minha cor favorita, é a que mais
uso nos textos que escrevo, me acalma e mantém inspirada. Poder ler um livro inteiro com este detalhe foi um agrado bem gostoso para mim. Espero que seja para vocês.

Além disso, há uma
série de ilustrações com frases ou trechos das crônicas. E capa interna é de
uma fofura só. Uma dica: tomem cuidado com a capa: é linda e não merece ficar
com as marcas de dedinhos pra todo lado (aconteceu com a minha e estou
aceitando dicas pra deixá-la bonita de novo). Edição bem cuidada dá um
trabalhinho pra nós, leitores compulsivos e cuidadosos, mas compensa, tá?

Bacci!!!
Beta

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