Menu fechado

Cap. 1602 – Gatunas – Kirsten Smith

Ciao!


  

– Já falei um pouco sobre Gatunas em um #VemAí. Terminei de ler e o que posso dizer é que esse
livro tem asinhas nas páginas. Asinhas com motor de carro de F1 e movido a
energético. Só pode.
Entre a primeira e a última página, foram 1h30 de
leitura. Sério! Há um tempo não lia um livro assim, a jato!
Gatunas: amizade não tem preço. O resto a
gente pode roubar – Kirsten Smith – Astral Cultural
(Trinkets – 2013)
Personanges: Elodie Davis, Moe Truax e Tabitha
Foster
Elodie, a invisível; Moe, a rebelde; Tabitha, a popular.
Três adolescentes de origens e comportamentos bem distintos que estudam na
mesma escola. No entanto, não é isso que as une. Elas só vão se conhecer quando
se encontrarem no último lugar onde uma imaginaria ver a outra: nas sessões dos
“Ladrões de Lojas Anônimos” (LLA), um grupo de apoio para cleptomaníacos.

Comentários:  

Isso meio que me resume:
Estou aqui e ali, mas não em lugar algum de verdade 

– Uma autora que te entrega uma história sem
enrolar. AMÉM! Imagino que a experiência como roteirista de filmes (entre eles
o meu xodó
10
Coisas que eu odeio em você

com quem
Gatunas compartilha a citação a William Shakespeare) faz Kirsten
Smith não perder tempo com coisas que não levam ninguém a lugar nenhum por, sei
lá, 300 páginas? Ela sabe o que quer contar, desenvolve os personagens dentro de
suas características próprias – revertendo os rótulos com os quais as garotas eram
vistas (e até reforçavam no ambiente escolar e familiar) – e pé na tábua: se você
embarcar na jornada das garotas, não vai perceber o tempo passar. Foi o meu
caso.
– Ela parte das diferenças entre Elodie, Tabitha e
Moe para uni-las em um ponto incomum: precisaram de ir até um grupo de apoio a
cleptomaníacos porque foram flagradas furtando objetos de lojas. As adolescentes
que nunca se aproximaram nos corredores do colégio se viram unidas pelo segredo
do crime que se sentiam compelidas a cometer.
 

– Os motivos para roubarmos lojas são variados, mas
estão unidos pela euforia de conseguir alguma coisa de graça, a mesma euforia
que um viciado sente quando consegue uma dose de uma droga (…) Para alguns de
nós, o roubo de lojas é motivado pela perda. Perder uma pessoa, um emprego ou
uma renda. Há um buraco lá dentro, e o roubo a preenche. Para outros, o roubo é
um ato de rebeldia contra um mundo que não podemos controlar.
  

– E por quê? Como diz esse trecho aí em cima, elas
estão tentando preencher uma sensação de vazio que possuem – e por motivos
variados. Alguns descontam na comida, outros na vaidade excessiva, eu lia sem
parar, até perceber que não adiantaria nada. Precisaria encarar e resolver o que
era o problema para me libertar dele. O LLA funciona como este freio. Apesar de
que, a princípio, elas se rebelam. Não queriam perder a emoção que o furto desencadeava
– dando a ela a sensação de que comandavam o mundo e outras pessoas. Mesmo sabendo
que era errado.
 

(…) a solidão de uma vitória pode te acontecer
e talvez a única coisa 

que a torna válida
é ter alguém com quem compartilhar (…)

– O caminho para elas encontrarem sentido em um
mundo imperfeito sem se sentirem esmagadas por ele passa pelas consequências da
improvável amizade que surge entre as três. Não será impecável. Haverá crises,
surpresas e problemas. No entanto, ao perceberem que não estavam sozinhas,
foram se tornando capazes de enfrentar o que as faziam sofrer. Não significa cura. Mas o início do processo para se sentir bem consigo mesmas e não depender mais da sensação que os furtos traziam.



– Esta é a lição
que ajuda Elodie, Tabitha e Moe e fez a diferença nas horas ruins da minha vida:
não estamos só. Há pessoas que nos entendem e dão aquela força até a gente ficar
firme novamente. Aceite a mão estendida, fique bem e aprenda a também estender
a sua a quem precisa.
Ah, a série inspirada no livro estreou na Netflix. Confiram
o trailer:
Então boa leitura e depois, boa maratona!
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *