Ciao!
Disponível na Amazon
Eu já li alguns livros sobre ele e outros que ele psicografou, mas ainda preciso de muito mais para ser capaz de escrever sobre o tema.
Portanto, para citá-lo nesta data, optei por livro que tivesse uma abordagem
mais jornalística.
mais jornalística.
E assim, cumpri mais uma das minhas escolhas para a Meta de Leitura.
Pinga-fogo com Chico Xavier – Chico Xavier,
Saulo Gomes (org) – InterVidas
Saulo Gomes (org) – InterVidas
(2010 – Catanduvas)
Um marco na audiência da TV brasileira: assim é definida a
participação do médium Chico Xavier no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, entre
27 e 28 de julho 1971. Tanto que motivou uma segunda entrevista, uma edição especial, de Natal,
nos dias 21 e 22 de dezembro do mesmo ano.
participação do médium Chico Xavier no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, entre
27 e 28 de julho 1971. Tanto que motivou uma segunda entrevista, uma edição especial, de Natal,
nos dias 21 e 22 de dezembro do mesmo ano.
Este livro traz a transcrição das duas entrevistas,
com direito às notas do organizador Saulo Gomes, responsável pelo convite para que Chico participasse e um dos entrevistadores, além das marcações das interrupções do programa para troca de
fitas.
com direito às notas do organizador Saulo Gomes, responsável pelo convite para que Chico participasse e um dos entrevistadores, além das marcações das interrupções do programa para troca de
fitas.
Pra
quem nasceu depois, o Pinga-Fogo era exibido às 23h30 de terça na emissora, que
era o canal 4, em São Paulo, com 1h de duração (as edições com Chico duraram mais
de 3h e 4h, respectivamente). O convidado era questionado por vários entrevistadores.
Era ao vivo, mas gravado em videotape para ser retransmitido em outras cidades
e regiões.
quem nasceu depois, o Pinga-Fogo era exibido às 23h30 de terça na emissora, que
era o canal 4, em São Paulo, com 1h de duração (as edições com Chico duraram mais
de 3h e 4h, respectivamente). O convidado era questionado por vários entrevistadores.
Era ao vivo, mas gravado em videotape para ser retransmitido em outras cidades
e regiões.
Chico
Xavier foi convidado para ir ao programa por um dos entrevistadores, o
jornalista Saulo Gomes. Por muito tempo, Chico não teve motivos para confiar a
imprensa, pela forma como era retratado nas matérias (em especial, uma publicada
na revista O
Cruzeiro).
Xavier foi convidado para ir ao programa por um dos entrevistadores, o
jornalista Saulo Gomes. Por muito tempo, Chico não teve motivos para confiar a
imprensa, pela forma como era retratado nas matérias (em especial, uma publicada
na revista O
Cruzeiro).
Além
disso, como é mencionado na entrevista, ele passou anos dedicado à psicografia
e aos demais trabalhos que realizava em Uberaba. Portanto, não recebeu autorização
de quem o orientava para conversar com a imprensa.
disso, como é mencionado na entrevista, ele passou anos dedicado à psicografia
e aos demais trabalhos que realizava em Uberaba. Portanto, não recebeu autorização
de quem o orientava para conversar com a imprensa.
Isso é mais um fator que acrescenta
relevância à participação do Chico no Pinga-Fogo por duas vezes em menos de
seis meses. E falando por muito mais que o tempo habitual do programa.
relevância à participação do Chico no Pinga-Fogo por duas vezes em menos de
seis meses. E falando por muito mais que o tempo habitual do programa.
Como
jornalista, algumas notas do organizador destacam que quem lê pode estranhar a
forma como as perguntas eram feitas. Hoje em dia, soaria muito diferente para o
que estamos acostumados, um ritmo cada vez mais acelerado, tentando resumir
conceitos e ideias em poucas palavras. Por isso, é até estranho ler perguntas
enormes, que às vezes dão algumas voltas, até chegarem onde pretendem.
jornalista, algumas notas do organizador destacam que quem lê pode estranhar a
forma como as perguntas eram feitas. Hoje em dia, soaria muito diferente para o
que estamos acostumados, um ritmo cada vez mais acelerado, tentando resumir
conceitos e ideias em poucas palavras. Por isso, é até estranho ler perguntas
enormes, que às vezes dão algumas voltas, até chegarem onde pretendem.
E o
uso de adjetivos sem medo de ser feliz também é algo característico da época:
hoje em dia, os jornalistas são orientados a evitá-los porque o objetivo da
profissão é ater-se aos fatos.
uso de adjetivos sem medo de ser feliz também é algo característico da época:
hoje em dia, os jornalistas são orientados a evitá-los porque o objetivo da
profissão é ater-se aos fatos.
Outro
ponto ainda mais incrível é ver temas em discussão na década de 1970 e que
ainda são atualíssimos: os direitos das pessoas LGBTQI+, fertilização
artificial, aborto, origem e autoria das obras que Chico psicografou, vida em
outros planetas (o programa foi realizado dois anos depois dos astronautas
chegarem à Lua), pena de morte, congelamento de corpos, o espiritismo em contraponto
ao Catolicismo e à Umbanda.
ponto ainda mais incrível é ver temas em discussão na década de 1970 e que
ainda são atualíssimos: os direitos das pessoas LGBTQI+, fertilização
artificial, aborto, origem e autoria das obras que Chico psicografou, vida em
outros planetas (o programa foi realizado dois anos depois dos astronautas
chegarem à Lua), pena de morte, congelamento de corpos, o espiritismo em contraponto
ao Catolicismo e à Umbanda.
Até
mesmo, a possibilidade de os avanços tecnológicos interferirem na evolução da
sociedade e ainda como os homens encontravam uma destinação ruim para várias
boas invenções inspiraram perguntas nos dois programas. E ainda houve tempo
para Chico contar casos – como o do avião e o da bola de loteria – e até mesmo
ser (na linguagem atual) tietado por um dos entrevistadores.
mesmo, a possibilidade de os avanços tecnológicos interferirem na evolução da
sociedade e ainda como os homens encontravam uma destinação ruim para várias
boas invenções inspiraram perguntas nos dois programas. E ainda houve tempo
para Chico contar casos – como o do avião e o da bola de loteria – e até mesmo
ser (na linguagem atual) tietado por um dos entrevistadores.
Também
foram abordados temas ligados à doutrina espírita como reencarnação,
mediunidade, manifestações de espíritos. E coisas que, confesso, nunca havia
pensado antes: como a cremação dos mortos, o transplante de órgãos, movimento hippie
à luz do espiritismo.
foram abordados temas ligados à doutrina espírita como reencarnação,
mediunidade, manifestações de espíritos. E coisas que, confesso, nunca havia
pensado antes: como a cremação dos mortos, o transplante de órgãos, movimento hippie
à luz do espiritismo.
Chico
revelou que o orientador espiritual dele, Emmanuel, e outros companheiros de fé
estavam lá para acompanhá-lo e ajudá-lo na entrevista. Fez questão de deixar
claro que era um instrumento para que a mensagem fosse transmitida, um
intermediário. Não gostava dos elogios exagerados, falou com clareza, sem confrontar
nenhuma outra religião ou crença pessoal de quem estivesse lendo ou perguntando.
revelou que o orientador espiritual dele, Emmanuel, e outros companheiros de fé
estavam lá para acompanhá-lo e ajudá-lo na entrevista. Fez questão de deixar
claro que era um instrumento para que a mensagem fosse transmitida, um
intermediário. Não gostava dos elogios exagerados, falou com clareza, sem confrontar
nenhuma outra religião ou crença pessoal de quem estivesse lendo ou perguntando.
E as
respostas de Chico sempre prezam pela lembrança de que o ser humano deve buscar
os meios e caminhos para se tornar melhor. Às perguntas que citavam dores e sofrimentos (como a do ator Blecaute),
ele confortou lembrando que a dor tem uma finalidade nas nossas vidas e sem
oferecer milagres nas respostas.
respostas de Chico sempre prezam pela lembrança de que o ser humano deve buscar
os meios e caminhos para se tornar melhor. Às perguntas que citavam dores e sofrimentos (como a do ator Blecaute),
ele confortou lembrando que a dor tem uma finalidade nas nossas vidas e sem
oferecer milagres nas respostas.
“Mas,
a vinculação do amor, esta não terminará nunca porque o amor é presença de
Deus. E o amor continuará a nos unir, uns aos outros, para sempre e nos amaremos
cada vez mais. Agora, vamos educar o amor porque não temos sabido amar uns aos
outros conforme Jesus nos amou”.
Antes
de encerrar, uma nota, o organizador deste livro, Saulo Gomes, desencarnou em
24 de outubro de 2019, aos 91 anos. Sempre jornalista, bom contador de
histórias e conhecido como “o repórter de Chico”, por ter conquistado a confiança
do mineiro ressabiado com a imprensa.
de encerrar, uma nota, o organizador deste livro, Saulo Gomes, desencarnou em
24 de outubro de 2019, aos 91 anos. Sempre jornalista, bom contador de
histórias e conhecido como “o repórter de Chico”, por ter conquistado a confiança
do mineiro ressabiado com a imprensa.
“Essa
convivência me fez entender o verdadeiro sentido da amizade. Aprendi com Chico
que a paciência e a humildade nos fazem mais fortes para a vida”, narrou Saulo na
abertura do livro.
Saulo e Chico Xavier – detalhe da foto que abre o livro
É
incrível como que uma entrevista feita em 1971 consegue dialogar com 2020 em
vários aspectos. Seja no micro – referente às experiências de quem lê – ou no
macro – várias situações que enfrentamos em sociedade. Muito obrigada pelo conforto
e inspiração, Chico. Seguirei estudando e aprendendo.
incrível como que uma entrevista feita em 1971 consegue dialogar com 2020 em
vários aspectos. Seja no micro – referente às experiências de quem lê – ou no
macro – várias situações que enfrentamos em sociedade. Muito obrigada pelo conforto
e inspiração, Chico. Seguirei estudando e aprendendo.
Arrivederci!!!
Beta