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Cap. 1751 – O plano perfeito para dar errado – Cameron Lund

Ciao!


 

Não
deixa de ser curioso como que a gente consegue complicar as coisas na
adolescência. Mas só descobre isso quando se torna adulta e passa a se
complicar com outras coisas…

Depois
de anunciar o livro no
#VemAí, finalmente a resenha chegou ao Literatura de
Mulherzinha.

O
plano perfeito para dar errado – Cameron Lund – Faro Editorial 
(The
best laid plans – 2020) 
Personagens:
Keely Collins e Andrew Reed & amigos (ou nem tanto assim)
 

É o
último ano do ensino médio dos alunos de Prescott. Keely tem uma festa surpresa
de aniversário que rende ainda mais surpresas. Acostumada a ficar sempre à
parte, ela se vê desejando Dean, com quem trabalha em uma videolocadora. No
entanto, por ser virgem, teme que ele não a queira ao saber disso. E a partir
de uma sugestão, pensa ter encontrado a solução perfeita. A partir disso, é
eita atrás de eita, com as confusões sentimentais, a necessidade de
pertencimento, as rivalidades, incertezas, dúvidas e competições, antes do
baile de formatura e do fim desta etapa da vida deles.
 

Comentários: 

Não
estou à espera do casamento. Nem sequer estou à espera do amor. O que quero é
respeito e confiança. Quero ter certeza de que, seja lá quem for a pessoa com
quem eu vá transar, ela me fará sentir segura, não me trocará por uma garota do
terceiro ano do ensino médio na aula de francês deles, não deixará de falar comigo
de novo ou contará a todos na festa em questão de minutos. Acho que não consigo
aguentar uma humilhação pública como Danielle. Aliás, acho que não deveria ter
que aguentar
”.
 


Keely sempre foi uma garota que destoava do grupo, pelos interesses e pela
forma de agir. Tinha em Andrew o melhor amigo de toda a vida e em Hannah a
outra pessoa em quem confiava. Estava no grupo com as populares Danielle e Ava,
de quem não poderia ser mais oposta.
 

– A
festa surpresa que quase saiu do controle deixou consequências para Andrew e
para Keely. Uma situação constrangedora de machismo normalizado no grupo de
amigos. Um mal-entendido com os pais e a obrigação de conseguir um emprego.
 

– Isso
leva Keely para trabalhar em uma videolocadora, onde ela conhece Dean – que ela
e as amigas chamam de James Dean por motivos óbvios. E ele demonstra
estar interessado por ela, o que a surpreende, porque nunca ninguém antes a
percebeu desta forma. Mas ele é mais velho, está na faculdade. Ela ainda é a
garota do ensino médio. Ele espera que o relacionamento chegue à intimidade. Ela
tem dúvidas se a falta de experiência vai tornar tudo um horror e ele nunca
mais vai querer vê-la.
 

– Aí
vem a ideia de O Plano: pedir ao amigo Andrew para tirar a virgindade
dela. Ele se tornou um garoto atraente, sempre estava com uma garota por perto.
Ela confiava nele para resolver o problema sem tanto constrangimento. Só que a
ideia se revela não tão perfeita assim. Esse parágrafo está no resumo oficial
do livro e, obviamente, não vou dar spoiler do que acontece em seguida.
 

– O
fato é que é um livro com personagens adolescentes vivendo os dramas comuns a
esta faixa etária: terminar o ensino médio, ir para a faculdade, as relações
amorosas e como lidar com a sexualidade. Com as devidas diferenças entre Brasil
e Estados Unidos, algumas coisas não têm fronteiras para acontecer: seja a veracidade
ou a falsidade dos laços estabelecidos neste período.
 

Não é uma corrida, Collins. 

Tem certeza?

Porque
foi assim que me senti até agora: o colégio é uma grande competição, e eu estou
perdendo
”. 

– E
as pressões que as e os adolescentes enfrentam impostas pela sociedade, pela
família, pelos grupos onde estão inseridos. No futuro, a gente olha e pensa “por
que fiz tal coisa?” ou “ai que vergonha” ou “ih, nem era pra tudo isso”. Só que
isso só vem depois, com tempo, um tantinho de maturidade e de mais gentileza
conosco mesmo.
 

– Os
personagens são mais do que aparentam, o que faz a gente se lembrar de que temos
uma visão parcial sobre os outros – o que abre espaço para muitas surpresas e
reviravoltas. E como vocês podem prever, sentimentos são um trem muito
complicado. Muitas vezes a gente não se dá conta de algo que está dando cambalhotas
debaixo do nosso nariz e, quando percebe, nem sempre dá para recuperar o tempo.
 


Keely, Andrew, Hannah, Danielle, Ava, Chase e os amigos (ou nem tanto) tem
muito a aprender. E este último ano no ensino médio em Prescott vai fazer com
que eles pensem, sintam, sofram e vivam. Afinal de contas, é assim que a gente
aprende na vida, né? Gostei do jeito da autora contar histórias, das referências
cinematográficas, do relato machista e misógino que ainda vemos por aí, dos
micos e situações constrangedoras e do fato que há planos que podem dar errado
para apontar o caminho onde dão certo, né?
 

– Links:
Goodreads livro e autora; site da autora; Skoob;
mais dela no Literatura de Mulherzinha.
 

Arrivederci!!! 

Beta

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