Menu fechado

Cap. 1752 – O amor não se isola – Maria Beltrão

Ciao! 

Escolhi este livro porque tenho
a lembrança dos dias muito estranhos que vivi há um ano. Com a chegada da
pandemia, o medo, as ruas vazias, lojas fechadas. Um clima de filme futurista
onde só acontecem coisas ruins. Desde então, me apoio na fé contra a incerteza sobre
o amanhã.
 

O amor não se isola: um diário
com histórias, reflexões e algumas coincidências – Maria Beltrão – Máquina de
Livros
(2020) 

Em novembro do ano passado,
pouco antes do meu aniversário, #MadreHooligan leu no jornal uma entrevista com
a Maria Beltrão. Era o lançamento do livro dela, escrito a partir de anotações
de um diário. Típico livro que eu gosto, mas #MadreHooligan não é muito
chegada. Neste caso, ela interessou. Comprei numa promoção que dava direito a
vir autografado. Um mimo a que me permiti neste período tão estranho.
 

Desde então, fiquei enrolando,
se devia ou não ler agora. Estamos em um momento crítico, overdose destas
notícias não importa qual cômodo da casa eu esteja. Mesmo assim, considerei que
seria bom ouvir a voz de outra pessoa sobre a vida em 2020.
 

Não me decepcionei. Maria conseguiu
transpor para o livro jeito franco que vemos na televisão. Algumas histórias
são engraçadas e bem cotidianas. Eu também estou com saudades de pessoas
próximas que parei de ver pela questão de segurança para nós. Saio de casa o
mínimo possível – supermercado, contas, médico, farmácia e nas poucas vezes em
que trabalhei presencialmente. E não consigo ficar andando na rua por mais de
2h. É meu limite. Mais que isso, começo a ter agonia e preciso voltar para
casa.
 

Ela conta sobre as lembranças de
infância, o relacionamento com os irmãos, com o tio Milton, com as amigas. Os planos
que foram suspensos, os aniversários celebrados de forma diferente. A rotina pesada
de divulgar notícias – não muito boas na maioria dos dias. Os momentos em que
as palavras somem. Os momentos em que transbordam. As pequenas conquistas
diárias – fazer exercícios é uma delas.
 

Outro ponto que me divertiu
foi o gosto de Maria por musicais. E o hábito da mãe em ver uma versão de Noviça
Rebelde – na maioria das vezes, eu assisto à mesma versão. Aliás, ainda falando
sobre filmes, ela assistiu a uma comédia romântica que eu adoro (já até escrevi
sobre ela pro Livrólogos).
Ela também canta, ajuda a espantar os males, né? O texto sobre as lembranças que
denunciam a idade também é bem divertido.

O meu lado jornalista adorou as histórias
dos bastidores do Estúdio I, que ela apresenta na GloboNews. Aliás, o prefácio
é do Octavio Guedes, o Guedinho, um dos comentaristas favoritos de
#MadreHooligan. O motivo? Ele explica tudo de uma forma que ela entende. E de
bônus, ele é botafoguense.
 

Voltando ao diário da
Mariazinha, a fé é um ponto importante. Maria é católica. Inclusive o livro
veio com um marcador e um santinho do Sagrado Coração de Jesus. Independente da
religião, o relato dela de buscar amparo na fé é algo que aconteceu comigo
também. Não sei vocês, mas ajuda a enfrentar a sensação de vazio que a falta de
perspectivas de um final feliz desencadeada pela situação atual. Fé e afeto,
mesmo à distância, salvam vidas. Pode crer.
 

Ah, evitei de fazer citações,
porque o legal é ler o livro todo no ritmo dos pensamentos escritos pela Maria.
Aliás, depois de ler ouvindo a minha playlist do Il Volo, posso garantir que uma
experiência muito boa.
 

– Links: Goodreads livro e autora; site da editora; Skoob;
mais dela no Literatura de Mulherzinha.
 

Arrivederci!!!

Beta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *