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Feminismo pra quem? – Daniela Moraes Brum – Cap. 1754

Ciao!

O feminismo, por definição, é um movimento social, político e filosófico que tem como objetivo libertar e emancipar todas as mulheres”.


Claro que eu não poderia encerrar o Mês da Mulher sem uma leitura sobre feminismo. Ou, como devo admitir, me educando mais, porque estou longe de saber o necessário. 
E olha, quando digo isso, é porque sempre que leio encontro algo que me surpreende.

Disponível na Amazon  

Feminismo pra quem? – Daniela Moraes Brum – Astral Cultural
(2020) 

Quando se fala em feminismo, várias informações vêm à cabeça: muitas são verdadeiras, outras são calcadas em preconceitos, ou tão desencontradas que não ajudam. O fato é que a maioria das pessoas não tem a menor noção do que é feminismo, mas sim uma opinião a partir de visões alheias pré-concebidas ou concebidas sobre ele.  

O livro escrito pela ciberativista Daniela Moraes Brum consegue ser bem didático, sem ser chato, e apresenta de forma bem clara e objetiva como tirar os mitos em torno do assunto. E como fugir das armadilhas que levam aos debates rasos e improdutivos.  

Para isso é necessário estudar, entender o que o feminismo representa, como colocar esse movimento em prática na sua vida e na comunidade onde vive. É um exercício diário e que precisa ir além do grupo mais próximo, deve levar para todas as pessoas. 

Um fato que ela citou – e que eu descobri há pouco tempo – é que os sintomas de infarto que todo mundo conhece são resultado de estudos com pacientes do sexo masculino. As mulheres possuem sintomas diferentes, que começaram a ganhar visibilidade entre há pouco tempo (se comparado com os anos . Segundo a autora, este é um exemplo simples que demonstram que os holofotes e as prioridades estão em torno da figura masculina.  

A autora também cita o conceito de sororidade e a falsa impressão de que significa amar todas as mulheres.

“Sororidade, na verdade, é uma palavra que usamos para falar sobre a união entre mulheres na medida em que nos solidarizamos pelas dores as quais todas nos passamos. Isso quer dizer que sororidade tem muito mais a ver com entender que uma pessoa também enfrenta situações de assédio, desigualdade e opressão de gênero, assim como você”. 


Portanto, envolve acabar com a competitividade entre mulheres e não utilizar o discurso machista para julgar as escolhas de outras mulheres.
 

“Daí a importância dos três pilares – gênero, raça e classe -, nunca se dissociarem de nossos debates. Caso contrário, nos arriscamos a transformar o feminismo em um movimento apenas para que mulheres ascendam socialmente”.


Por ser um movimento formado por seres humanos, o feminismo é falho. A prática sofre com interpretações equivocadas, que escapam aos objetivos e solidificam ainda mais os preconceitos existentes. A situação sanitária que o mundo atravessa abriu vários abismos, privando as pessoas do básico. Ninguém começa construções pelo teto, né? Precisa de uma base, sólida, para sustentar as outras camadas que vão florescer.
 

Por isso, o livro nos convida a refletir. Ninguém – nem nada – muda da noite para o dia, sem informação correta. Conheça outras histórias e construa a sua para ser livre e responsável por si mesma. 

– Links: Goodreads livro e autora; Feminiismo; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha 

Arrivederci!!!  

Beta

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