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Cap. 1765 – Coração de Pedra – Abby Green

Ciao!

Disponível na Amazon 

O protagonista é meio brasileiro, meio inglês,
totalmente arrogante e incrivelmente tapado. Coitada da Maggie. O conselho segue
valendo aqui:

A outra história deste livro é Mais que uma aventura, da Kim Lawrence. 

Coração de Pedra – Abby Green – Jessica 2
Histórias 111 (Poder e Desejo) 
(The Brazilian’s blackmail bargain 2007)  
Personagens: Margaret “Maggie” Holland e Caleb Cameron 

Maggie
não teve tempo de comemorar a morte do padrasto, porque logo em seguida soube
que a empresa dele tinha novo dono: Caleb Cameron. O homem que a considerava
uma oportunista aproveitadora queria se vingar tirando a casa dela e da mãe.
Para evitar mais sofrimento, Maggie aceita ter um caso enquanto ele permanecer
em Dublin. E serão longas semanas fingindo ser quem ele achava que ela era para
se proteger de um castigo que não merecia.
 

Comentários: 

– Eu
até tentei colocar um trecho de alguma parte do livro, mas vou deixar vocês
descobrirem por conta própria como que o ego ferido de um homem pode arrebentar
a vida de uma mulher. Além disso, ressalta como que as pessoas ignoram a
violência doméstica – mesmo com evidências gritantes – porque não as atingem.
 

– Tom
Holland (a autora não pensou na coincidência?) tentou de todas as formas tomar as
empresas de Caleb. Chegou ao ponto de usar a enteada como isca, mas deu errado.
E levou o contragolpe, porque Caleb tomou tudo dele, inclusive a casa onde
Maggie e a mãe moravam em Dublin. Após a morte do desafeto, fez questão de expulsá-la
do local. Afinal de contas, o orgulho ferido exigia uma desforra contra Maggie. 
 

– Em
outros livros existe o relatório incompetente, aqui Caleb não tem nem essa
desculpa. Ele tem as convicções dele, mas está longe do conhecimento de todos
os fatos. Maggie era uma vítima impotente contra o padrasto violento, que se
desdobrava para proteger a mãe. E quando a liberdade parece estar perto, com a
morte de Tom Holland, Caleb Cameron ressurge tirando tudo dela – por julgar que
tinha o direito de fazer isso (fonte: o ego ferido dele). 
 


Para defender a mãe, Maggie se humilha e aceita a chantagem dele: terá a casa
de volta se aceitar ter um caso com Caleb enquanto ele permanecer em Dublin.
Para iniciar o acordo, ele a leva para exibi-la em um evento em Monte Carlo. 

– Ciente
de que ele nunca acreditaria se ela contasse a verdade, afinal decidiu
condená-la sem direito à defesa, Maggie se esforça para atender ao que ele
pensa. No entanto, brechas da verdade escapam – e Caleb não consegue admitir
que nem tudo era como ele pensava. E enquanto a gente lê, percebe como que ele se
recusa a desafazer as impressões – até ser tarde demais. No caso, até chegar o
grande momento em que o vingador implacável se transforma na Madalena
arrependida desnorteada.
 

– Eu
tive muita pena da Maggie, porque ela foi encurralada pelos homens poderosos
com quem teve que lidar. Primeiro o padrasto e depois Caleb. Pagou uma conta
que não era dela. Para se proteger de mais sofrimento, fingiu ser quem não era –
e isso a deixou ainda mais exposta. Talvez, em bom dia, no lugar de Maggie, eu
perdoaria Caleb, mas sem chance de reatar o relacionamento. Ela precisava de um
começo livre do passado, da pressão e de julgamentos precipitados. Não algo
movido por intensa atração e culpa.
 

– E
por mais irritada que eu tenha ficado com a postura do meio brasileiro, meio
inglês e completamente tapado protagonista, admito que a história de Abby Green
tem um grande mérito: ao mostrar o quanto podemos ser rápidos em estabelecer um
julgamento e ignorar que cada um tem sua cota de sofrimento.  Sim, aquela parte da Bíblia sobre “atirar a
primeira pedra” é extremamente válida, seja na ficção dos romances de banca seja
na vida real.
 

– Links:
Goodreads livro e autora; site da autora;
Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
 

Arrivederci!!! 

Beta

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