Ciao!
Disponivel na Amazon
O Literatura de Mulherzinha alcança um marco: 1.900 resenhas postadas desde o início – e bem no mês do aniversário!
Não seria um Abril Imperdível sem um livro da Coleção Vaga-Lume, né? Recorri ao acervo do meu autor favorito e busquei um que, há um bom tempo, estou prometendo colocar aqui.
Garra de Campeão – Marcos Rey – Editora Ática
(1988)
Personagens: Felipe Mota, Joyce, Débora e Rato
Felipe morava no interior e foi passar uns dias com os tios na capital para ver se gostava e ficava para estudar. No caminho, desafiou um motociclista aparecido e abusado e levou a melhor. Eles se reencontraram nas pistas e no Vagão, o point dos jovens na cidade. E a disputa entre Felipe e Rato para ver quem se saía melhor nos campeonatos de motocross e pelo coração de Joyce seria explosiva.
“Estradas e ruas não foram feitas para corridas. Quem gosta de velocidade que vá às pistas”
Tio Clóvis sabia tudo de motos e também de bom senso. O livro começa com um péssimo exemplo real – seja em 1988 ou agora em 2023: dois personagens medindo forças na estrada em suas motos de diferentes cilindradas. Quando o sobrinho chega tirando onda que levou a melhor – com um tiquinho de inteligência – em cima de um motociclista com uma moto melhor, tio Clóvis falou o óbvio: que estrada não é local disso.
Ele também deu uma puxada de leve na orelha de Felipe que foi para Sampa de moto, mas era inabilitado. É tão errado no interior quanto na capital. Basta pesquisar pra saber que mesmo com o Código Brasileiro de Trânsito em vigor desde 1997 ainda tem muita gente dirigindo como não deve, pensa só como era antes.
Por isso, a única forma de Felipe dirigir a 180 até ter idade para tirar a CNH era competindo com autorização da família. Ele não parecia muito animado, mesmo sabendo que o tio era um ex-piloto e dono de uma oficina, Box dos Motoqueiros.
Até que surge uma garota na história
Para tentar incentivar o sobrinho, toda a família vai assistir a uma corrida de motocross. Felipe gosta do clima, do ambiente, da tensão… e de Joyce. Uma fã da modalidade que conhece a família dele e era bonita demais. Ficou claro que houve um “algo a mais” entre os dois
Além disso, percebeu que o motoqueiro que ele deu um olé na estrada era Sandro, o Rato, o nome mais badalado da modalidade, e provável campeão da temporada.
E Rato o encontrou no Vagão, onde Felipe e Joyce deram um show de dança e energia. O duelo estava armado – e valeria tudo para levar a melhor sobre o “escoteirinho”.
Vocação
“- Motocross exige mais habilidade, mais experiência, mais…
– Vocação – completou Clóvis. – É preciso nascer com algo mais para saltar um obstáculo atrás de outro”
Com jeitinho e nada discretamente, Clóvis foi incentivando Felipe a canalizar o amor dele pelas motos para a competição. Depois de apresentar o ambiente de corrida e Joyce, uma aliada incrível, Clóvis e Tuta o levaram para treinar em uma pista, para conhecer os obstáculos mais comuns.
E foi assim que Felipe topou participar do campeonato de estreantes e novatos. Enquanto ele aprendia nas pistas, Rato partiu para o ataque nas arquibancadas, cercando Joyce e se aproveitando para tentar separar o casal.
Assim como nas pistas onde tem que saber cair e levantar, a vida também tem os tombos, os momentos de tristeza, as reviravoltas, os encontros e desencontros, além dos preconceitos. E tudo será resolvido nas pistas e fora delas nos confrontos entre Felipe e Rato – só havia espaço para um campeão legítimo.
Como já comentei em outros textos, o Marcos Rey era meu autor favorito da Coleção Vaga-lume. Garra de Campeão não é o meu livro favorito dele, mas tem todos os elementos de que gosto: o texto que nos permite entender os sonhos, sentimentos e vontades dos personagens. A narrativa nos faz enxergar as cenas descritas quase como um filme. Assim facilita a gente embarcar na história e “comprar” as brigas dos personagens que aprendemos a amar, na história com conteúdo nas 128 páginas da série.
– Links: Skoob; mais da Coleção Vaga-Lume e do Marcos Rey no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta