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Melodia de Trovões – Fabíola Simões – Cap. 1961


Ciao!!!

Disponível na Amazon

Fabíola Simões escreveu o primeiro romance.

Minhas expectativas eram altas por conhecer e gostar do estilo dela nas crônicas.

Não tinha como dar errado.

Melodia de Trovões – Fabíola Simões – Faro Editorial
(2024)
Personagens: Eulália e Alma

O destino de duas meninas se cruzou em uma noite de tempestade, quando a garota ouviu o choro e encontrou uma bebê abandonada na porta do laboratório da faculdade de medicina. Elas se tornaram irmãs, um laço emocional mais forte que as personalidades tão diferentes. Ao longo do tempo, a gente acompanha como elas cresceram, enfrentaram as dificuldades e desafios de crescer e superar medos e traumas.

A dor não é o Fim.
Ela é apenas uma
                                                        Vírgula
No meio da nossa história.

O primeiro romance de Fabíola Simões narra a trajetória das irmãs Eulália e Alma. A primeira, filha mais velha e perfeita de um casal formado por uma cristã fervorosa e o médico patologista que trabalha na faculdade de Medicina da Cidade Miúda.

Ela encontrou Alma, uma recém-nascida abandonada na porta do laboratório. A bebê ficou com a família dela e as duas se tornaram as irmãs que estavam destinadas a serem. Alguns fenômenos inexplicáveis rondavam a menina, assustando a mãe. Eulália entendia que a irmã era diferente, mas sem se assustar.

Afinal de contas, vida e morte se entrelaçavam no laboratório do pai dela, que ela frequentava com um misto de curiosidade, respeito e muita fascinação. Esta experiência foi determinante para vários fatores da sua vida: desde o encontro com a irmã, passando pela escolha da profissão e até mesmo o que a leva a questionar a si mesmo quando tudo de que ela fugiu a vida inteira finalmente a encurralou.

“Porém, seja pelo acaso ou pelo destino – chame de que nome quiser – encontrará meios de acertar as contas entre nossos abandonos e a existência”

Alma nunca entendeu as habilidades excepcionais com as quais nasceu, mas aprendeu a conviver com elas. Ao contrário da irmã, soube se construir fora da sombra da mãe afetiva e se encontrou em meio a um ambiente onde sempre se sentia estranha.

Até que pode abrir a porta para aquele canto da própria intimidade onde havia aquilo que ela sempre soube que doeria, mas não estava pronta para enfrentar. Mesmo quando ela ainda não estava pronta, mas a vida trouxe a chance de ela fazer as pazes com as rachaduras da própria vida.

É difícil falar deste livro, porque eu sinto que falaria horas sobre ele, se soubesse encontrar as palavras adequadas. É uma enorme experiência de leitura, te leva por caminhos intensos, sombrios, de mergulhos apneicos até a lufada de ar que invade nossos pulmões e nos reencontramos.

Vida e morte bailam juntas, iluminando, escurecendo, absorvendo e abstraindo tudo das duas protagonistas. E por tabela, quem lê. A gente não precisa ter as mesmas virtudes e defeitos, é na humanidade que alguém como eu se encontra com Eulália e Alma.

Não tem jeito, se tem palavras no caminho, Fabíola Simões sempre acerta.

– Links: Instagram da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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