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Cap. 665 – Quebrando o código da sedução – Kelly Hunter

Ciao!!!





Eu confesso: precisava de um
livro assim. Após a maratona e a ressaca do Mestrado, passei uns dias meio
desnorteada. E uma trama que você pegue e não quer larger enquanto não termine
é uma ótima opção de recuperação de foco!

Quebrando o código da sedução – Kelly Hunter – Modern Sexy
67
(Cracking the dating code –
2012 – Mills and Boon Modern Heat)
Personagens: Ophelia “Poppy”
West e Sebastian Reyne

Poppy precisava ficar
isolada, em um supercomputador, para tentar quebrar um código que poderia
indicar o paradeiro do irmão mais velho. Por sorte, o amigo Tom Reyne possuía o
equipamento perfeito em uma ilha… O problema é que ela teria que conviver com o
irmão mais velho dele, Sebastian, que não estava com nenhuma vontade de lidar
com outros seres humanos. No entanto, ele a aceita lá e quando se dão conta,
estão muito atraídos um pelo outro – o que só amplia o problemas que cada um
precisa resolver…

Comentários:

– Poppy é o patinho feio
genial. Criada em uma família que está acostumada a fazer services confidenciais
para o governo, com inteligência acima da media e zero habilidade de
socialização com outros seres humanos. Apenas um a inibe. Se for em bando, prefere
fugir. O único lugar onde é senhora da própria vida é diante dos códigos que
ela, como fenomenal criptologista que é, consegue decifrar. E, em plena crise
familiar – localizar o irmão mais velho e lidar com o ferimento da irmã, em
recuperação -, não seria o momento mais indicado para tentar resolver o trauma de
interagir com outros seres humanos. Na verdade, um deles em especial,
Sebastian, o irmão do amigo de trabalho que cedeu o equipamento para ajudá-la.

– E ao ler este livro,
preparem-se para muitas, muitas, muitas, muitas, muitas imagens mentais de
Sebastian. Uma melhor que a outra. Cortesia da autora para com as leitoras.
Aqui também vale a recomendação – se você é do tipo interativa-chiliquenta, não
leia este livro em publico. Cansei de ter que controlar a vontade de pensar em
voz alta coisas que a gente não pensa longe de pessoas que entendam o que a
gente quer dizer (a menos que você queira ser rotulada como “a lunática que ri
sozinha à noite no ponto de ônibus”).

–  À essa altura, surtos à parte, você pensa: “matei
a charada: ela, patinho feio genial, encontra homem poderoso e sexy e liberta o
lado sexy, libertino e devasso”. Ok, pode tirar o pocotó da chuva. Os personagens
de Kelly Hunter são muito mais profundos que isso. Ambos têm preocupações
sérias a resolver: Sebastian está lidando (mal) com a culpa e o luto e, se não
é a chegada de Poppy na ilha, o final dele estaria longe do feliz. Ela está
preocupada com o irmão e com a irmã, mas também consigo mesma: por causa de uma
timidez enorme e uma grande incapacidade de socializar, ela não consegue
estabelecer relacionamentos simples com outras pessoas, imagine então
relacionamentos românticos/íntimos. Então, aproveitando a convivência, e o fato
de que há algo entre eles, começa a ter aulas de sedução com o anfitrião. E aqui
está o pulo do gato da autora: ela não resolve os “problemas” de Poppy num passe
de mágica (algo que me irrita profundamente em outros livros: basta trocar os óculos
por lentes e cortar o cabelo, voilà,
sai patinho feio, entra femme fatale).
Ela não perde as características marcantes, mas se descobre poderosa mesmo com
elas. Ou seja, posso ser eu mesma, sem ter que fingir uma personalidade
exuberante e feliz (tipo Barbie guia de excursão – alguém viu Toy Story 2?) e
encontro quem gosta de mim.
E Sebastian é lindo, rico,
poderoso e torturado pela culpa de algo que escapou das mãos dele. É através de
Poppy que ele vai encontrar o caminho para não deixar que a culpa o impedisse
de viver e ser feliz.

– Com diálogos inspirados,
cenas engraçadas (e causadoras de inveja) e personagens com problemas de gente
como a gente (sim, me identifiquei totalmente com a incapacidade social de
Poppy), este é um daqueles livros que vale a pena ler, ter em casa e
recomendar. Não duvido que, ao fazer a lista dos melhores do ano, ele entre
nela, nem que seja como menção honrosa. Ah, sim, detalhe: eu acho que é o início de uma trilogia sobre os irmãos West – porque eu quero saber muito o destino de Lena (que parece ser um caso de “o amor pode estar do seu lado”) e de Jared. Procurei no site da autora, mas não vi indicação nem de série e nem dos livros destes personagens. E detalhe: este livro foi lançado lá fora no final de 2012. Que bom que chegou tão rápido pra gente!!!


Bacci!!!

Beta


ps.: Se alguém quer mais provas de que o livro é bom e de que é começo de série, #madrehooligan perguntou quando eu vou comprar os outros três (sim, tem mais um irmão West, Damon. Eu me esqueci dele, mencionado brevemente, tão focada fiquei no que acontecia na trama). Ou seja, acho bom ser série mesmo, ou vou ter que pedir pra Kelly Hunter se entender com #madrehooligan kkk 

5 Comentários

  1. Andrea Jaguaribe

    Oi, Beta!

    Mais uma vez, plena sintonia de opinião!!!! Resenha excelente!!!!

    Amo a Kelly Hunter e assim que vejo livro dela compro sem pestanejar e não dá errado nunca!!!!

    A história é ótima, as personagens, apesar das profissões pouco comuns, tem angústias de gente como a gente e eu adoro isso!

    As aulas de flerte me arrancaram boas risadas e fiquei imaginando a cena! kkkkk

    E também o fato de você não ter que se transformar no que não é prá ser feliz é um excelente ponto de vista!

    Ao que tudo indica, tem cara, cheiro, cor e jeitão de série. Não vejo a hora dos outros livros!!! Harlequin, assim que saírem publiquem, por favor!

    Só não sei se é problema do meu notebook, mas quase tive que pegar uma lupa prá ler essa resenha. As letras estão pequenininhas…

    Beijos!!!

  2. leidjane fonseca

    Oi boa noite
    Eu li esse livro e outro do irmão de Poppy West, Damon que fica com a Ruby gostaria de saber se sabem o nome do resto da serie? Quero saber o que aconteceu com Jared!

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