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*** Palavra de Mulherzinha: Diário das Minhas Maluquices Alvinegras… Episódios #3 e #2

Ciao!!!

Por ser domingo, dois episódios! Tão diferentes e extremos, só para comprovar que tudo realmente pode acontecer em se tratando de mim e do Botafogo XD

Episódio #3 – Não mexe com quem tá quieto:

Tenho algumas regras básicas:

1) não discuto futebol com torcedor de ocasião (aquele que só aparece quando o time ganha),

2) não discuto futebol com quem não entende(já tive a audácia de dizer, do alto do meu Adidas, pra uma pessoa: “quem você pensa que é para falar de futebol comigo?” Sim, foi muito nojento, mas necessário, porque já estava perdendo a paciência),

3) não faço apostas em clássicos e

4) não gosto de provocar ninguém (porque meu senso de humor ainda não é desenvolvido ao ponto de lidar bem com isso).

As regras só são quebradas quando eu sou provocada… E tem gente que, mesmo sabendo do poder letal de Escorpianos, ainda cutuca onça com palito de fósforo…

Então veio o final do Campeonato Carioca de 2007. Enfim, meu time foi roubado e perdeu. Eu estava repleta do mais profundo amor e respeito (#not) pelo trio de arbitragem e resolvi fazer a única coisa que me acalma nestas horas: mexer nos meus livros. Estava subindo para o segundo andar da casa, para colocar alguns no armário quando passei pela varanda e havia uma vizinha (daquelas que deveria ter o que fazer na casa dela e mesmo assim estava na casa alheia) que achou de cantar meigamente: “Meeeeeeeeeeeeengo!” na hora que eu passei. Praticamente joguei os livros no armário e desci ventando para o meu quarto onde comecei a esbravejar. Então, como a raiva não passou, fui falar com a minha tia, dona da casa:

– Manda essa mulher embora. E explica a ela que não perco meu tempo com gente idiota que não sabe escalar o próprio time! Se eu der a escalação do Tabajara, ela vai acreditar que é o time que ela diz torcer! Aquela cretina teve a audácia de me provocar aqui dentro! Então estou avisando a senhora, se não quiser um problema sério, avisa pra criatura pra engolir a gracinha do time dela e ir embora! Eu não vou cantar o hino do Botafogo na casa de ninguém e mereço respeito aqui! E avisa também que se fizer outra marmota dessa vou fazer questão de usá-la como cobaia numa mágica: como passar por uma porta fechada e quicar no meio da rua! E posso garantir, não vai ter um resultado bonito pra ela!

Acho que disse outras coisas que envolviam mamíferos, aves e peixes, educação e muita sugestão de como a vizinha poderia ocupar de forma produtiva o tempo.

A minha tia sabe que eu sou a mais calma (=a que demora mais para estourar) aqui em casa e pelo tom de voz percebeu que seria melhor que a vizinha fosse cantar vitória em outra freguesia. E até o dia em que ela se mudou, não ousou piar perto de mim.

*******************

Episódio #2 – Minha primeira vez…

– Essa não é tão “miquenta”, é mais fofuxa. – 

Meu primeiro jogo como jornalista formada foi um Botafogo x Fluminense no dia 6 de outubro de 2001, que foi disputado aqui na minha cidade. Fui escalada para acompanhar e fazer flashes durante a programação. Fui ao hotel, conversei com jogadores, inclusive um chamado Artur, que estava voltando de contusão e iria jogar! Não era para eu entrar no campo – não tinha autorização, mas o então assessor do clube gostou de saber que era meu primeiro jogo, que eu era botafoguense e que eu estava tão emocionada que era capaz de sair pulando campo afora e me colocou para dentro dizendo que eu estava com eles. Vi o jogo atrás de um dos gols. (seria algo que se tornaria normal para mim algum tempo depois, ir ao jogo para trabalhar nas arquibancadas e, mais tarde, estar dentro do campo e participar da transmissão)

O Botafogo perdeu por 2 a 1, mas o único gol do time foi marcado pelo Artur, que se lembrou de ter conversado comigo antes do jogo e parou para gravar uma entrevista. Depois que acabou a coletiva, dentro do vestiário, eu fiquei pra trás e pedi um autógrafo ao técnico Paulo Autuori, dizendo que ele tinha sido responsável por um dos momentos mais felizes da minha vida (o Campeonato Brasileiro de 1995) e pedi um autógrafo (só tiraria a foto alguns anos depois quando ele treinou o Cruzeiro e veio jogar aqui – outra história maluca… mas fica para depois). E quando eu estava indo embora achando quase tudo – poderia ter sido uma vitória – o máximo, o mesmo assessor que me ajudou, me chamou e me deu uma camisa do Rodrigo – do então destaque do time. O pessoal da rádio foi comer uma pizza depois, eu fui também, mas sabe quando o corpo está no lugar e a mente não? É meu caso: minha mente estava na camisa dentro da mochila, que eu não acreditava que estava lá. Confesso que foi difícil dormir naquele dia, porque estava achando tudo um conto de fadas com final feliz – neste caso (e em alguns outros), não se esquece a primeira vez.

Bacci!!!

Beta

6 Comentários

  1. Barbara Santiago

    Sobre o #3

    *se afasta não-tão discretamente*
    Betinha linda do meu coração, eu te amo, viu? Prometo solenemente nunca tirar uma com sua cara quando seu time perder, já que eu preciso olhar bem-bem-bem pra cima pra ver você. *cof cof*

    Sobre o #2

    Ah, que lindo! Não é mico, vai! Esse valeria a pena até se você tivesse saído saltitando pelo campo!
    Imagina só, o primeiro jogo e logo com seu time! hahahaha
    Fico cá só imaginando a sua felicidade, viu?
    hauahua
    Valeu muiiiiiiiiito a pena torrar o seu saco por longos meses para ler suas palavras de mulherzinha futebolística hahaha
    Adorando as histórias!

  2. Unknown

    Caraca, isso que é torcedora fanática e louca >.< Pobre vizinha… hahahahaha

    Sabe que eu nunca fui ao estádio ver nenhum jogo?! Sério… até gosto de futebol, mas assistir em casa é o máximo que posso fazer. E só digo que sou Vascaína para ter uma resposta quando perguntarem para que time eu torço. Porque eu não ligo a mínima para nenhum deles >.< Torço pelo que me convier no jogo que eu puder assistir >.< hahahaha Não me mate, nem me odeie, Beta >.<

    Agora, que delícia essa sua primeira vez *-* Ah, deve ter sido tão mágico o/

  3. Andrea Jaguaribe

    Beta,

    Sou oriunda de uma família de flamenguistas doentes e casada com um vascaíno fanático e, por isso, vou logo avisando que em termos de futebol sou neutra, viu? Caso contrário, como eu, do alto do meu 1,53 de altura poderia sobreviver nesta família?

    Como não quero colocar a nossa amizade em risco, fique sabendo que sempre que o Botafogo estiver em campo, na minha condição de Suíça esportiva, torcerei para que vença o melhor, sem privilégios a nenhuma das partes nem dancinhas infames.

    Mas só queria ser uma mosquinha prá ver a cara da vizinha abusada!!! kkkkkkk

    E a camisa, está guardada em lugar secreto ou você emoldurou e pendurou na parede do quarto? Gente, que presentão! E que noite de contos de fadas, hein, amiga? Com direito a 11 príncipes! kkkkk

    Beijo!

  4. Sil de Polaris

    Zeus, sorte eu saber comportar-me em casa alheia sob qualquer pretexto e situação ! (hihihi) Ter uma noite quase insone desse jeito é um conto de fadas com onze príncipes mesmo ! ^^

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