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Dissecando a pobre Amélia de Diana Palmer – Cap. 414

Ciao!!!

Ok, senta que lá vem história.

Pra variar, este é um daqueles livros que eu jurava, por tudo que é mais sagrado, que já tinha feito a resenha para o Literatura de Mulherzinha. Se não fosse a recente fome de Diana Palmer da Bárbara, acho que demoraria muito tempo para eu perceber. O livro Amelia foi escrito em 1991 e, até onde eu saiba, não foi publicado em Português. Consegui o meu graças ao e-book do Projeto Romances.

Resumo da boa-vontade:
Texas, 1900. Amelia Howard tinha uma vida muito difícil: perdera os irmãos caçulas e a mãe. O irmão mais velho era um ranger e morava longe. De sua família, restara apenas o pai, de temperamento instável e agressivo, que agora queria casá-la com Alan, o filho caçula dos Culhane, a família mais rica da região de El Paso. O problema era que o rude filho mais velho, Jeremiah “King” Pearson Culhane, não a aceitava como uma futura Culhane. Ele a considerava uma interesseira na posição social que ganharia se casando com o irmão, uma mulher apagada, sem brilho nem coragem e, em nenhum momento, disfarçava o desprezo que sentia por ela. No entanto, o tempo e os fatos se encarregam de mostrar que os sentimentos fortes que uniam King e Amélia estavam longe de serem o que eles pensavam e o destino lhes reservava grandes surpresas.

– Pronto, fiquem sabendo que gastei todo o meu repertório de fofura ali em cima. Esta é uma daquelas resenhas bem detalhistas, portanto, se não quiser saber detalhes da história, pare por aqui. Agora vamos falar sério. Este é um romance histórico da Diana Palmer (com certeza, ela tem mais um chamado Magnolia, estou na dúvida se os livros Lacy, TrilbyNora e Noelle que encontrei no site do Amazon são históricos, mas acho que são, estão todos relacionados e, apesar de não mencionar, pelos sobrenomes dos personagens eu desconfio que todos têm a ver com Jacobsville.) Mas não sei se são como este, não sei quem vai ler. Eu tenho sérias dúvidas de que conseguiria sem um incentivo como altas doses de maracujá ou o combo Xabi Alonso-Luca Toni-Yoann Gourcuff-Ewan McGregor-Clive Owen-Brad Pitt (sem Angelina) dando apoio moral.

– Amelia é uma desafortunada. E nem pense em fazer qualquer relação com aquela imortalizada em canção “Amelia não tinha a menor vaidade./ Amélia é que era mulher de verdade” porque a personagem da Dona Diana come o pão que uma dupla de pestes amassou com gosto e vontade. Uma garota com beleza angelical, espevitada e feliz quando tinha os irmãos e a mãe.

– Após a morte dela e a distância do irmão mais velho, ficou à mercê do temperamento instável do pai, que era bom uma hora e incontrolavelmente agressivo em outros momentos. Nas vezes em que tentou reagir, sofreu agressões graves. Com vergonha e pena do pai (algum psicólogo de plantão me diga se isso é comum em vítimas), ela preferiu se tornar uma sombra, esconder toda a sua vivacidade sob uma máscara de retraimento e submissão. Ela não tem a menor ideia do que é se sentir atraída por alguém e suas recordações relativas às intimidades entre homens e mulheres não são as melhores possíveis (ouviu, por acidente, uns parentes que estavam hospedados em sua casa, no tempo que sua família ainda era viva).

– Sem contar que estamos em 1900, a reputação de uma moça era seu maior bem, uma vez perdida (com ou sem fundamento), a moça estava arruinada (tratamento que geralmente não era reservado ao responsável pela ruína). Para azar de Amélia, a vida dela era uma novela mexicana, onde desgraça pouca é bobagem. O pai quer que ela se case com Alan, o caçula dos Culhane. Amélia não o ama, mas aceitaria o casamento para evitar confronto com o pai. E este foi o erro, porque a colocou na mira de tiro de King, o herdeiro dos Culhane.

– Características de King Culhane: ele está certo, mesmo quando todos dizem o contrário. Ele manda. Todos o temem. É um nome respeitado na comunidade. Ele está certo, mesmo que esteja errado. Por acreditar nisso e agir assim, ele se julga acima do bem e do mal, com direito de julgar, condenar e executar a sentença de quem quer que seja. E ele não foi com a cara de Amélia, porque acreditava que ela era uma fraca, que não servia para comandar o rancho, para ser esposa do irmão e para entrar para a família. O pior dos crimes dela (e a virginal e inocente Amélia nem poderia imaginar) era despertar sentimentos lascivos nele – e, claro, ela deveria pagar por isso. E ele cobra a “dívida” com vontade, não perde uma oportunidade de espezinhar, provocar, humilhar e até mesmo ordenar que ela se afaste do irmão. Apesar de todos os familiares – em especial, a mãe e o irmão dele – alertarem que havia um mistério envolvendo a relação entre a moça e o pai, ele não escuta porque (óbvio) está convicto de que a visão dele está certa: ela era uma mercenária, interesseira, desinteressante e marionete do pai. Não perdia uma chance de esfregar na cara dela a moça certa para ele, Darcy Valverde, que ele pretendia casar sem amor, apenas por conveniência (preciso dizer que a criatura era uma mala sem alça, fútil, interesseira e que apenas o avestruz Culhane não queria enxergar?) e chegou até a machucar Amélia em um baile (King a segurou forte no braço, marcando a pele, só porque ela dançou com um homem que a convidou e que ele, do alto de sua vassoura, digo, sabedoria, considerava indigno e má companhia).

– E a criatura ainda fica indignado e irritado por ser “tratado como se tivesse lepra” (palavras do texto) por Amélia, que se encolhia e se intimidava quando ele estava por perto – sim, faz o que faz, e ainda queria tapete vermelho, aplausos, flashes e orquestra filarmônica – afinal de contas a agressividade dele era extremamente semelhante aos momentos ruins que a garota havia vivenciado com o pai e ela não queria um remake dos piores momentos. “A mancha no braço de Amélia o tinha feito se sentir o ser mais desprezível do mundo. Só um covarde se atreveria a exercer a força bruta contra uma mulher indefesa. Ele não queria ter feito tal coisa, mas tinha perdido o controle de suas emoções. A onda de desejo que tinha invadido foi tão inesperada e intensa que tinha tido que usar sua mais refinada crueldade para se proteger. Sentia-se culpado, mas não sabia o que fazer para consertar o que fez.” Momento psicólogo de plantão de novo: como toda mente obtusa de agressor, a culpa da agressão é da vítima, óbvio! King foi provocado, apenas reagiu. Ele é inocente incitado ao mau comportamento por Amélia! (sim, ele repete este pensamento, em diferentes e criativas e malas versões em vários trechos do livro. Nem precisa de muita história para que você tenha vontade de chamar a Noiva do Kill Bill e mandar atrás dele…).

– Claro que esta atração masoquista entre agressor e vítima tem vários momentos irritantes e eles terão um auge. Com ciúme de Alan, que dizia estar disposto a se casar com a garota que o irmão maltratava (ele havia notado as faíscas entre Amélia e King e sabia que tinha algo mais forte por trás disso), mas afirmando que seria apenas para proteger o irmão e a família, King arma para ficar sozinho com Amélia no rancho, durante uma visita da garota e fazer com que outros saibam disso. Ele começa a beijá-la, um beijo leva a outro, a outro, a outra carícia e, voilá, lá estão King e Amélia na cama. E o todo-poderoso não leva em consideração o fato de ser a primeira vez da moça, mostrando-se agressivo, egoísta e nada gentil. Quer saber, leiam!

King não podia acreditar no que acabava de fazer. Sentia-se o ser mais desprezível do mundo. Não tinha perdão. Tinha desonrado Amélia a despojando de seu bem mais precioso. O pior era que agora ela esperaria uma proposta de casamento. O risco do embaraço era muito alto. Que idiota tinha sido!
Começou a vestir-se sem olhá-la. Embora as pernas tremessem, Amélia conseguiu levantar da cama e então sentiu o sangue escorregar pelas pernas. Felizmente, tudo tinha acontecido tão depressa que King nem sequer tinha tirado sua roupa, o que tinha evitado que ficassem rastros delatores sobre os lençóis.
Sem se atrever a levantar a vista, dirigiu-se para a porta e a abriu. King a fechou de novo com uma batida.
-Quero deixar bem claro que não me casarei com você, senhorita Howard -falou. -Se o que pretendia era me seduzir com essa intenção, lamento comunica-la que a jogada foi mal feita. Naturalmente, tampouco penso em permitir que se case com meu irmão. Advirto, se der o mais mínimo passo nessa direção lhe contarei com todos os detalhes o que aconteceu esta tarde. Está claro?
-Sim… -murmurou Amélia.
King fez todo o possível para esquecer como aquilo tinha acontecido. Negava-se a admitir que tinha sido ele, não ela, quem tinha iniciado a tão ansiada sedução.
Virtualmente a tinha obrigado a jogar-se em seus braços, mas o orgulho o impedia de reconhecer seu engano. Dizia a si mesmo repetidas vezes que tinha feito pelo bem de Alan. Agora seu irmão não teria que voltar a ver aquela mulher horrível nunca mais. Tinha passado um bom momento, mas este nunca tinha sido o objetivo de seu plano. Tinha ganhado, como sempre. Entretanto, por que se sentia culpado? Amélia era tão mentirosa quanto qualquer mulher. Além disso, o tamanho de seu cérebro podia ser comparado ao de um mosquito e sua resistência a de uma orquídea de estufa.
-Posso ir embora agora? -perguntou ela desesperadamente.
King retirou a mão da porta e a acompanhou até a entrada principal.
-Por favor… -sussurrou Amélia. -Eu gostaria de ir para casa agora. Pode pedir a um de seus homens que me acompanhe? Prefiro não estar aqui quando Alan ou seus pais voltarem.
-Como queira -replicou King, lhe dando as costas para não ter que contemplar o sofrimento refletido no rosto de Amélia.

– Vocês acabaram de ver mais um daqueles momentos “Siiiiiiiiiiiim, Diana Palmer, ela criou isso jurando que era romântico. Acredite se puder”. Toda vez nesta parte juro que penso na delegacia de mulheres, lei Maria da Penha, prisão perpétua, pena de morte, qualquer coisa do gênero. E como dona Diana tem a inacreditável capacidade de piorar o que já está ruim, preciso dizer que isso não foi o pior. King procura o pai de Amélia no banco em El Paso onde trabalhava como contador e insinua que ela havia se oferecido para ele. Em três tempos, o homem está em casa, dando uma surra de correia na filha desavergonhada.

– Quem chega até este ponto está convicto de quem não tem como achar um final feliz nesta história. Pelo menos um que me convencesse e deixasse King sem um legítimo e convincente castigo. Mas estamos falando de Diana Palmer, então meu lado escorpiano já foi pro cantinho do pensamento se divertir com a lembrança dos espartanos de 300 ou do Clive Owen em Sin City – lugares onde ele vai encontrar o sangue que tanto gostaria de arrancar do protagonista deste livro.

– Vamos ao terceiro ato, hora de redimir (cofcofcof) o herói, anti-herói, vilão (defina como quiser esta criatura do mal). Nesta parte da catástrofe, digo do livro, são os melhores momentos de dois personagens que se tornaram meus preferidos por suas atitudes: Dr. Vazquez e Alan, são os únicos dizem o que King merecia ouvir, mesmo diante da arrogância dele.

-Diz que se casara com ela? -replicou King enquanto um sorriso cruel aparecia em seus lábios. -Inclusive agora que toda El Passo sabe que não teria escrúpulos em se entregar a qualquer homem? Pense em mim, por exemplo. Esta tarde se mostrou disposta a fazer tudo o que lhe pedisse. Naturalmente, depois de escutar semelhante falta de vergonha a enviei para sua casa e fui ao banco falar com seu pai. Asseguro-o que não voltará a falar de casamento depois do que eu disse.
Indignado, Alan se levantou e deu um murro em King. Seus pais, horrorizados pelo comportamento de seu filho mais velho, não fizeram nada para lhe deter.
-Idiota! -rugiu Alan. -Não se dá conta do que fez? Seu pai está louco! A matará!
-Não acha que está exagerando? -replicou King esfregando o queixo. – O que te aconteceu? Nunca o tinha visto tão zangado.
-Nunca pensei que chegaria o dia em que teria que dizer isto a meu filho -interveio Brant- Mas me envergonho de você, King. Desonrou a sua família.
-E também Amélia -acrescentou Enid.
-É obvio, também Amélia -respondeu seu marido.
-Não conhece o significado da palavra fidelidade! – protestou King. -Diz que está apaixonada por Alan mas aproveita qualquer oportunidade para se jogar em meus braços!
-E você não tem nem idéia de qual é sua situação real! -replicou Alan passando as mãos nos cabelos nervosamente. -Me dê a bolsa, pai. Vou a El Passo. Tenho de ver se estar bem.
-É seu pai. Não lhe fará nenhum mal -disse Brant, surpreso pela preocupação de seu filho.
-Falei com o doutor Vasquez -replicou Alan. -Uma vez seu pai lhe deu uma surra brutal que quase lhe custou a vida. E você -acrescentou voltando-se para o King- provocou sua ira e agora Amélia está em perigo. E tudo por minha culpa!
Saiu correndo de casa enquanto King tentava ordenar seus pensamentos. Lembrou o terror de Amélia quando estava na presença de seu pai. Agora tudo fazia sentido mas já era muito tarde. Ele mesmo se encarregou de lhe fazer uma armadilha com uma mentira vulgar como prova… Segundos depois selava seu cavalo e saía atrás de seu irmão.

– Pela primeira vez, a palavra de King não foi lei universal e havia algo além do que ele pensava e concluía. E o pior: as ações levianas dele haviam desencadeado uma tragédia que nem os direitos que ele pensava ter sobre a vida dos outros mortais poderia consertar. Quando chega à casa dos Howard, o pior se confirma: Amélia tomou uma surra e está seriamente ferida. O pai dela havia morrido (a agressividade e instabilidade emocional dele foram atribuídas a uma doença grave e incurável, que apenas o médico e Amélia sabiam e Alan suspeitava. O choque da insinuação de King o matara.) O médico descobrira que, além da surra, Amélia não era mais virgem e resolve esconder a informação, para preservar a paciente e só comenta com King porque tinha a suspeita de que ele era o responsável (e queria afastar o temor de que poderia ter sido o pai dela). Neste meio tempo, Amélia acorda, percebe que apanhou, mas não se recorda do motivo, nem de King (volto eu, do alto de anos como telespectadora assídua de ER: amnésia pós-traumática). Apesar de ainda achá-la detestável (SIM, ELE DIZ ISSO AO MÉDICO! Ops, desculpa, o meu eu escorpiano fugiu do cantinho da diversão espartana dele), está disposto a se casar com ela, que pode estar grávida dele!!!

PAUSA: Quer passar raiva? Olha isso. Cena – King consumido pela consciência pesada (juraaaaaa???) toma um porre e desmonta. E aí…

Minutos depois de meia-noite, Enid entrou no escritório para acender o fogo e encontrou seu filho mais velho em um estado lamentável. Sorriu tristemente e passou o olhar pelo escritório procurando algum cobertor para lhe cobrir. Encontrou uma manta de viagem cuidadosamente dobrada sobre uma cadeira e a jogou em cima dele.
O pobrezinho o estava passando uns maus bocados. A aguda intuição de Enid lhe dizia que entre Amélia e King havia um segredo, mas desconhecia do que se tratava. Era muito estranho que Amélia tivesse reconhecido todo mundo exceto King. Estava segura de que isso atormentava seu filho e se arrependeu de ter sido tão dura com ele em algumas ocasiões. Só restava confiar em que o tempo contribuísse para recuperação de Amélia e a quietude de King.

Pobrezinho? Se arrependeu de ter sido tão dura com ele? Pai amado! Somebody saves me!
Voltamos à nossa programação normal.

– Amélia é levada pelos Culhane de volta ao rancho para se recuperar. Mais confusão. Nem vendo-a fragilizada, King se compadece e continua distribuindo coices. Só Alan tem coragem de jogar as verdades na cara dele, de que ele era culpado por tudo que tinha acontecido. E à medida que ela melhora, ele ainda se atreve a culpá-la pela rejeição familiar (Alan perturba mais, a mãe tenta contemporizar e o pai não toma nenhuma atitude pra lado nenhum) e tem a cara de pau de levar a pretensa futura noiva para visitá-la (e a mala é expulsa da fazenda, porque só o demente do King acreditou que Darcy queria mesmo visitar a Amelia). Só que a Amelia pós-surra voltou à sua personalidade normal, ou seja, combativa e não levava desaforo para casa. Isso a aproxima do grosseirão do King e a afasta do gentleman Alan. Chega o ponto que o “herói” decide revelar o que realmente aconteceu e olha o cenário: durante uma visita ao túmulo do pai de Amélia, já que ela não pode acompanhar o enterro. (Sim. Tão sensível quanto lixa de parede.)

-A única coisa que me importa é salvar sua honra e que nosso filho seja legítimo -disse King posando seu olhar no ventre dela. -Pode que depois de tudo não seja tão terrível assim.
-Não fale assim!-exclamou Amélia, indignada.
-Quanto mais penso nisso mais me agrada a idéia de ter um filho. É uma moça forte e, não é uma covarde como eu acreditava. De fato, observei em você algumas das qualidades que mais admiro em uma mulher.
-Fico honrada -replicou Amélia com zombadora cortesia. -Mas suas palavras amáveis não me impressionam e, embora tenha decidido que sou digna de me tornar sua esposa, eu não te considero bom o suficientemente para ser o marido de ninguém, e muito menos meu.
-Sou um homem rico -disse King arqueando as sobrancelhas surpreso.
-Supõe que devo me sentir atraída por você só porque tem mais bens materiais que outros homens. –E ainda mais com sua inteligência, sua valentia ou sua generosidade? Qualquer um diria que me faz um favor se casando comigo.
-Não quis dizer isso -respondeu King, mas conheço muitas mulheres que dariam tudo para se casarem comigo.
-Graças a Deus não sou uma delas -disse Amélia com aspereza. -E agora me leve para casa, por favor.
-Se casará comigo querendo ou não, senhorita Howard -falou King.
-Você não voltará a me obrigar a fazer nada que eu não deseje. E fique sabendo, senhor Culhane: não me casaria com você nem que fosse o único homem sobre a terra!

Outra pausa: O irmão de Amélia, Quinn, é responsável pela trama paralela. A gente acompanha o trabalho dele procurando um bandido conhecido na região. Acaba se envolvendo com a filha do homem que tinha que prender, dorme com ela, se apaixona, tenta protegê-la, mas acaba cumprindo o dever. Fica arrasado quando é rejeitado pela garota e se reconcilia. A história dele é normal, se você conseguir prestar atenção em meio à saga de torturas de Amélia.

– Quinn volta e, como sempre, tem uma fofoqueira de plantão para informa-lo da morte do pai, da fofoca envolvendo Amélia e King e de que a garota estava se recuperando no rancho dos Culhane. Vai lá tomar satisfação e acaba trazendo a notícia da prisão do bandido. E aí nosso protagonista acrescenta outra bobagem ao extenso curriculum (e eu pulei algumas outras bobagens, como tentar levá-la para a cama novamente, e antes do casamento!, como se ela tivesse ansiosa por isso após aquela humilhante primeira vez): larga Amélia após o casamento (os protestos dela eram tão resistentes quanto papel na água…) para ir tomar satisfação com o homem acusado de ter matado a mulher que ele tinha amado, mas preferido se casar com outro, que tinha posição social e dinheiro (claro que dona Diana tinha uma desilusão amorosa na manga para ajudar a justificar o comportamento do protagonista e tentar causar alguma compaixão. No meu caso, falhou.) Isso foi demais pra Amélia, que fez as malas e o abandonou, mas ele foi atrás dela e a trouxe de volta para o rancho, onde eles finalmente se entenderam…

Em algum lugar não muito longe um coiote uivou com uma mescla de tristeza . Para Amélia pareceu o som perfeito para uma região que, como King, nunca se deixaria dominar. Apoiou a cabeça no peito de seu marido. Os rítmicos batimentos de seu coração eram mais vigorosos e firmes que o uivo do coiote.

– Sim, este é o último parágrafo. E antes que eu também exploda a paciência de vocês (porque a minha já subiu no telhado há muito tempo), vou contar algo que só me dei conta agora, depois de tudo que eu escrevi. O resumo desta história está em uma frase do primeiro diálogo entre os dois apresentado pelo livro.

– Je pense que vous étes um animal.

Sim, Amélia, a azarada, sabia desde o início onde estava se metendo. Pena que não conseguiu fugir.

Arrivederci!!!

Beta

Beta

23 Comentários

  1. Lidy

    Beta fazendo aquecimento pra Rodrigo Ramirez! o/

    Como o gracinha do Allan pode ter tido um irmão tão imbecil quanto King? Um deles só pode ser adotado. afe

  2. Ili

    Oi, li somente 3 livros da Diana Palmer e o único que gostei foi Lorde do deserto, pois depois de Avassalador não consigo ler nada dela. E agora depois de sua resenha gosto menos ainda, se é para passar raiva com um livro nem leio já basta cada dia do meu trabalho.
    Beijos

  3. renanthesecond2

    Beta, você só esqueceu de postar o diálogo em que Amélia, depois de recuperar a memória, acusa King de ter matado o pai dela. A meu ver, esse foi o melhor momento dela no livro. Postei alguns trechos no tópico da comunidade "Escreveu, não leu as mocinhas dão o troco". Ah, e você esqueceu de mencionar que, na noite do casamento, quando já havia percebido a besteira que fizera deixando a casa intempestivamente, King foi derrubado do cavalo, que fugira de uma cobra, e foi obrigado a dormir ao relento. Ele era uma peste, e pior, tenho impressão que em nenhum momento do livro ele diz "Eu te amo". Mas pelo menos ele sofreu um bocado, também. No diálogo que ele tem com Amelia depois do porre, quando ele diz que as imagens dela ensanguentada o atormentavam, pela primeira vez tanto ela quanto os leitores conseguem vislumbrar alguma humanidade nele.

    E sim, pelo menos "Nora (protagonizado por outro irmão de King, Cal, que, segundo dizem, não tem nada a dever ao irmão)" e "Trilby" são livros de época, mas nenhum deles (aliás, nem Amélia) têm a ver com Jacobsville. E isso é bom, pois com certeza "Big" John Jacobs não deixaria barato os abusos cometidos pelos "heróis".

    Renan.

    P.S.: se quiser ler "Destemido (Fearless)", e ver as canalhices de Rodrigo Ramírez, vá por sua própria conta e risco. Mas admito que seria uma resenha interessante.

  4. renanthesecond2

    E pessoal, apesar de tudo não desistam de Diana Palmer. Ela tem bons livros, mas como também eventualmente escreve bombas é bom saber de antemão de outras pessoas se o livro vale a pena. Pelo menos nos livros dela não se encontram chantagens e "estupros de amor (exceto, talvez, um ou outro mais antigo)".

  5. Mima

    O que acho mais triste não é nem a sra. Palmer acreditar que isso é romântico, mas sim mulheres, nos dias de hoje, acreditarem que isso é o ápice do romantismo.
    É isso que me apavora completamente.

  6. Mara

    Oi Beta!

    Sinceramente depois da sua resenha não vou me arriscar não…kkkk.

    Eu li dura vingança na marra, e apesar de gostar da DP, tb acho que ela exagera um pouco nos anti-heróis.

    Na minha humilde opinião até agora é "Lobo Solitário", sim eu sei, o Archie não é nenhum lorde, mas ao menos no final ele me convenceu… pois até se converteu!…rs.

    bjos
    Seu blog é ótimo, e suas resenhas um verdadeiro show!
    Mara

  7. Andrea Jaguaribe

    Oi, Beta!

    Resenha excelente, como sempre!

    Diana Palmer devia servir de tema de tese de doutorado em psicologia. Além dela criar umas cavalgaduras dessas sob o mote de que são românticos, a gente ainda lê!!!! Isso deve ter uma explicação…

    Mas ainda assim, mesmo com esse "lado negro da força", ela ainda é capaz de criar mocinhos sensacionais. O meu predileto, Dutch Van Meer, faz com que a gente esqueça rapidinho essas malas…

    Mas tenho uma sugestão: prá quem não quiser morrer de raiva ou quiser um momento masoquista, é só consultar a lista dos 11 melhores e piores mocinhos da Diana Palmer, que o Renan postou na Adoro Romances e que a Beta reproduziu aqui. Aí não tem erro e ninguém vai ser pego de surpresa!

    Beijos,

  8. Illyana

    Beta!!!

    Menina, NOTA 1.000 pela resenha realista de mais um livro porcaria da Diana Palmer!!

    Jesus, tem livros dela que eu realmente, como leitora de romances desde 1987, gosto e releio sempre que posso.

    Mas pelo amor de Deus, a grande maioria dos livros dela são controlC + ControlV de tão iguais.

    A mocinha sempre sofre horrores – e sim, como Assistente Social, nestes romances em especial, SEMPRE me lembro da Delegacia da Mulher, da Lei Maria da Penha, e também em conseguir dinheiro para contratar assassinos de aluguel p matar estes canalhas filhosdaputa que ela insiste em passar para milhares de leitoras pelo mundo como sendo 'mocinhos'.

    Desnecessário dizer que homens como o do protagonista deste romance aqui tem o mesmo perfil psicológico dos centenas de homens que batem, espancam, torturam durante anos e matam suas companheiras. Pefis praticamente idênticos mesmo ¬¬

    Illyana…
    (continua no próximo comentário)

  9. Illyana

    (Continuação XD)

    No grosso, autoras de romances como a DP acabam por prestar um desserviço à liberação feminina e a todas as conquistas das mulheres.

    E dizer que a mocinha deste livro só agiu assim porque é um romance histórico não procede uma vez que a DP criou um único perfil para suas mocinhas e vem usando-o indiscriminadamente durante as últimas décadas, não importando se o enredo é histórico ou se ele se passa na atualidade.

    É por isso que DP e outras autoras igualmente atrasadas estão sendo superadas em vendas e prestigío atualmente, no cenário mundial dos romances para mulheres.

    E no lugar dela e de suas primas-amigas-quase-irmãs, hoje temos uma leva absolutamente magnífica de autoras que trabalham com personagens femininas e masculinos dignos de serem chamados de seres humanos, quanto à humanidade existente em suas almas e atos.

    Ou seja: Mil Vivas por Gena Showalter o/o/o/ e outras divas atuais dos romances.

    AMEI mesmo sua resenha, Beta. Impecável.

    E vc ganhou mais uma fã *______*

    Illyana o/

    Illyana HimuraWakai
    [email protected]
    @IllychanHimuraW

  10. Cássia Drobev

    oi flor, amei seu blog é lindo, já estou seguindo parabéns.Como vc sabe é muito dificil conseguir seguidores ,então estou aqui feito uma louca pedindo ajuda de vcs que são blogueiras e sabem como é dificil manter um blog.Peço somente que me sigam e se quizerem parceria estou aqui.Muito obrigada e parabéns.

    http://leiturasapaixonantes.blogspot.com

  11. Barbara Santiago

    Betaaaaaa!
    Amei! Amei! Amei!
    Você sabe o que eu acho do Vilão mor! Só a DP pra dizer que aquilo lá é um mocinho!
    Pela mãe do guarda! Acho que ela pegou todos os defeitos de todos os personagens dela e tacou tudo no King!
    Fiquei séeeeeeculos com trauma de romance histórico porque esse foi o primeiro (sim! o primeiro) romance do gênero que eu li! Imagina só o meu medo depois disso!
    Foi preciso muita paciência dos médicos para me tirar do cantinho do pavo! hahaaha
    Amei!!

  12. Karol (Blog Miss Carbono)

    pqp, cadê minha carabina? Que mocinho horrivel!

    Nunca li esse livro e nem quero ler. Na verdade, sou meio traumatizada com Diana Palmer por causa de mocinhos como esse. o.O

    TEH MAIS

  13. Sil de Polaris

    Sim, sua psicóloga de plantão confirma que retrair-se e submeter-se a um pai instável, que poderia vir a ser muito violento quando era confrontado, é muito normal de ocorrer. Isto é um sistema de auto-defesa para auto-preservação.

  14. Sil de Polaris

    Todavia, eu jamais li e jamais lerei um romance de Diana Palmer. Primeiro porque não senti simpatia por uma autora que tem nome igual ao nome daquela namorada de Fantasma, personagem de HQ que nunca atraiu-me ou encantou-me. Segundo porque eu jamais senti atração pela sinopse de seus romances, então não existem duas opções sobre Diana Palmer para mim, como "ame-a" ou "odeie-a". Existe "ignore-a" também ! (hihihi …) ^^

  15. Sil de Polaris

    Aloha, Andréia !

    Aloha, Beta !

    Eu irei responder-lhe aqui sobre o que perguntou naquele tópico sobre Diana Palmer, ok, Andréia ?

    Eu resolvi fazer assim porque não estou encontrando aquele tópico, Beta. Tive uma sensação de que houve perda de postagens anteriores.

    Enfim, eu não tenho histórico vital de Diana Palmer e tudo o que tenho são leituras de testemunhas: ou amam ou odeiam essa escritora, sendo que eu tenho encontrado mais ódios que amores. Portanto, uma teoria básica de sua personalidade literária (como escritora e não como mulher ou ser humano) versa que ela seria sádica, alimentando-se de sofrimento alheio e sentindo muito prazer com ele. Seu perfil vitimológico é feminino predominantemente, divertindo-se em fazer suas vítimas sofrerem de toda forma imaginável possível.

    Ou isto ou tal senhora é muito sagaz, pois descobriu que criar polêmica literária desse tipo traz audiência, portanto compradores, portanto lucro para ela e seus editores, enquanto ela coloca sua sombra escorpiana em prática (sombra é o que chamamos de nosso lado mau), exorcizando seus fantasmas sem fazer mal físico ou mental que seja verdadeiro a alguém realmente. Mas que isto tem um pezinho em sadismo … Tem !!!

  16. Sil de Polaris

    Ignorar é o que você deve fazer exatamente com meu comentário sobre tópicos sumidos, Beta, pois eu acabei de encontrar o que procurava de Sarah Craven.

  17. Jéssica

    Ainda não li esse, estou terminando a série homens do Texas… Este está na lista dos próximos, será que vou odiar o King mais do que odiei o Rodrigo Ramirez? Será que vai dar empate? rsrs adoro os livros da Diana Palmer apesar de alguns mocinhos serem odiáveis… Os últimos livros dela tem sido mais lights no quesito mocinho ogrinho, tem alguns na verdade superrrr fofinhos, tipo O Rebelde (o mocinho não tem nenhum momento ogro), Imutável, Indomável, Perigoso, Sem Coração…

  18. Jéssica

    A Diana Palmer tem um romance histórico dos fundadores de Jacobsville que é bem curtinho e bem fofo, chama O Fundador!!! Eu gosto dos mercenários e homens traumatizados dela, hahaha… Acho que ela consegue fazer a história rodar com traumas, segredos, momentos de ódio, senão ficaria só no mimimi e não prenderia minha atenção, por isso gosto de ler Diana Palmer!!! Tem um livro que ela fala, na verdade, da história dela… Não lembro qual era, mas a mocinha fala que tem uma irmã que conheceu o marido e se casou em 5 dias e eles estão casados a 37 anos…

  19. Jéssica

    Li Amélia… (pausa dramática)
    O King se comporta feito um otário varias vezes, isso eu devo concordar… Mas tem umas coisinhas que eu descordo… Rsrs eu li o livro em inglês, e na parte do baile, fica bem claro que não é ele quem segura o pulso dela até machucar, o que acontece é que ele está segurando o pulso dela e ela pucha com força, pra se livrar dele, e acaba machucando o próprio pulso… E depois a desculpa que ele pede, eu derreti um pouquinho viu!!!

    Não achei o King tão, tão malvado… não sei se é pq já tinha lido aqui então estava preparada, não sei se é pq já li toda a série Homens do Texas, então já conheço ogrinhos piores, tipo Garon Grier, que na minha opinião ganha até do Rodrigo Ramirez, não sei porque, mas não achei ele tão desprezível… Acho que talvez pq fica bem claro, pelo menos pra mim, que desde o começo ele gosta dela, embora ache que ela é uma tonta (e ela se comporta como uma), fica bem obvio que ele é louco por ela, tão louco que mete os pés pelas mãos…

    E a história do Quinn e da Maria, eu adorei!!!

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