Eu ainda estava nas nuvens, depois de ler O SENHOR DAS TERRAS ALTAS, da Hannah Howell… Mas um grego arrogante, pretensioso e irritante aproveitou para acabar com a minha pouca paciência (confesso que essa passou longe de ser a minha semana mais zen…).
Então de tanto que eu quis esganar essa criatura, nada melhor para exorcizar os sentimentos do que escrevendo. Por isso, essa resenha fora dos padrões do LITERATURA DE MULHERZINHA – de um livro isolado, com citações da história.
Provavelmente, depois quando eu começar a colocar a lista de livros com personagens gregos , faça uma versão mais branda.
O cidadão atende pelo nome de Alex Terzakis, líder da família, que tem ramificações na Grécia e na França. Ele conhece Sarah porque a irmã dela de 18 anos morre ao dar a luz ao filho do irmão dele, Damon.
Os problemas:
– Damon era casado e pai de duas crianças
– Damon tinha dito que ia se casar com Callie e a abandonou (mas Alex “onipotente, onisciente” não sabia)
Para proteger a família, Alex humilhou as duas irmãs, especialmente a mais velha. Depois, quando Callie morreu, ainda teve a audácia de aparecer no hospital, para conhecer o sobrinho! E isso não é tudo: ele foi à casa dela para exigir a guarda do sobrinho.
Para ficar mais claro do que eu resumir, vou colocar alguns trechos do livro aqui. Com vocês, a fina flor de candura e gentileza que atende pela alcunha de Sr. Terzakis.
Trechos de Laços de Vingança – Lynne Graham – Sabrina 932
(Bond of hatred – 1995 – Mills & Boon Ltd.)
(Durante a visita à casa onde Sarah estava com Nicky):
“Desista de Nikos sem criar problemas ou escândalos e prometo que terá o que quiser. Pense bem. Você tem uma vida dura… Qual é a sua idade? Trinta, trinta e um?”
* Ela tem 24 anos e ele falou de propósito para feri-la*
(No dia em que desacatou Sarah por causa de Callie, que estava com 4 meses de gravidez)
“Não tenho o menor desejo de conhecer sua irmã. A única coisa que espero dela é que saia definitivamente da vida de Damon. (…) Sua irmã dormiu com o meu irmão… só isso. (…) Damon sabe o que é esperado dele, e uma… mocinha qualquer com a atenção voltada para a sua carteira não é suficiente para afastá-lo de seus deveres.(…) Um conselho: da próxima vez em que for ajudar sua irmã a caçar um grego milionário, não esqueça de dizer a ela para manter a boca fechada sobre seus ex-amantes. (…) E se ela quer uma aliança na mão esquerda, que mantenha as pernas bem fechadas até sair da igreja.”
* Eu já teria arremessado algo na cabeça dele, para fazer um galo bem grande que precisasse de muitos pontos. Embora Sarah tenha saído às lágrimas, tomou a mesma decisão que eu tomaria – nunca mais ter nenhum relacionamento com os Terzakis *
(Depois de se casar com Sarah, ao perceber que ela não correspondia ao que ele esperava)
“Você é lésbica?”
“Não foi isso que imaginei para o dia do meu casamento. (…) Esperava dividir essa ocasião com uma esposa digna de meu nome. (…) Você é uma mulher má e perigosa, mas saiba que não vou tolerar interferências quando o momento da verdade chegar. Isto é, se ainda tiver por perto (…) Porque vai precisar de muita determinação e muita humildade para permanecer ao meu lado. E francamente não acredito que tenha toda essa fibra.”
* Ao ver que ela não se derrete nem dá mostras de estar apaixonada por ele, apenas de estar interessada em Nicky, Alex pergunta se ela é lésbica. E continua com o festival da grosseria *
(Depois da primeira vez dos dois)
“… nós não temos um casamento – ele sorriu sarcástico – Não como está sugerindo. Só me casei com você por não ter outra opção. Queria Nicky e paguei o preço.” (…) “Você é minha esposa, e a tocarei sempre que quiser. É meu direito. Mas fora deste quarto, você não tem nnenhum direito além dos que eu decidir lhe dar. Obrigou-me a aceitá-la em minha vida. Não tem do que reclamar. E quanto a oferecer a minha liberdade de volta… eu nunca a perdi. Farei tudo o que quiser, quando quiser, e não há nada que possa fazer-me para impedir-me.” (…) “A propósito, está perdendo seu tempo com a rotina maternal. Não estou impressionado. Por que não faz simplesmente o que eu espero que faça? (…) Compre. Gaste dinheiro até cair de exaustão. (…) Aquela ninharia? Não esperava que comprasse nem meio vestido com aquela quantia irrisória. E por que acha que lhe dei aqueles cartões de crédito? Estava rezando para que fosse fazer compras e melhorasse sua aparência. (…) Serei muito mais fácil de lidar quando desistir de fingir ser o que não é.”
* Ok, quem lê Lynne Graham já sabe: após a primeira noite, ele pira e desacata até a sombra. Alex Terzakis arrasou Sarah. A bobinha se entregou achando que ele queria consumar o casamento, tentar manter um relacionamento adulto. Ele só queria se impor, especialmente depois de descobrir que ela era bonita. *
(Ao comunicar que queria manter o casamento)
“Se não aceitar meus termos pedirei o divórcio. (…) E tomarei todas as providências para que Nicky fique comigo”
“Precisei de algumas semanas para habituar-me à idéia do casamento – ele prosseguiu, como se não a escutasse – Algumas semanas para perceber que minha esposa era a amante perfeita. Alguns ajustes mentais… e aqui estou eu. Descobri que não suporto ser ignorado, sabe?”
* E o reizinho continua achando que o mundo gira em torno dele. E quando Sarah tenta acabar com o casamento, ele usa Nicky para obrigá-la a ficar com ele *
(Após outra noite de amor)
“Para mim? – Sarah estranhou, rasgando o papel dourado que escondia uma caixa de veludo negro. Ela abriu o fecho brilhante, arregalando os olhos ao ler o cartão preenchido pela inconfundível letra de Alex. ‘Pelas cinco horas mais fantásticas que já vivi… Também posso ser romântico.’
Sob o cartão havia um lindo colar de diamantes. Sarah sentiu os olhos queimarem. Também podia ser romântico. O diabo que podia, ela pensou com amargura e ressentimento. O que havia de romântico em recompensá-la por tê-lo satisfeito na cama? Ele não sabia ser romântico, simplesmente porque nunca tivera que se preocupar com isso. (…)
– Ele não só é incapaz de ser romântico, como também é insensível. É como se estivesse pagando, entende? Alex devia ter mandado flores, ou um bilhete com algumas palavras doces…”
* Ele a viu dizendo para o bebê para ser um homem romântico e que respeita as mulheres. A noção de agradecimento dele é comprando uma jóia e da forma como a entregou, por um mensageiro, parecia que estava pagando por um serviço prestado, não sendo romântico – é assim que Sarah reage, com razão. Diante do que ele disse na noite de núpcias, ela só podia mesmo desconfiar das atitudes dele *
(E o que Alex andou fazendo veio à tona…)
“Todos sabiam…. todos menos ela. (…) E Alex supunha que ela também soubesse. Agora entendia o que ele tentara dizer com aquela história de sentir-se desafiado, de não suportar ser ignorado.
Claudine trouxe os jornais e saiu em seguida. Todos os empregados lamentavam a sorte da pobre noiva, traída menos de 24 horas depois do casamento.
A primeira foto mostrava Alex jantando com uma loira; na segunda, ele dançava com uma morena. Sarah parou, incapaz de olhar as fotos seguintes. Estava ultrajada, tomada pela dor. Alex a forçara a entregar-se na noite de núpcias e depois a expusera ao ridículo saindo com outras mulheres. Prevenira-a sobre a necessidade de ser humilde para permanecer casada com ele, e não havia exagerado. (…)
Uma hora mais tarde Henri apareceu novamente e desta vez estendeu o telefone como se fosse uma arma ofensiva.
– O senhor Terzakis – disse.
Sarah apanhou o aparelho com um gesto brusco, tomada pelo ódio.
– Como vai? – Alex perguntou com tom íntimo.
– Pior impossível.
– Não sei se entendi…
– Essa tarde vi meu primeiro jornal em 13 dias. Foi realmente… impressionante!
– Então não sabia? – Alex perguntou surpreso.
– Parece que eu era a única a ignorar, não?
– Posso explicar.
– O que Vivien fez com seu pai não foi nada comparado ao que eu sou capaz de fazer!
– Estou indo para casa…
– Não estarei aqui – ela avisou – Esta noite irei à cidade. Se quer guerra, vai ter guerra. Você pode dançar até a madrugada? Eu também posso! Pode dormir em camas variadas? Eu também. Não há nada que não possa fazer que eu não seja capar de retribuir, seu… seu… O nome Terzakis será um apelido para as mulheres da noite. Estará de joelhos, implorando pelo divórcio, antes de eu terminar o que pretendo fazer!
– Se for à cidade…. se tiver a ousadia de sair…
Sarah desligou. Jantar com a sogra… Não era um programa adorável? Especialmente se durante a sobremesa pudesse ter certeza do desespero de Alex.”
* Preciso dizer mais alguma coisa? O que ele fez foi tão errado que ele nem poderia conceber que ela desse o troco na mesma moeda *
(Depois de Sarah confessar que a “vingança” não foi a vingança que deveria ter sido…)
“-Acho que devo explicações sobre meu comportamento – Trezakis começou. – Quando concordei com esse casamento, não pretendia permanecer casado por muito tempo. Sei que não fui muito honesto, mas estava furioso. Por favor, entenda que passei a amar Nicky. (…) Ele veio ao mundo em circunstâncias que eu jamais teria permitido, e no entanto, eu fui chamado a pagar pela ofensa.
– Sinto muito.
– Mas que alternativa havia? Seus motivos não foram inteiramente puros, mas você tinha mais consciência das necessidades de Nicky que eu. Não poderia criá-lo sozinho, e Elise jamais o teria aceito. Gosto muito de crianças, mas devo confessar que nunca parei para penar no que significa ser pai de uma delas. O que estou tentando dizer é que esse bebê precisa de nós dois, e agora aceito esse fato. Entretanto, se houvéssemos mantidos a calma depois da morte de sua irmã, não estaríamos casados…
Sabia que Alex estava dizendo a verdade, mas a dor era a mesma.
– Não estava preparado para deixar Nicky aos seus cuidados, não com a opinião que tinha a seu respeito. Estávamos tão ocupados trocando ofensas, que nenhum de nós mostrou o verdadeiro caráter. Decidi que você não ganharia com o casamento. Sabia que era orgulhosa, e me dispus a destruir esse orgulho. Daí meu comportamento após a cerimônia. Não me sentia um homem casado, não queria ser casado! Para mim, casamento era algo reservado ao futuro distante. Por isso, decidi me casar com você e despachá-la novamente o mais depressa possível, usando todos os meios de que dispunha. (…) Sarah, eu estou tentando esclarecer as coisas entre nós – ele insistiu, ajoelhando-se diante dela e tomando suas mãos. Lágrimas formavam-se em seus olhos e ela sentia-se incapaz de contê-las – Lamento se a magoei e prometo tentar reparar meus erros. Sei que posso fazer esse casamento dar certo.
– É impossível.
– Temos que nos esforçar, por Nicky.
– Amo meu sobrinho, mas… não quero continuar casada com você. Essa situação é insuportável para nós dois. Não temos nada em comum.
– Temos Nicky. E existem diversas facetas de seu caráter que aprendi a admirar.
(…)
– Alex… eu criei toda essa confusão. Ontem estava furiosa com você, mas agora entendo que não devia ter ficado aborrecida. Se quer sair com diversas mulheres, não tenho o direito de dizer nada, porque não somos realmente casados. Nenhum de nós estava falando sério quando prometeu amor e fidelidade.
– Eu não fiz amor com nenhuma daquelas mulheres – Alex revelou, segurando novamente as mãos dela. – Já ouviu falar no conceito da segunda chance? Estou praticamente de joelhos implorando por uma nova oportunidade, e você fica aí sentada como uma estátua, cheia de compreensão, mas completamente inatingível. (…) Posso ir onde quiser, quando quiser! – ele explodiu – Deus, meu pai teria matado para se casar com uma mulher como você! Se disser mais uma vez que posso sair com quantas mulheres quiser, juro que a estrangularei! Como posso me sentir casado, se não estabelece padrões para meu comportamento?
– Você estabeleceu os padrões em nossa noite de núpcias.
– Mas você não é a mulher que eu julgava ser. Confundiu-me, entende? Se queremos que esse casamento funcione, alguns padrões terão de ser observados. Sei o que estou dizendo.”
* As desculpas esfarrapadas para uma atitude mimada e egoísta. O que me irritou também foi que a postura da personagem é de se sentir culpada – mas o erro não foi dela, foi dele. Foi tão feio que, por mais que ele justifique, só piora. E ele ainda tem a audácia de ficar irritado quando ela se recusa a agir como uma esposa. Mas foi o que ele mandou na traumática noite de núpcias e ela apenas seguiu a ordem… *
(Depois de tentar o perdão da esposa, Alex fica irado porque ela ainda não confia nele)
“No início da segunda semana Alex passou a chegar em casa com imensos ramalhetes de flores, e então as conversas mais significativas começaram a acontecer. Ela perguntava tudo sobre a infância da esposa, sobre seus pais e cada emprego que tivera, e Sarah começou a inquietar-se, certa de que seu interesse não era genuíno.
– Precisa mesmo fazer tamanho esforço para viver comigo? – ela perguntou no final da segunda semana durante o jantar.
– O que quer dizer?
– Não precisa fingir para me fazer sentir querida. Prefiro que seja você mesmo.
– Não consigo acertar com você, não é. – Alex irritou-se.
Como explicar que sentia-se humilhada por seus esforços? Seria aproximar-se muito da verdade, e não podia correr esse risco. Sentindo-se injusta e ingrata, Sarah abaixou a cabeça numa luta silenciosa contra as lágrimas.
– Gosta de flores, mas não aprecia as que trago para você. Conversa com os empregados como se fossem velhos amigos, mas é incapaz de me dizer sua cor favorita sem ranger os dentes. O único lugar onde me recebe com alguma disposição é na cama, e por quê?
Por que o amava.
– Está sempre atenta às necessidades de Nicky, e não hesita em deixar a cama para ir atendê-lo, apesar de termos uma excelente babá. Se tem tamanha obsessão por bebês, por que esperar até o ano que vem?
– Não estamos preparados para outra criança – ela respondeu de imediato, sem entender o que acontecia com o marido.
– Pense bem, pethi mou. Em vez de ficar imóvel como uma estátua, tolerando minhas lamentáveis exigências sexuais, podia desenvolver um pouco mais de entusiasmo, tocar-me, dizer meu nome… Seria por uma grande causa!
– Não havia notado que estava insatisfeito.
– E como poderia, se não consegue pensar em nada mais excitante que a próxima mamadeira de Nicky?
Sem esperar pela resposta, Alex levantou-se e saiu da sala e Sarah ficou sozinha, lutando contra as lágrimas amargas. Sabia que ele estava certo. Na tentativa de salvar o que lhe restava de orgulho, tornara-se fria e indiferente.”
* Depois de tudo, ele ainda estranha ela não se sentir confortável perto dele e não acreditar na verdadeira intenção de suas atitudes. E mesmo assim joga a culpa NELA.*
(Depois de Sarah vencer a timidez e fazer uma visita a Alex no trabalho, os dois se reconciliam. Mas ainda havia uma pendência a ser solucionada)
“Os quatro foram para a biblioteca. Damon sentou-se ao lado da esposa e, de cabeça baixa, confessou:
– Não fui totalmente honesto, Alex.
– Ele está querendo dizer que mentiu. – Androula interferiu. Um olhar do marido a fez levantar-se. – Acho melhor ir esperar na sala.
Assim que Andy saiu, Saran retomou o assunto.
– Sei que não abandonou minha irmã como eu imaginava.
– Fiz pior que isso. Disse a Alex que ela era uma interesseira, e que havia saído com outros homens. Callie não era nada disso, e tem toda a razão de estar me odiando.
Só então Sarah descobriu que não o odiava. Damon era imaturo, fraco e superficial, e provavelmente fora envolvido pela personalidade forte e marcante de Callie.
– Mentiu para mim? – Alex perguntou ao irmão com tom autoritário.
– Fique quieto e deixe-o falar. – Sarah impacientou-se.
– Quando Andy esteve em Oxford com as crianças, nosso casamento passava por uma fase muito ruim. Pedi o divórcio e Andy concordou. Isso foi antes dela voltar para casa, antes de eu ter encontrado Callie. Apaixonei-me por ela e a pedi em casamento, e pretendia realmente levar essa idéia adiante.
– E eu duvidei de você – Alex disse a Sarah.
– Isso não tem importância – ela respondeu, feliz por estarem finalmente se desvendando toda a verdade.
– Callie garantiu que não havia risco de uma gravidez – Damon respondeu. – Ela sabia que eu não queria e quando aconteceu, não soube como lidar com a situação. Callie e eu tivemos uma violenta discussão. Depois disso voltei para casa para ver as crianças e cuidar do divórcio e… bem, percebi…
– Descobriu que queria voltar para sua esposa – Sarah concluiu.
– Callie chamou-me de covarde – Damon suspirou. – Estava arrependido, entende? Tentei terminar tudo, mas ela se negou a aceitar o rompimento.
– Primeiro a pediu em casamento, depois arrependeu-se e abandonou-a – Alex resumiu furioso – Uma garota de 18 anos, apaixonada por você! Como pôde ser tão egoísta e irresponsável? E ainda deixou que eu acusasse Sarah de…
– Já chega! – Sarah interferiu. – Vamos acabar com isso. Damon não foi o único homem do mundo a abandonar uma mulher.
– Mas sua irmã morreu!
– Por que decidiu levar adiante uma gravidez arriscada. Damon não a deixou desamparada. Mandou dinheiro, lembra-se? E ela nem disse nada a respeito – Sarah lembrou, virando-se para o rapaz – Por que se ofereceu para ficar com Nicky?
– O que mais podia fazer depois da morte de Callie? Andy concordou…
– Queria mesmo o bebê?
– Não – Damon confessou com honestidade – Sou grato por você e Alex terem decidido adotá-lo. Essa criança poderia ter destruído meu casamento.
– Interessante, essa mesma criança fez maravilhas pelo meu casamento – Alex comentou.
– Sorte sua…”
* PRONTO – Eu achei que o auge da minha irritação seria a cena da noite de núpcias, mas, ao ler essa cena, achei que ia ser a pioneira se houvesse uma forma de um ser humano entrar em combustão espontânea sem ser do Quarteto Fantástico ou do X-Men. Finalmente a verdade vêm a tona. Tanto Alex quanto Sarah estavam errados. Os problemas é que as mentiras de Callie foram sendo desmascaradas ao longo da trama, o que reforçava a imagem de mentirosa e interesseira que Alex tinha de Sarah. Aí depois deles se reconciliarem entre quatro paredes (só que foram as do escritório, não as do quarto), Damon, o pai de Nicky, resolve abrir o bico e contar a verdade – que batia com a maior parte das coisas narradas por Sarah. Cadê o arrependimento de Alex? Na hora que o irmão mentiroso e covarde é desmascarado, Sarah resolve poupá-lo dizendo que “não importa mais a morte de Callie”. Como assim não importa??? Por causa disso, os dois se encontraram, se estranharam, se agrediram e ela, por mais que se defendesse e acusasse, sempre levou a pior. Sei que a bondade e o perdão são provas de um espírito avançado, mas eu não me contentaria com um desfecho tão chinfrim. A sensação que eu fiquei foi que Alex foi absolvido sumariamente por todas as atitudes mimadas, imprudentes, egoístas e arrogantes que vinha adotando em todo o livro. Gente, desculpa se estou soando excessivamente escorpiana intransigente e inflexível, mas não dá para acreditar numa redenção de duas páginas depois de 120 descrevendo um comportamento irritante!*
(No dia seguinte, a reconciliação definitiva-remix – Alex entrega a Sarah um presente)
“Era um retrato de Callie, e a semelhança teve o poder de impressioná-la.
– Mas como…? Por quê? Pelo amor de Deus, onde o conseguiu?
– Eu o encomendei a partir de algumas fotos. Gostou?
– É fantástico! Jamais ganhei um presente tão importante quanto esse! Quando o encomendou?
– Há duas semanas.
– Já estava pensando no meu aniversário?
– Na verdade, estava pensando em qualquer oportunidade que surgisse para tentar impressioná-la. Queria ser incluído na categoria dos homens românticos e sensíveis.
– Queria? E por quê?
– Porque amo você.
– Não… não pode estar falando sério!
– É claro que estou. E teria confessado meu amor de qualquer maneira, mesmo que não houvesse ido meu procurar no escritório ontem.
– Desde quando? – Sarah perguntou atordoada.
– Desde antes de nos casarmos. Em nossa noite de núpcias, surpreendi-me pensando em como seria maravilhoso ter uma esposa como você e…
– E então disse todas aquelas coisas horríveis.
– Não conseguia entender meus sentimentos, e isso me deixava furioso. Saía todas as noites com outras mulheres, e isso só servia para me fazer ver o quanto queria estar com você.
– Também amo você – Sarah sorriu emocionada.
– Eu já sabia.
– Já sabia? Ora, seu presunçoso!
– Percebi, ontem, quando entrou em meu escritório. Não teria vencido a barreira da timidez sem o estímulo do amor. Fiquei tão feliz quando a vi na minha frente, que esqueci que havia combinado um almoço com Elise para apanhar o retrato.
– O… retrato?
– Elise o pintou. Esta noite, quando ela for à nossa festa, talvez possa aproveitar para rever sua opinão a respeito dela.
– Meu Deus! Eu sinto muito, Alex! Pensei que…
– Sei o que pensou – ele riu. – Elise e eu somos apenas bons amigos. Nunca houve nada entre nós, apesar de ter realmente pensado em casamento. Ela veio procurá-la porque estava mesmo preocupada com meu comportamento.
– Eu não sabia que andava encontrando outras mulheres. Acho que a surpresa me levou a reagir daquela maneira estúpida e grosseira.
– Elise compreendeu a sua atitude.
– E quanto às suas amantes?
– Amantes? Sarah, onde acha que eu iria buscar tanta energia?
– Energia nunca foi problema para você.
– Isso foi antes do casamento. Além do mais, não existe mulher melhor que você, meu amor.
– Nem pense em procurar!
– O que acha de nos casarmos novamente? Assim repetiríamos os votos com sinceridade.
– Ótima idéia – ela riu.”
* Ok, happy end lá para eles, mas não pra esta leitora mal-humorada… Depois de tudo, eu não li um “Desculpa, Sarah, fui injusto com você. Fiz acusações infundadas, me comportei de forma infantil e a deixei em péssima situação publicamente e aqui dentro de casa. Queria do fundo do meu coração que você me perdoasse.” Aí eu acreditaria que ele realmente tinha entendido a lição. Mas não, ele diz “eu te amo”, ela diz “eu também” e ele completa com um previsível “eu já sabia”. Toda vez que ela menciona a traumática noite de núpcias, ele nunca pede desculpas, mas dá uma explicação que só para uma pessoa como ele faz sentido: “Estava furioso porque estava confuso, não conseguia entender meus sentimentos” E desde quando isso libera que você ataque o parceiro com 20 pedras na mão e joga sobre ele uma culpa que ele não tem!? A sensação que eu fiquei foi a de que ela penou e se redimiu e para ele, nada mudou, só acrescentou que, agora, encontrou uma mulher que o ama e o satisfaz.
Enfim, eu adoro Lynne Graham, sempre que encontro, leio os livros dela. O livro não é ruim. Mas Alex Terzakis não é o herói dos meus sonhos. E acho que não seria de ninguém com um pingo de amor-próprio.
Por favor, entendam essa resenha fora dos padrões e me desculpem, mas eu precisava esbravejar!!! (É o melhor termo que encontrei para explicar a minha reação a esse livro)
Aguardo comentários!
Bjs!!!
Beta
kkkkkkkkkk Sua resenha ficou ótima Beta.Sabe, assim q terminei de elr o livro fiquei indgnada com a história, com a heroina e com o Alex.Mas, ficava com mais raiva de Sara porque não reagia nem cogitava a hipótese de sua irmã ser a errada da história…afinal ela não era uma flor de pessoa.
Bom, relendo o livro, e vendo isso, eu fiquei adorando a história.É um dos meus preferidos que não vendo nem troco. bjinhos.
Sei como vocês se sentiram ao ler esse livro,também fiquei super brava e irritada.Entretanto essa não foi a primeira história que eu li na qual o “herói”(até parece!!!)humilha e deixa a heroína com a imagem de “mulherzinha” para muitos e todo mundo e no final ela ainda fica com ele sem ter ao menos ouvido um pedido de deculpa,nem retratação.Apesar de tudo concordo plenamente que os livros de Graham são ótimos.
Ai, ai, nao li este livro, mas adorei seu blog… ja vou dizendo o seguinte, eu namoro um grego ha um ano e meio… e conheco outros gregos tambem… eles sao EXATAMENTE como o "heroi" do livro… difilmente pedem desculpas… se pedem, eh so um "desculpa" e nao dao o motivo e nem pensam que estao errados! E humilham mesmo! Sei, sei, eu tenho que cair fora da minha estoria… mas eles sao bons de alguma forma… sei la!
Tive a desgraça de ler esse livro ontem… Tipo, "COMO ASSIM?!" foi como eu fiquei no livro inteiro. -,-
Oi, Beta!
Li esse livro hoje, de molho em casa por causa de uma virose, e resolvi verificar se você já conhecia essa peça e não deu outra!
Tive a mesma sensação da Gabi, do comentário acima: COMO ASSIM????!!!!
A mocinha até que tinha algum potencial, colocando o cara prá fora, batendo a porta na cara dele quando ele começou com essas bizarrices, mas depois se perdeu no caminho e nunca mais se achou!
O livro não é ruim, mas o festival de "ogrices" do Sr Terzakis tiraria qualquer um do sério! E o final, então? Sem comentários!
Ô casalzinho!
Beijos!
Caraca, que livrinho bom…ba!!! Gente, que fiquei revoltada só de ler os trechos que vc concordou. Mocinha boba, aceitando a culpa de tudo. E qndo podia se vingar, o que ela fez??? NADA!!!!
Pra mim não dá. É demais pra minha cabeça.
Ótima resenha, ar-re-ben-tou!!!
Oi, Kelina!
Esse mocinho me estressa profundamente. Queria que ele fosse castigado exemplarmente por tudo de errado que ele fez – e como comentei, a lista foi loooooonga!
Bacci!!!
Beta
Ainda bem que as opiniões são bem variadas, pois eu estou no time daquelas que detestaram o pseudo romance! Nos primeiros quatro capítulos foi bem interessante o enfrentamento dos dois, e aí você pensa que vai ser maravilhoso o amor do casal, porém daí em diante decepção total… Alex um tremendo babaca, um cara que foi desprezível do início ao fim do livro. Seu comportamento asqueroso após o casamento, suas atitudes mesquinhas e preconceituosas, suas infidelidades e humilhações públicas com a esposa, e, ainda, tem a cara de pau de reclamar que a esposa tinha que estabelecer padrões para que ele se sentisse um homem casado? Cara ridículo, por acaso ele era um garotinho inocente que não sabia que o que estava fazendo era errado, mas conhecido como traição? Ainda mais que ele teve um exemplo vivo dentro de casa, ou seja, o seu próprio pai que teve várias amantes, trazendo sofrimento à família! Na boa, perdi meu tempo!