Garotas,
Visitando o Orkut hoje (numa das raras vezes que a página demonstrou boa vontade em abrir), vi esse post no ADORO ROMANCES. A Tatiana colocou a matéria e depois me mandou por e-mail o link do site do jornal: www.zerohora.com.br. A matéria tem fotos, que eu não consigo colocar aqui, de leitoras, capas de livros e de uma autora brasileira que publicou livro pela Nova Cultural. Para acessar, precisa se cadastrar – e é gratuito.
Além disso, tem o e-mail da jornalista que escreveu a matéria.
Boa leitura!!!
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ZERO HORA 31/7/2005
Caderno Donna ZH
Comportamento
Romance de bolsa
Folhetins das revistas Sabrina, Julia, Bianca, Jessica e cia. representam, há 27 anos, os desejos de brasileiras de diferentes nomes, idades e classes
PATRÍCIA ROCHA
Mocinho que se preza não anda de metrô. É bonito, rico e poderoso. Se for um xeque árabe ou um armador grego, melhor. E ele não agarra a mulher amada, mas a enlaça com ternura e diz num sussurro:
– Quero você.
Desde 1978, todas as semanas chega às bancas uma nova leva de romances de bolso que tentam realizar os desejos femininos. A resposta tem nome de mulher: Sabrina, Julia, Bianca, séries da editora Nova Cultural. Em comum, heróis lindos, cenários idílicos e histórias de amor com final feliz que têm garantido a impressionante marca de 4 milhões de títulos vendidos ao ano no país.
Neste ano, duas novidades agitaram esse mercado. Depois de mais de duas décadas de traduções estrangeiras, a Nova Cultural publicou romances de duas autoras brasileiras, incluindo a gaúcha Gladys Posmik (leia entrevista na página 12), e a editora canadense Harlequin (que fornecia originais para a Nova Cultural) chegou ao país em junho com cinco novas séries românticas. Mas o mais curioso está por trás do fenômeno literário – na busca por leitoras, as editoras pesquisam constantemente o que as mulheres (não) querem e dão pistas sobre o imaginário e os tabus das brasileiras.
Por exemplo, não importa que seja comum executivos andarem de metrô na Europa e nos Estados Unidos, onde se passam boa parte das histórias (mesmo as das autoras brasileiras, Gladys e a paulista Lucia Pinto de Souza): no Brasil, rico só anda de carro e mocinho que vai trabalhar de trem não tem vez.
– Elas não querem o cotidiano, mas sonhar com um herói decidido, provedor e romântico – diz a editora Leonice Pompônio, da Nova Cultural.
A cada mês, chegam à editora 1,2 mil cartas e e-mails por mês comentando as últimas edições. Por esse caminho, o transporte público determinou outra mudança: muitas mulheres lêem os romances na parada de ônibus ou no metrô e ficavam com vergonha dos outros passageiros quando a série escolhida era a Momentos Íntimos – a menos açucarada de todas. A solução foi trocar o nome para Mirella.
– Elas temiam que alguém pensasse “Puxa, que pornografia é essa?”, por não conhecer o conteúdo – conta a gerente de marketing de romances Daniella Tucci. – Sabrina Sensual e Mirella são mais picantes. Mas nada vulgar: eles vão para cama, ele tira a blusa dela e ela a dele, nesses termos.
As exigências não param por aí: as leitoras também reclamam quando há excesso de cenas de sexo ou passagens mais picantes nas outras séries.
– Os autores americanos usam muitas cenas de sexo, daí a gente corta umas e suaviza outras. A brasileira é mais conservadora, quer que a coisa fique no ar – diz Leonice Pompônio.
Antes mesmo de chegar ao mercado nacional, a Harlequin, que comercializa romances em 95 países, percebeu que o Brasil não era tão liberal como indica a imagem do país no Exterior. Nos debates com grupos de leitoras que antecederam a publicação de Jessica e outros títulos, surgiu até um índex de palavras proibidas: “peitos” estão vetados, elas preferem “seios”. Ao menos por escrito, mulheres não devem ficar “excitadas”, mas “com desejo” (confira a lista na página 11).
– Elas também não gostam que se escreva “carícias no bumbum”. Preferem nos ombros, costas e cabelo – conta Valéria Chalita, diretora de Harlequin no Brasil. – Sempre na perspectiva de valorizar a mulher como pessoa.
Por garantia, as leitoras fizeram ainda um último pedido: que a tradução dos originais fosse feita só por mulheres, como uma medida extra para evitar termos vulgares. Tanto puritanismo pode ter outros significados. Doutora em comunicação, Lígia Dumont é autora da tese O imaginário feminino e os romances publicados em séries, que definiu qual o maior atrativo dos folhetins:
– O que leva as mulheres a ler avidamente é o sexo, embora sem linguagem grosseira. Mas elas ficam danadas se são chamadas de carentes. A maioria das que entrevistei tinha marido e colocava em prática o que lia para ajudar a incrementar a vida sexual.
A psicanalista Angela Brasil vai além. Citando o pensador italiano Francesco Alberoni, ela afirma que os romances água-com-açúcar teriam para as mulheres o mesmo papel que a pornografia desempenha para os homens: a fantasia do sexo sem obstáculos.
– A diferença é que a mulher precisa de uma autorização amorosa para se entregar ao sexo – afirma Angela. – Por isso, o texto não pode ser explícito, senão escancara o desejo que ela tenta disfarçar.
Talvez isso explique por que, de acordo com pesquisas da editora, algumas leitoras ficam sem graça até na hora de pedir o romance na banca. Há exceções, como as mais de 600 fãs das duas comunidades no Orkut, criadas para comentar histórias, autores e promover o troca-troca de livros (a versão eletrônica da circulação de romances em sebos e grupos de amigas). Mas não são todos os leitores (sim, também há 1% de homens) que admitem gostar das séries açucaradas.
– Quanto mais sobe o estrato social, mais essa leitura é escondida. Na universidade, alguns professores vieram até mim confessar que liam os romances – conta Lígia. – Da semi-analfabeta à doutora, a fantasia é a mesma.
A questão é justamente admitir a fantasia.
– Sou bem viciada nos livros, mas morro de vergonha. As pessoas lá fora batalhando, e eu aqui sonhando com histórias bonitinhas – diz a universitária Daiana Friedrich, 22 anos, fã da série Clássicos Históricos.
– Cada vez que me vê com um romance desses minha mãe diz: “Já está lendo bobagens de novo” – conta a funcionária pública Euda Marion Renner, 39 anos, que consome uns 15 livros por mês. – Aí respondo: “É porque tu não leste ainda!”.
Para as editoras, há outros argumentos em favor de Sabrina e suas irmãs: as séries acompanharam a mulher moderna, as personagens são mais independentes, têm coragem para sair de um casamento infeliz e discutem questões atuais como Aids.
– Podemos concorrer com romances de Paulo Coelho e Sidney Sheldon. Estamos ali com eles – diz Leonice Pompônio.
A única diferença inegável é que os folhetins de banca não abrem mão do final feliz. O único romance da Nova Cultural em que o casal não foi feliz para sempre provocou muitas reclamações e decretou a regra: na ficção o amor é capaz de vencer qualquer obstáculo – até uma certa desconfiança de algumas leitoras.
– Paro para pensar quanto termino o livro: será que daria certo mesmo depois de tudo o que eles passaram? Às vezes, acho que não – diz Daiana. – Mas o fato de ter final feliz te dá uma certa esperança.
Heróis lindos de morrer
Não há heróis feios nos romances de bolso. Se é para fazer as leitoras (e os leitores) sonharem, os autores preferem apostar na velha fórmula dos contos de fadas: mocinhos e mocinhas lindos de morrer. Confira como costumam ser o príncipe e a princesa dos fãs de Sabrina, Jessica e cia:
A mocinha
– Pernas: esguias, delgadas ou bem torneadas
– Pele: translúcida de tão branca ou levemente dourada
– Seios: firmes e perfeitos
– Cabelos: a cor varia muito, mas raramente os fios são simplesmente castanhos – têm, pelo menos, um tom levemente avermelhado ou reflexos dourados
– Olhos: claros ou cor-de-mel
– Lábios: convidativos
– Destaque: curva suave do pescoço
O mocinho
– Pele: dourada
– Ombros: largos e fortes
– Pernas: longas e musculosas
– Cabelos: fartos. Parece haver mais mocinhos morenos que loiros
– Olhos: penetrantes, de cor variada
– Maxilar: firme, marcante
– Destaque: sorriso com dentes brancos e perfeitos
Bê-á-bá do amor
A editora Harlequin pesquisou as preferências das brasileiras em grupos de discussão com mulheres de diferentes idades, em Rio e São Paulo. As futuras leitoras deram a dica das palavras que aprovavam num romance e das que deveriam ser riscadas do vocabulário dos tradutores:
APROVADO
Seios
Suspiros
Com desejo
Enlaçar
Nome próprio
VETADO
Peitos
Gemidos
Excitada
Agarrar
Beldade/Gata…
Desejos de mulher em números
A Série Romances, da editora Nova Cultural, foi lançada em 1978 e, desde 1998, vende aproximadamente 4 milhões de exemplares por ano
– Por mês, cerca de 1,2 mil leitoras enviam cartas e e-mails comentando os últimos livros
Perfil do público:
– 99% feminino
– 40% têm de 20 a 29 anos e 33%, entre 30 e 39 anos
– 57% são solteiras e 35% são casadas
– 70% trabalham fora, 19% são donas de casa e 10% são estudantes
– 43% têm colegial completo e 28%, nível superior completo
– 9% das leitoras pertencem à classe A, 42% à classe B, 33% à classe C e 15% à classe D
Quem é quem
– Sabrina: a mais popular da coleção conta histórias mais românticas e açucaradas.
– Bianca: romances mais leves, com toques de humor.
– Julia: a protagonista é obrigatoriamente uma mulher moderna, independente, e as histórias têm uma pitada de suspense.
– Sabrina sensual: romance um pouco mais ardente.
– Mirella: as histórias são mais picantes, com cenas de sexo um pouco mais detalhadas. Duas pimentinhas na lombada dão a dica para as leitoras desavisadas.
– Clássicos Históricos: romances de época, com direito a donzelas em perigo e mocinhos heróicos.
– Best-seller: histórias mais longas, com tiragem mensal, de autoras renomadas.
Fonte: editora Nova Cultural
Jessica na concorrência
– Presente em 95 mercados internacionais, a editora canadense Harlequin lança agora seus romances de bolso também no Brasil, em parceria com a Record. O selo publica 110 títulos por mês em 27 idiomas. São mais de 1,3 mil escritores de diferentes partes do mundo.
Séries
– A Harlequin vendeu 144 milhões de livros no ano passado, o que equivale a pouco mais de 4,6 livros por segundo.
– 50 milhões de mulheres lêem os livros editados pela Harlequin.
– Harlequin Desejo: heróis e heroínas que desafiam os desejos de suas famílias para viverem um grande amor, combinando paixão e drama.
– Jessica: paixão em cenários glamourosos e situações inusitadas.
– Paixão: um magnata charmoso e irresistível, um lugar maravilhoso em qualquer parte do mundo, um caso de amor inesperado.
– Destinos: histórias sobre a saga da Família Fortune, ao estilo do antigo seriado Dallas.
– Grandes Autores: romance misturado com suspense e drama escritos por autoras best-sellers nos Estados Unidos.
Fonte: editora Harlequin
Comportamento
“Se o homem fosse meu leitor, aprenderia muito”
Amanda Gaylord se apaixonou por um desconhecido em uma linha cruzada. Seria possível conhecer o dono daquela voz que não saía de sua cabeça? A resposta está em Vencidos pelo desejo, o primeiro romance de uma autora brasileira em 1.340 edições da série Julia, da editora Nova Cultural, lançado em junho. Gaúcha radicada em São Paulo, Gladys Posmik Alves, 68 anos, é uma das duas primeiras escritoras nacionais a romper a tradição de histórias estrangeiras que fizeram a fama de Julia, Sabrina e Bianca. Para não fugir à regra, assinou na capa apenas Gladys Posmik: por ora, o sobrenome Alves ainda destoaria desse universo em que personagens e cenários têm sotaque estrangeiro.
Casada há 48 anos – “com o mesmo homem” -, mãe de uma filha de 40, Gladys vive em São Paulo há mais de meio século e lá construiu uma carreira pouco convencional. Foi professora de ciências e de música, deu palestras sobre motivação e, a convite de uma vizinha, passou a fazer avaliação crítica de textos para a Nova Cultural. Lá se aventurou como ghost-writer de livros de auto-ajuda. Um dia, mostrou à editora um de seus contos, Encontros de corações, que acabou se tornando o romance Vencidos pelo desejo. Agora, já está no fim do segundo livro: uma mulher enfrentará a desonestidade do marido e a busca por um segundo amor em Nova York
Donna ZH – Desde quando a senhora escreve?
Gladys Posmik – Desde criança, mesmo em Porto Alegre. Estudei no ginásio Concórdia, e os professores elogiavam as minhas redações. Escrevia muitas histórias de Natal, que é algo marcante na minha infância aí no Sul. Eram histórias bonitas, sentimentais. Escrevi minha vida toda.
Donna ZH – Os nomes dos personagens e os cenários do seu livro são estrangeiros. Por que não uma história passada no Brasil?
Gladys – É para seguir a mesma linha dos outros, porque o pessoal que lê adora e está habituado. Afinal, são mais de 20 anos. Se a história fosse no Brasil, com personagens brasileiros, e ainda uma autora brasileira, seria muita novidade ao mesmo tempo. É só para não cortar tudo de uma vez. Acredito que futuramente a editora vai pedir que eu ambiente a história aqui. Mas nesse romance que se passa em Chicago, é tudo autêntico, todos os lugares que eu cito existem mesmo.
Donna ZH – A senhora já esteve em Chicago?
Gladys – Já passei por lá e por Nova York, onde se passa meu segundo romance. Fiquei em Chicago uns quatro, cinco dias, não deu para passear muito. Então, fiz muita pesquisa para não escrever bobagem. Como nesse novo romance em que os pais da protagonista moram em Hoboken, em Nova Jersey, que não tenho nem idéia de como é, nunca fui até lá. Mas fiz muita pesquisa e até descobri que o Frank Sinatra era de lá. Tem até parque com o nome dele.
Donna ZH – O que mais pode desagradar às leitoras?
Gladys – Passagens muito violentas, fatos muito dramáticos, coisas ruins de um relacionamento, como destruir uma vida, chegando até a um assassinato. Essas coisas a já gente vê tanto… Mas isso é minoria, embora seja maioria na mídia. A maioria é mais leve: a vida não é assim ruim, é maravilhosa. Existem muitos romances e coisas boas a serem vividas.
Donna ZH – Os romances desses livros poderiam acontecer na vida real?
Gladys – Perfeitamente, depende de cada um. Tirando aquilo que não depende de você, o resto pode buscar. Na história das heroínas, há sempre uma batalha: as coisas não são dadas de mão beijada. Ela não é uma arquiteta de sucesso porque tem dinheiro ou vem de uma boa família, mas porque trabalha.
Donna ZH – E podem ensinar algo em relação ao amor?
Gladys – Se o homem fosse meu leitor, aprenderia muita coisa: o que pode emocionar uma mulher, o que pode fazer com que ela se sinta privilegiada. E não são as jóias caríssimas, mas pequenas atitudes. No meu segundo livro, ele diz “hoje, vou te surpreender, vou cozinhar para você”. Certas coisas do dia-a-dia que acrescentam mais solidez a uma relação, pequenas delicadezas que, às vezes, morrem com o passar dos anos.
Opiniões
Leandro Ferreira, 22 anos, universitário, que já diz já ter posto em prática com sucesso o que aprendeu nos romances
“Como esses livros falam muito de romantismo, ajudam bastante a saber o que fazer para conquistar uma mulher. Se mais homens lessem esse tipo de publicação, as mulheres não reclamariam tanto.”
Andréia Costa Lucas, 29 anos, auxiliar de limpeza, que lê 20 romances por mês
“Gosto das paisagens dos romances. Eles descrevem bem os lugares que a gente não conhece, como Grécia ou Itália. E prefiro quando o homem não é tão o máximo, quando é mais humano. Acho exagero quando ele é muito dono de si, sem sentimentos. Isso não existe.”
Comportamento
Cíntia, Claudia e Paula
A pedido de Donna ZH, três escritoras gaúchas escreveram um trecho de romance ao estilo dos folhetins de bolso. Confira as histórias de Cíntia Moscovich, Claudia Tajes e Paula Taitelbaum:
“Melanie Gristein empurrava o carrinho de bagagens como se estivesse pagando uma penitência. A muito custo, ela conseguia conter a vontade de chorar. Nunca mais veria Douglas Belfost depois que entrasse no avião e partisse de volta para o velho mundo. O destino não havia lhe dado escolha. Lana Reynolds estava grávida, Douglas seria pai e Melanie já podia enxergá-lo feliz e contente ao lado de sua bela e espirituosa esposa.
– Mel!
As pernas de Melanie amoleceram e seu coração disparou. Mesmo assim, ela não ergueu a cabeça. Continuava procurando o passaporte na bolsa. Ele tocou-lhe o ombro.
– Mel, o filho de Lana não é meu. Posso provar que foi armação.
Antes de virar-se para abraçar o único homem que a fizera mulher, Melanie sorriu para o destino. Afinal, ele nem era tão cruel quanto parecia ser.”
Paula Taitelbaum, autora de Porno pop pocket, que na adolescência lia Sabrinas da empregada
***
“Kenneth se virou para apanhar as duas taças de cristal. Sentada no sofá de couro macio, Jennifer não pôde deixar de reparar no belo espécime de homem que ele era, as costas largas quase arrebentando a camisa de seda, as coxas musculosas bem marcadas no tecido fino das calças impecavelmente vincadas.
Enquanto Kenneth servia o líquido dourado e borbulhante com o qual celebrariam sua primeira noite de amor, Jennifer sorriu com a própria audácia. A bela e mimada noiva dele, depois de oferecer dinheiro para que ela se afastasse, havia ameaçado destruí-la. Mas agora, que seu corpo seria possuído e adorado pelo homem que amava, Jenn esquecia de tudo. Impossível ensar em qualquer coisa que não fossem os beijos de Kenneth transportando-a para algum lugar muito próximo do céu.”
Claudia Tajes, autora de Dores, amores e assemelhados, que, quando adolescente, preferia os romances de bolso com milionários do tipo armador grego
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“Vickie Harding olhava meditativamente pela janela do táxi que a conduzia até o hotel. Sentia no rosto, branco e liso como porcelana, o vento da primavera que coloria Paris, o mesmo que agitava seus cachos dourados. Um pensamento cruzou sua mente, os olhos azuis se iluminaram, e Vickie sorriu, mostrando dentes perfeitos como pérolas. Sentiu-se livre e jurou que, naquela viagem, daria um adeus definitivo a Greenlake City. E a Jonathan. Ao ver um casal de mãos dadas, sentiu um nó na garganta: o que era o amor? Amor era cumplicidade e entrega, coisas que Jonathan não podia lhe dar.
Estava perdida em seus pensamentos quando o táxi chegou ao destino. Ao abrir a porta, Vickie sentiu um impacto e ouviu um estrondo. Horrorizada, viu uma bicicleta e uma baguete caídas na calçada. O coração disparou quando viu aquele rapaz, que erguia o corpo musculoso do chão. Ele tinha olhos verdes, os cabelos lisos e negros estavam despenteados – uma beleza viril e selvagem.
O coração de Vickie parecia querer sair pela boca.”
Cíntia Moscovich, autora de Arquitetura do arco-íris, que nunca leu um romance de bolso, mas muitas fotonovelas na adolescência.
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Particularmente, gostei muito da matéria – bem completa e com vários pontos de vista. E eu não sabia que tinha uma brasileira que escrevia para a NC.
Aguardo os comentários de vocês!
Repetindooooooo
Temos que conversar sobre aquela sua idéia…
hahahahahahahaha
Beijos