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Cap. 156 – Para deixar as heroínas da Lynne Grahan com inveja!!! – autoras variadas

Quem acompanha os posts do LITERATURA DE MULHERZINHA, sabe que eu gosto muito de ler os livros da Lynne Graham. No entanto, invariavelmente, passo raiva com aqueles heróis onipotentes, onipresentes que se acham no direito de fazer tudo sem ser questionados e estabelecer regras e julgamentos injustos na maioria das vezes. E sabe que eu fico ainda mais irada com a submissão das mocinhas, que aceitam isso sem protestar, cedendo à luxúria e abrindo mão da inteligência para resolver os problemas comuns a um relacionamento. E quando a tonta da mocinha assume culpas que nem são delas e aceitam os machistas sem um pedido de desculpas decente aí eu fico pra morrer… (deve ser algo do meu temperamento escorpiano que se revolta com tanto absurdo de uma vez só hihihi).

Resolvi fazer esse post porque encontrei em dois livros recentes histórias bem parecidas com as da Lynne Graham, mas com uma atitude das heroínas muito diferente. E isso força os heróis a reverem conceitos…

Para quem quer verificar as opções que as mocinhas da dona Lynne teriam se usassem a inteligência, eis os livros:

Uma noiva herdada – Jacqueline Baird – Paixão 16
(His inherited bride – 2004 – Harlequin)
personagens: Júlia “Jules” Diaz e Randolfo Carducci

Jules teve que ir ao Chile para saber os termos do testamento do pai. Ela não queria nada, mas foi forçada a aceitar parte da herança para pagar o tratamento de saúde da mãe. Só que não revelou isso ao executor do testamento. E aí Rand concluiu que ela era apenas uma filha interesseira, que nem se dignou a acompanhar os últimos dias de vida do pai. E por isso, resolveu que ela teria que pagar caro pela ganância. Ela teria que se casar com Rand e morar no Chile por 1 ano para ter direito à herança. Eles entram num acordo amigável: Jules teria a quantia que queria se ficasse uma semana no rancho no Chile, em consideração à memória do pai. Claro que ele usaria esse tempo para seduzi-la e descobrir o que realmente ela pretendia… nem que tivesse que chantageá-la para isso.

Curiosidades:

– Jules tinha um motivo muito nobre para fazer o que fez: a saúde da mãe. Rand estava cheio de preconceitos e não percebeu. E quando descobriu já era tarde.

– Todas as grosserias típicas do “perfil do herói latino (Rand é italiano, mas tem negócios no Chile)” estão aqui. Ele age como acusação, júri, juiz e carrasco. E é divertido ver como os preconceitos dele vão caindo por terra aos poucos. E não deixa de ser irritante ver que, mesmo assim, ele insiste ao limite da teimosia extrema. Ainda bem que Jules sabe se impor, até a verdade se fazer presente e Rand ser obrigado a dar o braço a torcer.

Amor por conveniência – Julia James – Jessica 24
(Bought by her latin lover – 2004 – Harlequin
personagnes: Rosalind Foster e Cesar Montarez

Rosalind se meteu numa grande confusão. Foi como acompanhante do affair da amiga a um cassino. Conseguiu desagradá-lo ao evitar esticar a noite no hotel. No caminho, foi socorrida pelo dono do cassino, Cesar Montarez, que ficou encantado com a beleza e com a aura de mistério em torno dela. Daí para um romance foi um pulo. Até que parte do mistério se desfez: Rosalind tinha dívidas e estava usando para pagá-las. Agora, que a tinha comprado, Cesar resolveu exigir o pagamento na cama, quando, onde e como ele quisesse… e ela estava obrigada a satisfazê-lo!

Curiosidades:

– Mais uma heroína sacrificada por motivos nobres. Não vou contar a razão, mas posso garantir que ela merece ser feliz.

– No entanto, ela tem um sério problema pela frente. Cesar a deseja. E como todo latino, quer tudo: corpo, alma, coração, segredos profundos. E que ela o ame por ele, não pelo dinheiro. Exigindo muito e dando pouco… Bonitinho ele, não?

– Quando as dívidas de Rosalind vêm à tona (da pior forma possível, óbvio) reparem que, em nenhum momento, ele parece aberto a ouvir o que ela tem a dizer. Ele concluiu, julgou e executou.

– Até que achei Rosalind muito paciente, mas admirei a decisão que ela tomou quando as situações atingiram ponto crítico.

*** Ok, eu sei que é tremendamente escorpiano “NÃO BASTA VENCER, TEM QUE TRIPUDIAR”, mas adorei ver Rand Carducci e Cesar Montarez quebrarem a cara. E com Jules e Rosalind não precisando ser as garotas submissas pela luxúria da dona Lynne…

Aguardo comentários

Beijos

Beta

Atualizado em 07/01/07:

E depois de longa espera e vasta pesquisa, mais algumas dicas:

O casamento ideal – Sara Wood – Jessica 10
(The greek millionaire’s marriage – 2004 – Harlequin)
personagens: Olivia e Dimitri Angelaki

Três anos se passaram desde que Olivia abandonara o marido por acreditar que estava sendo traída. Agora, a única forma de conseguir que ele assinasse o divórcio era retornar à Grécia para acompanhar pessoalmente o processo. Mas Dimitri tinha outros planos. Primeiro, deu um jeito de deixá-la sem advogado. Em seguida, sugeriu que ela fingisse que eles tinham reatado – porque queria espantar uma adolescente milionária que o queria como marido. A partir daí, ela não sabia, mas ele queria mesmo era se vingar por ter sido abandonado sem motivo – afinal ela era apenas uma interesseira como as outras. Só que os dois não contavam com a forma como algumas impressões equivocadas podem estragar a vida de um casal…

Comentários:

– Levei SÉCULOS para ler este livro, mas cada página valeu a pena. Adorei a história! Heroína apaixonada nunca foi sinônimo de garota burra e Olivia comprova isso! Ao abandonar o marido, não foi sustentada por ele, trabalhou e se manteve. Gosto de pessoas com atitude e determinação!!!

* E peguei dois livros da série Maridos Apaixonados, da Michelle Reid, que tem garotas que sabem o que querem

Um jeito sedutor – Michelle Reid – Julia 1224
(Ethan’s temptress bride – 2002 – Silhouette)
personagens: Eve Herakleides e Ethan Hayes

Ethan ficou numa ilha do Caribe para se recuperar do trauma de ter visto Leona ser levada à força pelo marido. Também queria se recuperar da paixão por uma mulher casada, que nunca poderia corresponder aos seus sentimentos. Por isso, ele demorou para perceber que tinha atraído a atenção da herdeira grega que adorava paquerar e seduzir. Até a hora em que ele a salvou de ser brutalmente atacada e prometeu ajudá-la dizendo que era seu noivo. O compromisso deveria durar alguns dias, mas, de repente, não é que ele teve vontade de transformar o faz de conta em realidade? Até que a chance de ver Leona o atingiu… E Eve não era do tipo que aceitaria meia paixão: ou era tudo ou nada. E Ethan teria que escolher.
Curiosidade:
– Eve, a paqueradora. Eve, a impossível. Eve, a sedutora. Eve, a serpente no paraíso. Eve, a determinada. Afinal de contas, virar a cabeça de um homem como Ethan não é missão para qualquer uma…

Forte atração – Michelle Reid – Julia 1279
(A Passionate Marriage – 2003 – Silhouette)
personagens: Isabel Cunninghan e Leandros Petronades

Uma paixão fulminante que começou à primeira vista, passou pelo banco de uma Ferrari e continuou num casamento relâmpago e terminou com os dois lados sofrendo muito em países diferentes. Esse é o resumo da história de Isabel e Leandros. No entanto, ela queria colocar uma pedra final no assunto e se dispôs a ir até a Grécia para conseguir o divórcio. No entanto, ela não contava com a atração que unia ela a Leandros, mesmo contra a vontade racional de ambos… Como o típico grego milionário, Leandros decide que não quer mais se divorciar, embora pense que a quase ex-esposa tem um amante e viveu o último ano às custas da pensão que ele depositava. Más impressões superadas, muita briga, muita desconfiança e muito problemas para serem esclarecidos, para viverem de forma plena a paixão e o amor que os unem, Isabel e Leandros vão precisar de muito mais que “discutir a relação” e superar alguém que está empenhado em vê-los separados.
Curiosidade:
– Pode ser perigoso, mas o temperamento explosivo de Isabel é do tipo que apavoraria muitas “mocinhas submissas” de outras histórias. Errada ou não, pelo menos, ela age.

Veludo azul – Catherine Archer – Clássicos Históricos 84
(Velvet Bond – 1995 – Harlequin)
personagens: Elizabeth Clayburn e lorde Raynor Warwicke

Uma atitude impensada colocou Elizabeth em Raynor em má situação – a única saída para evitar o falatório da corte era se casar. No entanto, ela não encontrou a cooperação do marido para fazer o relacionamento funcionar. Raynor estava saturado de mulheres manipuladoras que faziam tudo para ter suas vontades atendidas. Por isso, ele não gostou das mudanças que ela fez em seu castelo, muito menos da atenção que dedicava à sua filha e menos ainda da forma como ela invadia o seu coração pouco a pouco. Mas os inimigos poderiam aproveitar a cautela com relação a esposa para separá-los e até mesmo destruí-los. E Elizabeth não poderia encarar essa luta sozinha.

Comentários:

– Por que Elizabeth está aqui? Simples: ela é a causadora de todas as encrencas e todas as soluções do livro, que se passa na Inglaterra, em 1355. Ela queria jantar com Raynor, os dois se beijaram, foram flagrados e obrigados a casar. Ela viu que era a chance de melhorar a casa do marido: implantou mudanças, ganhou o respeito e a confiança dos empregados e descobriu que a menina maltrapilha que havia na casa era a filha do lorde e merecia ser tratada como a futura castelã de Warwicke. E cada vez que o marido a rechaçava, ela demonstrava que não aceitaria grosserias por muito tempo. E no auge da desconfiança dele – o caso da aranha (leia pra entender o que é) – deixou muito claro mesmo que paciência tinha limite e que estava cansada de brigar com quem não quer ser amado. Tudo bem que ela se meteu em um assunto perigoso, mas cá entre nós, se Raynor tivesse explicado tudo antes não teria acontecido tanta confusão…

Beijos

Beta

5 Comentários

  1. Anônimo

    Putz!! Eu tb sempre detestei as atitudes passivas de algumas heroínas, principalmente as da L. Graham. Ainda não li nenhum desses, mas já estou entrando no site e fazendo a compra. Vai ser um prazer imenso poder conhecer heroínas que pagam na mesma moeda!

    Adoro seu blog, Beta!!

    Bjs

  2. Anônimo

    oi… eu também gosto muito dos livros da lynne graham. Sem duvida a melhor das escritoras deste tipo de livro.

    Tenho lido imensos livros dela. Mas parece que o mais intenso dela é um chamado “paixão selvagem”,´que é considerado pela propria Lynne Graham como o seu preferido.

    Da jacqueline baird… o que mais gostei foi o “aposta pelo amor”, que deve ter sido o primeiro livro que li, que me deixou chocada.

    A michelle reid também é fantástica. Tens que ler um dos ultimos dela, chamado “mulher ferida”.

    tenho mtos e-books por aqui. Se quiseres é só mandar um e-mail.

    [email protected]

  3. Anônimo

    Roberta,sabe porque os mocinho da Lynne fazem e acontecem? Por que AS MOCINHAS se fingem de mortas, vestem a roupa de mártires…ELAS NUNCA SE JUSTIFICAM, NUNCA FALAM A VERDADE DOS SEUS ATOS, SEMPRE ORGULHOSAS, INDIVIDUALISTAS… os caras q não são muito pacientes só podem pensar, julgar e condenar se a “ré” se recusa a apresentar sua defesa, a mostrar por a+b como eles estão errados.O máximo q falam é “vc está errado” mas não explicam!!!!!! Que adianta ter motivos nobres e parecer como o ser vil? Já diz o ditado: “nunca faça um bem parecer um mal”.Então, bem feeeeeeeeeeito sofrer o q sofrem…se é q sofrem porque no fundo acho q até gostam.A culpa é das ocinhas e só delas.Garanto q muita confusão seroa desfeita se elas falassem a verdade…e não fugisse deles, dos problemas para “não sofrer mais” Se ficassem, falassem tudo, resolvessem as coisas de frente e não agissem como covardes…tudo seria diferente e menos problemático.

  4. Anônimo

    Querem conhecer heroínas decididas, ou no mínimo , menos vítimas ? leiam SUSAN NAPIER !
    Ela é ótima, também, talvez tanto quanto a nossa querida Lynne .
    Ana Maria

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