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Cap. 214 – Processando o Avassalador da Diana Palmer…

Ciao!!!


*Roberta arruma os óculos e pega o livro*

Aviso aos navegantes – se você não quiser ler um texto enorme com mais críticas que resumo, pode se deliciar com as resenhas habituais do LITERATURA DE MULHERZINHA. Ah, sim, aqui é o lugar se você não quiser ler todos os detalhes sórdidos… (*suspiro*), apenas saber o resumo do livro para não comprometer a sua leitura.

Vai seguir? Ok, considere que o aviso foi dado…

Bem, todos sabem que paciência tem limite… E por comentários anteriores, sabem que eu, enquanto legítima escorpiana de sangue quente, não aceito um monte de situações que os personagens de alguns livros consideram absolutamente normais.

E os heróis da Dona Diana Palmer, vou te contar… Já foram assuntos de vários outros posts no Literatura de Mulherzinha… Mas para quem despencou sem aviso neste post, melhor ler pelo menos as dicas e os prêmios.

Pausa para um recado deixado para mim, no Orkut no dia 11 de agosto:

Renan:
Roberta, tudo bem? Desculpe pela invasão do seu perfil novamente, mas é porque você postou um recado na comunidade a respeito de “Avassalador”, e gostaria de lhe recomendar que, se não quiser ter um ataque de raiva, não leia esse livro. Só para você ter uma idéia, ainda não terminei de ler (só estou lendo em bancas, por causa de uns comentários que ouvi), mas o Hammock consegue ser pior que Matt Caldwell, Justin Bellanguer e Rey Hart juntos (não sei se no fim da história ele consegue se redimir o suficiente). A menos que você tenha uma bílis forte, recomendo que passe esse livro para alguém. Um abraço!

a resposta:

Roberta:
Oi, Renan, valeu pelo aviso, mas li o “Avassalador” na 5a. feira.O resultado você vai precisar aguardar no blog. Digamos que ainda estou processando as informações … *risos*



Bem, (você assumiu o risco de continuar lendo) agora, com todos no mesmo nível de conhecimento sobre os personagens da Dona Diana que habitam aquele idílico e interiorano canto do Texas…

Resumo oficial do livro – Harlequin

Título: Avassalador
Autora: Diana Palmer
Edição: 50
Linha Editorial: Harlequin
Preço: R$7.50
Páginas: 192
ISBN: 97885-7687-368-6

J.B. Hammock jogava de acordo com as próprias regras, e a primeira delas era nunca se envolver com as mulheres. Tratava bem suas namoradas e deixava claro que não aceitava amarras. Mas a doce Tellie Maddox pairava ao seu redor como uma delicada borboleta, sempre tentando cuidar dele. E ele não podia ser tão insensível a ponto de ignorá-la, então resolveu bancar o amigo… até que a amizade se transformou em algo muito mais profundo do que J.B. pretendia. Ele fora fisgado.

Todas as cartas na mesa?

*Roberta se estica toda.*
*Roberta afia as garras*



O avassalador – ou heartbreaker, como diz o título em Inglês – é J.B. Hammock, fazendeiro, 30 e alguns anos. Mora em Jacobsville – ou seja, coleciona traumas como eu coleciono livros (*vou me controlar, vou me controlar…*) Pai inglês, centralizador, que venerava o filho, desprezava a filha. E apesar do que a gente pensa, não é filho de chocadeira. Mãe espanhola, que tentou lhe ensinar boas maneiras. Fracassou, a pobre coitada.

No entanto, por causa da mãe, pesquisadora inteligente e articulada, que menosprezava o pai, J.B. concluiu que nenhuma mulher, exceto Marge (irmã sofredora), presta.

(Já viu esse filme? Dona Diana podia inventar uma clínica de terapia nessa cidade. Bill Gates perdeu essa chance. Ia ser mais fácil do que inventar a Microsoft. O personagem ia ficar rico ouvindo os traumas reprisados de todos os fazendeiros da região. Porque é sempre o mesmo: as mães dos rapazes não prestavam. Os pais das meninas eram agressivos e cruéis. Isso vem da fundação de Jacobsville, vocês já leram Amelia? Deve ser algo passado de geração em geração como tradição familiar. Ou está na água.)

E aí, ele só sai com as bonequinhas de luxo (infelizmente, contra a minha vontade, sou obrigada a usar o apelido baseado no filme da diva Audrey Hepburn. Espero que ela me perdoe…): barbies loiras ambulantes e sem registro de nenhum neurônio ativo na cabeça.

E, por algum motivo (E quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão… Opa, sai Legião, aqui não te merece), esta criatura obtusa (aham), quero dizer, cheia de cicatrizes emocionais ainda abertas (ui… exagerei na dose?) é o Príncipe Encantado (?) dos sonhos (??) da patinha feia da vez (er…) doce, sofredora e rejeitada Tellie.

Tellie Maddox (Someday my prince will come… Ops, cala a boca, Branca de Neve *momento vai sobrar pro CD*): a pequena órfã (acho que isso é nome de filme. A pesquisar). O pai, que era o principal vaqueiro da fazenda de J.B. desapareceu no mundo sem se preocupar com a família. A mãe morreu. A coitada foi parar em lares adotivos, enfrentou um problemão. Assim, para a segurança de todos, J.B., o bom (*só pensa, só pensa, não escreve*) samaritano socorreu a donzela indefesa… e levou para a irmã (viúva, com duas filhas) criar… Vamos lá, fica mal um solteirão morar com uma menininha… Voltando ao que interessa… “Honesta, meiga e generosa e trabalhava com afinco. Apesar de ter 14 anos, cuidava da casa e das irmãs Dawn e Brandi, de 9 e 10 anos, respectivamente, que adoraram ter uma irmã mais velha” – nãããão, isso não é resumo, é citação da SEGUNDA página do livro.

Enquanto isso, Roberta, a caminho da casa da tia pensando: “Se ela começar a distribuir pãozinho pra animalzinho indefeso e faminto como a Pollyanna, vou instituir novo esporte Pan-Americano – ARREMESSO DE LIVRO À DISTÂNCIA.

Enfim, Tellie banca a bela e acalma a fera num dia péssimo para a família. Ela conclui que pode dar palpites sobre a vida de J.B. e manda uma das loiras-cérebro-de-passarinho catar coquinho no Kiribati por ofender a família… E o que consegue: J.B. lhe diz que ela não é da família! É uma estranha! Não mandava nela! E que ela não se enquadrava na descrição de mulher que o agradava!

Ok, pra bom entendedor…, a ficha de Tellie deveria ter caído (ou despencado), mas não, nossa Cinderela texana queria mais! Queria doses cavalares de tortura para exorcizar o carma. Sei lá que tipo de doutrina ela anda lendo, mas deve ser algo do gênero: “O sofrimento expurga os nossos pecados, o espírito evolui, você se torna uma pessoa melhor…” Porque, mesmo assim, mesmo sabendo que ela e nada era quase a mesma coisa (o nada ganhava), Tellie continuou amando e rezando que um dia o seu príncipe ia chegar, ops, J.B. ia acordar e perceber que o mundo começava e terminava nela – Tellie, eterna apaixonada.

(Aham, e eu ganhei a mega sena acumulada e me mudei pra Florença, onde vivo cercada de belos e calmos italianos morenos. Ah, sim, também descobri o grande mistério da humanidade: por que sempre tem uma festa de aniversário na semana que o dentista aperta o aparelho e minha dieta se resume a papinhas e ao iogurte… – *respiração profunda* Ok, passou o surto. Tenho que terminar isso.)

Próximo: o Mickey, o incêndio e a formatura – Tellie sonhava com J.B. no baile… de formatura. E ele não foi. (Óbvio.) Ela ficou frustrada (Óbvio.) Ele apareceu dizendo que um incêndio o reteve e ela acreditou. (Óbvio.) Ele entregou o presente. Ela pensou “Ele não esqueceu!” (Óbvio.) Até abrir a caixa e ter a certeza de que fora vítima da vingança de uma secretária estressada (Óbvio.) e que J.B. não teve a decência de escolher a lembrança para o dia perfeito dela (Óbvio.) E como tudo que ruim, sempre pode piorar, descobriu que J.B. mentira. (Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! Óbvio! *será que tem forma de fazer isso piscar?*)

Tellie tenta seguir a vida, antes de voltar para a pós-graduação, num emprego temporário com os abstêmios Ballenger. E conheceu o misterioso ex-boina verde Grange (o Cash Grier da vez – homem de passado misterioso que esteve no Iraque onde passou péssimos momentos e fica atraído pela doçura da heroína abnegada e sofredora. Bati o olho pensei nisso. E até o final do livro, eu tinha que me controlar pra não ler GRIER ao invés de GRANGE.). Como Jacobsville deve ser a gema de um ovo de codorna, adivinha: o motivo de Grange estar na cidade tem a ver com J.B. (Ooooooooh!!!) E embora o leitor perceba rápido o que une os dois homens, a tonta, digo, desavisada da Tellie precisa que lhe digam com todas as letrinhas, uma do lado da outra.

Ver Grange e Tellie saindo juntos desce quicando pela garganta do J.B., apesar dele dizer, agir e garantir que não quer nada com ela. Pelo menos, serve pra Tellie tentar (metaforicamente falando) cortar as asas dele (com cortador de unha, mas, ei, já é um avanço…) – dizendo que sabe que ele mentiu, que era realmente uma estranha à família e que tinha outros planos. Então J.B., o mesmo que nada queria com a garota que não era miss-qualquer-concurso, resolve retaliar pela traição, com várias atitudes (i)maturas que chegam ao auge da genialidade com requintes de crueldade: levar Bella Jean (a loira da vez) à casa de Marge no dia da faxina, em que Tellie literalmente era a gata (vira-latas, claro) borralheira. Para completar a cena, Tellie ainda é chamada pela bela Bella de criada. (lembrança do triângulo bela Tippy-Judd retardado-Chrissy parva me vieram à mente, mas preferi me lembrar da única coisa útil em Fora da Lei: Cassius Grier, ou imbatível Cash, se preferir). Então Tellie, a mesma que quer provar ter superado o amor pelo avassalador destruidor de coração, sofre humilhada.

Pausa para algumas reflexões:

– Ok, eu entendo que muitas vezes, precisamos de um choque para se livrar de algo que nos faz mal. A veneração de Tellie por J.B. faz muito mal a ela. Porque se tornou um ponto fraco que ele adora explorar sempre que se sente ameaçado por ela, por outro homem perto dela, pelo apagão aéreo, pela arbitragem que prejudica o Botafogo no Campeonato Brasileiro, pela alta do Euro e queda do dólar, pelo impacto na maré da luz de Vênus refletindo em Júpiter… Enfim, deu pra entender, né?
Agravante: Não faltaram terapias de choques em todo o período em que Tellie é apaixonada por J.B. Era pra alguma ter tido efeito.
Conclusão: ela quer morrer eletrocutada. Fato.

– Ok, até os cupins em Jacobsville sabem que J.B. não quer nada com Tellie. Então por que retaliar na única vez que ela tentou outra opção de companhia e deixar de venerá-lo (pelo menos oficialmente)?
Resposta óbvia: J.B. acha que é o sol, que tudo tem que girar em torno dele e ai de quem não concorda. O problema entre ele e Grange pertence só aos dois. Tellie não tem nada a ver com isso. Afinal de contas, quem não compra, nem vende, desocupa a venda. Ou quem não presta assistência, abre espaço pra concorrência.
Conclusão: onde mesmo eu deixei o sabre de luz?

– Ok, levar a Bella pra humilhar a “faxineira” Tellie foi tão grave quanto o Judd ter comprado o anel pra Tippy e esquecido o aniversário de Chrissy e o Matt ter humilhado Leslie porque achou que ela era uma sedutora interessada no dinheiro dele.
Avaliação: Gol contra total. Qualquer patinho feio sabe que isso é imperdoável. Qualquer uma detestaria que a pessoa a quem ela devota algum tipo de sentimento esfregasse na sua cara o tal modelo de perfeição.
Conclusão: bate com força até a criatura miar em javanês do avesso. Só pra começar. Se me chamar pra ajudar, posso inventar outras torturas interessantes. E aceito sugestões. Em assunto assim, toda troca de experiência é bem vinda.

Acabou, né? Já deu pra você querer entrar numa aula de boxe para descarregar as energias.
Surpresa! Ainda tem mais! O golpe de misericórdia! O caminho pra definir se você tem algum poder mutante! Especialmente os casos de combustão espontânea!

Marge está mal de saúde.
Tellie desconfia disso e resolve fazer a caridade de avisar J.B., o irmão que deveria se preocupar com ela.
Mas não consegue. Ele quer que ela se desculpe com a bela Bella e pare de persegui-lo.

Marge passa mal. É grave.
Tellie tenta avisar J.B. mas ele não atende os telefones do escritório e de casa nem o celular.
Ela resolve ir avisá-lo pessoalmente pra encontrá-lo no sofá fazendo algo muito mais interessante com a bela Bella.
Mesmo assim, a abnegada heroína tenta avisar da doença da irmã… pra enfrentar a terapia de alta tensão que assou a patinha feia em fogo muito alto antes de quase matar. (“A vergonha o colocara na defensiva”Aham. Sei. Na ausência do sabre de luz, serve a vassoura…)

Aí a única idéia legal que tem no livro. Tellie sofre um acidente e perde parte da memória.

Cá entre nós, só assim pra não ir parar na prisão federal junto com todos aqueles lunáticos do mal que atacam Jacobsville em outros livros. E por um homem que não vale coisa alguma de má e de boa…

Ah, sim, já vi esse filme: em Amelia, após um choque drástico com o mocinho-irritante da vez, a mocinha também sofre perda de memória. Ela simplesmente apaga a criatura de sua vida. Me vi torcendo pra que isso também se repetisse, mas não é o caso. A garota volta a ter 17 anos, quando o seu dia era dividido entre suspirar pelo menos 100.000 vezes por J.B. e cuidar das tarefas habituais.

E aí o dono de uma avassaladora (falta de) vergonha resolve cuidar da recuperação de Tellie. O que inclui garantir que ela o perdoe por algo horrível, cruel, patético e malvado que não se lembra – mas vai lembrar, fiquem tranqüilos. Ou se você preferir avaliar J.B. pelo ângulo de que peso na consciência é sinônimo para amor. Mas isso não está escrito em nenhum dos meus dicionários. Seja em Português, Inglês, Francês e Italiano. Se tiver no de alguma linguagem que eu possa considerar, por favor, me avisem.

Ok, agora o rompimento parece definitivo, né? Tellie sofre porque sabe tudo o que ele fez. Ele sofre porque sabe que foi injusto em várias instâncias e quase provocou a morte dela. Mas imagine. É Diana Palmer. É romance água-com-açúcar. (Só conheço dois romances onde os protagonistas não terminam juntos. E só em um isso é coerente) Eles tem que ser felizes para sempre, cercados de cavalinhos, criancinhas miniaturas do pai e da mãe, vaqueiros, bla bla bla… Mas para se reconciliarem só se acontecer uma catástrofe maior ainda. – Eureca! – posso até ver a autora comemorando a idéia como se fosse gol de final de Copa do Mundo…

Um furacão arrasa Jacobsville. (Oh, espero que a casa do Cash não tenha saído voando até Oz… Se bem que Dorothy e Totó eram do Kansas…)
J.B. se fere. Tellie corre para o hospital, preocupada, só pra vê-lo nos braços da bela Bella.
Chega, hora de voltar para Houston.

Mas J.B. descobre que Tellie chorou por ele. Esperança! Vai atrás dela disposto a falar (o verbo explicar-se seria um exagero). Leva presentes que ele escolheu (ooooh, uma pequena evolução…) e agora, bem, melhor repetir o que está lá, porque se eu contar, vocês vão achar que é piada. E eu nunca fui uma comediante muito boa…

“Ela o olhou.
– Não… não entendo.Ele pegou a caixa, tirou o solitário e o colocou com gentileza no seu dedo.
– Entende agora?
Aquilo devia ser parte de um sonho. Ou então, uma brincadeira de mau gosto.
– Você não me quer – disse ela com amargura – Sou feia e não suporta nem que eu o toque.
(um parágrafo de bla bla bla)
– Fiquei muito envergonhado quando me viu com Bella – disse ele por entre os dentes – Foi como ser pego em adultério. Por Deus, não faz idéia de como me sinto a seu respeito, Tellie? – gemeu ele – Naquele dia estava frustrado e impaciente, e Bella estava por perto. Mas nunca dormi com ela – falou ele com firmeza – Acredite em mim.
(outro parágrafo pequeno de bla bla bla)
– Mas por que foi tão cruel…?
J.B. acariciou o seu rosto.
– Lembra de quando tinha dezoito anos e fomos parar no sofá da sala?
Ela corou.
– Sim.
– Você queria ser beijada, mas quando comecei a tocá-la, afastou-se. Gostava de me tocar, mas não se sentia confortável com algo mais íntimo – disse ele e respirou fundo – Eu desejava você intensamente. Mas sabia que era muito jovem e seria injusto envolvê-la em um relacionamento para o qual não estava preparada. – ele a observou. Seu rosto estava sério – Então afastei-me e esperei durante todos esses anos. Tornei-me amargo e cruel de tanto esperar.
Quando compreendeu o que aconteceu, arregalou os olhos surpresa. Jamais imaginara que ele pudesse sentir algo tão forte por ela, e por tanto tempo. Estava encantada.”

ESTAVA ENCANTADA?!
Eu tive que ler isso mais de uma vez.
EN-CAN-TA-DA.O cara joga a culpa nela e ela fica ENCANTADA?
“Você não estava preparada, eu fiquei frustrado e ao invés de dar murro na parede resolvi transformá-la em saco de pancadas psicológicas. Mais barato e sempre ao alcance das mãos. Feia, parece um moleque, perseguidora implacável… Ah, agora, sim, você está pronta pra eu te levar pra cama. Acho que eu amo você, isso é se for amor ficar se sentindo culpado ao quase matá-la depois de falar de novo um monte de bobagenzinhas cruéis para uma garota que me idolatrava e que tentou parar de fazer isso.”
Tem razão. É pra encantar qualquer uma…
Fiquei uma semana sem poder falar… de ver um elefante falar… *o que seria de mim, sem esse CD com músicas da Disney*
Depois dessa, com minha bênção, eles se casam, tem filhos e são felizes. Se merecem.
Que o avassalador fique com a abnegada, honesta e delicada Tellie.
Acho que é por isso que criaturas como eu, escorpianas, não muito abnegadas e delicadas e brutalmente honestas com as qualidades e defeitos alheios nunca dariam boas heroínas da Diana Palmer.
Se bem que ainda existe esperança: Gretchen Brannon Sabon. Ah, se todas fossem iguais a você…

E por fim, vamos fazer um filme? (é uma das minhas músicas favorita do Legião, que não merecia, mas é perfeita pra encerrar aqui).

Diana Palmer’s pictures presents

Jacobsville’s Cinderella.



Cinderela – pegue Tellie que já foi Josie, Jodie, Meredith, Chrissy, Amelia – mocinha órfã ou quase que depende da caridade do príncipe (des)Encantado.

Principe (des)Encantado – vou ficar com o J.B. porque, como bem me avisou Renan pelo Orkut, ele é pior que Matt, Rey e Justin (eu acrescentaria também o Judd e o King Culhane, do Amelia) juntos.

Abóbora e quatro ratos para ser o coche e quatro cavalos – os coadjuvantes que tentam abrir os olhos da mula, consolar a mocinha e aparar as arestas entre eles (inclui os outros irmãos Hart, que ficam meio inteligentes nos livros alheios), Nell, Marge e as garotas (em Avassalador),

O sapatinho de cristal – é aquele que faz o herói despertar o sentido de “é minha”: Cash Grier é o melhor exemplo deles. Grange é uma vaga inspiração. No caso do Amelia, tem o irmão do King, Alan.

A bruxa má – se tiver uma concorrente com a qual a mocinha sempre se sinta inferiorizada, ótimo: Belle, Tippy. No entanto, às vezes, a bruxa pode ser o próprio príncipe (des)encantado: Judd, J.B. e o King (do Amelia) são brilhantes neste papel…

O dragão – fica a gosto do freguês: vai de acidente de carro, passando por mocinha que se joga na frente de uma bala, outra que aceita bancar a espiã…

Mistura tudo e não se esqueça de arrumar uma desculpa para a reconciliação – consciência culpada por alguma tragédia pode ser a melhor saída.

A mágica se faz dizendo bibidi babidi bu… Mas à meia-noite o feitiço acabará…

E para encerrar, a sensação de dejà vu tem outra explicação – basta ter visto essas tramas em outros livros. Não é que Avassalador tem os mesmos elementos de Lynne Grahan? Mas à la Diana Palmer.

Bacci!!!

Beta *procurando um analgésico para acalmar o aparelho ortodôntico*

ps.: Ainda não li RENEGADO até hoje. Passei os olhos na versão em Espanhol, mas não o suficiente para saber se Cash é imbatível no próprio livro…

23 Comentários

  1. Anônimo

    Diminuindo o tamanho do meu post: Será que eu sou a única pessoa no mundo que gosta do JB e acha que ele não tem culpa total no acidente da Tellie?? Conviremos que o cidadão ofereceu carona pra ela, que em vez de se preocupar com a amiga, levou em conta as palavras do lesado JB. E também dirigiu numa estrada escorregadia, em meio a uma crise nervosa. (Tentativa oculta de suicídio?) Ela pediu pra sofrer um acidente e morrer.
    Fora essa pequena diferença de opinião, eu adorei o post! Ri demais com o “Diana Palmer’s Pictures presents Jacobsville’s Cinderella”.
    E vou me mudar pra Jacobsville e dar um apoio psicológico para alguns habitantes de lá. hehehe
    Sobre o Cash e o Grange: será que no próximo livro o Grange vai aparecer como padrinho de um – ou todos – os trocentos filhinhos de JB e Tellie? Ele também precisa de uma companheira que vá à luta, porque é cheio de traumas…

  2. Beta

    Lidy
    Não contente em ser padrinho, eu acho que o Grange vai se tornar cunhado do JB – porque tá com jeito de que ele vai se unir com a Marge…
    Roberta

  3. Rebeca

    Antes de tudo, MUITO OBRIGADA pelo post. (^_^)/
    Vi esse livro hoje na banca. Olhei, peguei, fiquei numa dúvida tremeda pois achei a capa linda, mas já tive alguns ataques de nervo com os personagens da Diana Palmer e por isso achei melhor não comprar. Graças a Deus! Pois se eu comprasse, a uma hora dessas já tinha dado uma pedrada com ele. e agora que eu sei que os meus instintos estavam certos estou feliz por não ter gastado meu rico dinheirinho com semelhante aquisição. Muito Obrigada
    beijos ^.^
    nilce

  4. Anônimo

    É mesmo! Espero que o JB não ataque de irmão superprotetor ou dê uma de Hart… kkkkkkkk Se bem que seria interessante, apesar de não ter mais irmãos pra encher o saco. E organizar o casamento. =D

  5. Anônimo

    Ok. Depois de ler seu post eu queria o esclarecimento para 2 dúvidas:
    – Por que sabendo de tudo isso que você já disse, nesse tópico e em outros, eu continuo lendo Diana Palmer????

    – Diana Palmer vende mais porque é ruim, ou é ruim porque vende mais???

  6. Caroline Santos

    Comungo com sua opinião sobre “Avassalador” para mim é o pior livro que li da Diana Palmer e depois de saber que os da Lynne Graham são parecidos, não vou lê-los (riso).
    Como você minha alma escorpiana não tolera esse tipo de coisa.

  7. Anônimo

    Para mim a Diana Palmer já deu o que tinha que dar. Não perco mais o meu precioso tempo. Vocês já viram os comentários desse livro na Amazon? Não me lembro de ter visto um livro tão criticado. Só volto a ler Diana Palmer quando passar um furacão por Jacobsville e não sobrar pedra sobre pedra, quando todos odiarem pãezinhos e quando o tico e o teco das mocinhas se conectarem.

  8. Lilica

    Terminei de ler esse livro hj e juro que só terminei por persistência e fiz uma promessa: Depois que ler O Renegado (que já comprei) não vou ler Diana Palmer nunca mais.

    Essa mocinha desse livro é a pessoa mais tonta da face da terra, e eu fiquei o livro todo (que nem uma tonta) torcendo pra ela dar um pé no JB e ficar com o outro que era anos luz mais interessante.

    Essa Diana Palmer tem problema. Ela deve ter uma frustração muito grande pra escrever mocinhas assim. Isso não é romantismo é MASOQUISMO.

    Chegaaaaa! Parei com Diana Palmer. Ela consegue colocar as mulheres numa posição muito baixa, de falta de amor próprio e de respeito. Isso é doença.

    Ps: Adorei seu comentário, revela bem o que eu senti o livro inteiro.

  9. Anônimo

    Oi Beta. A muito venho lendo seu blog e gosto D+.
    Já li muitos livros depois de conferir suas resenhas e não me arrependi.
    Quanto a Diana Palmer, li alguns livros dela e não consegui achar nenhum que faça sentido, depois de terminar a leitura sempre ficava com raiva de mim por ter lido.
    Não li avassalador e depois de sua resenha, não vou ler mais nenhum livro dela.

  10. Anônimo

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Eu não aguento de tanto rir, esse resumo do livro foi bem o que eu acho dele, Diana Palmer deve ter tido e queria ter algum problema pra justificar tantos traumas em seus personagens de mocihos malvados e machões e mocinha super frágeis, idiotas e $#*&%%%, a diferença entre Diana Palmer e Lynne Grahan é que pelo menos a Lynne não escreeu um “Best Seller” (desculpem-me se eu estiver dando informação errada).

    p.s: Beta diga os nomes dos livros que não os mocinhos não ficam juntos.

    Fernanda Serejo

  11. Unknown

    Eu li e amei este livro( Avassalador) assim como gosto de tudo que ela escreve, só não gostei muito do garanhão indomavel, não tinha cara de Diana Palmer

  12. Unknown

    Eu li e amei este livro( Avassalador) assim como gosto de tudo que ela escreve, só não gostei muito do garanhão indomavel, não tinha cara de Diana Palmer

  13. Tonks Butterfly

    Pois é…Diana Palmer e sempre essa…Novela MExicana no Texas…Como vc disse um psicologo em jacobvile seria milhonario, o cidade pra ter tantas mulheres molestadas, homens abandonados pela mae, pela noiva, mulher assassinada por traficantes e etc de catastrofes…
    Mocinho que sao grossos maxistas, mal educados…pelo menos ele nao batem em mulher…mocinhas feias, mal arrumadas, tristes, mal amadas…e que no final por mais malvado que ele tivesse sido ela e ele ficam juntos felizes para sempre…Merlin que novela..

    Os unicos que sao perfeitos sao os irmaos Hart hehehe amo eles e aprenderia a assar biscoito por eles hehe

  14. mAri

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    eu ri muitoooooooooooooooo

    uahsuahsuhaushaushauhsuahsua

    "Você não estava preparada, eu fiquei frustrado e ao invés de dar murro na parede resolvi transformá-la em saco de pancadas psicológicas. Mais barato e sempre ao alcance das mãos. Feia, parece um moleque, perseguidora implacável… Ah, agora, sim, você está pronta pra eu te levar pra cama. Acho que eu amo você, isso é se for amor ficar se sentindo culpado ao quase matá-la depois de falar de novo um monte de bobagenzinhas cruéis para uma garota que me idolatrava e que tentou parar de fazer isso."
    Tem razão. É pra encantar qualquer uma…

    kkkkkk chorei de rir

    mais deixa eu falar uma coisa, eu adorei Avassalador!
    uahsuahsua só queria que a mocinha masoquista fizesse ele sofrer bastantee

    mais enfim…

  15. Unknown

    Você colocou no seu post exatamente o que eu senti quando li este livro. Foi muito, muito,muito frustante.A autora exagerou. Foi o meu primeiro livro da Diana Palmer, nem mesmo me animei a ler outro dela depois deste. Talvez no futuro eu crie coragem para experimentar outro.
    P.S.: Ótimo post.

  16. Cleidy

    Oi Beta!!! Eu venho acompanhando o seu BLOGGER e tenho amado, cada crítica bem humorada ou elógio descontraído que você faz.
    Diana Palmer é o seguinte ou ame-a ou deixe-a. E eu a amo e a odeio. Da para entender???
    Eu não sou escorpiana, e sim gemeniana. MINHA ALMA GEMINIANA TAMBÉM NÃO AGUENTA TAMANHO MASOQUISMO. Eu até entendo a "DI" ela é do tempo em que a submissão era bonita e o machismo aceitável, então ela só poderia escrever livros como AVASSALADOR . CARA JD é o anti-heroi total. É mentiroso, grosseiro, machista,convencido, arrogante e bla bla… Alguém acreditou no "E FORAM FELIZES PARA SEMPRE…" desse livro??? EU não acreditei não. Como acreditar no amor de JD depois de tudo o que ele fez??? Eu deu uma lida nesse livro a um tempão e até hoje me sinto revoltada com a "Di" por ter criado um mostro como JD. Eu não gostei do DESTRUIDOR DE CORAÇÃO pois não me convenceu nem por um momento que JD amasse a pata quero dizer a TELLIE. Pow se ele mentiu sobre um encendio com a maior calma do mundo, porque não mentiria sobre amar Tellie? Sinceramente esse livro foi frustante e decepcionante, pelo menos para mim. Ah e teve o momento também que ele disse que não dormiu com a Bella. Fala sério que ódio! E no momento do rala e rola que ele diz:"Se eu fosse menos modesto, eu diria que as mulheres escreviam meu telefone nas paredes do banheiro"
    A pata, digo Tellie rir e diz:" Não se vanglorie de suas conquistas."
    e depois ele sorrindo mais aida diz:"Só estava praticando enquanto esperava por você. E foi isso o que aprendi Tellie" acrescentou deslizando o corpocontra o dela. Ai isso me deu um ódio tão grande.Esse JD deveria ter voado juntamente com as árvores no dia do furacão.
    Beta adoro o seu senso de humor e estou sempre de acordo com o que você diz.
    Beijo!!!

  17. Mima

    Meldéls!

    Foi a primeira vez que li seu blog. Encontrei por um acaso total do destino e tenho que dizer que AMEI.
    Ri MUIIIIIITO lendo o "resumo" da história.

    Você está de parabéns. E muito obrigada por evitar que eu faça parte da equipe brasileira do próximo Pan (sim, eu pratico arremesso de livros cretinos há muito tempo. Talvez até já possa ser considerada entre as inúmeras candidatas a capitã da equipe 😉 )

  18. Barbara Santiago

    ADOREI o post, Beta!!!
    Você pode aplicar seus comentários para muitos dos mocinhos da DP( King! louco)!
    Morri de rir com o novo esporte para o Pan!
    hauhauha adoro resenhas "eu quero matar a autora e me matar depois pq li isso" hauhauaha
    Ficou ótimaaa!

  19. Tati B.

    Só li 1 livo bom dessa autora até hoje(agonia e êxtase/msmo assim é meio q começou bom e ñ desenvolveu bem)…
    já desisti dessa doida
    vi esse avassalador no sebo e graças a deus ñ peguei

    adorei o post
    bjs

  20. Natália Alexandre

    O post ficou ótimo!!!
    Vou passar longe, isso é… se a curisidade não falar + alto, kkkk..

    "Só conheço dois romances onde os protagonistas não terminam juntos." – Só conheço "Da Itália com amor", qual o outro?

  21. jil almeida

    Fiquei curiosa também!
    Que outro livro os protagonistas não ficaram juntos!?
    Não resisto a esses homens de nossa querida "lady Di"
    alguns são muito especiais.

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