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Cap. 322 – Cartas de Amor – Sandra Brown

Acho que faz muito tempo que eu leio algo desta autora. E este livro apareceu em meu caminho como uma surpresa (desta vez, salvou o moço do Sedex de constatar que eu sou louca…). Demorei mais que o habitual com ele por causa da semana lotada (fim do artigo escrito a fórceps, estresse com o modem do mal, usar PC emprestado, trabalhar na cobertura de um jogo de futsal, vacinar contra o H1N1, apanhar de um jogo de palavras cruzadas em Espanhol etc), mas inventei o tempo, através da leitura nos pontos de ônibus e antes de dormir… Só para poder colocar esta resenha hoje no ar.


Cartas de amor… – Sandra Brown – Rainhas do Romance 41
(Above and beyond – 1986 – Mills & Boon)
Personagens: Kyla Stroud e Trevor rule


O destino tem seus motivos mesmo que a gente não entenda. O dia mais feliz da vida de Kyla, quando Aaron nasceu, foi seguido pela dor da perda prematura do marido… Quinze meses depois, ela encontra um misterioso bom samaritano que salvou seu pequeno filho aventureiro de um acidente… Quando Trevor percebeu que havia sobrevivido desejou o contrário, porque não se achava digno de viver enquanto que outros não tiveram esta chance. E só saiu do livro ao reencontrar as cartas que seu amigo recebeu da esposa e havia pedido para ele guardar. E quando se recuperou, partiu para seu plano mais audacioso: formar uma família com Kyla e Aaron…


Comentários:


– Nada como uma história contada no timing correto. Os sentimentos são bem mostrados, você pode entender a alegria, a tristeza, a dor, o luto, que atingem os personagens. Não tem espaço para correr numa história onde todos entendem que a recuperação não pode acontecer num estalar de dedos, num passe de mágica.


– Para uma escorpiana convicta como eu, devo comentar que considerei excessivamente irritante os nada discretos empurrõezinhos incentivadores dos pais de Kyla e de Babs (a melhor amiga tarada e indiscreta). Só que isso serve para mim que odeia esse tipo “bem-intencionado” abelhudo. Kyla, ao contrário, precisava de uma forcinha para romper o marasmo do luto por Richard (mas, eles poderiam ser mais sutis…)


– Dá muita angústia sabe dos motivos de Trevor e que Kyla não gostará quando a verdade vem à tona. Por isso, a torcida é que ela aprenda a gostar dele antes disso. A essa altura, sabendo o que ambos passaram, entendemos porque os destinos deles estavam cruzados. História forte, bem contada, sobre amor, recomeço, compreensão, perdão. Quem lê, se vê envolvido e devorando página a página para saber o que acontece, torcendo pelo final feliz…


Por fim, três coisas que me chamaram a atenção:


– A capa é linda.

Singela, forte e romântica, de muito bom gosto.


– Lendo a biografia da autora na contracapa, descobri que Sandra Brown e Erin St. Claire são a mesma pessoa… Ô gente que gosta de confundir cabeça de leitora neurótica… Pra que tanto nome???


– O mais chocante de tudo: o livro é de 1986! Eu o li sem saber disso e ainda saudando a autora pelo “motivo atual” da morte de Richard Stroud… Só descobri agora ao ler a capa interna para escrever este texto. E é inacreditável (e tristemente) atual. Uma comprovação de que o tempo não atrapalha histórias bem escritas!


Bacci!!!


Beta

12 Comentários

  1. Natália Alexandre

    Menina, sabe q nem me toquei pro ano qdo li?

    Pq atentados a bomba estão com força total hj em dia… infelizmente.

    Adorei o livro tb, é desses q guardamos e não emprestamos.

    Bjss

  2. Anônimo

    Eu gostei muito do livro. Não troco, não vendo e não empresto!

    Beta, você tem que ler Paixão Explosiva da Sandra Brown é tão bom quanto. Sobre o fã-clube do livro, estou dentro. kkkk

    bjokas

  3. Carla

    Gosto muito da Sandra Brown. Ainda não li esse mas já vi que é bom de certeza. Mas recentemente fiquei um pouco desapontada com um que eu li, pois eu sempre espero muito dos romances dela. Se chama "Um Sonho em Acapulco". Não é propriamente mau, mas se eu não soubesse que a autora é a Sandra Brown, jamais diria que foi escrito por ela.

    Carla

  4. Andrea

    Oi, pessoal!

    Acabei de ler ontem. Achei uma história muito bonita, que trata de reconstrução de vida, mudança de rumo, revisão de conceitos de uma vida inteira e com as pessoas se adaptando às mudanças que o destino impôs.

    Mas para uma história com um tema tão atual, tão calcado na realidade, algumas coisas não bateram bem para mim: como pode o mocinho, com apenas um olho e manco dirigir (até à noite e com chuva, gente!), jogar baseball e fazer o ponto que salva o jogo, ser ágil em uma corrida para impedir que a criança caia, segurar a criança em questão (de quase 2 anos) só com o braço que foi todo estropiado, operado dezenas de vezes como se estivesse segurando uma pluma, e tudo isso apenas 15 meses após ter se ferido gravemente? Me indica esse fisioterapeuta e o cirurgião que eu quero credenciar eles no meu plano de saúde!

    Tudo bem que o mocinho tem que ser alto, forte, sensual, inteligente e afins, mas péra aí, a autora simplesmente destrói o sujeito fisicamente deixa ele com mais cicatrizes que o Frankenstein, deixa ele sem olho, com um tapa olho (prá mim isso é coisa de vilão de novela mexicana), um bigodão espesso que nem um espanador em que até o sorvete fica grudado nele (eeccaaa) e depois quer que ele seja o último brigadeiro da festa assim? Já está um pouco demais para a minha cabeça… Não consegui me identificar com o Apolo que ela quer que a gente pense que ele é.

    Fiquei comovida, com peninha dele, mas daí a achar que é o cara mais sexy do Texas?!

    Isso sem falar da revisão HORRÍVEL, das piores que já vi até hoje (tudo bem que eles não deviam ter cuidado editorial em 1986, mas a reedição merecia ter levado "um trato" mais condizente ao século 21. Era um tal de Trevor ser chamado de Aaron, palavras mal traduzidas, uma confusão, só.

    Mas não pensem que o livro não é bom, pelo contrário. Só esses detalhes foram meio difíceis de engolir, mas, superando isso, é uma das histórias mais comoventes que já li.

    Beijos,

  5. Beta

    Natália e Tonks

    A gente nem disfarça mais o quanto gostamos da história kkk E estamos esperando Carol entrar logo neste grupo XD

    Bacci!!!

    ps.: E eu quero achar o outro livro que a Tonks indicou. Só não procurei ainda… ^^

  6. Beta

    Carla

    Obrigada pelo alerta, vou evitar esse livro que você disse. E pode procurar o Cartas de Amor porque a leitura vai valer a pena!!!

    Visite sempre e deixe comentários no LdM!

    Bacci!!!

    Beta

  7. Beta

    Andrea

    Vou te confessar, acho que mergulhei tanto na história que não parei para raciocinar os pontos que você levantou. E faz sentido. Não tinha como ele ser o "Beijoca" bonitão. Talvez a autora pensou na prática daquele ditado: "a beleza está nos olhos de quem vê". Ou vai ver que o Trevor é um mutante com capacidade altíssima de regeneração XD… Ah, sim, o bigode me incomodou. Não consigo achar alguém de bigode sex… bem, talvez, o Brad Pitt em Bastardos Inglórios. E o Alain Delon novíssimo em um filme que eu não sei como se chama, mas me convenceu de que a perfeição existe e era aquele homem alto, moreno, olhos azuis e falando italiano… kkk Enfim, acho que a história foi tão bem construída que a gente superou tudo e se deixou levar… 🙂

    Bacci!!!

    Beta

  8. Andrea

    É Beta. Apesar de tudo isso, o livro vale a pena, sim. Mas ter bigodão, ser manco, usar tapa-olho e a mulherada ficar virando a cabeça para olhar e suspirando? Fala sério…

    Tive que visualizar outro perfil para poder sentir o livro, senão ia ficar difícil, mas valeu a pena!

    Beijos e que bom que você voltou!

  9. Carla

    kkkk, Andrea a única coisa que me incomoda é o bigodão, porque tudo o resto num homem enorme, de rosto lindo e com um corpão eu realmente acredito que seja um charme e que não faz qualquer diferença ser manco e usar tapa-olho!! Para vc ter uma ideia o meu namorado teve um acidente com 16 anos e amputaram 4 dedos da mão esquerda dele. Ele ficou parecendo um mocinho dos romances, inclusive ele tem cara e físico de mocinho de romance e as mulheres viram a cabeça na rua para olhar para ele, nunca a mão dele incomodou ninguém. Um dia desses eu vi um homão que devia ter 1.90 lindo, de braço dado com uma moça, só quando olhei pela segunda vez eu reparei que ele era cego. Mas ele era um gato e eu acho que essas histórias que a gente lê nem sempre andam longe da realidade.

    bjs Carla

  10. Andrea

    Oi,Carla!

    Acho que quando a gente tem um sentimento pela pessoa, não importa se ela tem algo diferente do normal, porque a gente gosta é da pessoa como um todo, do que ela é, do que ela representa.

    Minha crítica a esse aspecto do livro é exatamente porque a autora não retrata a situação como ela seria encarada de verdade e cria uma reação um tanto fantasiosa, mas, afinal, estamos falando de romance, né? Não sei se caberia na proposta uma discussão profunda sobre isso. Nem todo mundo gosta…

    Não acho que as pessoas com algum tipo de deficiência não são belas ou que não possam se enquadrar nos nossos padrões de beleza e sensualidade, muito pelo contrário. Só acho que a autora "forçou um pouco a barra".

    Bem, consigo encarar numa boa as cicatrizes e o andar manco, sem nenuma rejeição. Mas acho que o que me incomodou de verdade foi o bigodão (cruzes!) e o tapa-olho (rsrsrsrs)!

    Beijo e tudo de bom!

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