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Cap. 374 – 21 depois de 21 – Rafael Casé e Paulo Marcelo Sampaio

Ciao!!!

Ok, por ser o fim de semana do aniversário da Mulherzinha, posso fazer posts sobre livros de livraria que passam longe do romance habitual, mas falam de amor… E neste caso, de um amor que ninguém cala e consegue colocar fim… 🙂

Para quem não sabe, adoro futebol (vale visitar os posts sobre Copa do Mundo e a cobertura muito singular que o LdM fez da Copa da África em julho) e sou uma daquelas almas que são guiadas (ou se perdem) pelo brilho da Estrela Solitária do Botafogo. (Na resenha sobre Juliet, nua e crua, comentei a minha dificuldade em ler o livro Febre de Bola, do Nick Hornby por conta da semelhança com a minha história). Durante as férias, em setembro, viajei ao Rio de Janeiro com uma missão – ir à General Severiano (sede do clube) fazer algumas comprinhas na loja oficial. E naquele momento, voltei com duas delas – a terceira (o DVD oficial do Botafogo Campeão) só me encontrou na rodoviária, depois de me fazer procurar – em vão – por várias bancas de jornal do centro do Rio de Janeiro. Sendo que as duas comprinhas que eu fiz, uma tinha sido programada (a camisa Celeste Alvinegra) e a segunda foi puro impulso: o livro desta resenha.

21 depois de 21 – Rafael Case e Paulo Marcelo Sampaio
(2010 – livrosdefutebol.com)
personagens: todos os envolvidos com o título do Campeonato Carioca de 1989

Em 1989, a paciência da torcida botafoguense era quase inexistente. Seria o 21º. ano sem título e algo precisava ser feito para evitar isso e as gozações dos rivais (como o irritante “Parabéns para você” cantado pelos torcedores adversários sempre que o Botafogo ficava pelo caminho). Este livro narra as decepções que levaram à formação da equipe que, embora considerada patinho feio por torcedores, adversários e imprensa, acabou vencendo o Campeonato Carioca de forma invicta (e sofrida, óbvio) contra o badalado e todo poderoso rival da Gávea… Além de trazer fotos, gráficos, informações e 89 histórias de botafoguenses relacionadas ao jogo da final – aquele que Maurício acabou com o sofrimento de 21 anos e 12 dias sem título na noite de 21 de junho de 1989…

Comentários:

– Lendo este livro, cheguei a uma conclusão: eu sou da categoria baby em se tratando de botafoguense supersticioso – e olha que meu curriculum de loucuras por causa de superstição futebolísitca é considerável (e, o pior, extensivo a outras paixões boleiras, inclusive as internacionais)…

– Eu era criança quando os fatos narrados pelo livro aconteceram, mas me lembro de comemorar o titulo com a minha mãe (a culpada por eu ser botafoguense) e de ir muito feliz pra escola no dia seguinte. Anos depois, já trabalhando, fui cobrir um jogo do time de Masters do Botafogo aqui na cidade – e conheci o lateral Josimar e comentei com ele sobre a importância que copa do mundo de 1986 (que eu assisti porque estava muito doente, de cama, com injeções de bezetacil dia sim, dia não – desagradáveis e doídas, mas me curaram.) e o Botafogo têm na minha vida (posso fazer uma timeline interessante relacionando minha vida com jogos e campeonatos de futebol. Talvez escreva um livro sobre isso algum dia…)

– Em resumo, para quem é botafoguense, ou interessado em histórias de futebol, é uma leitura obrigatória e totalmente recomendada. As histórias de onde os torcedores estavam quando o Botafogo ganhou o jogo são ótimas (e haja caso hilário, como o do garçon que ouvia a transmissão pela rádio e saiu gritando FOGO! FOGO! quando o gol foi marcado e não entendeu porque o restaurante esvaziou em segundos e tinha gente chamando os bombeiros!!!). Assim como o festival de superstições relacionados ao clube e ao título – por isso, o meu primeiro comentário: eu achava que era MUITO supersticiosa, mas este livro me fez baixar a bola e perceber que ainda tenho longo caminho a trilhar no comportamento neurótico-masoquista-torcedor-que-acha-que-ajuda-o-time-a-vencer-mesmo-à-distância.

E duas curiosidades: o livro já saiu com um pequeno capítulo falando da vitória do Campeonato Carioca de 2010 (que os botafoguenses fazem todo tipo de relação – óia a superstição aí de novo – com o título de 1989) e há duas opções de capa – a branca com números pretos e a preta com números brancos (que foi a que eu escolhi).

Arrivederci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Ruy Moura

    Adorei o seu perfil, amiga. É que além de outras coisas sou botafoguense profundo e escorpião com ascendente gémeos…

    Visita o meu blogue:

    mundobotafogo.blogspot.com

    Parabéns por este excelente blogue!

    Abraços Gloriosos!

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