Pois é, da série “revisitando o baú da Beta” busquei uma das minhas histórias favoritas.
Quem acompanha o Literatura de Mulherzinha desde o início sabe que a forma de se escrever sobre os livros mudou por aqui. Antes – não me perguntem como – eu era muito sintética (sim, um choque em se tratando de mim).
Agora, vejo quanta coisa legal deixei de falar sobre alguns livros. Por isso, aos poucos, vou “turbinando” algumas. E agora chegou a vez de falar deste livro…
A resenha original está
aqui e mantive os comentários em negrito…
Esmeraldas de Yucatán – Marianne Willman – Clássicos da Literatura Romântica
(Tilly and the tiger – 1990 – Harlequin)
personagens: Matilda “Tilly” Templeton e Lucas Patrick “Tiger” Flynn
1858 – Tilly queria aventura. Por isso, deixou a entediante vida com seus parentes chatos na Inglaterra para passar um período na Jamaica, a convite de uma amiga. Mal sabia o que a esperava, as aventuras que ela sonhava não foram nada perto do que ela viveu… ao lado do parceiro Tiger Flynn. Tilly não sabia se podia confiar nele, mas a cada hora que a encrenca aumentava, ela via algo naqueles olhos verde-esmeralda que a inspirava a arriscar… a própria vida para desfazer um mistério.
Comentários:
– “Tilly foi à Jamaica“… era assim que começava o resumo que veio na propaganda e na contracapa do livro. E foi um caso de “paixão à primeira leitura do resumo”. Desde que li a propaganda, sabia que teria que ler esse livro. E consegui um exemplar emprestado com a amiga da minha prima. Adorei!
– Anos depois, comprei, emprestei para uma pessoa que… perdeu o livro! Mas eu sou brasileira e não desisto nunca, mesmo antes do governo lançar esse slogan! Levei outro tempo considerável para encontrar o livro, mas achei e o levei para minha casa – de onde ele não saiu mais!
– O livro começa nos apresentando ao protagonista, o intrépido e aventureiro Lucas “Tiger” Flynn, já envolvido no clima que irá acompanhá-lo ao longo da história. O leitor e os demais personagens sempre estão inseguros sobre o que ele quer de verdade (qualquer semelhança desta ambiguidade dele e a suposta falsidade dos gatos é mera coincidência…).
– Em seguida, conhecemos Matilda “Tilly” Templeton – (a cena de apresentação dela é tão eu que dá vontade de rir: de tanto ler, sonha que está dentro da trama e acorda num susto) solteira, sustentada pelo irmão, até descobrir que ele estava dispondo da herança dela para agradar a noiva (uma caçadora de dinheiro – que o sovina do irmão dela tinha).
– A Jamaica não era um lugar bem-afamado do mundo (para os padrões ingleses, era sinônimo de piratas, ladrões e mulheres que perderam a virtude e a honra, tão prezadas por uma sociedade hipócrita). Tilly resolve viajar para lá a convite de uma amiga de escola. E conhece Tiger, a quem as matronas da sociedade definem como um “sedutor letal e patife conquistador”.
– Claro que eles são destinados um para o outro, talvez, não da forma ortodoxa e previsível. É aquele bom clima de humor das comédias românticas das boas.
– Casal antagônico feito um para o outro – tipo um filme da Doris Day e do Rock Hudson,
Volta meu amor, onde eles são publicitários rivais. Vi numa maratona sobre eles na TV, após uma das extrações pavorosas de cizos, me afundando na autopiedade e em colheradas de sorvete napolitano. Devo dizer que, embora não fosse sensato, dei muitas gargalhadas com o filme – que comprarei pra minha coleção particular assim que encontrar.
– E se isso não bastar, ainda tem a trama de mistério (com um quê de o
Ladrão de Casaca, de Alfred Hitchcock, com Cary Grant e Grace Kelly. Sim, levei bem a sério a missão de mexer no baú, seja literário ou cinematográfico.)
– Tilly queria aventura e acabou se metendo em uma das grandes. Com o detalhe que ela não poderia prever o final, igual nos livros onde, geralmente, tudo termina bem, você fecha e se sente bem.
– Envolvida por “acidente”, se envolve em um grande mistério e sem saber se pode confiar em Lucas Patrick, o charmoso patife de apelido “Tiger”. Ao mesmo tempo, ele lhe desperta sensações nunca antes experimentada por uma recatada moça solteira na Inglaterra vitoriana. E sabe como é…o que é proibido, costuma ser muito bom e chamar ainda mais a atenção. Resultado: uma hora as faíscas entre eles vão incendiar…
– Pois bem, entreguem este livro para uma adolescente de 14 anos, que preferia se esconder nas histórias de ficção, nos estudos e no vôlei a ter que lidar com outros seres humanos. (Sim, mais ou menos nesta época, aprendi que seres humanos dão muito trabalho – meu eu geminiano ainda não convenceu meu eu escorpiano antissocial do contrário até hoje.)
– Se hoje sou apaixonada pelos Liam Donovan e Cameron, pelo Sebastian Donovan, Rico Mandretti e outros tantos gregos, italianos, ingleses e escoceses, saibam que o intrépido e aventureiro Lucas Patrick Tiger Flynn foi meu primeiro amor loiro!
– E se você estranhou o motivo do apelido Tiger, fique sabendo que Tilly também tentou arrancar explicações dele… E tentou mesmo, durante todo o livro. A resposta do mistério? Só lendo para saber… Assim como por que ela foi para a Jamaica e terminou em Yucatán, no México (os mais atentos com certeza percebem este conflito geográfico, cortesia do título brasileiro) kkk
Arrivederci!!!
Beta
Interessante! Fiquei curiosa sobre o apelido Tiger. =D
Eu li esse romance trinta anos atrás e não recordo porque Lucas Patrick Flynn era chamado de Tiger.
Tilly foi à Jamaica mas chegou ao México ! Cáspita: não percebi essa falha enorme geológica !