Sabe o que está escrito na capa do livro: “Susan Wiggs pinta os detalhes das relações humanas com o requinte de um mestre” (Jodi Picoult)? Pois é, não é propaganda enganosa. Isso está em cada letra, cada linha, cada sentimento escrito, cada personagem – desde os protagonistas aos coadjuvantes (e até aqueles com os quais você não simpatiza muito). Cada dor ou alegria que eles expressam. Por isso, eu amo livros da Susan Wiggs. É um fato concreto e inegociável. Quando vi que a Harlequin lançaria novo título dela, minha personalidade quicante se assanhou toda – rendeu um post “quero ler”. E desejos, às vezes, se realizam ;D
Apenas Respire – Susan Wiggs – Romance Harlequin
(Just breathe – 2008)
Personagens: Sarah Moon e seu mundo em “obras”
A vida perfeita e o sonho de Sarah de se tornar mãe viraram pedaços em três etapas: primeiro, na doença grave do marido; segundo, quando ela o flagrou, já bem recuperado, a traindo e terceiro, quando aconteceu o inevitável divórcio. Ainda em estado de choque atravessou o país rumo à cidade de onde saíra para conquistar o mundo – Glenmuir –e voltou para se recuperar. Se ela estava diferente, as coisas, embora nos mesmos lugares, também haviam mudado. E nestes reencontros, estaria a pista para o recomeço…
Comentários:
– O livro acompanha o período de mudança de Sarah Moon, artista, cartunista, casada com um construtor de Chicago com quem achava que tinha uma vida perfeita até começarem as porradas: ele teve câncer e ela teve que se fortalecer para ajudá-lo a superar; a doença atrapalhou o sonho dela de ser mãe e levou a exaustivas tentativas por inseminação artificial. Então, um flagrante e o casamento acaba. Ainda agindo sob efeito do estado de choque, Sarah faz as malas e volta para a cidade natal.
– Esse é um resumo das primeiras cem páginas do livro – que li em um ponto de ônibus aguardando para ir à Universidade (e não, não moro nem no RJ nem em SP). Posso garantir que, muito antes disso, a história te ganha. A gente vê Sarah ir ao fundo do poço, morar lá um tempo e começar a emergir. É uma situação que qualquer pessoa pode enfrentar por motivos parecidos ou absolutamente diferentes. A partir disso, ela precisa superar a dor, a raiva, o luto pelo relacionamento perdido e sonhos desfeitos, se readaptar à família, em especial ao pai, de quem não estava tão próxima desde a morte da mãe, à vida solteira, ao aparecimento de um bicho de estimação… e ao fato de que não é à toa que existe o ditado “cuidado com seus desejos porque eles podem se realizar”. É uma longa jornada, ela pensa que está só, mas isso é passageiro. Assim que ela se conscientizar do ambiente ao seu redor, vai entender uma coisa que a torcida do Liverpool canta antes de todo jogo seja em Anfield Road ou na casa alheia (para quem não conhece, You’ll Never Walk Alone (YNWA) é de arrepiar, tanto que eu tenho essa gravação no meu MP3 pra ser um “lembrol” quando minha mente entra em #maysamode):
When you walk through a storm
Hold your head up high
And don’t be afraid of the dark
At the end of the storm
There’s a golden sky
And the sweet silver song of a lark
Walk on…
Through the rain…
Walk on…
Through the rain
Walk through the wind
And your dreams be tossed and blown…
Walk on… (walk on)
Walk on… (walk on)
With hope (with hope)
In your heart…
And you’ll never walk alone
You’ll never walk alone.
– Outro que estava precisando se lembrar disso era Will Bonner – que de atleta modelo e menino de ouro na época do high school (e que considerava Sarah uma esquisita e, por isso, se tornou vítima da tirinha mordaz que ela desenhava) agora era padrasto solteiro de uma adolescente de 13 anos, Aurora (Susan Wiggs, batizar a garota com o nome de uma das minhas princesas Disney favorita e ainda citar Jasmine foi demais para meu coração. Amo você.). Ou seja, aquela faixa etária onde a menina fofa e linda que ele criou com tanto cuidado e carinho fica mais instável e destrutiva que nitroglicerina. Atualmente chefe dos bombeiros e solteiro mais cobiçado de Glenmuir, precisando superar a própria dor… E responsável indireto por um dos diálogos que me fez ter que engolir uma crise de riso porque estava em público XD
– Já estou me estendendo e daqui a pouco darei detalhes excessivos:
* sobre cenas fofas (calada, ou estraga surpresas)
* personagens altamente identificáveis (pessoas que se sentiam invisíveis na adolescência, levantem a mão o/),
* May e June, tia-avó e avó gêmeas de personalidades opostas, solares e complementares, de Sarah merecem a criação de um fã-clube para elas, incluindo cadastro para adoção de netos e sobrinhos-netos (além de me deixar com saudade da minha avó…)
– Esses são alguns dos motivos pelo qual ler Apenas Respire é algo que faz você seguir o título – parar e respirar além de permitir oxigênio no corpo causa a reflexão sobre se você é o que quer ou o que querem que você seja, se você não está se anulando (e nem adianta dizer que é por amor, porque ainda sou do tipo que acredita que amor de verdade não anula e sim, com todas as dificuldades, incentiva o que há de melhor nas pessoas) e que você pode, como diz YNWA, caminhar de cabeça erguida pela tempestade porque não está sozinha e vai encontrar a felicidade no fim. Nem que não seja o que você pensava ser felicidade. Afinal de contas se Deus/o destino/o acaso/uma força superior desse o que todos querem de mão beijada, não seria tão enriquecedor, né? Por isso, em meio às crises, pegue o exemplar que já deveria estar na sua prateleira, um copo da sua bebida favorita e Apenas Respire (de preferência, imitando a foto da capa).
– Para concluir a minha tietagem explícita, há informações legais sobre Susan Wiggs no Orkut, além das resenhas de livros no LdM. (Perdoe o momento mãe coruja, mas sou obrigada a repetir: por causa de uma delas, sobre Refúgio de Verão, a autora me recomendou no Twitter!!! o/ ). Além disso, vale visitar o site oficial ou se preferir, o link direto para os livros e tem também o site especial da Harlequin.
Bacci!!!
Beta
Olá Beta!
Sabe o que é precisar de um livro?! Eu simplesmente preciso desse! Quero MUITO Apenas Respire!!! Ele está no segundo lugar da minha lista de compras que são prioridades! Mas depois dessa resenha, acho que vou passá-lo para o primeiro lugar. Em breve ele estará na minha estante! 🙂
Bjs!
Olá Beta!
Hoje eu estava em um dia bem ruim, daqueles que a gente pensa não ter fim. Resolvi dar uma passadinha no seu blog e a luz se fez! O resumo do livro me deixou louca para lê-lo e assistir a torcida do Liverpool cantando You'll never walk alone me extasiou, levando embora qualquer tristeza. Muito Obrigada pelas suas postagens e resumos inspiradissímos!
Beijos!
Eu adorei aquela terceira capa ! Eu teria de ter aquela capa em meu exemplar se eu comprasse esse livro. Mas odeio divórcio, principalmente quando ele acontece depois de um marido bastardo desgraçado ordinário tratar sua esposa desse jeito, traindo-a com uma amante vagabunda (porque mulher que presta-se a isso é vagabunda em minha opinião !), depois de ela haver sido seu braço forte por conta de uma doença cruel e debilitante ! Eu adorei esse hino de Liverpool, que é lindo e otimista mesmo ! Além de que descobri mais um ponto em comum com nossa anfitriã: Aurora era e tem sido minha princesa preferida desde minha infância. Eu adorei aquele diálogo bacana com aquele bombeiro (UAU !!!), mas creio que eu não deveria ler esse livro por impossibilidade total de surrar aquele marido bastardo desgraçado ordinário de Sarah até meus braços caírem, descolados de mim !!! ODEIO, ODEIO, ODEIO TRAIÇÃO !!! Isso merece pena de morte !!!