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Cap. 484 – Amor Bandido – Ana Seymour

Confesso que não sei como contar as histórias de bastidores que envolvem este livro sem querer me mudar para um buraco e ficar lá muito tempo. Vou tentar resumir. O primeiro foi uma epifania adolescente, com direito a luz entrando pela janela e um coral de anjos cantando o mais melodioso dos “OOOOOOOOOOOOHHHH!”. O segundo foi um chilique adulto. A cena do encontro do livro no sebo há 15 dias merecia vídeo em slow motion com tema do Vangelis, do filme Carruagem de Fogo – sim, aquele que sempre toca nas corridas em Olimpíadas. Entenderam o tamanho do ridículo? Por isso, vou me limitar a não dar detalhes. Só sabe quem testemunhou o segundo (já que graças a Deus o primeiro não teve platéia). Vamos ao que interessa…

Amor Bandido – Ana Seymour – Clássicos da Literatura Romântica 122
(The bandit’s bride – 1992 – Harlequin)
Personagens: Meg Atherton e Timothy Carson

México, 1915. Ao aceitar o convite para ir ao casamento da amiga de internato no México, Meg Atherton não poderia imaginar que a vida mudaria tão radicalmente. Durante a noite, ela foi seqüestrada por homens rudes e levada para o acampamento do temido Pancho Villa. Pior: e foi dada como presente a um de seus homens, um americano chamado Carson. Ela não tinha a menor intenção de esperar para ver o que aconteceria, ainda mais sabendo que tinha sido seqüestrada por engano! A missão de Carson era perigosa, afinal de contas, nenhum espião infiltrado no bando de Pancho Villa sobrevivera para contar a história. E a responsabilidade pela refém voluntariosa só aumentaria a necessidade de não ser descoberto, pelo bem dele e dela!

Comentários:

– Este livro foi lançado ainda no tempo da finada e de boa memória parceria NC-Harlequin. Como já contei aqui em outros casos semelhantes (que eu carinhosamente chamo de “Baú da Beta”), eu pegava os livros emprestados com a minha prima e uma amiga dela, até começar a comprar os meus. No entanto, nem todos que eu li e queria ter, conseguia encontrar. Até comentei em algum chat das blogueiras neste ano que este Amor Bandido era minha busca eterna: QUERIA MUITO TER ESTE LIVRO. Assim, em garrafais, por conta de algumas lembranças que tinha da leitura dele, quando ainda era uma adolescente muito impressionável, detentora absoluta da coroa e faixa da “Boa Moça Avoada que Mora na Bolha Azul Encantada vendo Desenhos Animados” (sim, outra referência à tal epifania adolescente).

– Meg foi sequestrada pelo bando de Pancho Villa no lugar da amiga Rosa Maria. E não sabia a confusão onde estava se metendo. Afinal de contas, a menina criada em meio aos funcionários da fazenda do pai não tinha tanta frescura como uma dama normal. Por isso, ao invés de sentar e chorar o triste destino, ela tentou fugir, espionar, enfim, nada colaborativa com o homem que devia controlá-la e tentava protegê-la. E quem, óbvio, era bonito demais para não chamar a atenção de uma garota de 19 anos nunca exposta a este tipo de contato tão próximo com um homem, em um ambiente de violência e perigo constante. Sabe aquele estilo de mocinha que você pede para esperar e ela não espera e só piora as coisas? Esta é a Meg. Embora com a vantagem de que ela tem muita personalidade e está pronta para o que der e vier, mesmo quando coloca os pés pelas mãos (ou quando coloca as mãos onde não deve… Ops, falei demais!).

– Carson estava muito encrencado, porque não podia descuidar um segundo da impulsiva garota de cabelos loiro-avermelhados porque ela se metia em encrenca ou se colocava em perigo. Ainda exigiu dele o comportamento de um cavalheiro porque Meg era bonita demais e despertava uma vontade incrível de ter um relacionamento mais profundo com a refém. No entanto, a missão dele era conseguir o máximo de informações sobre o bando de Pancho Villa para o exército norte-americano – quem tentou antes, foi eliminado. Ele estava avançando bastante até o sequestro fracassado e, a partir daí, se viu em meio ao dilema de proteger Meg, não se apaixonar por ela, não ceder à tentação que ela representava, não cometer erros que o denunciassem e tirar ambos com vida desta missão. Talvez se conseguisse tudo isso, pudesse sonhar em ter a vida normal que nunca teve antes…

– Gostei deste livro porque ele era diferente de tudo que eu tinha lido antes – romances históricos que se passavam na Europa, em diferentes épocas, em corte, luxo, intrigas por poder. Aí, como a Meg, eu me vi jogada em um acampamento, com trama inspirada em fatos reais (usando dois personagens reais: Pancho Villa e a esposa principal, Luz), algo totalmente rústico, rude, com uma mocinha que não esperava ser salva, um herói disfarçado de anti-herói e uma jornada repleta de perigo. E tudo isso em uma história bem contada que te prende da primeira à última página. Epifanias adolescentes à parte, por melhor que seja a minha memória em se tratando de livros, não foi à toa que eu nunca me esqueci deste livro e comemorei bastante quando, finalmente, o trouxe para minha casa e minha coleção! (E eu juro que o fato de Carson ser alto, forte, domar cavalos, ter cabelos pretos e olhos azuis não tem nada a ver com isso, porque não lembrava da descrição física dele – por incrível que pareça.)

– Linkitos: Ana Seymour não tem site oficial (pelo menos que eu tenha encontrado), mas você pode ser sobre ela no Fantastic Fiction, neste site Berkley Jove Authors (não o conheço profundamente) e no Historical Romance Writers, que também tem uma página sobre o livro.

Bacci!!!

Beta

5 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Eu não tenho pendor para ler histórias pelas terras mexicanas (culpa de alguns livros que li antigamente, ambientados naquele lugar). Eu amei essa capa, eu amei esse herói, eu amei essa heroína, mas não lerei esse livro. ^^ Mesmo que eu tenha acreditado quando você disse que "… eu juro que o fato de Carson ser alto, forte, domar cavalos, ter cabelos pretos e olhos azuis não tem nada a ver com isso, porque não lembrava da descrição física dele – por incrível que pareça). …" e tal descrição tenha posto água em minha boca. Eu sou complicada para alguns estímulos funcionarem comigo: teria de ser um conjunto e não parcelas. Talvez se Carson fosse um highlander pelas planícies escocesas na primavera … ^^

  2. Aline

    Geralmente não gosto de livros de época que se passam no México ou nos EUA, mas esse realmente me interessou. E no meu caso a culpa é do mocinho, sim! rsrsrs

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