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Cap. 537 – Coragem – Diana Palmer

Ciao!!!

 

Este livro estava fugindo de mim. Isto é fato. Por alguma razão, ele não queria vir parar aqui em casa. Até que uma convergência de propósitos o fez estar no sebo quando passei lá. E a leitura foi antecipada quando vi o primeiro tema da Maratona de Banca 2012: Herói ou vilão, eis a questão. Não tinha jeito. Só podia ser este livro, né?
O que posso antecipar? Bem… ele me deixou sem palavras. Na verdade, de certa forma, ele me deixou assustada. Enfim, vou deixar de enrolar e me explicar melhor já já…

Coragem – Diana Palmer – Rainhas do Romance 54
(Fearless – 2008 – HQN Books)
Personagens: Gloryanne Barnes e Rodrigo Ramirez

Glory era uma sobrevivente e tinha mais um desafio: se manter viva para ajudar a condenar um chefão do tráfico de drogas. Por isso, foi disfarçada como uma trabalhadora numa fazenda em Jacobsville. Ao chegar lá, sentiu algo inexplicável por outro empregado: o misterioso Rodrigo. Ele também tinha uma missão a cumprir, mas se sentia atraído por Glory. O perigo estava ao redor e atrás deles. Em um jogo de aparências, poderia algum sentimento nascer e sobreviver, sem causar mais dor e sofrimento?

Comentários:

– O livro segue a linha dos representantes da lei investigando chefes do narcotráfico – que, com tanto lugar no planeta, resolvem estabelecer bases em Jacobsville – e está diretamente ligado à Forasteiro – (onde, como todo bom coadjuvante da Tia Diana, ele até parece gente – embora, como disse antes, quem nasceu para ser Rodrigo nunca chega a Cash Grier #fato), além de mencionar fatos de O Último Mercenário. Aqui, a gente encontra Rodrigo lambendo as feridas da rejeição de Sarina e trabalhando disfarçado na fazenda Pendleton, à espera do momento de desmascarar o plano dos traficantes. E como o mundo é a gema de um ovo de codorna, é justamente para a fazenda Pendleton que Glory se muda, para ficar escondida do chefão do tráfico – a assistente da promotoria era a principal testemunha no processo conta ele, que pretendia se livrar dela logo, logo.

– Forçados a conviver, Rodrigo e Glory não se entendem – o que era para ser um (charmoso) “achei que te odiava, mas na verdade te amo” virou um “te odeio, te piso, te humilho, sambo na tua cara, danço macarena em cima de você”. Primeiro, um não sabe que o outro não é o que diz ser e, então temos um show de opiniões pré-concebidas, de preconceito e barbaridades. Segundo, os dois se atraem (na falta de um termo melhor para este “sentimento” entre eles) e não conseguem resistir. Terceiro, como disse ali em cima, Rodrigo ainda não deixou o “amor pela Sarina” seguir a luz branca rumo à paz eterna – e Glory vira saco de pancada para as mudanças bruscas de humor e interesse dele. Quarto, alguém tem que escrever para Diana Palmer e explicar que “não queria ter dito” o que disse e “não tivera intenção de ofendê-la” não exime de responsabilidade e nem garante perdão imediato. Afinal de contas, não é incomum que algumas pessoas digam o que pensam de verdade quando não estão querendo dizer – e, palavras uma vez ditas, não voltam atrás (alguém já contou para o povo de Jacobsville a história do travesseiro de penas jogado ao vento?).

– Rodrigo é um típico personagem 100% DP em dose cavalar de concentração. Não contente em beber nas águas do Avassalador, ele nada maratonas aquáticas. Como todo “herói”, ele sabe onde dói mais e não hesita em usar isso nas discussões: agora imagina esse poder de fogo contra uma jovem traumatizada (sempre são, né, dona Diana), deficiente física, com sérios problemas de saúde e (agravante!!!!) que ele pensa ser uma empregada sem cultura? Prepare-se, porque cada discussão é um espetáculo de absurdos. Nem vou repetir aqui para não gastar a paciência de vocês. E Rodrigo é um expert na crueldade – afinal de contas, em nenhum momento, ele se interessou de verdade por ela. Glory era apenas uma leve distração para quem priorizava sempre o próprio umbigo. Olha que ele me surpreendeu: quando achei que havia alcançado o auge, não é que ele conseguiu se superar? Depois, ainda tenta parecer a madalena arrependida e sai com um “amada”. Aham, sei. Muy amada? Tá bom… E a Glory também, vou te contar, mulher instruída e articulada, que custava mostrar que não era esse tapetinho do mármore do inferno… Ah, ela estava fingindo ser uma empregada da fazenda. Aham, desde quando isso habilita alguém a ser pisado? No fim das contas, é um casal que não tem química, não tem pegada, não desperta simpatia. E por que eu fui até o fim? Já já falo mais sobre isso…

– Pausa para falar sobre outras coisas… Como, por exemplo, os coadjuvantes de sempre: os meio-irmãos muito legais (sem ironia) da mocinha-capacho da vez (também se ela tivesse irmãos ruins, seria desgraça além do nível novela mexicana). O terceiro elemento do triângulo amoroso: Kilraven (protagonista de Perigoso), o policial que deve saber de cor o lema dos Bombeiros (seu amigo certo nas horas incertas). Consuelo e o filhote Marco, com quem Rodrigo e Glory convivem na fazenda. A propósito, sempre achei que Cara Dominguez fosse mulher, mas aqui a tradução diz que é homem. Quem surtou: eu ou o tradutor?

– E claro, o dono do meu coração, Cash Grier, lindo, espetáculo, sensato como sempre. O paladino da justiça de Jacobsville aparece em muitas cenas, para um livro que não é dele. Claro que, quando ele surge, ofusca todos em volta e quase, quase me convenceu de que o livro era bom. Mas bastou ele sair de cena e o encantamento passou e as coisas voltam ao normal.

– Retomando o assunto. Para explicar por que fui até o fim, me permitam uma comparação meio sem noção. Tem uma cena de O Senhor dos Anéis: As Duas Torres que me chamou a atenção (e provavelmente a de mais ninguém kkk): quando Aragorn pensa que os hobbits foram mortos e chuta a cabeça de um orc, gritando de raiva. Geralmente, esta cena vem à minha mente quando estou com muita raiva – é o que chamo “ter um momento Aragorn”. O fato é que, ao ler Coragem, atingi um nível de indiferença monstruoso com os personagens da Diana Palmer. Chegou ao ponto de eu pouco me importar com o que aconteceria. Sim, este livro fez com que eu me sentisse uma insensível. Nem quis gastar nem meio momento Aragorn com ele. Ou a Diana Palmer abandona esta toada ou serei obrigada a colocá-la na prateleira das autoras que leio com o devido espaçamento homeopático para evitar estresse e pensamentos negativos da minha parte… Confesso que estou com medo de escolher o próximo livro, meu inconsciente diz que nada pode ser pior que Coragem, mas meu consciente lembra que eu achei o mesmo de Avassalador e deu no que deu…

– Como eu desisti de tentar botar ordem na série enorme criada pela Diana Palmer, recomendo ir ao Romantic Girl, onde está tudo bem explicadinho! Também, para quem ainda não leu, vale dar uma olhada no post da Lidy sobre Diana Palmer. Para ler o que já tem no Literatura de Mulherzinha sobre os demais livros relacionados a Coragem, você pode ir na série Homens do Texas, Mercenários/Soldados da Fortuna e Dicas para entender Diana Palmer. Pra completar, há a página do livro no Fantastic Fiction. E a Dona Diana tem site oficial.

Bacci!!!

Beta

ps.: Nesta semana, participei do Livrólogos (Rosana, obrigada pelo convite!!!!) com uma resenha sobre a relação amor/ódio com Diana Palmer. Visitem!!!
ps.: Diana Palmer ainda fez uma menção ao futebol e ao zagueiro mexicano Rafa Márquez.

 Mas nem assim Coragem desce goela abaixo. #prontofalei

21 Comentários

  1. Barbara Santiago

    Virgem santa, me socorra!
    Como assim, pior que Avassalador? Existe algo assim além de Amélia???
    Valei-me!!!!
    Mas fazer o que, agora eu tenho que ler!!
    Porque eu preciso da minha dose mensal de xingar a Diana-Louca-Palmer! hihihihihihi

  2. renanthesecond2

    Beta, ao menos você não pode reclamar de não ter sido avisada… Ao menos nos livros posteriores a "Coragem", ela criou mocinhos razoavelmente decentes, principalmente Harley Fowler (embora Jason Pendleton, de "Sem coração", e Mallory Kirk, de "Wyoming Tough, tenham cometido umas mancadinhas), em "O rebelde". Eu tinha medo exatamente de que sua reação quando leu o livro fosse essa que vi na crítica, mas por favor não desista de Diana Palmer!

    Renan

  3. Lidy

    "Quem surtou: eu ou o tradutor?"
    O tradutor. 😀

    Bem, eu não vou dizer isso… ah, vou sim, pra quem eu tô mentindo? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu te avisei. Pronto, falei. Sinceramente, eu duvidava que a Diana Palmer pudesse escrever coisa pior que Desejo Proibido, Adeus ao Amor ou Impetuoso Coração. PArece que ela escreveu Coragem pensando "eu vou provar que posso sim!" *risada de Rainha Bruxa Má da Disney* affff

    Beta, valeu pelo link! kkkkkkkkkkkk

  4. Marla Almeida

    Rodrigo Ramirez, já fazia parte da minha lista negra de mocinhos /vilões da DP , e depois de ler sua resenha, acredito que ele não sairá dela nunca mais.
    *bye*

  5. Andrea Jaguaribe

    Viu, só, Beta? que sujeitinho medonho!

    Realmente, ele não mereceria nem um momento Aragorn, mas esse Rodrigão, ogro, jumento, cavalo, sei lá, qualquer equino que escoiceie merecia uma surra de vara de marmelo verde prá dizer o mínimo!

    Em minha opinião esse é o maior mocinho-vilão de todos os tempos! Sua grosseria, egoísmo, preconceito, "nonsense", estupidez e agressividade não tem limites! O cara é o pior do pior mocinho que eu já vi até hoje e ainda por cima usa um bigodão asqueroso!!!!!!!!! ECAAAAA!!!!! Tudo errado na criatura…

    E a mocinha, então? Sem comentários…

    Já sei que as admiradoras do "macho man" vão me condenar, mas o que é de gosto regala a vida, já dizia a vovó. Portanto, podem ficar com ele e suas patadas supersônicas que eu fico com o Dutch van Meer, com o Keegan Taber, com o Micah Steele e outros exemplares do sexo masculinos criados pela Tia Diana que por um milagre sabem como tratar uma mulher sem jogar na parede nem chamar de lagartixa!

    Beijos e parabéns! Ri demais com a sua resenha e me senti vingada! Ah, e o Renan tem razão: não desiste da Tia Diana, não. De vez em quando ela tem uns surtos e cria uns mocinhos bem legais!

  6. Anônimo

    Oi Beta, adorei a sua resenha e realmente o Rodrigo é um idiota, mas acho a Glory mais idiota ainda.

    Tenho que te agradecer porque peguei muitas dicas suas para a maratona deste ano.

  7. Suelen Mattos

    kkkkkkkkkkkkk
    Ri muuuuuito com sua resenha! E apesar do Rodrigão ser um ogro-cavalo-jumento-do-caramba, eu adoreeei o livro. Sério mesmo, está entre os meus favoritos, kkkkkkkkk

    Ah, em relação a Cara, quem pirou foi o tradutor 😉

    E não desiste da titia Palmeirão não. Em junho ela lançará o livro do Grange, "Courageous", e ela mesma falou que esse é o melhor livro que ela já escreveu. Pra quem escreveu livros como Renegado e Lorde do Deserto, por exemplo, é algo a ser (muito) esperado!!!!

    =)

  8. ninhacardoso

    Bom, eu sou fã total da DP, já li esse livro e devo dizer que amei o romance, apesar de muitas vezes ele merecer um super tapa na cara e um belo chute nas partes sensíveis…
    ela tb tem horas que é de dar raiva, mas tudo bem, eu acho que o casal combina e foi bom ler o romance, vale a pena.
    Beijos
    Ca
    http://mromances.blogspot.com

  9. Cris Paiva

    Nossa, nunca xinguei tanto um livro quanto esse.
    Agora fica a lição, quando um livro estiver fugindo de você deixa ele quieto. Deve ser uma mensagem divina falando que a coisa é uma bomba! Kkkkkk

  10. k-rol

    boa noite!
    eu acabei de ler "forasteiro", e também não faz muito tempo que li avassalador e ♥ de aço esses mocinhos para mim é o cúmulo! mas o que eu não entendo é pq mocinhos que nas histórias alheias tão bonzinhos qndo tem uma chance de ter 200 e tantas páginas só para eles, eles inventam de ser tão cretinos!
    sinceramente? eu não sei quem é mais masoquista as mocinhas que estão concorrendo a mais nova mártir do eu não sei nem o que ou agnte que fica louca qndo aparece mais um livro da DP!

  11. Sil de Polaris

    Tem muitos cavalos magníficos correndo livremente em sua beleza selvagem por todo lado nessas capas, mas não serei seduzida pelo trabalho dessa mulher mesmo assim !!! Inclusive porque vocês dizem que ela não escreve uma revanche feminina que preste !!!

  12. Andrea Jaguaribe

    Ah, Sil, não é bem assim. Mudei de opinião quanto a revanche feminina com o livro Romance Impossível, da mesma Tia Diana Palmer (surtada, acho eu…)

    A mocinha dá uma lição na criatura que ousou atravessar de mau jeito o caminho dela e ainda tira umas casquinhas de outro gostosão da cidade sem culpa! kkkk Esperta, ela!

    O bichinho sooofreee!!! Adorei!!!!

    Essa revanche vale a pena. No mais, confordo com você, vamos respeitar a natureza selvagem e deixar os cavalos em paz! kkkkk

    Beijos,

  13. Sil de Polaris

    Ah, eu não sei se terei vontade de ler "Romance Impossível" de tanto que eu fugia de Diana Palmer inconscientemente e de tanto que vocês ferviam de raiva com ela e suas mocinhas que esqueciam de ter seus momentos de amazona (elas sequer entravam em TPM algum dia !). Já pensou se essa mulher escrevesse um romance medieval, Andrea ?! CÁSPITA !!! Como essa mocinha de ego nulo sofreria pela câmara de tortura e pela masmorra !!!

  14. Karol (Blog Miss Carbono)

    Meu primeiro livro da maratona também foi da Diana Palmer xD
    Mas, no meu caso, o mocinho não tem quase nada de ogro, nem parece livro dessa autora o_O

    Acho que tenho esse 'Coragem' em casa, vou passar longe, principalmente agora que resolvi dar uma chance para Diana Palmer em minhas leituras. o/

    teh mais

  15. Andrea Jaguaribe

    Sil,

    Se Tia Diana escrevesse romance medieval as mocinhas teriam padecido nas masmorras, torres e outras prisões e isolamentos antes dos ogros terem consciência de alguma coisa…

    Mas dê uma chance a Romance Impossível. Sinceramente, é o único que eu me atrevo a recomendar sem susto. Qualquer outro que eu tenha tido o impulso masoquista de ler é passar raiva na certa, com a mistura de mocinho ogro com mocinha tonta e sem noção.

    A não ser que você queira passar raiva ao contrário: mocinho maravilhoso e mocinha imbecil e sem noção que merecia uma surra: é o Febre de Paixão. Nele, os únicos defeitos do Rourke Kilpatrick são fumar uns charutos fedorentos e gostar da mocinha idiota, imbecil, asna, mula, argh!!!!

    No mais, o cara, sem fumaça, é o sujeito dos sonhos de qualquer moça que se preze! mas essa é outra história!

    Mas leia Coragem, se tiver coragem, para poder comentar o "Rodrigão Horse Show" com agente! kkkk

    Beijos!

  16. Milaresendes

    Olá, olha confesso que fiquei um tanto quanto "desorientada", mas acho que entendi que não gostou do livro…
    Diana Palmer não é uma das minhas escritoras preferidas, e não li esse livro ainda…
    De qualquer forma foi legal!
    Bjkas
    Mila

  17. Sil de Polaris

    Fumaça de charuto fedorento por todo lado ?! Rourke não poderia ser viciado em uma taça de vinho tinto à noite ?! Essa imbecil rematada dessa Diana Palmer cria personagens masculinos de sonho para sujeitá-los a morrer de câncer de pulmão em um futuro próximo ?! Que desgraçada !!! Bem, eu li "Audácia", de Candace Camp, sugerida por vocês, Máfia de Romance, onde você, Andrea, está inclusa. Gostei ! Então talvez eu dê uma colher de chá para Diana Palmer com "Romance Impossível". Mas uma colher de chá de carqueja, amargo como pão diabólico, para resguardar minha segurança emocional porque essa mulher é sádica com seus personagens !!!

  18. Andrea Jaguaribe

    Oi, Sil!

    Estou rolando de rir!!!!

    Realmente, o charuto fedorenteo foi o fim, estragou a criatura! Cada vez mais tenho certeza de que a Tia Diana tem um quê bipolar: quando elo consegue bolar uma criatura do bem dá logo uma escorregadela… Vai entender…

    Ainda bem que você gostou do Audácia, Tia Candace não decepciona e é uma honra fazer parte dessa "cosa nostra"!

    Coloca uma erva-doce nessa carqueja, porque Romance Impossível vale a pena!

    Quanto ao Febre de Paixão, abstraia do fumacê porque o bofe vale a pena e prepare um estoque de porretes para espancar a mocinha e não diga que não avisei! kkkkk

    Beijos!

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