Ciao!!!
Pois é, olha outro guilty pleasure aqui! Há muito tempo, li alguma história que se passava na Holanda, mas não coloquei no Literatura de Mulherzinha (já está na lista das revisões). Isso serviu de inspiração para comprar este livro.
O fantasma de Amsterdã – Karen van der Zee – Julia 212
(Waiting – 1982 – Mills & Boon)
Personagens: Andrea ten Cate e Alexander “Lex” Vermeer
Andrea é uma jovem viúva que mora em um porão em Amsterdan. Até o dia em que se assustou ao encontrar um homem em sua casa. Após checar, confirmou que ele era o primo da amiga com quem dividia a moradia – que se esqueceu de avisar da chegada dele. As semelhanças os atraíram: ambos tentavam se recuperar de tragédias, estavam meio perdidos. O encontro poderia libertá-los de si mesmos, desde que tivessem coragem para arriscar.
Comentários:
– É um livro sobre recomeço. Andrea se casou cedo, perdeu o marido de uma forma trágica e se refugiou na própria dor em um simulacro de recuperação. Embora a família tente, ela havia encontrado motivo para romper esse círculo vicioso. Até o dia em que topou com um estranho dentro de casa. Um estranho bonito, do qual não sabia nada. Primeiro houve o estranhamento, eles pouco se viam. Depois passaram a conviver e descobrir mais que as aparências um do outro. Andrea viu a própria dor refletida em Lex e foi a partir disso que se motivou a ajudá-lo – e por consequência, se ajudar. Claro que não vai ser a moleza fenomenal que a gente vê em muitos filmes por aí. Quem já sofreu de dor de amor – em especial, da perda de um amor – sabe que não existe mágica. Existe tempo. E vontade de seguir em frente.
– Lex também enfrenta a dor de perder alguém que amava. E o fato de as escolhas profissionais – ele trabalhava como médico na Bolívia, atendendo a comunidades carentes – o obrigarem a alguns sacrifícios importantes. Crise de consciência agravada pela culpa. É o encontro de dois personagens vulneráveis em um processo de cura e amor, permeado por inseguranças, dúvidas e algum sofrimento (sim, felicidade só cai do céu em filme da Disney e em final de comédias românticas). E também temos o tempo passando, o que se revela importante, para mostrar que nada acontece de graça e em um passe de mágica.
– Este livro destoa dos outros Florzinhas que li por não ter um personagem masculino machão e onipotente, daqueles que me fazem ter vontade de invadir o livro no melhor estilo Chuck Norris em busca de vingança. Você acaba envolvida no clima e torce profundamente pelo casal, para que eles voltem a experimentar, juntos, uma nova faceta da felicidade que um dia tiveram.
– Links: uma entrevista com a autora; e as páginas do fantastic fiction para a autora e para o livro.
Bacci!!!
Beta
Oi Beta!
Eu realmente sinto falta dessa profundidade em algumas histórias atuais.
O recomeçar é sempre um tema rico e envolvente.
Confesso que amei a resenha.
bjos
Mara
Um romance com um tom de tragédia tem cem por cento de certeza de cativar em dia de fúria e de vingança, quando um leitor procura por sua satisfação muito íntima.