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Cap. 685 – Morte Súbita – J.K. Rowling (Maratona Feliz Desaniversário)

Ciao!!! 



Antes de falar o que achei
do livro escolhido para a
Maratona Feliz Desaniversário no Abril Imperdível,
tenho que contar uma história. Estava com #madrehooligan em uma farmácia,
esperando o atendimento quando vi uma adolescente olhando para o livro na minha
mão (sim, em um ato de coragem e confiança na minha coluna vertebral fiquei
carregando o livro comigo para ver se conseguia ler logo). O olhar que trocamos
foi de reconhecimento. Sabe aquela coisa de “fazemos parte da mesma
fraternidade”? Pois é, duas fãs de Harry Potter se identificam em qualquer lugar
kkk 
O mérito disso é da autora, tão diva, que claro que tinha que aparecer aqui nesta semana! 
Mas Harry Potter é apenas um
ponto de partida… A história aqui é outra!
Morte
Súbita – J.K. Rowling – Nova Fronteira
(The Casual Vacancy – 2012)
Personagens: moradores de
Pagford, Fields e Yarvil
A morte súbita e precoce de
Barry Fairbrother desencadeia uma série de eventos em uma pequena comunidade do
interior da Inglaterra. A aparência de tranquilidade e perfeição esconde uma
série de jogos por status, poder, ganância e ambição, que começam a borbulhar a
partir da disputa pela vaga no Conselho Local. Temos grupos com interesses
diversos, desde a corrupção, o preconceito, a vontade de ser a realeza em meio
à gente comum, dispostos a todo tipo de estratégia para vencer a briga.  Mas será que haverá vencedor?
Comentários:
– Ganhei o livro de presente
de Natal. Demorei a começar a ler por causa do Mestrado. Depois estava sem
tempo para engrenar. E o início me remeteu a quando comecei a ler Harry Potter
e a Pedra Filosofal: tive uma sensação de “não estou entendendo porque tanto
bafafá sobre este livro”. Certo tempo depois: “J.K. ROWLING, EU TE ODEIO, NÃO
TENHO TEMPO E QUERO SABER LOGO O QUE ACONTECE!
” Do nada, sério, do nada, não
tem um fato que dá o click, o fato é que você está lá dentro doida pra
descobrir o que vai acontecer!
– O livro me remeteu a uns
que eu li da Agatha Christie, em especial, os que Miss Marple é a protagonista
que sempre soluciona o caso fazendo comparações com os vizinhos de uma cidade
do interior. Achei que seria uma história de crime misterioso envolvendo vários
personagens, aí me manquei que não. Um fato imprevisto – a morte prematura de
um homem que era integrante do conselho da comunidade onde vivia – é o motivo
para que a gente conheça e observe as pessoas que eram aliadas de Barry,
inimigas dele ou que, de alguma maneira, seriam afetadas pela ausência dele. E
JK nos brinda com detalhada análise sobre o que eles mostravam nas aparências e
o que estava por baixo da fachada impecável e social, que estava longe de ser
bonito, brilhante e impecável. E como há gente que consegue ser monstruosa
quando ninguém está vendo…
– Ou seja, é algo que
acontece lá na Inglaterra, mas acontece na sua família, na Igreja que você
frequenta, na empresa onde você trabalha, e na maioria das vezes você nem fica
sabendo. Gente, é incrível como JK sabe detalhar a hipocrisia das pessoas muito
bem – o pior é você saber que gente como algumas pessoas que ela cita no livro
existem por aí. Gente preocupada com status, em ter poder de determinar a
rotina de um grupo de pessoas, em estabelecer os padrões a serem seguidos e
também quem era aceitável ou não.  Como
parte da trama se passa em uma escola, acompanhamos um grupo de adolescentes
que não saíram de seriados televisivos ou do Disney Channel. Há momentos em que
você tem pena e vontade de apoiá-los. Há outros em que eles são irritantes, dá
vontade de você chamar e dar uma noção de realidade – mas tanto no livro quanto
fora dele, podemos ficar tranquilos: a vida sempre se encarrega disso (e, na
maioria das vezes, não é gentil na lição). De uma forma geral, a autora fez o seguinte: você começa a simpatizar por alguém e, logo em seguida, recebe uma informação que acaba com a simpatia. Ou então, você se antipatiza com alguém e recebe a informação que vai ampliar a antipatia… Não tem fofura aqui. 
– Desculpa se não dei tantos
detalhes, porque não é um livro simples de explicar. Temos muitos personagens
(se você leu a série anterior dela, sabe que isso é normal), em uma trama muito
detalhada e longa (se você já a leu antes, sabe o quanto ela é prolixa – e eu
não reclamo disso, porque nasci sem o aplicativo de síntese kkk) onde, não
parece, mas acontecem interligações e uma morte desencadeia uma série de
eventos. Não tem nada a ver com o que ela escreveu antes, o que é ótimo.
Permite que ela desenvolva outras linhas de raciocínio e que a gente se divirta
com isso. Neste caso, ela entregou uma trama onde há status, aparências,
desesperança, medo, solidão, onde as pessoas se esforçam para mostrar o seu
melhor, mas é justamente o seu pior que fazem as coisas acontecerem. Enfim,
vale a pena ler – porque para encontrar esse mundo que a autora descreve, como
disse antes, basta simplesmente estar vivo…

Links:
Goodreads;
site oficial da autora. Em
Português, Viagem Literária;
Nanie’s World;
Potterish.
E ainda matérias sobre o livro no G1 e no site da Saraiva
.
Arrivederci!!!
Beta

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