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Cap. 1062 – Lições do desejo – Madeline Hunter (Os Rothwells 2)

Ciao!!!

Este livro causou uma
confusão danada nos meus sentimentos como leitora. Fiquei incomodada com
algumas escolhas da protagonista, por isso não foi uma leitura tão divertida
para mim.
Preparem-se para momento
blogueira-em-modo-chatinho-enjoadinho-etc.
Lições
do desejo – Madeline Hunter – Arqueiro (Os Rothwells 2)
(Lessons of desire – 2007 –
Bantam Books)
Personagens: Phaedra Blair e
Elliot Rothwell
Elliot
era o caçula dos Rothwell, o acadêmico e o que passara muito tempo com a mãe. E
justamente para não reavivar fofocas sobre o casamento dos pais, ele foi
incumbido pelo irmão mais velho, Christian, de descobrir o responsável por uma
biografia repleta de comentários sobre indiscrições de várias pessoas da
política e aristocracia inglesa. O problema era que a herdeira, filha e editora
do autor do livro era a incomum e independente, Phaedra Blair. Ela não
aceitaria suborno nem pressão. Só tiraria do manuscrito do pai aquilo que fosse
comprovadamente mentira. Apesar do choque de opiniões ao modo de vida, alguns
desdobramentos vão “atar” os dois muito mais do que poderiam prever.
Comentários:

Eu disse: ajoelhem-se! Assim não é mais simples. Não é este o estado
natural de vocês? A verdade não dita da humanidade é que ela anseia por
submissão. O brilhante fascínio da liberdade diminui sua alegria de viver, numa
confusão louca por poder, por identidade. A humanidade foi feita para ser dominada.
No final, sempre se ajoelharão
“.
(Discurso do Loki, em um momento diva-vou-dominar
Midgard em Stuttgart em The Avengers)
– Esta
foi uma das vantagens deste livro. Ao longo da leitura, despertou a memória
afetiva do discurso do meu príncipe traumatizado, megalomaníaco e sociopata favorito
da Marvel (sim, no áudio original em Inglês – meu fanatismo já passou deste
nível há muito tempo). É o melhor resumo para esta história complicada de duas
personalidades fortes, inteligentes e determinadas a manter o seu ponto de vista
e modo de vida.

Confesso que, a princípio, não vi amor de um pelo outro. Vi desejo de ambos. Mais
tarde, percebi a paixão nele. E até o final do livro fiquei pouco convencida
porque na ficção e na vida real, a gente sabe que nem sempre química, ousadia e
alegria entre quatro paredes garante felicidade nas outras áreas do
relacionamento. Também me irritou a forma tão pouco inteligente como Phaedra usava
as lições que aprendeu com a mãe, a visionária, intelectual e defensora do amor
livre, Artemis Blair. Acredito que é uma demonstração de inteligência não se
colocar em risco, nem comprar brigas desnecessárias. O modo como Phaedra vivia
a transformava em uma vidraça ambulante, praticamente uma Geni na sociedade
hipócrita que ela vivia (e que atualmente diz que mudou na teoria, mas na
prática ainda é extremamente fechada).
– A
viagem a Nápoles tinha um propósito investigativo para Phaedra. Ela queria
apurar informações sobre um possível amante da mãe, o último, que teria causado
uma desilusão que pode tê-la levado à morte. E foi justamente longe de casa,
onde era considerada excêntrica e estranha, que ela se meteu em confusão. Sério
que uma mente brilhante (que aliás é o significado do nome dela)
acha que vai chegar e com argumentos lógicos convencer os homens que mandavam
em um sistema patriarcal e machista? Ah, jura? Ela termina “salva sob protesto
porque não dependia de um homem para validar seu direito de existir, ir e vir”
por Elliot. Nos desdobramentos da viagem, o que ela faz? Arruma outra encrenca e
as consequências – que batem de frente com tudo que ela aprendeu e prega – a desagradam
profundamente. Porque a mantém sob a guarda – sob o “poder”, como ela enxerga –
de um homem. Elliot. E por mais que ela o desejasse, porque ele era bonito e
culto, logo se revelaria como todos os integrantes da espécie masculina: se
cedesse, ele a consideraria mais uma de suas posses, para dispor como bem
entendesse.

Elliot tinha sido testemunha do que o amor foi capaz de fazer com os pais, que
viveram separados justamente por causa dos efeitos deste sentimento. Ao contrário
dos irmãos mais velhos, que permaneceram com o frio e inflexível marquês, ele
conviveu mais com a mãe. Ele queria evitar que uma insinuação que constava nas memórias
do pai de Phaedra reacendesse fofocas sobre o casamento dos pais, para poupar o
sofrimento dele e dos irmãos diante de questionamentos que não poderiam ser
esclarecidos já que o pai e a mãe estavam mortos. Mas sem comprovar que o
trecho era mentira, Phaedra não consentiria na retirada.

Então, temos Phaedra querendo saber sobre a mãe; Elliot agindo em nome dele e
dos irmãos para preservar o conturbado casamento dos pais; os dois se sentindo
e aproveitando a grande atração entre eles; Phaedra querendo que ele aceite o
amor livre e, ao mesmo tempo, não confia que ele seria capaz de respeitá-la;
Elliot querendo que ela entendesse que a liberdade poderia ser experimentada de
outras formas, não apenas como aprendeu desde criança.
– Apesar
da dinâmica interessante e do real afeto entre os irmãos (algo extensivo à
Alexia, que entrou para a família no primeiro livro) e das evidências de como o
casamento dos pais criou um hábito de isolamento mental nos três, este livro
não foi uma leitura que me agradou. Sinceramente, achei arrastado o circulo
vicioso “temos tesão um pelo outro-mas nossos modos de vida são
conflitantes-não vou mudar por você-não confio que você me respeite como
sou-mas não consigo resistir à atração-vamos desfrutar da amizade sem
compromissos-bla bla bla”, fiquei estressada com as imprudências de Phaedra (Sério:
murro em ponta de faca não é inteligente. Há outras estratégias possíveis, que
dispensam confusões inúteis e desgastantes) e o fato de cada qual estar
submisso a uma falsa liberdade vendida pela forma como vive. Ou seja, Loki, o revoltado
e chateado príncipe de Asgard que quer um trono, foi direto ao ponto no ataque
a Stuttgart. E ele nem leu o livro.
Vamos
ver se a série melhora no próximo livro com a redenção de Rosalyn Longworth
após as desgraças que atingiram a família dela na primeira trama. E ainda aguardo mais sobre Christian.
Série Os Rothwells
1. As regras da sedução – The rules of seduction Alexia
Welbourne e Hayden Rothwell
2.
Lições do desejo –
Lessons of desire – Phaedra Blair e Elliot Rothwell
3. Jogos do prazerSecrets of surrenderRoselyn Longworth e Kyle Bradwell
4. Segredos de um pecadorThe sins ofLord Easterbrook – Leona Montgomery e Christian Rothwell, marquês de Easterbrook
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ah, eu não gosto de atitudes que possam ser descritas como feministas ou machistas, que foi tudo o que vi nesses personagens mencionados, a exceção de seu herói. Uma estupidez repetir e repetir que "não precisa ser salva por um homem" quando foi isso mesmo que precisou acontecer graças a imprudência de sua heroína ! Eu fiquei estressada com essa postagem graças a essa heroína covarde e mesquinha !!!

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