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Cap. 1136 – Magnus Chase e os deuses de Asgard: A espada do verão – Rick Riordan

Ciao!!!


Oi, Rick Riordan!
Amigas de confiança sempre
me falaram bem de você, mas nossos caminhos ainda não tinham se cruzado. Até que
você lançou este livro. Aí meu aniversário me levou à uma farra consumista na
livraria – cortesia da minha prima – e você veio aqui para casa.
E posso antecipar: você fará
este caminho mais vezes.
Beijos.
Magnus
Chase e os deuses de Asgard: A espada do verão – Rick Riordan – Intrínseca
(The sword of Summer – 2015)
Personagens: a corrida de Magnus
Chase para evitar o Ragnarök
Magnus Chase vivia nas ruas
de Boston desde que ficou órfão. Até que descobre que parentes o estavam
procurando. E justamente no dia do 16º aniversário, ele morreu em uma luta com um
lorde de um mito nórdico. Considerado herói de valor, foi levado por uma Valquíria
para Valhala. Se você está achando muita loucura, imagine só quando ele
descobre que é o ponto principal de uma profecia sobre um gesto que pode
desencadear o Juízo Final em menos de uma semana. Pois é, a encrenca estava só
começando.
Comentários:
– Nem virei com a
lenga-lenga de “por que nunca li Rick Riordan antes?”. Meu destino pós-Harry
Potter me levou a outras jornadas. Até que ouvi falar da nova série dele e
percebi duas coisas: “ei, o garoto é a cara do Kurt Cobain” (uai, gente, posso
não ser expert, mas conheço músicas dele) e, como vocês me conhecem, “está
escrito ASGARD ali?”. E como cresci com a mitologia greco-romana ao alcance de
uma enciclopédia, não tenho tanta intimidade com a mitologia nórdica além das
versões apresentadas em Cavaleiros do Zodíaco (a saga de Asgard tem imagens
lindas. E Shiryu sangrando. Normal) e nos filmes da Marvel (preciso dizer alguma coisa?). Então, lá estava eu pouco depois do meu
aniversário, divando com um vale-presente na livraria. Depois de revirar todos
os cantos e estar com três livros na mão a caminho da vendedora, dei meia volta
e fui atrás do novo Rick Riordan. Estava na hora da gente se conhecer, né? Claro
que estourei o limite do presente. Mas valeu a pena!
– Li este livro em dois dias
(se estivesse de férias ou folga, teria sido em horas – e não, não
é exagero). Amei o humor – mesmo nos piores momentos vividos pelos personagens,
não fica forçado. A história não roda, não encalha, ela avança e não para. Rick
Riordan poderia dar tutorial para algumas colegas escritoras sobre como oferecer
uma leitura que flui e transformar todas as informações em algo útil para o
desenvolvimento da trama e do personagem. O Magnus Chase que encontramos na primeira
página estará bem diferente quando nos despedimos dele já se perguntando quando
sairá o próximo livro (ou se você estiver em modo leitora compulsiva escorpiana:
“Cadê? Por que ainda não foi lançado?”).  
Magnus Chase (pausa para o chilique: ele é canhoto *.*) sempre
desconfiou que havia algo diferente com ele, só não conseguiria imaginar o
tamanho da encrenca. E nem que teria que morrer para as peças do quebra-cabeça
da própria vida dele começarem a aparecer e ele ter que montar enquanto estava
envolvido em um problema ainda maior. (Não estou dando spoiler. Ele conta parte
disso na primeira frase). Morando nas ruas desde a morte da mãe, que se sacrificou
para que ele fugisse, Magnus se assustou ao perceber que era procurado por dois
tios e uma prima (sim, sei quem ela é – mas ainda preciso ler os livros onde está para saber mais sobre ela,
ok?). No reencontro com tio Randolph, não conseguiu entender nada só que devia
ser protegido para não ser morto no dia do aniversário.
 

“Escolhido por engano, não era a sua hora 

Um herói que, em Valhala, não pode permanecer agora 

Em nove dias o sol irá para o leste 

Antes que a Espada de Verão a fera liberte”


– Então ele se vê invocando
uma espada para usar em uma batalha contra um ser que controla o fogo numa
ponte de Boston. E morre para salvar os outros e acorda em Valhala, Hotel
Valhala para ser mais exata. Nem dá tempo direito de absorver o que é o lugar
ou entender como e o motivo que o levou até lá. Uma profecia vai novamente
mudar os rumos de Magnus Chase e colocá-lo em uma corrida contra o tempo, com
aliados improváveis, em busca da espada que pode desencadear ou atrasar o
Ragnarök, o Juízo Final. Para isso, usando Boston como referência e ponto de
partida, viaja pelos nove mundos. Aliás, a forma como o autor usa a cidade é
intrigante e instigante – coisa que é resultado de uma pesquisa profunda e bem
usada. Aposto que deve ter gente passeando por lá, caçando as referências e as
relações. É o que eu faria se algum dia a visitasse.
– E é desta forma que Magnus
vai descobrindo mais sobre suas origens, entendendo as atitudes da mãe que, de
certa forma, o preparou contando vários mitos nórdicos. Com o apoio de um grupo
de “azarões” (cada um possui características específicas que os levam a ser
depreciados ou subestimados pelos outros), o anão Blitzen, o elfo Hearthstone, a
ex-valquíria Samirah Al-Abbas (amei Sam, sou totalmente tiete dela), parte em uma
jornada onde vão superar seus limites, usar suas inteligências e habilidades porque
cada erro pode mesmo ser fatal. E que para conseguir o que quer, precisa se
envolver com outras criaturas – incluindo aí, gigantes e deuses – que também possuem
seus próprios interesses e não hesitam em usar Magnus e os amigos para
conseguir o que querem sem se colocar em risco. E ainda tendo a possibilidade
de contar (?) com os conselhos e dicas de nada mais nada menos que Loki, o deus
da trapaça, que está realmente interessado no desfecho da jornada do rapaz.
– Nem preciso dizer que me
deu vontade de sair correndo atrás de um livro sobre Mitologia Nórdica e ler já
(já passou da hora, né?). O autor tem domínio sobre os
personagens e apresenta os deuses de uma maneira que a gente consegue
imaginá-los – inclusive de formas diferentes ao que já foi mostrado em outros
lugares (claro que recorri às minhas referências em CdZ e Marvel, né? Cada um
usa o que tem). Gente, o que é o Thor? E a Freya cercada de gatos? Queria ter
visto um pouco mais sobre Heimdall. Ah, sim, você vai ter uma ideia
literalmente da expressão “ficar de bode” depois de conhecer Otis.
– E não importa se é filme,
livro ou sei lá o que, uma coisa se mantém: charmoso, persuasivo, inteligente, magnético,
afiado e nada digno de confiança, Loki rouba a cena (ainda mais porque tive
crise de risos ao ver que compartilho um gosto muito específico com ele – e não
é o Red Sox).

Site da imagem
Claro que, mesmo com a descrição do autor, minha mente decidiu sozinha fazer algumas ligações e após uma pesquisa – que incluiu o imparcial e democrático reino do
Twitter – vi que não estava só na minha percepção.
(Ah, a propósito, feliz aniversário Tom Hiddleston, tudo de muito bom para você!!!).

– Enfim, divertido demais,
bom demais, empolgante, bem escrito. Estou esperando pelo próximo – ainda mais
pelo gancho das duas cenas finais. Vou tentar não demorar tanto para ler.

Série
Magnus Chase e os Deuses de Asgard
1.
A espada do verão – The Sword of Summer 
2.
O martelo de Thor – The hammer of Thor
Arrivederci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ah, mas que premissa interessantíssima: ter de morrer para poder cumprir uma profecia após viver sozinho miseravelmente por anos a fios pelas ruas de uma cidade cruel. Esse autor não tem dó de seu personagem principal, principalmente por colocá-lo em um ambiente regido pela mitologia nórdica, que é bastante severa inclusive para com seus deuses e seus semi-deuses pelo pouco conhecimento que tenho a respeito. UAU !!!

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