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Cap. 1150 – Corte de Espinhos e Rosas – Sarah J. Maas

Ciao!!!


A
Sarah J. Maas consegue me capturar para o mundo dela. E me fazer lamentar cada
vez que tenho que deixá-lo para realizar atividades da “vida real”.
Confesso
que comemorei quando consegui o livro. Fiz questão de saber pouco sobre a
trama. Queria me surpreender com a nova série que ela iniciou neste livro. E
deu certo, deu MUITO certo.

*** Antes que eu me esqueça, a capa da edição brasileira feita pela Galera Record é maravilhosa ***

Corte de Espinhos e Rosas – Sarah J.
Maas – Galera Record (Corte de Espinhos e Rosas #1)
(A
Court of Thorns and Roses – 2015)
Personagens:
Feyre e Tamlin, o Grão-Senhor da Corte Primaveril
Obrigada
a caçar para alimentar as irmãs mais velhas e o pai aleijado, Feyre entrou na
floresta e matou um lobo que pretendia atacar a corça que ela cobiçava. Para
total surpresa dela, um feérico a procurou na aldeia onde morava cobrando a
vida dela pela morte que ela provocou. Por causa da dívida, ela foi morar com
ele em um castelo estranho, cercado de rosas, na Corte Primaveril. No entanto,
algo muito estranho está acontecendo nos reinos feéricos e uma jovem garota
humana poderia contribuir para um novo capítulo desta trama.
Comentários:

Tale as old as time
True as it can be 
Barely even friends
Then somebody bends 
Unexpectedly


Just a little change
Small to say the least
Both a little scared 
Neither one prepared

Beauty and the Beast


Uma garota presa a uma promessa. Esta era Feyre, que prometeu à mãe que
cuidaria das irmãs e do pai, que tinha perdido a fortuna em dívidas e jogado a
família no ostracismo na sociedade da aldeia onde viviam. Por isso, a caçula se
embrenhava na floresta escura todas as noites, em busca de qualquer animal que
pudesse alimentar a todos, as irmãs mais velhas que não a entendiam e o pai,
aleijado pelos credores, que não se animava a lutar por elas. Em uma caçada ela
matou um lobo. Mesmo ciente de que poderia ser um feérico. Além de impedir que
ele pegasse a corça que ela pretendia abater, ela tirou a pele dele e conseguiu
dinheiro vendendo no mercado.
– No
entanto, a casa dela foi invadida por feéricos cobrando explicações sobre quem
teria matado um deles. A princípio, a criatura não acreditou que uma garota
desnutrida, mal vestida e completamente desleixada teria conseguido tal feito.
Mas ao se convencer, citou o Tratado e exigiu a vida dela em pagamento pela
morte que ela provocou. Feyre poderia escolher entre ser morta na frente da
família ou ir com ele para as Terras Feéricas. Convencida pela família, ela
parte com ele, se preocupando com a promessa não cumprida à mãe e presa por um
voto a um povo a quem temia e odiava.
 

A propriedade se debruçava em uma ampla
terra verde. Eu jamais vira nada como aquilo; mesmo a nossa antiga mansão não
se comparava. Estava coberta de rosas e hera, com pátios e varandas, e escadas
se projetando das laterais de alabastros. A propriedade era cercada pelo
bosque, mas se estendia tão longe que eu mal conseguia ver o limite distante da
floresta. Tanta cor, tanta luz do sol, tanto movimento e textura… Eu mal
conseguia absorver aquilo tão rápido. Pintar seria inútil, jamais faria justiça
”.
(p. 55)

– Em
terras feéricas, ela se sente culpada por ter conforto enquanto a família passa
fome (e apenas ela caçava) e confusa, porque esperava ser torturada,
escravizada ou morta e era bem tratada. Um castelo quase deserto, cercado de
flores. Feéricos mascarados. Uma realidade além da compreensão imediata dela e
que a deixa curiosa. Queria entender como eles viviam, queriam entender porque
nada parecia normal. Queria entender por que eles tinham medo. E quanto mais
ouve, menos entende. Quanto mais convive, mais aprende que, embora seus
sentidos humanos a tornem mais suscetível a ser enganada, os preconceitos soam
como verdadeiros até o momento em que são confrontados e desconstruídos.
 

– Porque eu iria querer que alguém segurasse
a minha mão até o fim, e um pouco depois disso. Isso é algo que todos merecem,
humanos ou feéricos. – Engoli em seco, a garganta dolorosamente contraída – Eu
me arrependo do que fiz com Andras – falei, as palavras tão contidas que não passavam
de um sussurro. – Eu me arrependo de haver… tanto ódio em meu coração. Eu
queria poder desfazer isso, e… sinto muito. Muito mesmo
”. (p.164)


Assim como no conto de fadas que inspirou a história – A Bela e a Fera – os
opostos perceberão que se atraem muito mais. Feyre quer entender e descobrir os
mistérios por trás do perigo que ronda a Corte Primaveril, para onde tinha sido
levada e quem eram realmente os feéricos que foram buscá-la nas terras mortais.
Nesta busca, há vários momentos onde ela se coloca em risco – incentivada ou
não ou depois de receber aviso para ficar protegida. E nada parece fazer muito
sentido até que circunstâncias forçam uma reviravolta na trama e Feyre encontra
fatos para montar o quebra-cabeças em que estava envolvida e finalmente
compreender o tamanho do perigo a que todos – mortais ou feéricos – estavam expostos
por causa de uma maldição, que parecia ser impossível de ser quebrada

– O
que eu posso te garantir é que você tem grandes chances de se encantar por uma
história de um amor construído a partir da segunda ou terceira vista, após
desmistificar preconceitos. Apesar da narração em primeira pessoa, pelo ponto
de vista de Feyre, a trama tem ritmo e as informações que você recebe voltarão
como parte de um contexto muito mais amplo. Quando peguei pra ler, queria só
olhar o primeiro capítulo e ter uma ideia do livro. Li quase 90 páginas até me interromper
porque estava tarde e tinha que dormir (trabalho cedo e detesto parecer um guaxinim
de óculos no dia seguinte). Tamlin é um personagem maravilhoso, não tem como
não ficar curiosa e não se render diante das atitudes dele para proteger
àqueles que ama. Feyre é jogada em um ambiente do qual não entende nada e onde
é a única que não tem nada além de um coração humano para enfrentar poderes
mágicos e incluindo uma força maligna quase incontrolável.
 

“– Quem quer alguém por perto tão coberta de espinhos?
– Espinhos?
– Espinhos. Afiada. Azeda. Teimosa”. (p.255)

– A
reta final é de prender o fôlego para saber logo como será o desfecho. Houve
momentos em que imaginei um seriado ou filme deste livro. Nas mãos certas,
seria um material interessante em ser adaptado. Algumas situações ficam pendentes,
afinal de contas, é uma série. Tudo indica (até agora) que será uma trilogia. O
segundo livro,
A Court of Mist and Fury,
já tem capa divulgada e lançamento previsto para o início de maio. Ainda não há
informações sobre o terceiro. Como a autora já tinha minha atenção com a saga
da Celaena e agora me fez apaixonar por Tamlin e Feyre, portanto, assim que
aparecer os próximos livro no meu caminho, óbvio que quero ler e o que eu achar,
você vai saber aqui no Literatura de Mulherzinha.
Série Corte de Espinhos e Rosas

3. Corte de Asas e Ruínas – A Court of Wings and Ruin
* No Goodreads, a indicação é de que a série terá seis livros e duas novellas.

Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Oh, uma abordagem sensacional de conto de fadas de Bela e Fera !!! Principalmente porque eu amei esse toque de fazer com que "Bela", que era responsável por conta própria de cuidar de sua família (duas irmãs, dois irmãos, um pai), arrumando, cozinhando, lavando, plantando, varrendo e tudo mais que poderia ser feito em uma casa de campo com horta e pomar, fosse talentosa para caçar alimento também !!!

    Um toque cruel, mas interessante, sobre ela matar um feérico e ver-se levada pelos feéricos familiares para seu castelo como punição, onde terminou por conhecer muito melhor ao inimigo e a si mesma. Eu amei essa abordagem e tenho certeza absoluta de que quero essa trilogia fundamentada em meu conto de fadas preferido para mim assim que for pêga em uma livraria. Esse romance tem muito sabor e muita suculência !!!

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