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*** #LdMnaBienalJF: Dia #3

Ciao!!!





Hoje é o dia da ostentação!
A leitora compulsiva, blogueira, jornalista no modo tiete surtada de felicidade!!!

Neste momento estou no Auditório 1, acompanhando o bate-papo da Graciela Mayrink e da Marina Carvalho. Nem tem tamanho da felicidade da pessoa que torceu para isso acontecer 😀

Elas contaram que gostam de estruturar o romance, porque ajuda no processo de escrita. As duas disseram que criam uma ficha e um passado para os personagens para ajudar a situá-los na história.

Graciela Mayrink contou que prefere escrever em terceira pessoa. E que prefere o narrador masculino, nos casos de 1ª pessoa. “Como mulher, é muito difícil. A gente pensa demais, planeja demais e homem não, vai lá e faz. Pelo menos por um bom tempo as minhas narrativas virão em 3ª pessoa ou narrador masculino.

Foto: Nathalie Guimarães

Marina Carvalho concordou com a opinião da amiga. “Ser homem é muito fácil. A gente tem cabeça cheia de teias. E quando eu escrevo como homem, eu tenho poder de fazer, como mulher a gente tem coisa demais para fazer. Gosto de escrever como homens escreve romance. Vejo pelos meus alunos, eles me ajudam. A experiência de conviver como homem. Escrever como terceira pessoa a gente sabe tudo a respeito de todos e a gente pode levar mais informação para o leitor”

A primeira pergunta foi se mesmo esquematizando já houve casos de mudar o roteiro. “Aconteceu no meu último livro, Quando o Vento Sumiu. Eu me apeguei a um personagem e quis mudar o final. Só que ficaram os dois finais. Eu não consegui decidi. Mandei para meus betas, minha irmã, ninguém decidiu. Foi pra editora, também manteve a dúvida. E o dono da editora sugeriu publicar os dois finais”, disse Graciela.

Marina Carvalho contou que mudou o final de O amor nos tempos do ouro, porque decidiu deixar gancho para escrever uma continuação. “Agora quero escrever romances históricos por um bom tempo. E meus leitores beta deram sugestões que me levaram a alterar o final. Mudei várias passagens em todo o livro, que já tinha mais de 300 páginas, para poder deixar o gancho no final para uma sequência”, contou.

Marina disse ainda que é muito observadora e geralmente se inspira em conversas, detalhes de histórias e causos que são contados e músicas. A inspiração de Graciela Mayrink é Pedro Bandeira. “Eu li A marca de uma lágrima e adorei. Na época, pensei que se fosse escrever um livro como aquele, que era o mais perfeito do mundo. Cada livro tem uma inspiração inicial. Até eu te encontrar, me inspirei na minha irmã ou a UFV. A namorada do meu amigo veio dos Três Mosqueteiros. E o Quando o Vento Sumiu foi o poster de um filme que tinha uma menina e dois garotos. Por que não escrever um livro que parece que vai ter um triângulo amoroso e não tem. Opa, gente desculpa pelo spoiler”, explicou.

Marina Carvalho disse que prefere escrever à tarde, porque “À noite eu não funciono. A cabeça já está bem cansada. Depois que tudo acaba, prefiro ler” e precisa preparar as aulas para os alunos dela. E o que fazer com o texto depois de escrito: “Procure pessoas que não sejam tão suas amigas e tenham coragem de apontar os defeitos e o que pode ser melhorado. Revisar. E depois bater na porta daquele que vai te publicar. Eu fiz uma pesquisa grande de mercado, que editora tinha mais a cara da minha história, bati na porta. Entrei em contato com quatro. Duas não me responderam. Uma sugeriu a autopublicação. E um mês depois, apareceu a Novo Conceito. A boa vontade com um texto que não tem Português adequado é zero”, ressaltou.

Graciela Mayrink destacou que todo bom escritor antes deve ser leitor. “Eu gosto muito de ler. Tem que conhecer outros escritores, o mercado, inspiração em outros estilos. Eu escrevo romance juvenil, mas eu leio de tudo. Gosto de ler suspense, livro de guerra. Ler coisas diferentes amplia o horizonte. Foi depois de ler O caderno de Maya, de Isabel Allende que tive a ideia de escrever indo e vindo no tempo”, disse.

“Tem que escrever todo dia. Mesmo quando as pessoas te dizem que é ridículo. Mesmo quando ninguém lê. Tem que ler, mas não só livro, tem que buscar informação. O jovem de hoje é um leitor mais voraz”, afirmou Marina Carvalho.

Além de muita tietagem com duas das minhas autoras favoritas, conheci a Nana Pauvolih! Já avisei que pretendo ler toda a série Redenção e entrar pro time das Nanetes!

Aguarde a entrevista com a Nana em breve no Literatura de Mulherzinha!

Antes de autografar os livros no estande da Livraria Ca d’Ori, Nana Pauvolih falou sobre Literatura Erótica no Auditório 1 😉
Nana Pauvolih atendendo suas Nanetes!

Literatura e Esporte foi o tema da última mesa redonda do dia no Auditório 1, com os professores Márcio Guerra e Maurício Bara e o apresentador e narrador da ESPN Brasil, Dudu Monsanto.
Foto: Nathalie Guimarães
Hora dos antigos colegas de turma na Facom colocar o papo em dia!

Saiba mais sobre Marina Carvalho, Graciela Mayrink e Nana Pauvolih 🙂

Outras fotos da Bienal de Juiz de Fora estão no Facebook do Literatura de Mulherzinha (hoje com a incrível contribuição de Nathalie Guimarães) e para outras informações e entrevistas visite o LdMnaBienalJF!!!
Bacci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ah, teria sido muito bom mesmo se eu tivesse assistido essa palestra ! Eu apreciei muito todas essas colocações destas autoras transmitidas por você em sua postagem ! Eu não precisaria ser bidu para saber que essa palestra foi muito divertida e muito interessante. Muito bom sempre saber como uma escritora organiza seu processo de criação, um assunto que tem poder de cativar minha atenção completamente sempre.

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