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Cap. 1209 – A transformação de Raven – Sylvain Reynard

Ciao!!!

Nem
sei há quanto tempo este livro esperava na pilha do “para ler em breve”.
Até
que atinei que hoje seria a data ideal, afinal de contas, 24 de junho é dia de
São João, o padroeiro de Florença. A cidade italiana (que mais quero conhecer
no mundo) é mais que cenário, é uma das protagonistas desta série do Sylvain Reynard.
A transformação de Raven – Sylvain
Reynard – Arqueiro
(The
Raven – 2015)
Personagens:
Raven Wood e o Príncipe de Florença
Raven se mudou para Florença
para ser feliz. No entanto, a tragédia a encontrou na cidade italiana. Uma
semana depois, ela acorda completamente diferente e sem se lembrar de uma
semana da própria vida. E se está achando pouco: para a Interpol e a Polícia
Italiana, é a principal suspeita de um roubo na Galleria degli Uffizi. Para
piorar, há um homem estranho e poderoso por perto sempre que as coisas se
complicam e ela percebe que muitas coisas na vida não tem explicações lógicas,
mas que talvez a misericórdia e a bondade poderiam salvá-la da escuridão.
Comentários:
– O livro começa dois anos depois dos acontecimentos narrados em O príncipe das sombras. As ilustrações
de A Divina Comédia foram roubadas da Galleria degli Uffizi na mesma noite em
que Raven Wood viu a morte de muito perto. Acordou uma semana mais tarde, praticamente
irreconhecível fisicamente (para melhor) e sem nenhuma memória do que houve nesta
semana pós-roubo. Por não ter álibi, tinha se tornado a principal suspeita do
roubo e não tinha como se defender.
– E como se fosse pouco, um estranho que sempre aparecia à noite e
nunca permitia que o visse completamente apareceu com conselhos que mais soavam
como ordens, para que ela usasse uma relíquia religiosa (logo ela que deixou de
acreditar em Deus no início da adolescência) e acima de tudo, que partisse de Florença
para nunca mais voltar. Ao invés de assustar, isso atiçou Raven que queria esclarecer
dúvidas, que a levariam de encontro a algo que se mantinha oculto e poderia ser
fatal para quem descobrisse.
– O Príncipe de Florença tinha muito que resolver: após recuperar
suas ilustrações, queria se vingar do ladrão – o que colocava a família do
professor Emerson em risco – precisava entender alguns episódios que indicavam ainda
a presença de um traidor, algo que o preocupava desde a revolta veneziana de
dois anos antes. Invasões, caçadores eram ameaças, mas nada como a humana que
captara a atenção dele, seja porque era movida pela misericórdia, bondade e
vontade de proteger ou porque era teimosa e se recusava a seguir os conselhos
dele para a própria proteção dela.
– Apesar da introdução em O Príncipe das Sombras, é aqui que temos mais elementos sobre a personalidade
dos personagens. O príncipe carrega todos os questionamentos sobre vida, morte,
eternidade, humanidade cabíveis a uma criatura que vive há séculos, conheceu o
melhor e o pior dos humanos e de outras criaturas sobrenaturais e sabe que não
pode confiar em ninguém. Não pense que é vampiro fofinho. Livro errado. Se tiver
que matar, mata. Ninguém chega – e principalmente se mantém – à posição dele, entre
os mais antigos poderosos, sendo legal. Só que a humana se tornou uma fraqueza.
Uma surpresa a cada momento, fazendo com que ele tome atitudes que nunca fez
antes com ninguém.
– Raven deixou um histórico de sobrevivência, violência, o nome
verdadeiro e os Estados Unidos para trás ao se mudar para Florença, onde
finalmente pode dizer que foi feliz de verdade. Era restauradora, sendo que
estava envolvida em um trabalho em a Primavera de Botticelli antes do caos se
estabelecer, sua aparência mudar radicalmente ao ponto de ninguém a reconhecer
(e, de certa maneira, nem ela mesma: sem explicações sobre a cura milagrosa da
perna deficiente, da perda de peso e da miopia). Ao começar o estranho
relacionamento com o homem que a salvou várias vezes, queria classificá-lo de alguma
forma racional, mas teve que se render às evidências de talvez só uma houvesse
uma explicação para tudo.
– Aliás, devo dizer que me deixou ressabiada uma restauradora de
Botticelli e quadros renascentistas precisar quase de um workshop sobre o
padrão de beleza de alguém apaixonado pelo período em que Florença foi o centro
do pensamento e da arte do mundo para entender o óbvio em se tratando da
inusitada relação dos dois. Não sei se é porque adoro este momento histórico
que entendi rapidamente a referência.
– Quem acompanha o Literatura de Mulherzinha sabe que com livros
com vampiros (e outros seres sobrenaturais) não costumam estar entre os meus
favoritos (exceção descarada e flagrante: Os Senhores do Mundo Subterrâneo
Ainda esperando por Amunzinho), mas foi uma leitura boa – com um ou outro
momento mais arrastado (pela teimosia da Raven em correr de braços abertos para
o problema) e que ajudou a imaginar uma Florença bem diferente do padrão criado
pela minha mente e alimentado por tudo que leio e vejo sobre a cidade que mais
quero conhecer no mundo.
– Ah, para quem ama os Emersons, da Trilogia Gabriel (#MadreHooligan
leu e gostou com ressalvas sobre algum comportamento teimoso da Julianne. Eu
ainda não, então evitem spoilers),
eles são citados várias vezes – e o autor ainda permanece deixando algo no ar
em relação ao casal. E ainda há uma cena extra com eles no final.
Série Noites em
Florença
 (The Florentine):
1 – The Raven –
A Transformação de Raven
2
The ShadowA Sombra do Passado (lançamento de outubro de 2016)

3 – The Roman – lançado lá fora em dezembro 2016. 
Bacci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Um romance envolvendo um vampiro intrigante, misterioso, violento cairia muito bem nesse momento. Ele é meu ser de trevas favorito desde sempre. Aliás um aparte: que acidente interessante tão conveniente e salutar foi esse para causar uma transformação física tão benfazeja ? Ela sofreu cura de perna deficiente, emagrecimento de obesidade pesada, até seu rosto sofreu mudanças como se ela fosse outra pessoa ! UAU !!!

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