ainda ser meio complicada com tramas que envolvem elementos paranormais. No entanto,
histórias de traumas e vinganças/justiça me deixam em meu habitat natural. Li
em dois dias (seria menos se – parafraseando o médico – “você não está
alérgica, está MUITO alérgica”).
fiquei com uma dúvida que, para resolver, vou precisar da ajuda de fãs de um
seriado.
(With
every breath – 2016)
Eliza Cummings e Wade Sterling
pior pesadelo dela se tornando real: o homem que cometeu uma série de
assassinatos – por quem ela pensava estar apaixonada – tinha se aproveitado de
uma brecha na lei e seria libertado. Diante da notícia, Eliza sabia que ele
viria atrás dela e queria estar pronta para um acerto definitivo de contas. No entanto,
Wade Sterling não tinha a menor intenção de deixá-la sozinha. Ele sabia que
algo estava errado e iria intervir, ela querendo ou não.
“As
pessoas não tinham como entender ou imaginar o monstro que existia por trás da
fachada educada e encantadora. Eliza, porém, conhecia-o melhor do que ninguém. Apenas
ela conhecia de verdade a profundidade da maldade dele, apenas ela podia acabar
com aquilo tudo. Talvez isso a tornasse tão doentia e deturpada quanto Thomas. Ou
talvez fosse necessário o mal para caçar o mal” (Claramente
alguém dotada da vocação escorpiana para assumir a culpa pelos males do mundo e
querer justiça/vingança por eles)
se sentia culpada pela morte de várias mulheres em uma cidade do Oregon. Ela descobrira
e denunciara o namorado que a tratava como princesa pelas coisas horríveis que
fez com outras garotas. Ele foi julgado e condenado a prisão perpétua. No entanto,
ao criar (isso mesmo: leia o livro e entenda como) uma brecha na lei, Thomas
conseguiu ser beneficiado e seria solto em dias. E uma coisa era certa: iria
atrás dela – se não fosse pela antiga obsessão, seria por vingança.
precisou se reconstruir, aprender a ficar mais forte mentalmente e a se
defender. No entanto, depois das experiências traumáticas recentes, parecia
óbvio para todos (menos para ela) de que estava se equilibrando em uma linha
muito tênue. Que rompeu diante da notícia da libertação iminente de Thomas. Ela
não hesitou em bolar um plano para proteger os amigos (e olha que
eles estavam longe de serem indefesos – todos trabalhavam em uma empresa de segurança acostumada a missões arriscadas) e as esposas. E finalmente ir atrás de libertação dos
pecados que acreditava carregar e da Justiça que o tribunal negou às vítimas e
a ela, ao soltar um psicopata manipulador.
no meio do caminho, havia Wade Sterling. Um homem que não se deixava intimidar
por ela. E o pior: conseguia tirá-la do sério. Ele se intrometeu antes e deixou
claro o desagrado. Como é que ela poderia acreditar que era de livre e
espontânea vontade? Como ela poderia se sentir digna de merecer algo bom de
alguém? Como ela poderia colocar deliberadamente outra pessoa na linha do tiro que
estava destinada a disparar ou a receber? O probleminha é que Wade Sterling em
nenhum momento deu a ela o direito de escolha se podia ou não ajudar.
“(…)
Sabia que, quando eu tivesse você você seria minha e, acima de tudo, eu seria
seu. Eu pertenço a você. Você precisa enxergar a realidade, Eliza. Precisa
entender o significado disso. Agora, você é minha e eu não vou abrir mão de você.
E o que é meu, eu protejo até o meu último suspiro. Você não está sozinha. Não mais.
Nunca mais. Agora você tem a mim e não vai mais lutar suas batalhas sem mim”. (Claramente um escorpiano comprando a
briga alheia contra a vontade da pessoa envolvida)
vínculo negado, uma paixão que demora a ser assumida e percebida como o que era
de verdade: amor. No entanto, Eliza não estaria livre enquanto não confrontasse
o passado. Um fiapo separa Justiça de Vingança neste livro – e você entende os motivos
que levam os personagens a investirem em uma rota certa de colisão. O casal é
forte, bem parecido em suas virtudes e defeitos, que você entende que, querendo
ou não, foram feitos um para o outro. A química entre eles é explosiva. O desafio
a ser vencido também. E eles não vão fugir da luta.
livro tem elementos e personagens paranormais, uma das linhas condutoras da
série (sim, é série, daqui a pouco falo sobre isso). No entanto, os poderes
estão concentrados no vilão, o que o torna uma ameaça palpável durante todo o
livro até o esperado reencontro-confronto. E como faz um bom tempo que não assisto
a um seriado (só leio as notícias sobre eles), queria que alguém que tenha
visto Jessica Jones pudesse me
esclarecer uma dúvida. Pelo pouco que li sobre o seriado, fiquei com a sensação
de que Thomas era tão habilidoso e perigoso como Kilraven. Esta associação me acompanhou
durante toda a leitura e queria saber se a fiz corretamente ou se estava
delirando (se for o segundo caso, a culpa é do combo estresse + antialérgicos,
ok?)
Slow Burn (apesar do Goodreads citá-lo como uma novella relacionada à série). Os três primeiros foram lançados pela Editora Gutemberg. Ainda não
li. Este saiu pela Harlequin, no formato livraria. Pra quem, como eu, caiu de
paraquedas na história, posso adiantar que você vai conseguir entender o que
houve antes, as relações entre os personagens e a importância do que já houve para
o andamento das ações dos protagonistas em Perigosa
Atração.
Devereaux
Toque Perigoso – Jenna e Isaac
His only weakness – segundo Goodreads, previsto para 2018.
Links: Goodreads livro,
série e autora;
site da autora;
Skoob;
Amazon;
mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Beta