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Cap. 1425 – Corpo – Audrey Carlan (Trinity 1)

Ciao!

Eu ando precisando de livros
fofinhos, mas não foi o caso aqui.
Foi tenso, intenso, complexo e
está só no início.
Corpo
– Audrey Carlan – Verus
(Body – 2015)
Personagens: Gillian Callahan
e Chase Davis
Um homem e uma mulher se
conhecem em um bar. Seria uma cena corriqueira, se a mulher, Gigi Callahan, não
tivesse motivos de sobra para fugir de quaisquer relacionamentos afetivos.
Mesmo por homens arrasadoramente sexies como Chase Davis. Só que o destino os
coloca frente a frente de novo: ele é o chefe da fundação onde ela trabalha. E Chase
não estava disposto a abir mão da mulher que o fez sentir o que nenhuma outra
conseguiu.
Comentários.
I opened up my heart but all I did was bleed
I
don’t need no lover, just to get screwed
They
don’t make a bandage that is going to cover my bruise
– Ao contrário da série “A garota do calendário” onde o sexo era a válvula de escape e de autoestima de Mia, aqui ele é o
elefante maligno na sala de porcelanas de Gigi. A confiança dela foi abalada
por um relacionamento abusivo (não é spoiler, a informação consta no resumo da
contracapa. E o assunto é insinuado em boa parte do livro até ser propriamente
tratado). Por isso, a profissional confiante, competente e segura que trabalha
com arrecadação de donativos para Safe Haven, que apoia mulheres vítimas de
violência, precisa se controlar e não entrar em pânico e fugir diante da manifestação
de interesse de um homem arrasa-quarteirão como Chase Davis. Ela quer voltar a
se sentir desejável e natural diante de um admirador, mas não está pronta para
confiar em alguém ou em si mesma sobre isso.
– E vamos ser sinceras, Chase
é lindo, sexy, milionário, mas o comportamento dele, em vários momentos, me
deixou desconfortável. Mesmo que estivesse munido das melhores intenções, tive
uma sensação quase claustrofóbica. Entendi as motivações dele (e os traumas que
o levaram a agir assim), mas, por mais afinidades, compatibilidades e química,
senti um descompasso entre os dois. Como se estivessem em rotações diferentes e
só ela se ajustasse às opções que ele considerava serem as melhores (o impasse
em determinado momento envolvendo a carreira dela e a forma como é solucionado
é um dos exemplos disso).
– A primeira parte do quinteto
serve para apresentar os personagens: quem são, desenrolar alguns de seus
segredos e traumas, como reagem ao que sentem um pelo outro e ao se verem
diante de características que os desagradam/assustam. Também conhecemos seus
escudeiros – no caso dela, as amigas Bree, Kate e Maria (amei a história do “Besos”,
ainda mais quando a gente percebe de onde veio) e Phillip e Annabelle. No caso
dele, confesso que fui muito mais com a cara do Austin que do Jack (embora
também compreenda as razões dele) e gostei dos primos legais do Chase. E a
autora apresenta a ideia por trás do nome da série e dos livros que a compõem –
gostei de entender essa base, porque nos ajuda a situar os personagens, seus
desejos e desafios a serem enfrentados e superados.
– E se você detesta ganchos “malignos”,
então nem comece a série antes de ter os cinco livros. Porque é óbvio que o final
deixa pontas abertas para as sequências – e a reta final aponta o que eu creio
que deva ser o grande plot que irá costurar os próximos livros. E não será
moleza, não. Audrey Carlan dá pistas de que fez bem a pesquisa antes de tratar
o tema que escolheu e não pega leve com os personagens, mostra que a violência
não tem cara, raça, status social.

Infelizmente já vi essa mulher antes, e ela é horrorosa. Minha maçã do
rosto ainda está inchada, embora bem menos que na noite passada. Um hematoma
berrante, roxo e amarelo, se espelha da bochecha até a linha do cabelo e a
atadura em cima do meu olho direito. Puxo os esparadrapos, removendo o
curativo, e dou uma boa olhada nos pontos. São cinco, acompanhados por uma
substância laranja-escura pegajosa. É o iodo que usaram para preparar a área.
Não é a primeira vez que levo pontos depois de um ataque. E espero que seja a
última. Suspiro. Quantas vezes já olhei para esta mulher feia no espelho. Vezes
demais

Só lembrando que se você está
passando por isso ou conhece alguém que esteja,
busque ajuda e denuncie.
Você não está sozinha!
Série
Trinity
Body – Corpo
Mind – Mente
Soul – Alma
Life – Vida
Fate – Destino
Bacci!!!
Beta

Ps.: Caso não conheçam, a citação que abriu a parte
dos comentários é a música Something for the pain, do Bon Jovi.

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