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Cap. 1570 – No meu sonho te amei – Abbi Glines

Ciao!

“Roberta,
você vai ter que ler este livro. Eu achei que estava entendendo, mas teve um
trem aqui e não estou entendendo mais nada!”
 

Após este
ultimato de #MadreHooligan, tive que ler o livro que ela deveria ter comentado
comigo pra escrever aqui. Ok, vamos nós!
No meu sonho te amei – Abbi Glines –
Arqueiro
(As
she fades – 2018)
Personagem: Vale McKinley
Uma
vida inteira de planos interrompidos prestes a começar. Vale e Crawford eram
namorados desde a infância e celebravam o fim do ensino médio, quando sofreram
um acidente de carro. Um mês em coma e muitos planos podem ser colocados em xeque.
Ainda mais se Slate Allen entra no caminho oferecendo possivelmente mais que amizade.
Comentários:
– Boa
parte do livro se passa em um hospital – ou naquela espécie de limbo em que
entramos ao rezar por uma recuperação, seja a nossa ou a de alguém que amamos. Especialmente
nos casos onde há indefinição: como no coma ou no diagnóstico de que não há
nada mais a ser feito.
– Vale
entrou neste caminho aguardando que Crawford abrisse os olhos. Passou as férias
lendo para ele ou do lado de fora do quarto esperando – exceto à noite, só
porque o hospital não deixou. Ela se recusava a seguir em frente sem o
namorado, mesmo com o incentivo da sogra e da família dela, que achava que ela
precisava respirar outros ares para enfrentar a situação da melhor forma
possível.
– As
coisas começam a muda quando Slate Allen, universitário veterano amigo de um
dos irmãos dela, começa a se aproximar. A princípio, parece que ele só quer
acrescentá-la à longa lista de conquistas. Mas têm algo em comum: o rapaz
também está na vigília no hospital por causa de um parente, no caso, o tio.
– A
partir da aproximação com Slate e das circunstâncias gritantes de que a vida
precisa seguir – ela está matriculada em uma universidade, não pode se dar ao
luxo de perder a vaga. E sem ter Crawford por perto, Vale é forçada a recuperar
a si mesma, que vai além de ser metade do casal formado na infância, que planejou
o roteiro do “felizes para sempre” que foi rompido pela vida.
 

“No entanto,
como em todos os sonhos bons… cedo ou tarde a gente precisa acordar”
 

– De
certa forma, o livro acompanha Vale acordando para a vida possível, a que
competia ao que ela queria, não ao que esperavam da namorada de infância que se
via como protagonista de uma história romântica perfeitinha idealizada. O acidente
se torna um catalisador para que a Vale aprendesse a lidar com as consequências
do que houve e de quem se tornaria a partir daquilo.
– A
confusão de #MadreHooligan faz todo sentido por causa da forma que Abbi Glines
escolheu para contar a história: ela nos conduz habilmente por um caminho para,
então, dar uma reviravolta, que nos leva a observar a mesma história por outros
pontos de vista. Talvez tenha faltado um parágrafo que deixasse claro o que eu
entendi nas entrelinhas (e que frustrou #MadreHooligan).
– Não é
uma história de amor convencional e nem foca tanto no triângulo amoroso que a
sinopse insinua. Repito: é a jornada de Vale em busca de si mesma, não de quem a
própria e/ou os outros pensavam que ela fosse. É como se ela tivesse
despertando para a vida e descoberto que havia muito mais do que pensou haver antes.
 

Para
todas as meninas que levaram uma rasteira da vida e encontraram força para se levantar.
 

Gostando
ou não do livro ou do estilo, posso garantir que a Abbi Glines não escreveu essa
dedicatória à toa.
Arrivederci!!!
Beta

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