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Cap. 1603 – Uma loucura & nada mais – Mary Balogh (Clube dos Sobreviventes 3)

Ciao!


Mais uma história do grupo de amigos que teve a vida
mudada para sempre pela guerra contra Napoleão. Desta vez, Benedict Harper é o
protagonista. E vai encontrar uma garota que vai fazê-lo voltar a ter
sentimentos…
Uma loucura & nada mais – Mary Balogh –
Editora Arqueiro (Clube dos Sobreviventes 3)
(The Escape – 2014)
Personagens: Samantha McKay e Sir Benedict Harper
Samantha estava se sentindo sufocada pelas regras
impostas pela família do marido recém-falecido. Estava chegando o momento de
descobrir como escapar disso. Benedict chegou enfim à fase da recuperação onde
aceitava que nunca mais seria o mesmo de antes de ir para a guerra. E que teria
que aprender a viver com isso. Estas duas criaturas feridas vão se encontrar
por acaso e perceberem que talvez o destino os quisesse juntos, não importassem
as regras e convenções sociais.
Comentários:
  

“-
[…] Só que passei seis anos negando a realidade, e o resultado é que agora
não tenho ideia do que o futuro me reserva. Ou do que quero do futuro. Desperdicei
esses anos sonhando com um passado que ficou para trás e que não voltará. Entendem?”
 

– A
série do Clube dos Sobreviventes fala sobre personagens que tiveram a trajetória
da vida modificada abrupta e irrevogavelmente por causa da guerra contra Napoleão.
Todos estão lidando com os custos de terem vivido para contar história, enquanto
outros morreram. Todos sofreram alguma consequência física e psicológica. Quando
o encontramos, estão naquele primeiro estágio, ainda tateante, de quando a
pessoa começa a querer ficar em pé, ainda com medo, ainda frágil, ainda
sensível, mas ciente – mesmo que não admita para si mesma – de que a vida precisa
continuar.

Depois de Hugo e Vincent, chega a vez de acompanharmos a jornada de Benedict. O
Major Harper quase perdeu as pernas por causa dos ferimentos. Como ele mesmo diz
várias vezes, estava semialeijado. Vivo, mas sem poder correr, dançar, fazer
alguns esforços que antes eram normais para ele. Em uma cavalgada com desfecho inesperado,
ele encontra Samantha, a viúva do capitão McKay.
– Samantha
estava sufocada sob o pesado luto que a cunhada a obrigava a viver. Sempre de
preto, janelas fechadas, visitas e apoio de vizinhos rejeitados. Como se todos
tivessem que morrer junto com Matthew. Um dia, aproveitando que a cunhada
estava acamada, ela quebrou as regras e saiu para dar um passeio. E quase foi atropelada
por um cavaleiro grosseiro que ainda se atreveu a dizer que a culpa era dela.
– Foi deste
encontro que surgiu uma inusitada história de cura, porque ambos tinham feridas
psicológicas a serem cicatrizadas antes de recomeçarem. Na verdade, precisavam dar
um hard reset em tudo que tinham certeza de que haviam perdido para
perceber o que poderiam descobrir sobre o si mesmo e sobre o mundo.
– Isso
envolveu uma fuga para Gales. Para escapar de ter que viver sob o jugo da
família do marido, que nunca disfarçou que a considerava indigna por ser quem
era (além de não ter status, riqueza, ainda era ¼ cigana, algo inaceitável para
o todo-poderoso e impecável conde de Heathmoor), ela decidiu fugir para Gales,
onde herdou um chalé. No entanto, o preço a pagar era descobrir mais sobre a
história da família materna, algo que nunca foi dito a ela com todas as letras.

“- […] Aonde
ponderar me levou até agora? Talvez esteja na hora de eu fazer algo
imponderado e impulsivo. Talvez esteja na hora de eu assumir as rédeas de minha
vida e, finalmente, vivê-la”
 

– E a essa
altura, de desafetos à primeira vista, ela e Benedict já eram cúmplices unidos
pelo fato de um reconhecer a dor do outro (acima até da atração imprevista que
surgiu entre eles). Portanto, pelo bem dela, Benedict ajudou na fuga e se tornou
o acompanhante-tentação-a-ser-resistida até Gales.
– Ambos
precisavam enfrentar o medo, descobrir a coragem para escapar do que os
prendiam e limitavam. Gosto que ambos são patinhos feios, se sentem inadequados
e coagidos pela expectativa social e das outras pessoas. Desta forma, se veem
limitados. Romper isso dói. Porque significa admitir as próprias fraquezas e
assumir as virtudes – e olha que esse processo é complicado, porque a gente se
condiciona a só ver o pior, nunca o melhor.
– Benedict
e Samantha vivem uma história que é construída com o tempo. No compasso do luto emocional e  social, no compasso das questões internas que precisavam responder e solucionar.
Na forma de se encaixar na sociedade e na vida. Sem um “se” pairando e
condicionando a existência deles. Quem eles se tornaram e o que queriam fazer a
partir disso. O amor saudável que descobrem por si mesmos é o que vai abrir
caminho para que possam dividir quem são com outra pessoa – que os aceita assim,
como são, sem mais nem menos. 

“- [ …] A
dor não é insignificante. Tampouco a perplexidade ou o medo. Ou condições como
pobreza ou falta de moradia. Mas em algum lugar, em algum lugar, há paz.
E nem é um lugar distante. Esse lugar está bem dentro de nós, sempre presente,
na verdade, apenas esperando olharmos para dentro para encontrá-lo”

Clube dos
Sobreviventes:
1 – The
Proposal 
– Uma
proposta & nada mais
 
1.5 – The
Suitor 
– O pretendente
2 – The
Arrangement 
– Um acordo & nada mais
3 – The
Escape 
– Uma loucura & nada mais
4 – Only
Enchanting 
Uma paixão & nada mais
5 – Only
a Promise 
Uma promessa & nada mais
6 – Only
a Kiss 
Um beijo & nada mais
7 – Only
Beloved
 – ainda sem título em Português
Arrivederci!!!
Beta

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