Ciao!!
Quarenta e uma mulheres de diferentes países, vidas e habilidades foram entrevistadas por Zoë Sallis e responderam às mesmas perguntas. O resultado compôs este livro, que foi lançado em 2009. A edição que chega ao Brasil neste mês é a versão atualizada.
E vale a pena ler. Posso garantir.
Vozes Femininas – Zoe Sallis – Astral Cultural
(Our stories, our visions – 2009)
Isabel Allende. Christiane Amanpour. Maya Angelou. Hanan Ashrawi. Joan Baez. Benazir Bhutto. Mary Kayitesi Blewitt. Emma Bonino. Shami Chakrabarti. Jung Chang. Kate Clinton. Marie Colvin. Marion Cotillard.Severn Cullis-Suzuki, Carla del Ponte, Judi Dench, Shirin Ebadi, Tracey Emin, Jane Fonda, Tanni Grey-thompson, Dagmar Havlová, Swanee Hunt, Bianca Jagger, Nataša Kandić, Kathy Kelly, Martha Lane Fox, Anne Leslie, Wangari Maathai, Mairead Maguire, Mary McAleese, Soledad O’Brien, Sinéad O’Connor, Yoko Ono, Mariane Pearl, Kin Phuc, Paloma Picaso, Helen Prejean, Paula Rego, Louise Ridley, Mary Robinson, Jody Williams.
Não se preocupe se você não conhecer todas as entrevistadas. No fim, há uma pequena biografia delas. São atrizes, cantoras, ativistas, escritoras, poetisas, jornalistas, advogadas, políticas de diferentes cantos do mundo. Por meio das suas respostas, podemos compreender um pouco de onde elas vieram, o que enfrentaram e até mesmo estabelecer alguns laços com quem não conhecemos.
Zoë as questionou sobre como a criação que recebeu as influenciou; o que as inspira; o que as deixa com raiva e se acreditam em perdão; se acreditam que haverá igualdade, fim da pobreza e da injustiça; do que tem medo; quais mulheres admiram; como as mulheres podem contribuir com o fim da guerra; quais crenças religiosas possuem; conselhos para as gerações mais jovens e qual obra de arte, poema ou música favorita. As respostas a cada pergunta formam um capítulo do livro.
São diferentes vozes, algumas influenciadas pelos pais, outras que combateram a família, o governo, o status quo e foram mais longe do que se imaginava. Enfrentaram preconceitos, maledicências, foram vítimas da guerra, processaram os homens que causaram a guerra, foram mortas por ser quem eram ou durante o trabalho que exerciam.
Nas breves respostas temos flashes destas vidas, das dores, das lutas, de como superaram problemas e traumas e como lidam com um mundo que, no geral, ainda não respeita plenamente a mulher e insiste em limitá-la a papeis controláveis. E quem se rebela, é cobrada a pagar as consequências. Muitas delas, encararam, pagaram e conseguiram mostrar que o caminho é a liberdade de escolha.
Gostei de ver a consciência destas mulheres em perceber que estamos longe de um mundo onde as pessoas estejam em patamar igual para lutar pelos seus sonhos e haja justiça. E que mesmo assim não desistem de lutar para mudar essa realidade.
“Nós temos que criar meninas para que exijam seu poder e temos que criar meninos para recuperarem seus corações, que são alterados quando eles têm uns cinco anos” (Jane Fonda).
Na introdução, a autora destacou que a esperança era de motivar quem ler o livro a fazer o melhor que puderem para mudar o mundo. Ao nos apresentar várias mulheres, nos faz pensar em quantas outras pessoas estão em situação semelhante ou pior que a nossa, independente de dinheiro ou classe social. E que encontraram um caminho para fazer a diferença possível. Então, fica o convite para que façamos.
– Links: Goodreads livro e autora; Skoob; maisdela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta