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Cap. 1789 – Jogos de espelhos – Nora Roberts

 Ciao!

 

 

Esta é uma das histórias iniciais da Nora Roberts. Temos um “triângulo amoroso” entre um homem, uma mulher e uma “assombração”.

Nas mãos da Nora, a trama faz muito sentido. 

Jogos de espelhos – Nora Roberts – Momentos Íntimos 99
(Dual image – 1985 – Silhouette) 
Personagens: Ariel Kirkwood e Douglas DeWitt 

Ariel sabia que estava pronta para o desafio de interpretar Rebeca, no filme com roteiro escrito por Douglas DeWitt. Só faltava convencer o autor, que escreveu a personagem inspirada na ex-mulher e buscava uma atriz perfeita. Douglas não gostou de Ariel, considerou-a jovem, sem experiência e sem talento para encarar o desafio, afinal era protagonista de uma novela há cinco anos. Neste duelo de vontades, pode não haver um vencedor. 

Comentários: 

– O protagonista se chama Booth e não Douglas, como foi batizado na tradução de 1987. Quem ler essa história no livro Manhattan: Louca e Desvairada, vai perceber que ele está com o nome original. 

– Ariel é uma vibrante atriz, protagonista de uma novela que está há cinco anos no ar. Ela sonha em interpretar a protagonista cruel e sem sentimentos do roteiro escrito por Douglas DeWitt. Para isso, precisava convencer o roteirista de que era capaz e, acima de tudo, não era igual à outra atriz, a ex-mulher dele, a inspiração do papel. 

– Douglas despejou a amargura pelo relacionamento no roteiro e, por isso, sabia que precisava de uma atriz perfeita para dar vida à Rebeca que ele “criou”. Ele não se entendeu imediatamente com Ariel, porque não conseguia encaixá-la em nenhuma explicação. A jovem conseguia incorporar diferentes personagens com perfeição, era vibrante, alegre, dedicada, defendia causas importantes. E lidava com um problema pessoal, que não compartilhava com ninguém. 

– Ariel é uma personagem muito melhor resolvida com suas qualidades e defeitos que Douglas. Justamente por ela se conhecer tão bem, é capaz de interpretar personagens distintas, como a controlada e sofrida Amanda, na novela e a fria Rebecca no filme. Ela tem uma autoestima saudável e sabe impor limites quando necessário. Determinada, confiante e esforçada, a jovem atriz é apaixonada por Nova York, onde nasceu e cresceu. E mesmo assim, é ela quem mostra diferentes pontos de vista da cidade para o amargurado roteirista. 

– Douglas foi ao fundo do poço após o casamento fracassado com Elizabeth Hunter e escreveu sobre isso. Nem assim conseguiu exorcizar o sentimento ruim. Desde o início, ele estava de pé atrás com ela, menosprezando por Ariel ser uma atriz de TV, se chocando ao descobrir que ela tinha feito teatro (e não foi uma peça qualquer). Tudo era motivo para ele ficar de sobreaviso, querendo condená-la previamente por algo que não foi ela quem fez. E até metendo o nariz e se atrevendo a julgar assuntos sobre os quais ele não tem o menor conhecimento, mas tem “conclusões” e não precisa dos fatos. Ele é incapaz de entender e respeitar que Ariel pode assumir diferentes personagens sem deixar de ser ela mesma – e que, de nenhuma forma, é uma cópia de Liz. 

– Enfim, no triângulo entre o escritor amargurado, o passado que ele não supera e a jovem atriz brilhante, aproveitem o exemplo de Ariel. A forma dela ver a vida, com otimismo, responsabilidade, confiança e disposição para encarar as batalhas necessárias, não deixa de ser uma inspiração. 

– Links: Goodreads livro e autorasite da autoraNora Roberts BrasilSkoobmais dela no Literatura de Mulherzinha. 

Arrivederci!!!

Beta

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