Ciao!
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Este dueto poderia se chamar “Casos de família”. Uma matriarca que beira o insuportável. Favoritismo, desprezo, fofoca, parente que surge, atração inesperada por “pessoas indevidas”.
Tudo isso por um título que ninguém queria por livre e espontânea vontade.
O Fora da Lei – Julia Quinn – Editora Arqueiro (Os dois duques de Wyndham)
(The lost duke of Wyndham – 2008)
Personagens: Grace Eversleigh e capitão John “Jack” Cavendish-Audley
Ao trabalhar para a duquesa viúva de Wyndham, Grace nunca imaginou que se envolveria em um caso de família que poderia resultar na mudança do título do Duque. Também não imaginou que se encantaria por um ladrão de estradas – e muito menos que ele poderia ser o legitimo duque. Jack era bem consciente das origens familiares: filho de um inglês que se apaixonou por uma irlandesa, ficou órfão quando era criança. Esteve no Exército, sofreu perdas e remorsos. E também não poderia prever a reviravolta na vida dele ao atacar uma carruagem para roubar. Ou seja, muita confusão à vista. Até porque Jack estava mais interessado na dama de companhia da duquesa do que no título.
É meu filho. Meu filho.
Grace trabalhava para a Augusta Elizabeth Cândida Debeham Cavendish, a duquesa viúva de Wyndham, que era uma mulher notoriamente distante, exigente, que demonstrava o tempo todo estar em posição hierárquica superior à maioria da humanidade conhecida.
Durante um roubo, a duquesa viúva se viu confrontada com o passado, com o único motivo que poderia fazer com que ela tivesse um coração: um parente perdido. E não é uma pessoa qualquer. Era um jovem muito parecido com John Cavendish, o filho do meio – e o favorito – da duquesa.
A família Cavendish enfrentou uma série de perdas. O duque, o herdeiro, o filho do meio. Se este jovem fosse filho do favorito da duquesa, por outras contingências, Jack seria o legítimo herdeiro do título. E para comprovar isso e garantir que se tornasse possível, a duquesa viúva não conhecia a palavra limites.
O – possível e reticente – herdeiro
Ser um duque não fazia parte da lista de desejos de Jack. Na verdade, ele se considerava indigno de estar vivo, imagina ter um título – mas ao ser “convidado por livre e espontânea pressão” a se unir aos Cavendish e ouvir os planos da suposta avó “para devolvê-lo ao legítimo lugar no mundo”.
Aliás, carinho não fazia parte da equação. Direitos. Deveres. Prioridades. E os desejos de uma mulher que tinha certeza de que o mundo deveria ser como ela queria. Jack recebeu outra criação, teve os erros e acertos e nunca esperou descobrir a origem do pai.
Por isso, só lhe restava ser irônico, debochado, se rebelar contra as certezas da duquesa viúva até encontrar uma forma de escapar dessa vida que não era para ele.
Uma atração inconveniente
Mais que joias e títulos, o verdadeiro interesse de Jack se converteu para Grace. Ele se encantou por ela. E Grace também sentiu algo diferente por ele. Algo que não seria útil a nenhum dos dois. Grace era uma dama de companhia, não era de família nobre, alguém com quem um possível duque poderia se casar.
Jack não estava nem aí para isso. Só que, se fosse comprovado que ele era o legítimo herdeiro do título, teria que se ajustar ao que a sociedade esperava dele.
E isso incluía um casamento agendado desde o berço com Amelia Willoughby, filha do conde de Crowland – que era a noiva prometida do atual duque, Thomas Cavendish, o primo de Jack.
Aliás, outro anda feliz com toda esta história. Por deixar de ser quem o destino o colocou para ser e por ter que aturar os desaforos da duquesa-viúva – que não era uma avó amável e fofa.
Enfim, é muita gente embolada numa confusão que só se complica pelas ações e reações dos personagens. E nesta duologia, a Julia Quinn conta as reações simultâneas e os fatos que ocorreram em paralelo aos dilemas de Jack e Grace e de Thomas e Amelia.
Os dois duques de Wyndham
- O Fora da Lei
- O Aristocrata
– Links: site da autora; site da Editora Arqueiro, Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta