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O Aristocrata: Os dois duques de Wyndham – Julia Quinn – Cap. 1882

Ciao!

Disponível na Amazon

Pensa só: você tem um destino definido por circunstâncias superiores. De repente, uma reviravolta, e você pode deixar de ser quem sempre foi preparado para ser.

Thomas Cavendish não estava preparado para isso – de novo.

E, por tabela, Amelia também não imaginou a que ponto poderia chegar a falta de controle sobre a própria vida.

O Aristocrata – Julia Quinn – Editora Arqueiro (Os dois duques de Wyndham)
(Mr. Cavendish, I presume – 2008)
Personagens: Amelia Willoughby e Thomas Cavendish

Thomas era o duque por falta de opção, era o filho do terceiro filho que só ficou com título porque os outros herdeiros morreram. Quando se conformou com o papel, que incluía aturar o péssimo humor eterno da avó, eis que surge um homem que poderia ser seu primo – e legítimo herdeiro do título. Como tudo sempre podia ficar mais complicado, foi neste momento que Thomas finalmente se encantou pela noiva com quem ainda não havia se casado. E se deixasse de ser Wyndham, também perderia Amelia, a noiva prometida para o duque.

E se…

O tal do “se” era presente demais na vida de Thomas. Uma série de circunstâncias o levou a ser o duque de Wyndham e ele se preparou para este papel, sendo consciente da responsabilidade – mesmo aturando a avó, que era insuportável e claramente o “engolia” por falta de opção.

Afinal de contas, o ducado era um dos mais importantes no país, com várias propriedades, uma linhagem impecável e que incluía a manutenção disso para as próximas gerações,

Até que um roubo à carruagem onde estavam a duquesa-viúva e Grace virou tudo de pernas por ar de uma forma que nada seria mais como antes. O mundo como Thomas conhecia se esfarelou sem chances de ser reconstruído.

A noiva cansada de esperar

Prometida ainda bebê em casamento ao duque de Wyndham, Amelia estava congelada no tempo enquanto o via passar para os outros.

Não precisava debutar ou frequentar a sociedade, porque já tinha um noivo.
Deveria se preparar adequadamente para ser uma duquesa, porque já tinha um noivo.
Estava vendo todas as outras, que não tinham noivo, encontrando seus pares e se tornando esposas.

Enquanto isso, ela tinha a vida regida pelo noivo prometido que nunca marcava o casamento.

Até que se decidiu a tomar uma atitude para fazer o próximo passo acontecer: deixar de ser uma noiva e se tornar uma esposa. Só que percebeu algumas coisas: para Thomas, ela era parte das obrigações de ser Wyndham.

E algo muito estranho estava acontecendo com ele. Por isso, decidiu ficar por perto, mesmo sob o escrutínio constante e desfavorável, da duquesa-viúva. Afinal de contas, ele seria o futuro marido dela.

Wyndham – Cavendish

O livro trata da construção da identidade de duas pessoas a partir do ambiente onde vivem. Amelia sempre foi definida em função de ser a esposa de Thomas, a futura duquesa, ficou noiva por anos e agora não sabia quem era além disso.

Um marido que não a conhecia, para quem era parte do dever a ser cumprido, não um ser humano com desejos, sonhos e sentimentos.

Thomas viveu em função do título que herdou do pai. Estudou e se tornou um duque competente e responsável com os deveres. No entanto, a chegada de um primo desconhecido que poderia ser o legítimo herdeiro sacudiu todos os alicerces de tudo que ele conhecia como vida.

Neste caos, ele percebeu a joia que era Amelia e se deu conta de que não conseguiria abrir mão dela para o duque legítimo. Só que ela aceitaria um integrante de família nobre sem título? Será que a família dela deixaria? Seria justo pedir isso à Amelia?

Moral da história

As duas histórias trazem o peso da pressão social em cima das pessoas, em especial, as reticentes. Jack não queria o título, Thomas aprendeu a viver com ele. Grace sabia que era indigna de alguém nobre. Amelia queria sair do cantinho da noiva prometida.

Tudo dentro do que manda a sociedade e do que espera a duquesa-viúva que é um pesadelo mal-humorado e irritante na vida de todos eles.

Cada um tinha suas fragilidades, virtudes e defeitos. No caminho vão descobrir o que os torna fortes diante de quando a vida sai de controle.

A proposta de ler dois livros que conversam e interagem, com direitos a compartilhamento de cenas sob diferentes pontos de vista narrativos, é bem interessante. Dependendo do dia de quem estiver lendo, pode soar arrastado e repetitivo, especialmente se a pessoa não embalar na leitura. Mas não deixa de oferecer a experiência de saber o que outro personagem estava pensando naquele momento.

A duologia foi publicada no mesmo livro pela Editora Arqueiro, o que evita a espera para ver o outro lado da história.

Os dois duques de Wyndham

– Links: site da autora; site da Editora Arqueiro, Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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