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A luz através da janela – Lucinda Riley – Cap. 1887

Ciao!!!

Disponível na Amazon

Era incrível a capacidade da Lucinda Riley de estabelecer linhas narrativas que se entrelaçam de forma que muitas vezes a gente não espera.

Aqui temos mais um exemplo disso: como situações que ocorreram na década de 1940 ainda geravam consequências meio século depois.

A luz através da janela – Lucinda Riley – Arqueiro
(The light behind the window – 2012)
Personagem: Émilie de la Martinières em busca do passado

Agora Émilie era a última dos la Martinières – justamente a jovem que nunca buscou ostentar o glamour da família aristocrática francesa. O luto desencadeou um período de confusão e reflexão sobre o futuro, em especial o château no sul. Justamente lá, ela iniciou a descoberta de capítulos de uma história que ela nunca imaginou que aconteceu. Cinquenta anos antes, toda ajuda era bem-vinda para libertar a França e Constance Carruthers tinha sido treinada para isso. O problema era que uma guerra deixava tudo mais imprevisível e ainda mais mortal.

“Só a vitória importa”

O luto de Émilie pela morte da mãe é marcado por uma série de sentimentos conflituosos. Havia amor, mas havia também insatisfação, a sensação de nunca ter sido suficientemente boa, bonita, graciosa e elegante como se esperava de uma la Martinières.

Não seria o contexto emocional mais apropriado para tomar uma série de decisões, por isso, Émilie se sentiu grata quando o caminho dela cruzou com o de Sebastian Carruthers. Apesar do estranhamento inicial, descobriu ligações da família dele com a dela, durante o período da guerra ali em Gassin.

Se, em meio ao luto nasceu um sentimento forte e bonito, por que não aproveitar? Além disso, graças ao contato com Jean e Jacques, pai e filho que cuidavam da vinícola ligada à propriedade, ela pode saber o que realmente aconteceu na juventude do pai dela e as histórias que ocorreram naquelas paredes do château de Gassin.

Esforço de guerra

Em 1943, Constance Carruthers foi convocada do trabalho burocrático que realizava para ir a campo infiltrada atrás das linhas inimigas. Junto com um grupo de mulheres e homens, ela foi treinada para entrar nos grupos que ajudavam os envolvidos na resistência aos nazistas.

No entanto, ao desembarcar na França, o que já era complicado, ganhou novos rumos totalmente imprevistos. Ela teve que pedir socorro ao “Herói” e descobriu que era o aristocrata Édouard de la Martinières, que era próximo de oficiais de alta patente do Exército Nazista.

Pois é, Connie despencou na caldeirinha fervente. E teve que encarar uma mudança de disfarce e ficar em contato direto com o inimigo.

O melhor e o pior do ser humano

A Luz Através das Janelas mostra um retrato do ser humano em seus extremos e na área cinzenta. Temos a coragem, a força, a paixão, a ganância, a mesquinhez, o mal caráter, a má índole. Temos quem sabe disfarçar quem é de verdade. E aqueles que nem se importam com isso.

E tudo isso em duas situações distintas. No período de guerra, onde, declaradamente, nada é garantido. Quem está nas áreas de combate ou invadidas nunca tem certeza de como será o dia seguinte. A ameaça nazista pairando e invadindo as casas ricas e pobres em Paris. Vizinhos traindo vizinhos. Pessoas se julgando com direito de decidir a vida das outras. Pessoas se impondo violentamente sobre as outras pelo simples prazer de poder ser más sem remorso.

No período de paz, a batalha muda de local. É a pressão social e mesmo da própria índole de querer ser ou ser visto como melhor pelos outros. Uma competitividade doentia, que não mede as consequências desde que a outras pessoa seja a prejudicada. Em guerra ou paz, a ganância e ambição encontram terreno fértil.

Ao mesmo tempo, quem é vulnerável, precisa aprender a identificar, encarar e se defender destas pessoas. E é possível. Pode custar muito, mas vale a pena deixar esse tipo de criatura para trás. Afinal de contas, as trevas não vencem porque sempre há a luz.

A vida é curta demais para o ódio e o preconceito. Quando encontrar algo bom, agarre com as duas mãos.

– Links: site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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