Pois bem, tomei uma decisão de refazer o post destinado à Família Crighton. Aqui está o primeiro resumo – realmente sintético e um tanto capenga de detalhes por conta dos livros até então não lançados. Não o apaguei porque os comentários foram preciosos e contribuíram para aperfeiçoá-lo e permitir que este texto hoje fosse possível. Por isso, peguei as informações contidas no post original, acrescentei outras tantas e agora temos esta versão novinha em folha, aberta a novos comentários.
Numa carta às leitoras, Penny Jordan confessa que sempre gostou de ler sagas familiares. “Sempre quis muito escrever sobre a emoção, a alegria e também a tristeza que mantêm unidos os membros de uma família.” Ela conta ainda que originalmente o sobrenome Crighton pertenceu à família da mãe do marido dela. Ela criou uma trama complexa, onde todos os livros contribuem de alguma forma para que os leitores tenham o entendimento pleno da história. Na minha opinião, algumas tramas são mais interessantes que outras, o que leva à vida real – nem sempre tudo é um mar de rosas. Outra curiosidade é que, excetuando os dois últimos livros, os demais títulos em Inglês têm a palavra Perfect – apesar de duas traduções para o português terem aberto mão dela. Eu deixaria Amor Cigano com o título original – O Par Perfeito?, que acabou sendo usado no livro de Samantha que era originalmente O Pai Perfeito. A única troca que eu manteria (um tanto por preguiça, porque sempre ignorei o título original) é a do livro do Max, Pecador Arrependido diz muito mais sobre a história do que O Pecador Perfeito.
A propósito, vocês vão reparar que eu fui montando a série aos poucos, catando o que era lançado aqui e ali, por isso, não dependi totalmente do recente relançamento/lançamento na série Destinos da Harlequin. E, sim, meu humor foi se deteriorando ao longo da leitura, como vocês vão perceber…
Uma família perfeita – Penny Jordan – Harlequin Grandes Romances 02
(A perfect family – 1997 – Penny Jordan)
personagens: os gêmeos Jonathon e David Crighton
No primeiro livro, somos apresentados aos Crighton, aos motivos que causaram a divisão da família e criaram a rivalidade entre os dois núcleos. No entanto, entre os herdeiros de Ben, a perfeição era apenas aparente: os favoritos dos patriarca tinham sérios problemas de caráter, o que causava temor, horror e conseqüências para os outros familiares. E as rachaduras se tornam evidentes quando David sofre um ataque cardíaco na comemoração dos 50 anos dele e do irmão. O lado negro dos Crighton começa a aparecer com força e eles terão que ser realmente unidos para superar as crises e os desafios que virão pela frente.
Comentários:
– Não deixa de ser engraçado o fato de eu ter lido o primeiro livro da série por último. Acho que Penny Jordan foi bem feliz na escolha do título, afinal de contas, “a grama do vizinho é sempre mais verde”, ou seja, a família alheia sempre é perfeita e melhor que a nossa. E isso fica evidente na saga dos Crighton: o favoritismo de alguns, os maus exemplos e fracos de caráter, como que alguns se sacrificam e outros só querem levar vantagens.
– Max, por exemplo, o favorito destila veneno e quer que o mundo gire ao seu redor. Seduz Maddie pensando que ela seria uma pedra no seu caminho, apesar de desprezá-la (apesar de ela ainda não perceber isso).
– Jon, sempre à sombra do irmão David, foi treinado para ser assim e chega aos 50 anos questionando e reavaliando sua vida e suas escolhas, inclusive a vida compartilhada com a confiável Jenny.
– Fiquei em dúvida sobre a descrição que Penny fez das gêmeas, Katie e Louisa, aqui com 16 anos. Na página 19, Penny Jordan atribui a personalidade mais forte das duas à Katie, apesar de, nos outros livros, a visão da família era de que Louisa era a dominante. Em outro trecho, mais à frente, quando Louisa dá indícios do interesse por Saul, aparece o temor de que ela fosse “o Max de saias” (o que não seria, se ela fosse a gêmea “mais fraca”).
– Entendo o dilema de Olívia, que queria ter o talento reconhecido pela família machista e abraça a chance de provar isso, o que pode custar muito caro a ela.
– E Joss prova que é fofo desde o início. Ele bem que merecia um livro só dele.
– Como disse, este livro abre as portas para as demais tramas, situando o ponto de partida: a doença de um dos favoritos, o declínio do patriarca dominador, o retorno de um parente, rompimentos, recomeços…algo típico de famílias, perfeitas ou não.
Um plano de sedução – Penny Jordan – Sabrina edição comemorativa 100
(The perfect seduction – 1997 – Silhouette books, Harlequin)
personagens: Bobbie Miller e Luke Crighton
Uma história mal contada de família levou as gêmeas Roberta “Bobbie” e Samantha Miller a planejarem uma vingança contra a mulher que teria abandonado a mãe delas. Problemas de última hora deixaram a execução a cargo de Bobbie, a menos implacável das duas, que deveria se infiltrar na família Crighton, na Inglaterra. Ela teve sucesso com quase toda a família, exceto um – desde o início, Luke Crighton não confiou na americana alta, mas sentiu-se atraído por ela… E quando percebeu que a família estava ameaçada fez o possível para defendê-la… Nem que tivesse que cuidar pessoalmente do perigo loiro.
Comentários:
– Para a turma que conhece a piada interna, lá vai: uma Roberta casada com um Luke. Depois quando eu falo, dizem que estou delirando. Mas é destino! Está escrito nas estrelas kkk
– Sim, eu admito, as tempestuosas gêmeas Miller são as minhas personagens favoritas na série. Porque elas vêm de um ambiente diferente dos confusos, amargos e, em certos pontos, falsos Crightons.
– A fofura do Joss continua visível neste livro. Como que este menino consegue ser sensato em meio ao caos familiar é um mistério.
– Luke deu sorte. Esta Roberta aqui não o perdoaria tão fácil depois das grosserias que ele falou sem ter provas. Apesar da capacidade dele em diferenciá-la da irmã gêmea contar vários pontos a favor da bandeira branca.
– E o final da trama de Bobbie já remete diretamente ao pontapé inicial da trama da gêmea, Samantha, que ainda vai demorar um pouco para aparecer por aqui.
O poder do amor – Penny Jordan – Bianca 674 (duplo)
(Perfect Marriage Material – 1997 – Silhouette Books, da Harlequin)
personagens: Tullah Richards e Saul Crighton
Saul Crighton era pai divorciado de três filhos, tentando conciliar trabalho e atenção às crianças. Ele chama a atenção de Tullah Richards, que não queria ceder à tentação despertada pelo chefe. Sem contar que ela tinha motivos de sobra em seu passado para não embarcar num caso sem futuro. Para piorar, ainda teria concorrência pesada e desleal de Louise, a jovem prima que está disposta a tudo para ser a nova esposa de Saul.
Comentários:
– Sim, aqui a Louisa é Louise – não pergunte o motivo. Desisti de entender.
– Pra tentar ajudar aos leitores que leram a série fora de ordem – como eu – Penny Jordan gasta uma parte do primeiro capítulo situando as mudanças pelas quais passou a família: casamentos, crianças, quem é tio, primo, amigo, agregado de quem…
– Encontramos Saul já divorciado e querendo retomar a carreira – com o apoio do clã, ele torna a ser um advogado de multinacional, só que a sua fama o precede. Conhecemos primeiro o Saul pelo que Tullah ouviu dizer a respeito dele: sedutor de mulheres comprometidas (Olívia) ou jovens demais para resistir (Louise) – sim, uma péssima primeira impressão motivada por boatos. Mal sabe ela que a sua amiga Olívia já faz planos de casá-la com algum parente para que ela faça parte da família.
– Ah, quem quiser saber os traumas que uma separação causa pode ler este livro. Tullah sofreu por causa do divórcio dos pais, o que fez com que ela entendesse a situação dos filhos de Saul (ainda mais depois que superou a visão preconceituosa que tinha dele).
– Além disso, neste livro entendemos por que a família temia que Louise(a) se tornasse o novo Max – os genes malvados dos Crighton se manifestam nela com força e convicção. Somados aos rompantes da adolescência, levam a atitudes impensadas. Mas nada como uma humilhação pública na frente da família e dos amigos para restabelecer o juízo e o bom senso.
Amor Cigano – Penny Jordan – Sabrina a cegonha chegou 22
(The perfect match? – 1997 – Harlequin)
personagens: Chrissie Oldham (na verdade, Crighton) e Guy Cooke
A morte do tio levou Chrissie Oldham a Haslewich para acompanhar o inventário e tentar pagar as dívidas e ver o que fazer com o que restou da fortuna esbanjada por Charles Platt. Ela encontrou o sócio de Jenny na loja de antiguidades, Guy Cooke, descendente de ciganos, e foi amor à primeira vista. No entanto, a confusão e a desconfiança provocadas por uma rivalidade familiar, identidade não-revelada e a origem de uma mesinha podem separar o casal…
Comentários:
– No primeiro livro, já fomos informados da paixão platônica de Guy por Jenny. E no livro anterior, O Poder do Amor, ficamos sabendo que ela estava afastada da loja de antiguidades por causa do trabalho na casa de apoio às jovens grávidas e carentes que Ruth criou e que estava abrindo novas unidades. Neste livro, o reencontro é por um problema – a casa de Ben foi invadida e os ladrões levaram vários objetos de valor, em especial, a mesa de pau-amarelo que era parte de uma dupla enviada como presente da França para antepassados dos Crightons. Sim, essa mesa vai ser o motivo de discórdia dos protagonistas.
– Sim, aqui a concepção de amor à primeira vista é levada muito a sério. Tão a sério que bastou um beijo intenso e duas páginas depois Chrissie já dizia que amava muito Guy (?!?!?!?!) e nem preciso dizer onde eles terminam em menos de cinco páginas, né? Os assaltos continuam acontecendo, há suspeita de que uma mulher seja o contato da quadrilha para escolher as casas… Chrissie não conta a Guy que é parente de Charles, que o torturava na escola (sim, Penny Jordan antecipa um dos temas atuais de discussão nas escolas: bullying – crianças e adolescentes submetidos a perseguições e agressões físicas e morais por outros estudantes.) E logo logo a bomba vai estourar e o casal que se apaixonou à primeira vista talvez não sobreviva à segunda olhada…
– Louise e Katie são brevemente mencionadas, enroladas com estudos e bem longe dali não poderiam ajudar no evento organizado por Jenny e Guy. E por causa do assalto, os pais não poderiam viajar para visitá-las. Outro também citado é o fugitivo David, que só dava sinal de vida através de cartões postais para o pai na época do Natal, com o cuidado de nunca revelar seu paradeiro.
– Perdoem a minha sinceridade: mas o Guy é um chato de galocha, um típico herói da PJ – dispara acusações, julgamento, condenações baseado em evidências superficiais. E quebra a cara. Mas eu ainda achei pouco. Ele fez gato e sapato da Chrissie, que é uma santa por perdoá-lo ainda nesta vida!
O amante perfeito – Penny Jordan – Harlequin Destinos 95
(The Perfect Lover – 1998 – Mills & Boom)
personagens: Louisa Crighton e Gareth Simmonds
A rejeição de Saul magoou profundamente Louisa, ao ponto de ela perder o rumo na faculdade e atrair a atenção do orientador Gareth sobre ela – justo quando ela não suportava mais nenhuma pressão e cobrança. Gareth havia se apaixonado pela aluna que tentava enganá-lo. Eles só não contavam que ambos cederiam a um momento de paixão intensa e que passariam anos sem se verem. Quando se reencontram, trabalhando na diplomacia internacional, entenderam que teriam que resolver a situação entre eles. Gareth ainda pensava que ela o via como um substituto do amor perdido. Louisa queria compreender o que sentia, para poder, finalmente, tocar a vida em paz.
Comentários:
– Se você ler O amante perfeito na sequência direta de O poder do amor, pode ficar irritado com Louisa por “osmose”. No entanto, aqui há o mérito de mostrá-la amadurecendo e compreendendo a si mesma. Remete diretamente ao antecessor, que, digamos, tem um fechamento oficial aqui. Neste livro, há pistas que o ligam a duas histórias posteriores: O pecador arrependido e são o ponto de partida do livro de Kate, a gêmea de Louisa.
– É um fetiche da série: as mulheres Crighton gostam de homens mais velhos. No caso de Louisa, um ex-professor.
– Não deixaria passar em branco (ÓBVIO) que a grande “assombração” de Louisa e Gareth acontece durante férias no lugar mais lindo do mundo (na minha obcecada opinião): Toscana. É, exatamente, eles conseguem a façanha de se acharem na Itália (imagina que “legal” dar de cara com o professor que contribuiu para o seu momento miserável ser pior ainda – naquele momento, Louisa ainda estava na fase mimada e irritante.)
– Infelizmente, por experiência própria e recente, devo informar que sei o quanto uma enxaqueca pode destruir o dia de uma pessoa (e ainda dei sorte, porque fui pesquisar para uma pauta e descobri que as crises podem durar de algumas horas – o que foi meu caso – até DIAS – e aí eu ia S-U-R-T-A-R.) Não desejo para ninguém. Por isso, Louisa tem minha total solidariedade no sofrimento.
– A relação entre Kate e Louisa merece uma avaliação: no consenso familiar, Kate era a frágil e Louisa, a durona. Uma fórmula rápida para rotular gêmeas idênticas. No entanto, a suposta fragilidade de Kate se revela mais segura que a falada dureza de Louisa. Os familiares temiam que os genes ruins dos Crightons se manifestassem na gêmea mimada. Por sorte, o que a salvou de ser uma “Max de saias” foi a decepção amorosa escancarada para toda a família e as consequências: a recriminação dos pais, o suporte da irmã, a cobrança na faculdade. Louisa precisou recomeçar – o que a fez amadurecer.
– E como em todos os livros há uma trama paralela: aqui temos Jack e Joss na jornada para achar David, o filho “foragido” de Ben – o que leva diretamente ao próximo livro da série.
O pecador perfeito – Penny Jordan – bestseller 15
(The perfect sinner – 1999 – Mira Books)
personagens: Max e Maddy Crighton
Max era um cretino. Advogado, casado, sem qualquer sombra de escrúpulos, não se importava em usar a família para ter uma imagem boa perante o avô, em usar todas as armas para ter mais poder e dinheiro e em seduzir qualquer mulher que passasse em seu caminho. Enquanto isso, toda a família percebia como ele tratava a esposa, a pobre Maddy, que agüentava todos os desaforos, as críticas e até a violência do marido. Até que ele sofre um acidente e se regenera não só física, mas psicológica e espiritualmente. Poderia depois de tanto sofrimento Maddy acreditar que aquele estranho era o seu marido e dizia a verdade ao garantir que pretendia fazer tudo para manter a família unida?
Comentários:
– Não sei da onde eu tirei que este livro se chamava O pecador arrependido e na resenha original dos Crighton foi assim que o batizei. Acho que sou incapaz de chamá-lo pelo nome certo. E agora no relançamento a Harlequin resolveu quebrar meu galho e batizá-lo de O pecador arrependido (Destinos 96) ao invés do nome original – O pecador perfeito. ^^
– Cinco livros e mais de 170 páginas de tortura – é o espaço da nossa convivência com o Max maligno. Sinceramente, achei que a surra que ele levou e que causa a experiência que o muda pra sempre foi pouca. Ele não perdia uma chance de causar tristeza, angústia, sofrimento. Adorava menosprezar quando notava uma fraqueza – implicava com Jack por ele depender do apoio dos tios depois de ter sido abandonado por David e Tiggy/Tânia. Não perdia uma oportunidade de destruir Maddy, culpada apenas por amá-lo e se submeter aos caprichos e desmandos dele. E nem vem com a lengalenga de que ele se sentia preterido pelos pais, por não conseguir substituir o filho primogênito morto. Qual é, uma criança que diz que as irmãs gêmeas recém-nascidas pareciam gatinhos cegos e deveriam ser afogadas merece psiquatria imediata e muito cuidado. Houve momentos em que achei que ele era o menino pura maldade daquele filme de terror… Cruzes!!!
– Maddy é o patinho feio sadomasoquista. Quanto mais Max pisa, mais as pessoas têm pena, menos ela reage. Não entendo de psicologia para saber se isso é algum tipo de comportamento doentio, mas pelo amor de Deus, a vilania de Max é diretamente proporcional à pasmaceira dela e você não fica indiferente, acaba ficando com muita raiva dos dois.
– Só achei que o livro deixa a regeneração de Max bem pra reta final e apesar de saber que não é truque, fica difícil acreditar que ele encontrou a paz e o amor e quer andar agora no caminho do bem… Apesar de saber que a trama continua em outro livro, desta vez, como coadjuvante…
O Par Perfeito – Penny Jordan- Harlequin Destinos 97
(The Perfect Father – 2000 – Mills & Boon)
Personagens: Samantha Miller e Lian Connolly
Samantha acompanhava a felicidade da irmã e também queria encontrar seu caminho sem ter que abrir mão de seus sonhos. O problema era ser uma mulher competente num mundo masculino e ter que lidar com a crueldade e com a inveja alheia. A viagem à Inglaterra poderia ajudá-la a mostrar para quem duvidava que ela era uma mulher competente em todas as áreas. Ela só não contava que atravessaria o oceano para encontrar a sua paixão platônica. Liam precisava se convencer de que o tempo tinha feito Samantha amadurecer. Se a paixão entre os dois geravam faíscas, as arestas também – eles precisavam se ajustar em vários sentidos, antes de perceber que eram o par perfeito.
Comentários:
– Eu realmente adoro as gêmeas Miller, porque elas são diferentes das sofridas mulheres Crighton (apesar do gene da teimosia ser comum a todas). E para quem sabe da piada interna: só mesmo uma Roberta casada com um Luke teria uma filha chamada Francesca (é a prova de que está mesmo escrito nas estrelas).
– Se no livro de Bobbie fica claro que a Samantha é a gêmea “mandona”, aqui podemos dissecar essa personalidade. Samantha é uma mulher que sabe o que quer e esbanja segurança. E isso incomoda, ao mesmo tempo que encanta, a muitas pessoas a seu redor.
– Samantha entra na neura de querer um filho por conta da felicidade da gêmea e do veneno de um “companheiro” de trabalho. Tentando fugir do óbvio, ela pensou em encomendar o filhote com um pai inglês (eu daria uma esticadinha na Irlanda ou na Escócia: se for o Clive Owen ou o Gerard Butler, aprovadíssimos). Ainda bem que Liam vai atrás dela pra consertar a bobagem. Ela não queria ser “mulher de político”, mas ele estava certo de que ela deveria reconsiderar a decisão.
– Orgulho ferido (disfarçado de dor de cotovelo) e bebida não combinam. Se bem que, no caso de Samantha, deu o empurrãozinho que faltava…
– Bobbie fofoqueira, que feio!
– E Liam é meu herói favorito na série – sim, ganha do Luke por léguas. A confissão dele para a Samantha foi uma das mais bonitas que eu já li.
– É uma pena que a história de Jamie fica em aberto.
– Aqui temos uma pista descarada da próxima trama.
Uma noite perfeita – Penny Jordan – Julia 1163
(A perfect night – 2000 – Harlequin)
personagens: Kate Crighton e Sebastian Cooke
Um quase-atropelamento foi a forma pouco convencional de apresentação entre Kate e Sebastian. Ela, uma advogada da conceituada família Crighton. Ele, um químico aprendendo a lidar com a filha universitária. Imagine duas criaturas tão distintas tendo que se entender como vizinhos. Para piorar, uma previsão de uma cigana de que eles ficariam juntos cai na boca do povo. E os Crighton acreditam que a voz do povo (leia-se, o consenso geral da família) é a voz de Deus… daí é menos que um passinho pra Katie e Sebastian estarem mais que enrolados…
*** CURIOSIDADE: A mesma história pode ser encontrada, com pequenas diferenças de tradução, mas nada que comprometa, no livro Mais que uma noite – Penny Jordan – Katie Crighton e Sebastian Cooke – Sabrina 1133 (capa azul). Este livro tem a decência de fazer uma apresentação dos personagens principais que aparecem, são citados ou influenciam o andamento desta parte da história.
Comentários:
– Depois deste livro, cheguei à conclusão de que Penny Jordan teve uma crise súbita de preguiça quando chegou nesta trama. Ou ela era trama coadjuvante de alguma outra e foi separada. Porque só isso explica o livro que você espera começar, espera, espera, espera e, de repente, termina! E você se perguntando se deixou de ler alguma coisa ou se ele estava escrito em alguma língua além da sua compreensão.
– A cigana diz que Katie e Sebastian mais que serão um casal – terão um filho juntos. Para a cabeça “traumatizada” de Sebastian, isso é inconcebível: afinal de contas, apesar do primeiro casamento dele ter sido precipitado (eles eram jovens demais) e terminado de forma civilizada, ele se sente culpado por não ter sido um bom marido e muito menos um bom pai para Charlotte (ainda bem que ele percebeu isso nesta existência – tipo uns 16 anos de reflexão, pra dar tempo de estressar com as aventuras universitárias da filha). Então ele tinha certeza de que esse negócio de “relacionamento” não era para ele. Mas ele é um Cooke, dono daquele charme cigano, arrebatador e irresistível. (Sim, estou procurando onde está isso tudo até agora, mas não achei.)
– A previsão pareceu igualmente surreal para Katie. E aqui ela é descrita com uma personalidade totalmente apagada e frágil. Se bate um vento mais forte, atravessa o Atlântico sem ver. Ela era a sombra da gêmea Louise (a) (não dá, cada livro adotou um nome e não tem como Betinha ir até o cartório de Haslewich descobrir a grafia correta.) e como um fato comum nesta trama, se apaixonou pelo mesmo homem que a irmã – lembrando que no livro de Louise (a), Katie trocou de lugar com a irmã para protegê-la enquanto ela sofria pelo pé no popô que levou de Saul e teve um contato mais próximo com Gareth Simmonds, orientador de Louise (a), que soube reconhecer e desmascarar a farsa. No entanto, como só tinha olhos para Louise (a), Gareth nunca percebeu que Katie era apaixonada por ele. Algumas pessoas da família desconfiavam, mas ninguém nunca disse isso em voz alta perto dela. E quando o livro começa, Katie está fugindo da descarada felicidade de Louise (a), com o marido e bebê pequeno, desejando ardentemente e disposta a tudo para que a irmã tenha destino lindamente semelhante…
– De tanto se repelirem, obviamente, Sebastian e Katie acabam se atraindo. E apesar de ela dizer “não, não, não!” termina num animado “sim, sim, sim!” e com um Cookie encucado querendo saber por que ela ainda era virgem e por que ela o havia escolhido para a primeira vez – não querendo defender Katie (que é do estilo que não sabe se casa ou se compra uma caixa de massinha de modelar), mas cá entre nós, Sebastian não deu muita escolha – se impôs, a seduziu e quando viu, ops, provavelmente bebê a bordo no impreciso relacionamento dos dois…
– Essa gente com mania de casar os outros me irrita… Isso aparece no livro da Bobbie, no livro de Sam e aqui. Cruzes gente, cada um no seu quadrado!!!
– Definitivamente, não fui com a cara dos rapazes da família Cooke…
De volta para casa – Penny Jordan – Bestseller 29
(Coming home – 2000 – Harlequin)
personagens: Honor Jessop e David Crighton
O filho pródigo, David, resolveu voltar para casa depois de muitos anos distante. E vai ser um verdadeiro vendaval familiar. Tem que lidar com a preferência do pai, que sempre gostou mais dele do que do irmão, Jon e das netas. Aliás, se ele está pensando em reavivar um relacionamento paternal com Olívia, vai ter muitos problemas pela frente…
Comentários:
– Sim, neste livro, Max e Maddy já têm um terceiro filho que brotou na família em algum momento após o pecador arrependido virar santo que abalou o mundo e a ex-esposa capacho virar a suprema esposa Crighton que é capaz de resolver casa e trabalho com o pé nas costas, charme, elegância e glamour. E matando todas as moradoras de Haslewich de inveja da felicidade exuberante deles. (Sim, gastei todo o mau humor com a recuperação súbita do cretino-mor da série neste singelo parágrafo).
– Falando em cretinice, anos depois de, convenientemente, desaparecer e deixar uma bomba para ser solucionada pelo gêmeo bonzinho Jon e pela filha renegada Olívia. O patriarca Ben, antes de ficar cada vez mais rabujento nunca compreendeu o significado da igualdade sexual – as mulheres são tão capazes quanto os homens no mercado de trabalho. E neste livro ainda temos as famigeradas e injustas comparações e acusações dele – de que a mãe de Olívia, Tiggy (apelido de Tânia, neste livro, aparecem os dois nomes. Nos outros, apenas um deles.), foi a culpada pelo desaparecimento do filho favorito. Em nenhum momento ele considera as características decorrentes dos genes ruins dos Crightons e o excesso de mimo e proteção dele enquanto pai como os motivos – David sempre saía impune e, obviamente, chegou um momento em que isso não foi mais possível. Desta forma, é sempre mais fácil culpar os outros…
– Enquanto esteve na Jamaica, David trabalhou com um padre cuidado de doentes (s-o-c-o-r-r-o!) e, através do exercício da religião e da solidariedade, entrou em contato com seu “eu interior” e viu que deveria se arrepender e começar do zero. Por isso, ele volta e se torna um voyeur da própria família: apenas as crianças, os filhos de Maddy, o vêem, sendo que Leo, o mais velho, até o chama de “Vovinho”. Ele nota quantas mudanças aconteceram sem que ele participasse. E acaba se envolvendo com a moradora mais recente da cidade: Honor Jessop, uma herbolária, disposta a conhecer uma alma gêmea (já que o primeiro casamento não deu certo). E é ela quem o apóia no retorno à família.
– Olívia e Caspar estão em crise. De novo. Tiveram uma antes de casar, lembram-se?, e, mesmo assim, insistiram em se casar. Agora, estão estremecidos de novo, pelo mesmo motivo: Caspar se queixa de que ela é extremamente submissa à mostrar aos Crightons que ela tem a força, é invencível e merece tanto respeito quanto os queridinhos David (mesmo foragido, amado in memorian) e Max (que ficou ainda mais querido depois que virou o docinho de côco da família, o filho/marido que toda a Inglaterra queria ter – até o advento da adaptação de Orgulho e Preconceito pela BBC, quando a interpretação de Mr. Darcy transformou Colin Firth no homem mais desejado do Reino Unidos). Só que nesta missão, ela sacrifica a convivência com as filhas e a família (muitos parentes já percebem que ela sofre de um inigualável complexo de perseguição)… E a situação entre ela e o marido evolui para o insustentável, ao mesmo tempo em que ela se recusa terminantemente a rever o pai. Não quer saber dele e ponto final.
Recomeçar… – Penny Jordan – Bestseller 48
(Starting over – 2001 – Mira Books)
personagens: Olivia Crighton e Caspar Crighton
A relação impossível entre Olivia e David acaba atrapalhando o casamento dela com Caspar. Ela decide se separar do marido, durante uma viagem aos Estados Unidos e volta para a Inglaterra. No entanto, se adaptar à nova realidade da família será difícel e ela precisa esclarecer e resolver os problemas que têm com os pais, o peso por não agüentar os erros dele… para tentar recomeçar com Caspar. Isto é, se ele ainda esperasse por ela.
Comentários:
– Olívia está incontrolável no mau sentido: toda a paranóia dela chega ao grau máximo o que torna insuportável conviver com a criatura. Ela precisa de uma terapia, caminhões de remédios tarja preta ou, simplesmente, resolver a situação com os pais – a causa óbvia de toda esta pressão que ela se impõe, esta competição contra os outros homens da família onde só ela está preocupada em ganhar, porque eles já resolveram suas vidas e estão mais interessados em ser felizes e aumentar a prole Crighton, seja de Haslewich e Chester…
– Max também não está vivendo os melhores momentos. Maddy está grávida pela quarta vez e está enfrentando problemas sérios de saúde e o pecador convertido em supersanto do balacobaco teme ter que escolher entre a criança e a esposa, sabendo que a prioridade dos dois não é a mesma: Maddy faria qualquer coisa para salvar o bebê e Max só quer a esposa saudável.
– A história de Jack e Annelise, que começou no livro anterior, continua nesse com direito a dramalhão próprio.
– E, por favor, não me perguntem sobre Sara, a vingadora atrapalhada, e Nick Crighton. É o último livro da série, me dêem um desconto, né?
– Amável a menção à Harry Potter *desculpa, eu realmente tinha que dizer isso…*
– Apesar de, tecnicamente, ser o livro final, esta trama deixa várias histórias em aberto (eu ainda defendo que o Joss merecia ter a história só dele), como a própria vida (e se fosse uma novela), que segue sem precisar que a gente acompanhe. Ainda mais agora que a turbulência passou e os Crightons se tornaram, ao seu modo, uma família perfeita…
*** Para encerrar, um comentário. Uma das minhas fontes favoritas de pesquisa era o site argentino Harlequineras, uma fonte ótima sobre séries, inclusive – e principalmente – as que não tinham sido lançadas aqui ou, então, estavam incompletas. Por isso, no post original da série Crighton no LdM, havia a lista que o Harlequineras publicou e lá constava como integrante da série o livro chamado Rendición por amor — The ultimate surrender — Bianca 1169 — Marcus y Polly (Voltar a amar – Penny Jordan – Julia 1088 – quem quiser, o resumo consta na resenha original dos Crighton). Eu li o livro e estranhei porque não havia nenhuma menção à série. E no site da PJ ele não está na lista. Portanto, atenção. Este livro não faz parte e vamos ver se a Penny resolve algum dia contar novas histórias dos Crightons.
Bacci!!!
Beta
Eu diiiiissseeeeeeeee que o Joss é uma graça! Quanto a sua pergunta sobre a aparente normalidade do moleque, minha tese é a de que o menino foi trocado na maternidade. Sério. rs
Roberta + Luke + Francesca = Mulherzinha delirante, né?
Devo dizer: adoro o Luke. Eu sei que ele foi terrível com a Bobbie, mas apesar de não ter provas, ele estava certíssimo ao supor que ela queria fazer mal à família dele. E não a qualquer um, mas a Ruth. Se ele quisesse proteger um Max da vida, aí sim, seria imperdoável. Aliás, a cortada que Bobbie deu no primo malvado foi p-e-r-f-e-i-t-a.
Liam também é uma graça, e apesar de Sam ter me irritado muito em "Um Plano de Sedução"/"A Sedução Perfeita", amei o livro dela. As Miller são as únicas que têm cérebro. Deve ter sido por causa do avô.
Admito que gosto de Max. Ele é safado, FDP, cretino, e não sente a necessidade de esconder de ninguém – nada de "eu ajudo os pobres, me amem!" com ele. O homem ostenta a cretinice com orgulho.
Também acho que Maddy é uma trouxa, e como os opostos se atraem… e possivelmente se completam… Diremos que sim, o comportamento dela é DOENTIO. E o dele também – e depois alguns pais se revoltam ao serem apontados como culpados pelos distúrbios dos filhos…
Também achei a surra dele muito curta. Mas isso foi mais em decorrência de ter acontecido muita coisa antes – eu queria que ele tivesse sido surrado por aquele marido irritado, aí sim. Claro, a gente sempre pode desejar que Maddy tivesse virado gente e o surrasse com o tacape do Bambam enfeitado com pregos e vidro moído, mas aí já é pedir demais.
Eu realmente gostei de Caspar e Olivia, mas nos últimos livros a mulher se tornou uma mala – o que era o problema dela? Menopausa precoce?
Os dois estepes da série – Griff e a tal doutora – podiam se juntar e fazer um casal.
Típico de PJ, DP e outras fazerem as mocinhas deixarem os caras legais pra ficar com o grande vilão disfarçado de herói do livro. Isso é doentio. Espero que Freud explique.
Ben Crighton é a criatura mais arrogante, cretina, antipática, chata, estúpida e mesquinha que eu já vi. Ainda bem que essa praga morreu – mas como ele foi parar no Céu é algo que eu não entendo. Eu tento, mas nunca vou entender.
Concordo com o que a Lidy disse sobre Ben Crighton, que a meu ver é o verdadeiro vilão da saga, já que infernizou a vida de meio mundo (a maneira como ele trata Jon é simplesmente nojenta!), contribuiu para os defeitos de caráter de David e Max. A meu ver, ao invés do paraíso, seu falecido irmão gêmeo deveria tê-lo levado para uma temporada indefinida no purgatório. Ah, e ele deveria ter pedido perdão a Jon e Olívia antes, já que foram as maiores vítimas dele. Renan.
Não tem o livro que continue a história d Jack e Annalise? Puxa!! Se tiver, gostaria de saber o nome para comprar
Tb queria saber do livro do jack
Quero toda a coleção! Parabéns pela resenha!