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*** Velinha #3: Palavra do Renan

Agora é a cartinha-velinha do bendito fruto. O Renan representa os homens que lêem o Literatura de Mulherzinha – já conversei com um ou outro – mas ele é o meu comentarista mais fiel… o que sempre rende debates interessantes ;D

“Comecei a acessar este site em 2006, quando procurei informações sobre um livro na Internet e o achei pelo google. De lá para cá, fiz até amizade com Roberta, e o acesso pelo menos toda semana, sempre procurando me “antenar” sobre os novos livros que ela leu e suas opiniões sobre cada um, o que até já me ajudou a não comprar “bombas” em sebos (se tenho fugido de Lynne Graham, devo isso a ela), e a achar bons livros (só comprei a série MacGregor no relançamento porque li a resenha dela sobre os volumes lançados anteriormente. E ainda bem, Beta, porque foi uma das melhores que tive a oportunidade de conhecer). Nem sempre nossas opiniões coincidem: como sou um romântico assumido, sou mais complacente com os defeitos dos personagens masculinos do que ela, e um dos pontos em que nós discordamos foi exatamente sobre a veracidade da redenção de Matt Caldwell em “Entregando o coração”: ela acha que ele foi um verme arrogante, e eu, que, embora isso fosse verdade, o arrependimento dele foi sincero e ele trabalhou para merecer sua segunda chance. Também discordamos sobre uma de suas autoras preferidas, Michelle Reid, e um de seus livros mais famosos, “De repente, pai”: não só acho que a maioria dos “mocinhos” dos livros dela são quase intragáveis de quererem ser sempre donos da verdade, como que o festejado Nicolas Santino foi um sacana de marca maior, ao não se dar conta do mal que seu pai fazia ao seu casamento e à mulher que amava, e sequer ter considerado a hipótese de que ela falasse a verdade e fosse realmente o pai da filha dela.
Mas eu, ela e esse blog temos muita coisa em comum: o amor pela boa literatura, incluindo as obras de Jane Austen, o apreço por Nora Roberts, Deborah Simmons, Hannah Howell e pela boa fase de Diana Palmer (que anda escasseando nos últimos tempos. E pelo amor de Deus, se o livro de Rodrigo Ramirez for lançado aqui no Brasil, fuja dele até segunda ordem! Se você teve vontade de botar Alex Terzakis na chibata, o mercenário em questão merece correr sobre uma esteira com brasas!), uma intolerância declarada contra mocinhos “donos do mundo” e mocinhas com “complexo de gata borralheira”, além de um respeito muito grande pelas opiniões mútuas, ainda que nem sempre elas coincidam. O que leva a um ponto importante: um dos maiores méritos desse blog é o de combater o preconceito contra a assim chamada “literatura feminina”, que até dificultam as coisas para que homens como eu comprem esses livros e percam histórias maravilhosas como as sagas familiares dos MacGregors, Stanislavskis, DeBurghs e Murrays, muito melhores de ler do que certos “best-sellers de machões” e as divagações pedantes que hoje querem taxar de obras-primas. Uma boa ficção é boa independentemente de onde ela é divulgada, seja em livrarias ou em bancas, seja custando R$ 50,00 ou R$ 7,00. E tampouco temos necessidade de levar tudo a sério: sem um pouco de escapismo, a vida se torna chata, angustiante e monótona em excesso (tanto que tenho pena de quem só assiste filmes da nouvelle vague e do cinema novo e perde um bom blockbuster. Não que os outros dois não tenham seu valor, mas a vida e o cinema não se resumem só a angústias existenciais). Além disso, será que alguns dos críticos ou que os rotularam de “romances de empregadas” e “fantasias idealizantes e frustrantes” se dignaram a lê-los? Nem todos se enquadram nessas descrições.
Por ora, acho que basta. Espero que esse blog possa se prolongar ainda por muito tempo, e que um dia possamos nos encontrar, de preferência na Itália, com você cobrindo jogos da “azzurra” e eu como representante diplomático do Brasil, meu atual sonho. Um abraço!”

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