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Uma história de ódio que durou toda uma vida.
Forte, né? Então, essa é a premissa deste livro.
O homem que odiava Machado de Assis – José
Almeida Júnior – Faro Editorial
Almeida Júnior – Faro Editorial
(2019)
Personagens: Pedro Junqueira e Joaquim Maria Machado
de Assis, Carolina Novais
de Assis, Carolina Novais
Pedro
era filho de fazendeiro e desde pequeno não gostou do mulato Joaquim, criado na
casa da madrinha dele no Rio de Janeiro. O tempo passou e, mesmo seguindo
caminhos diferentes, os destinos deles se cruzaram em disputas que envolveram literatura
e o amor de uma mulher, Carolina.
era filho de fazendeiro e desde pequeno não gostou do mulato Joaquim, criado na
casa da madrinha dele no Rio de Janeiro. O tempo passou e, mesmo seguindo
caminhos diferentes, os destinos deles se cruzaram em disputas que envolveram literatura
e o amor de uma mulher, Carolina.
Comentários:
– O
ódio pode ser a força motriz de uma vida? Bem, todo mundo diz que não é saudável,
mas Pedro Junqueira não conseguiria resumir a própria existência sem dizer que, durante a maior parte dela, alimentou sem nenhuma moderação esse sentimento por Machado de Assis.
ódio pode ser a força motriz de uma vida? Bem, todo mundo diz que não é saudável,
mas Pedro Junqueira não conseguiria resumir a própria existência sem dizer que, durante a maior parte dela, alimentou sem nenhuma moderação esse sentimento por Machado de Assis.
– A rivalidade
começou no Morro do Livramento, quando ambos eram crianças. No entanto, Pedro
também admite que muito do principal “azar” que teve na vida ocorreu por causa
dele mesmo. E se agravou quando Pedro e Machado de Assis se reencontraram, já
homens. A convivência civilizada logo deu espaço a uma disputa que envolvia
ciúmes, chantagem, traição e casamento.
começou no Morro do Livramento, quando ambos eram crianças. No entanto, Pedro
também admite que muito do principal “azar” que teve na vida ocorreu por causa
dele mesmo. E se agravou quando Pedro e Machado de Assis se reencontraram, já
homens. A convivência civilizada logo deu espaço a uma disputa que envolvia
ciúmes, chantagem, traição e casamento.
– Temos
um protagonista falho até a última gota. Pedro não é o herói nem o anti-herói com
quem a gente se identifica, mesmo nos piores momentos. Em alguns momentos, ele
é o principal antagonista de si mesmo. Fiquei com a sensação de que não
aguentou a própria fraqueza. Sempre desejando algo a mais, nada era suficiente
e sempre destruindo – ou deixando margem para perder – o que tinha.
um protagonista falho até a última gota. Pedro não é o herói nem o anti-herói com
quem a gente se identifica, mesmo nos piores momentos. Em alguns momentos, ele
é o principal antagonista de si mesmo. Fiquei com a sensação de que não
aguentou a própria fraqueza. Sempre desejando algo a mais, nada era suficiente
e sempre destruindo – ou deixando margem para perder – o que tinha.
– Toda a história é narrada por Pedro. Diante disso, até quando
podemos confiar no narrador que, desde o início, deixou claro que odiou Machado
até a morte? É a versão dele para a história. O quanto ela é fiel ou quanto foi
comprometida pelo rancor, nunca saberemos. Não tem como ouvir o outro lado da
história.
podemos confiar no narrador que, desde o início, deixou claro que odiou Machado
até a morte? É a versão dele para a história. O quanto ela é fiel ou quanto foi
comprometida pelo rancor, nunca saberemos. Não tem como ouvir o outro lado da
história.
–
Total mérito do autor em costurar uma trama que passa em cidade do Brasil e de
Portugal no século 19, envolver vários personagens reais – com mérito ao tratá-los
sem endeusamento – e brincar com as referências à vida e à obra de Machado de Assis.
A gente se sente na Livraria Garnier, nos bastidores da luta política entre
abolicionistas e escravocratas (sem a idealização de heróis neste caso). Entende
de que forma o jornalismo era usado para destruir reputações. E temos muitos
exemplos da forma como machismo da sociedade oprimia as mulheres – e como isso
poderia destruí-las moral e fisicamente.
Total mérito do autor em costurar uma trama que passa em cidade do Brasil e de
Portugal no século 19, envolver vários personagens reais – com mérito ao tratá-los
sem endeusamento – e brincar com as referências à vida e à obra de Machado de Assis.
A gente se sente na Livraria Garnier, nos bastidores da luta política entre
abolicionistas e escravocratas (sem a idealização de heróis neste caso). Entende
de que forma o jornalismo era usado para destruir reputações. E temos muitos
exemplos da forma como machismo da sociedade oprimia as mulheres – e como isso
poderia destruí-las moral e fisicamente.
– Ou
seja, divirtam-se nesta sopa de referências, no xadrez que dois homens jogaram
com todas as armas de que dispunham. E se houve algum ganhador, desculpa, você
vai ter que ler para saber.
seja, divirtam-se nesta sopa de referências, no xadrez que dois homens jogaram
com todas as armas de que dispunham. E se houve algum ganhador, desculpa, você
vai ter que ler para saber.
– Links:
Goodreads livro e autor;
site da Faro;
Skoob; mais dele no Literatura de Mulherzinha.
Goodreads livro e autor;
site da Faro;
Skoob; mais dele no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta